
EVERDELL
Diz o ditado popular, que todo dia, um bobo e um esperto saem de casa, e se eles se encontram, fazem negócio. Não dá para ter muita dúvida sobre quem é que se sairá melhor nessa negociação. Em nenhum outro segmento econômico isso é tão verdade, quanto no mercado nacional de board games, e o pior é que não são os consumidores que ficam bem na fita.
A Galápagos lançou o “Twilight Imperium” algum tempo atrás e segundo relatos de pessoas que compraram o jogo, na época, algumas cartas vieram com erros de tradução. Mas ele era tão bom, e os erros tão poucos, que as pessoas ficaram meio que atordoadas com a grandiosidade do lançamento, e acabaram deixando esse erros passarem, afinal era “o Twilight Imperium 4th Edition”, ou pelo menos é isso que relatam alguns posts e tópicos sobre o jogo.
TWILIGHT IMPERIUM
Depois foi a vez do “Waterdeep – Masmorra do Mago Louco”, que, diferentemente do Twilight Imperium, tinha tantos erros nas cartas e no manual, que a jogatina se tornava um suplício. Para consertar tudo e colocar o jogo em condições mínimas dava um trabalho enorme, e custava algum dinheiro, e olha que esses erros não se referem à já lendária carta da “Guereira” não, mas a erros que dificultam, sobremaneira, usufruir normalmente de um board game, que custou R$ 600,00, mais de um ano atrás. Para quem dúvida basta dar uma olhada nos tópicos do jogo. Nesse caso, a Galápagos simplesmente fingiu que não havia nada de errado com o jogo, solenemente ignorou as reclamações dos compradores e jamais falou em reposição (se, por incrível que pareça a editora se recusava a admitir os graves erros do jogo, nem mesmo aquele “Guereira” de todo o tamanho, no entendimento dela não havia nenhuma necessidade de reposição), aliás, a empresa nem toca mais nesse assunto.

CARTA DE GUEREIRA - MASMORRA DO MAGO LOUCO - Simplesmente inesquecível!
Um pouco depois foi a vez do “Nemesis”, que veio com uma tradução pavorosa e totalmente equivocada. A questão não é nem traduzir “intruder” como “intrusora”, ou “player” como a “pessoa que está jogando”, isso até atrapalha e deixa o manual mais extenso e mais confuso, mas nem é o mais grave. O problema principal são os erros que efetivamente atrapalham a jogabilidade, como o momento de descartar toda a sua mão, ou trocar “pode” por “deve”, entre os diversos outros erros relatados por quem comprou o “Nemesis”. Depois que inúmeros compradores receberam suas cópias do jogo, que eles perceberam esses diversos erros, que eles vieram relatar na Ludopedia tais erros, e que eles reclamaram diretamente com a Galápagos, a editora demorou meses, até mesmo para reconhecer que o jogo tinha problemas, no melhor estilo “ouvidos de mercador”. Ela ainda demorou um tempo enorme para anunciar que tomaria uma providência, e assim mesmo, uma providência agendada para quase um ano depois.
Também é preciso dizer que a Galápagos não tomou essa atitude, porque resolveu tratar seus consumidores com um pouquinho de consideração, que fosse, mas sim porque a Awaken Realms, a editora gringa dona do “Nemesis”, deve ter dado uma boa de uma chamada na Galápagos, cobrando providências. Não há como provar isso, mas certamente ninguém tem dúvidas de que foi isso que aconteceu. Para quem não sabe a Awaken Realms teve sérios problemas com outro jogo seu, o “Tainted Grail”, lançado por uma editora local da Coréia do Sul, cheio de erros e cagado de alto a baixo, da mesma forma como a Galápagos faz com alguns de seus jogos por aqui. Isso gerou uma crise internacional, devido às reclamações e estardalhaço causado por furiosos 150 boardgamers sul-coreanos no BGG, que deram nota “1”, ao jogo em um curtíssimo espaço de tempo, explicando que o motivo disso foi a péssima experiência que eles tiveram com a versão sul-coreana do “Tainted Grail”. Essa atitude despertou o interesse da comunidade internacional no BGG, que queria saber o que poderia ter dado tão errado, a ponto de despertar a fúria dos boardgamers sul-coreanos, com um jogo que foi sucesso de público, crítica e vendas na Europa e América do Norte. A situação causou uma certa comoção, chamando a atenção da Awaken Realms que teve que intervir no processo, para acalmar os ânimos, e fazer com que a editora local sul-coreana fizesse a reposição dos componentes defeituosos, e resolvesse a bagunça, inclusive pagando ela própria pela lambança que fez (qualquer semelhança com certo país sul-americano, não é mera coincidência). De jeito algum a Awaken Realms quer que isso se repita no Brasil, que por sinal tem uma população que é mais de quatro vezes maior que a da Coreia do Sul, que é muito menos comedida e que gosta muito mais de um barraco na Internet, do que os sul-coreanos. E foi por isso que Awaken Realms pressionou a Galápagos, a pelo menos se manifestar em relação ao “Nemesis”. Mais uma vez, quem quiser saber mais, é só pesquisar sobre a crise do “Tainted Grail” na Coreia do Sul, tanto aqui no Ludopedia, quanto no BGG.

NEMESIS - O jogo da "Intrusora", da "pessoa que está jogando" (tradução de player), e outras milongas mais.
Mas a coisa não para por aí não. Para coroar essa total falta de compromisso, com padrões mínimos de qualidade, a Galápagos lançou a expansão “Profecia dos Reis”, com um “eNpansão” de todo o tamanho, escrito na lateral da caixa, em letras garrafais (estranhamente ela só errou em uma lateral, porque as outras estão escritas corretamente). Como se não bastasse, diversas cartas também vieram com erros de tradução e impressão, que atrapalham a jogabilidade. Não tenho o “Twilight Imperium”, nem a expansão, mas essa situação está devidamente relatada nos tópicos da ficha do jogo e da expansão.
"ENPANSÃO" PROFECIA DOS REIS - Depois de uma dessas, Camões certamente deve estar sofrendo muito bullying, por parte de Shakespeare, Flaubert, Goethe, Cervantes, e Dante Aligheri.
Com todo esse histórico negativo da Galápagos (e foram citados apenas alguns jogos), seria de se esperar que as pessoas tivessem uma cautela maior, em relação aos lançamentos dessa editora. No entanto, o que se verifica é exatamente o contrário. Isso porque a cada novo jogo, anunciado pela Galápagos, as pessoas ficam cada vez mais ansiosas para dar mais dinheiro, e mais apoio para a empresa, e o mais rapidamente possível.
Tudo bem, cada um tem o direito de fazer o que quiser com o seu dinheiro, e ninguém tem nada com isso. Mas o estranho, é que, mesmo depois de todos esses jogos lançados com erros grosseiros e gravíssimos, e apesar deles, as pessoas continuam comprando os jogos da Galápagos. Quando elas descobrem que o novíssimo lançamento também veio com sérios defeitos, elas ficam indignadas e vem esbravejar e escrever tópicos reclamando aqui no Ludopedia, como se isso fosse um absurdo. O que será que essas pessoas esperavam de uma empresa que erra tanto, quanto a Galápagos? Fica parecendo com aquela história da pessoa que compra um terreno na Lua de um espertalhão, e quando descobre que foi enrolada, a pessoa fica furiosa, “bota a boca no trombone”, e reclama com meio mundo. No dia seguinte, essa mesma pessoa torna a encontrar o mesmo espertalhão, só que dessa vez ele está vendendo terrenos em Marte, e a pessoa não pensa duas vezes antes de embarcar nesse “novo empreendimento imobiliário”, para depois descobrir que foi enganada novamente, esbravejar mais uma vez, e assim por diante. E quantas vezes a pessoa encontrar o mesmo espertalhão, ela vai continuar sendo tapeada, e perdendo dinheiro, para vir reclamar depois. Certamente que ninguém gosta de passar atestado de otário, nem de ser enganado ou feito de idiota, mas inexplicavelmente, a comunidade boardgamer age como se gostasse disso. A comunidade boardgamer até não reconhece isso, mas é exatamente assim, que boa parte dela se comporta.
É impressionante o quanto a Galápagos faz seus consumidores de palhaço, por que, apesar de forte, não há outra expressão mais adequada. Todavia, apesar de tratar seus consumidores dessa forma, a editora continua contando com o forte apoio dessas pessoas. A empresa mandou um representante, o Lucas para a live do Covil dos Jogos, para dizer que a empresa está se re-estruturando, que mudará suas práticas, que agora está comprometida com a qualidade, que investirá em revisão contratando profissionais do mais alto gabarito e coisa e tal. Depois disso, todo mundo ficou feliz, e começaram a dizer que, quem reclama da editora na verdade é da “turma do mimimi” ou são “haters despeitados”, que não tem dinheiro para comprar os jogos e ficam reclamando à toa. Algum tempo depois, a correção e compromisso da Galápagos com a qualidade do produto final, em relação ao “Profecia dos Reis” se transformou numa mera errata em pdf, disponibilizada on line, e que as alterações constantes nela, só serão implementadas para as próximas “reimpressões futuras”. Expedientes desse quilate exemplificam, exatamente, o tipo de tratamento que as pessoas podem esperar da Galápagos, e olha que isso não é coisa de um passado distante e remoto, mas sim, aconteceu recentemente, alguns meses atrás. Apesar disso, as pessoas continuam prestigiando a editora, e comprando seus produtos, mesmo sabendo que as chances deles virem com defeito são enormes, o que definitivamente não dá para entender.

COMUNICADO GALÁPAGOS
Após refletir e analisar profundamente esse comportamento da comunidade boardgamer, tão passivamente conformado, em relação à Galápagos, uma das conclusões a que se chega é que, uma possível explicação se deve ao chamado “Efeito Gloomhaven”. Normalmente, o episódio do “Gloomhaven”, que custou caríssimo e mesmo assim se esgotou em três ou quatro horas, no mesmo dia do seu lançamento, é utilizado para justificar a escalada vertiginosa de preços dos board games em geral. As editoras perceberam que o mercado consumidor estava disposto a pagar praticamente qualquer preço pelos board games. Por isso, muitas vezes os preços sofrem um aumento enorme, sem nenhuma explicação válida que se justifique, além daquelas de sempre (e que só se aplicam quando for para explicar o aumento dos jogos, mas quando essa mesma justificativa implicar em uma redução de preço, como é o caso da baixa do dólar, miraculosamente, essa justificativa deixa de ser aplicável), que foi o que aconteceu com o “Brass” e o “Stone Age”, só para citar alguns.
Além dessa questão da extrapolação de limite dos preços dos jogos, o “Efeito Gloomhaven” tem outro aspecto, que nem sempre fica muito aparente. Esse aspecto é o receio que todo mundo, passou a ter, de que se o jogo não for comprado o quanto antes, ele pode se esgotar, em horas, e a pessoa ficar sem o jogo, ou acabar tendo de pagar muito mais caro, no mercado de usados. É claro que alguns jogos realmente se esgotam, mas isso pode levar semanas ou até mesmo meses. E ainda que fosse possível citar 20 outros jogos (o que definitivamente não é, diga-se de passagem) em que teria ocorrido o mesmo que com o “Gloomhaven” (esgotamento em horas, no dia do lançamento), mesmo assim, esse número seria muito pouco, perto da quantidade de jogos que são lançados todos os anos.
GLOOMHAVEN
Portanto, mesmo que essa situação do “Gloomhaven” só aconteça uma ou outra vez, a sensação que ficou na comunidade boardgamer é que isso pode ocorrer com qualquer jogo, independente de suas características, de seu hype, de seu preço, etc. Por isso as pessoas acreditam firmemente que não vale a pena correr o risco do esgotamento relâmpago, o que justifica que se compre o jogo, já na pré-venda, mesmo sabendo que ele pode vir com os erros mais variados. Nesse caso a comunidade boardgamer, não quer correr o risco do esgotamento, mas não vê problema algum no risco de gastar um bom dinheiro, comprando um jogo que pode vir recheado dos erros mais grosseiros e mais graves. Claro que cada um escolhe o risco que quer correr com seu próprio dinheiro. Mas não dá para entender a revolta dessas pessoas contra a Galápagos, expressa nos tópicos aqui da Ludopedia, após cada lançamento com problemas. Quando essa editora erra feio na produção de um jogo, que foi o que aconteceu recentemente com o Everdell, ela está fazendo simplesmente, aquilo que tem feito nos últimos anos, que é vender jogos caros, e com a produção toda cagada, ou seja, nada de novo para a Galápagos. Evidentemente que toda opinião tem de ser respeitada, mas fica muito difícil considerar seriamente, a opinião de uma pessoa, que, por exemplo, desce o sarrafo em um restaurante, diz que a comida é horrível, que o preço é muito caro, que o serviço é muito ruim, que o ambiente não é agradável, mas continua jantando, nesse mesmo restaurante, três vezes por semana.
Existe um postulado, que é praticamente um mantra econômico, que determina que o produtor age pautado por aquilo que o seu público consumidor lhe diz, através do desempenho em vendas de seus produtos. A mensagem que a comunidade boardgamer atualmente transmite para as editoras é muito clara, no sentido de que, não importa nem o preço, nem as condições em que os jogos serão lançados. Isso porque os consumidores de board games continuarão comprando os jogos, independente do quanto custarem e do jeito que eles vierem. É com base nessa mensagem, que as grandes editoras trabalham e continuarão a trabalhar. Basta dizer que as pessoas continuam comprando o “Everdell”, apesar da quantidade de erros nas cartas, relatados aqui, e esse é um jogo que custa mais de R$ 400,00. Duas lojas (cujos nomes não podem ser revelados devido às regras do fórum) acabaram de ser consultadas, na data de hoje (13/07/2021), e informaram que o “Everdell” tem sido vendido normalmente. Não dá nem para dizer que as pessoas compram porque não sabem dos problemas do jogo, quando o tópico do Vitor K, compilando os diversos erros do “Everdell” teve, até o presente momento, mais de 17.000 visualizações. Se a tiragem desse jogo for de 2.000 cópias, o que é bem possível, isso quer dizer que, em tese, o número de pessoas que já sabem dos erros dele é 8,5 vezes maior do que a sua tiragem. É muita coisa. Algumas pessoas chegaram ao ponto de colar um adesivo e escrever por cima a regra correta. Eu só não sei como é que fazer uma coisa dessas combina com colocar sleeve, para poder proteger a integridade da carta.

CARTAS DO EVERDELL COM GAMBIARRA – Quem tem TOC deve até passar mal, vendo uma coisa dessas.
Existem também aqueles, excessivamente crédulos, que defendem que, no caso do “Everdell”, a Galápagos se comprometeu, através de um comunicado para lá de dúbio, em fazer a reposição das cartas, em 2022. Entretanto, a Galápagos ainda vai lançar o “Descent: Lendas da Escuridão”, o “Arkham Horror Card Game”, o “Clash of Cultures”, entre outros. E o histórico recente de erros da editora torna muito mais plausível imaginar, que no início do ano que vem, a Galápagos estará muito mais envolvida com os erros que eventualmente ocorrerem com esses jogos, do que em resolver os erros do “Everdell” e do “Nemesis”. Isso sem falar, que reposição com a Galápagos, só dá para acreditar depois de receber os componentes em casa, e conferir tudo minuciosamente. Isso sem falar que as pessoas encaram a reposição de componentes defeituosos, como se isso fosse um grande mérito da Galápagos, quando isso nada mais é do que a obrigação da empresa, de consertar os erros que a própria editora cometeu.
Não se trata de ser “espírito de porco”, ou de ter implicância com a Galápagos. E conforme eu já disse em alguns comentários, vou ficar imensamente feliz se a empresa mostrar que realmente adotou uma nova postura, e daqui para frente começar a tomar mais cuidado com revisão e qualidade de produção, bem como começar a tratar seus consumidores com mais respeito. Isso implicará que a maior produtora nacional de board games começará a fazer jogos sem defeitos e com um mínimo de qualidade, o que não é pedir demais. Só que não dá para acreditar nisso, com base no que a própria Galápagos tem mostrado ao longo dos últimos anos. Nesse caso será preciso ver para crer.
Do mesmo modo, o que aqui se defende não e que as pessoas parem de comprar board games, mas apenas que as pessoas adotem para com os jogos, o mesmo procedimento que elas têm em relação a todos os outros produtos, menos com board games. Se o jogo vier sem problemas as pessoas compram, mas se o jogo vier cheio de defeitos as pessoas não compram. Simples assim. Com certeza, ninguém aqui aceitaria pagar caro por um produto, e depois receber uma camisa ou tênis com uma mancha enorme e horrorosa, um livro faltando páginas, um armário com a porta empenada, ou um jogo de panela com todas as tampas de tamanhos diferentes, e deixar por isso mesmo, como se fosse algo normal. Se isso não funciona com absolutamente nenhum outro tipo de produto, porque motivo se deveria aceitar um absurdo desses, em relação aos board games? Enquanto as pessoas não preferirem abdicar dos jogos, a continuarem aceitando jogos com os erros mais inacreditáveis, e a contribuírem para que tudo permaneça como está, certamente nada mudará, e jogos com erros graves, continuarão a ser uma realidade.

DESCENT, ARKHAM HORROR CARD GAME, ou CLASH OF CULTURES - Aberto o bolão: qual desses três será a próxima produção da Galápagos, a despertar a ira dos compradores, com os erros mais grosseiros e esdrúxulos.
Por fim, enquanto a comunidade boardgamer em geral continuar sinalizando para as editoras, que não se importam nem com preço, nem com a qualidade, nem com os erros, alguns grosseiros, dos jogos, as grandes editoras, em especial Galápagos e Conclave, também não terão nenhuma preocupação em procurar formas de baixar os custos dos jogos e repassá-los para os preços. Da mesma maneira, as editoras também não se importarão em investir mais em revisão e controle de qualidade. Não dá para ser mais cristalino do que isso.
É por isso que eu digo que “todo dia, um bobo e um esperto saem de casa”, e já passou da hora da comunidade boardgamer, em geral, deixar de ser esse bobo
Um forte abraço e boas jogatinas.
Iuri Buscácio
P.S. Minha saudosa avó, uma sábia mulher, sempre me dizia, que tudo aquilo que se diz antes do mas/porem/entretanto, não conta absolutamente nada. Do mesmo modo, não conta absolutamente nada aquilo que se diz, se escreve ou se faz, DEPOIS de comprar um jogo da Galápagos, que esteja errado. Ela não está nem um pouco interessada no que a comunidade board game acha, pensa ou diz, a respeito dos jogos dela, mas apenas se as pessoas vão comprar os seus jogos, ou não. Portanto, conforme eu disse em um dos comentários sobre o Everdell, é muito mais eficiente expressar a revolta com os erros da Galápagos, ANTES de comprar os jogos dela, e até deixando de comprá-los, principalmente aqueles que vierem com a total falta de revisão, tão normal ultimamente, e com os erros de praxe, que de tão comuns, já são até esperados. Porque, depois que a pessoa comprou o jogo todo errado, pode vir aqui no Ludopedia esbravejar o quanto quiser que a Galápagos não está nem aí. Isso não contribui em absolutamente nada, para melhorar a situação lamentável em que o mercado nacional de board game se encontra.