afonsobe::Obrigado pelo texto, Iuri! Análise que agrega, como sempre tem feito!
Odanan:: Que delícia de texto!
Aguardava com ansiosidade qual jogo você iria escolher e não decepcionou: Mansions of Madness é fantástico.
Caros
afonsobe e
Odanan
Rapaziada muito obrigado e que bom que vocês curtiram o texto!
Quanto ao Mansions of Madness, eu acho que esse é um jogo que dispensa comentários. Para mim, ele é não apenas o melhor jogo do universo lovecraftiano, do selo Arkham Files, mas o melhor dungeon crawler, com todo o respeito e venia a quem prefere o Gloomhaven, Descent, Sword & Sorcery, ZOmbicide e assemelhados. Vejam bem que eu também curto bastante esses outros jogos, mas o Mansions of Madness tem algo que para mim é imbatível, além do universo dos Mitos de Lovecraft.
Eu acho fenomenal o sistema de ir revelando a mansão aos poucos, porque mantém o suspense lá no alto. Isso dá realmente a sensação de se explorar aquela masmorra, ou mansão vitoriana, no caso. Por outro lado, jogos como Gloomhavem, Zombicide, Sword & Sorcery, Massive Darkness, e as primeiras edições do Descent, entre outros, já mostra a "masmorra" (tabuleiro) revelada desde o início da partida. Isso meio que tira um pouco do suspense, da emoção e do "medo do desconhecido" para mim. Mesmo que o meu personagem não saiba que inimigos me esperam naquele salão atrás da porta, eu, jogador, estou vendo o salão.
Eu acredito que o Mansions of Madness não foi o primeiro a utilizar esse esquema de tabuleiro que vai se revelando, até porque a primeira edição do Betrayal at House on the Hill é de 2004. Curiosamente a segunda edição desse jogo (Betrayal), que é a que a grande maioria dos board games brasileiros conheceu, já utiliza esse esquema, e foi essa a edição que eu joguei. Inclusive, no caso desse segunda edição, acontece uma coisa muito doida porque não existe muita informação sobre ela, ou pelo menos eu não consegui achar muita coisa. No BGG, e aqui no Ludopedia, aparece a ficha da primeira edição de 2004, e a da terceira edição de 2022. Nessa ficha, da primeira edição, ao invés de ter a imagem dela (caixa vermelha com um maluco com a mão na cabeça), a imagem que aparece é a da 2ª edição (aquela da caixa esverdeada). Quem quiser saber mais sobre essa maluquice do Betrayal, eu escrevi um texto a respeito (link abaixo):
https://ludopedia.com.br/topico/64106/betrayal-at-house-on-the-hill-seria-o-evil-dead-dos-bg
De todo modo, acredita-se que essa segunda edição (aquela da casa verde) seria de 2010, o que coloca o seu lançamento um ano antes do Mansions of Madness. Isso se o jogo não tiver sido lançado em 2011 ou 2012. Mas independente de ser ou não o primeiro jogo com tabuleiro oculto, o fato é que o Mansions of Madness foi um dos jogos que melhor implementou esse elemento. E não é só isso. O Mansions of Madness é um dos jogos que melhor trabalha essa questão de uso de aplicativo. Basta comparar com o Descent: Lendas da Escuridão, que o uso do aplicativo é tão pesado e predominante, que dá a sensação a se estar jogando um videogame com bonequinhos, tabuleiros e cartas para auxiliar, pelo menos foi essa a minha sensação.
Por fim, vou parar por aqui porque ue posso acabar me emplogando e escrevendo mais do que o artigo.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio
P.S. Seguem abaixo as caixas das três edições do Betrayal at House on the Hill, 1ª (2004) à esquerda, 2ª (2010 ????) no centro e 3ª (2022) à direita.