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O Ocaso de mais um Gigante do BG Nacional

Catan: O Jogo
  • avatar
    iuribuscacio22/07/25 00:32
    avatar
    iuribuscacio
    22/07/25 00:32
    3181 mensagens MD

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/85e13_aieupa.jpg





    O OCASO DE MAIS UM GIGANTE DO BG NACIONAL

     
    Recentemente o board game nacional recebeu uma notícia com muito pesar e que entristece a todos. Um verdadeiro colosso do hobby, a quem eu carinhosamente chamo de “decano do board game nacional”, anunciou o fim de seu excelente blog “E aí, Tem Jogo?”. Estamos falando de ninguém mais ninguém menos do que o Cacá (DrGrayrock), que ensinou muita gente a jogar, desde 2007. E não apenas isso, mas também ajudou muita gente a encontrar o jogo certo e a evitar o jogo inadequado. Por isso é preciso respeitar um sujeito que tem carteirinha de sócio fundador, e remido, da saudosa “Ilha do Tabuleiro”. Não é para quem quer, só para quem pode.
     
    A centena de lançamentos anuais torna difícil acreditar que houve um tempo, em que tudo aqui era mato, em termos de jogos de tabuleiro moderno. Para a quase totalidade das pessoas, jogo de tabuleiro era Banco Imobiliário, WAR, Detetive, Scotland Yard, Imagem & Ação, Perfil, Jogo da Vida e “outras mirongas mais”. Só que nessa época, havia uma meia dúzia de excêntricos, que curtiam jogos, onde não havia rolamento de dados, para andar a quantidade de casinhas correspondente no tabuleiro. No Rio de Janeiro tinham alguns pioneiros, que jogavam nas primeiras edições do Calabouço, Castelo e Torre das Peças (praticamente uma fortaleza medieval inteira, em formato de eventos de jogos), no SESC e no antigo Bob’s da Tijuca (que já não existe mais há uns 10 anos), e nas noites de quarta-feira no Spolleto do Largo do Machado (Lepê Salgado, Manique RODKABUTO, Fel Barros, Fabricio, um tal de Marcelo JackExplicador antes de virar “aquele Jack”, e muitos outros). Em São Paulo tinha o povo inaugurando a Ludus Luderia, nas Alterosas o pessoal do Paulo do Covil (Tankbr), e em Curitiba a galera do Romir.  
     
    Entre toda essa gente boa, havia o Cacá, que não contente em fazer parte de um “exército Brancaleone lúdico”, ainda cismou de iniciar um blog sobre jogos de tabuleiro. E assim se passaram quase vinte anos de ótimas jogatinas, fantásticas resenhas, e uma produção de conteúdo do mais alto grau de excelência. Não sei se dá para cravar com certeza que o “E aí, Tem Jogo?”, foi o primeiro blog nacional de board games (embora ache isso muito provável), mas sem dúvida alguma foi o mais longevo. Quem teve a honra e o privilégio de jogar, ou assistir, uma partida do lendário “Sapateiros de Catan”, ou ao menos tem essa referência, sabe do que eu estou falando.
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/73df4_aieupa.jpg

    Imagem do blog: Cacá, o “decano do board game nacional”.

     
    Infelizmente, produzir conteúdo sobre board game no Brasil é uma tarefa muito ingrata, e cara. Com o desenvolvimento acelerado do mercado nacional de jogos, surgiu uma infinidade de canais de board games, capitaneados por verdadeiros “entendidos”, muitos dos quais entraram nessa de produzir conteúdo, na ilusão de receber dezenas de jogos gratuitos das editoras. Isso teve três efeitos colaterais negativos, para a produção de conteúdo.
     
    O primeiro é que as pessoas acabaram colocando no mesmo balaio, todos os produtores de conteúdo. Assim os canais, blogs e assemelhados passaram a ser todos uns “mercenários e vendidos”, tanto quem realmente babava ovo de editora, quanto quem fazia um trabalho sério. As pessoas começaram a confundir, o que, pelo menos na minha opinião, é o trabalho de um canal ou blog de board games, que é a divulgação dos jogos. Assim sendo, a comunidade boardgamer começou a consumir conteúdo, esperando ver nos canais uma crítica especializada, que falasse bem do jogo XYZ, mas descesse o sarrafo no jogo ZYX. Pelo menos até onde eu sei, essa nunca foi a proposta dos canais de board games.
     
    Obviamente, tem muita gente na produção de conteúdo que realmente passa pano e que ignora solenemente os problemas graves de alguns jogos para não contrariar a editora, e continuar recebendo sua cota de jogos. Evidentemente não é isso que se defende ou se justifica aqui. Mas também tem muita gente que faz resenhas honestas e sérias como é o caso do Cacá, que, lamentavelmente, acabam sendo misturados no mesmo saco. Nesse caso eu acho fundamental separar o joio do trigo, e o Cacá é trigo da mais alta qualidade.
     
    E sendo muito franco, até mesmo os canais “passapanistas” tem alguma utilidade, ao menos quando fazem vídeos de gameplay. É através desses vídeos que muita gente aprende a jogar direito, e o mais importante, pode ver se aquele jogo é “aquela Coca-Cola toda”, ou ao menos se ele é adequado ao gosto do cristão. Que atire a primeira pedra, aquele que nunca entrou em um vídeo de jogatina, para dar uma conferida no jogo, antes de gastar uma grana preta. E se até os “passapanistas” tem algum valor, nessas circunstâncias muito específicas, o que dirá um canal sério e com excelente conteúdo como o “E aí, Tem Jogo”...
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/bf22e_aieupa.jpg

    Imagem do blog: o lendário Sapateiros de Catan.

     
    O segundo efeito do desenvolvimento meteórico do hobby levou ao crescimento exponencial dos produtores de conteúdo, o que dificultou o estabelecimento de parcerias entre os canais e as editoras. E aqui é preciso fazer um parêntese. Sim, alguns canais realmente recebem jogos de graça das editoras para fazerem as resenhas. E não, isso não implica obrigatoriamente que todos os canais que recebem jogos gratuitos para resenharem, tenham vendido a dignidade para as editoras.
     
    Além disso, é preciso entender que produzir conteúdo é algo muito caro e que toma muito tempo, sem ser uma atividade remunerada. Por isso, se todos os produtores de conteúdo, pelo menos os maiores canais tivessem de gastar dinheiro com os jogos, além do dinheiro que eles já gastam com a manutenção do canal, sem dúvida alguma haveria muito menos conteúdo de qualidade disponível para a comunidade. Mesmo para quem apenas escreve, como é o caso do Cacá, e que, em tese, não gasta tanto dinheiro com câmera, microfone, iluminação e etc, há um enorme gasto de tempo. E realmente tempo é dinheiro, em que ao invés de escrever sobre board games, o sujeito poderia estar se dedicando a algo que gerasse renda.
     
    Também é preciso falar do tempo que se deixa de passar com a família, com outras atividades que não envolvam jogos (porque ninguém é de ferro), e até mesmo descansando, o que é fundamental para manutenção da produtividade na sua área profissional, onde realmente se ganha o pão de cada dia. Nem sempre as pessoas se dão conta, de que o lazer que se tem com board games é quando se joga, mas o verdadeiro trabalho do produtor de conteúdo de jogos, inclusive de quem apenas escreve, é quando a jogatina termina, e o laptop com o editor de texto, ou de vídeo, entra em cena. Isso para não falar na produção do roteiro e do texto, que é um trabalho pesado pré-jogatina. Pode até parecer que as coisas são assim, mas a verdade é que ninguém liga a câmera direto, fala e filme o que lhe der na telha, pelo menos quase ninguém que faça um trabalho sério.
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/f68ee_aieupa.jpg

    Imagem do blog: foto “das antigas” provando que o Cacá, já era careca desde que começou a jogar.

     
    Para complicar ainda mais, a produção de conteúdo acaba atrapalhando o lado jogador de cada um. Isso porque para dar conta da cacetada de jogos novos, recém-lançados que se precisa resenhar, sempre sobra menos tempo, para a pessoa jogar os jogos que ela curte. Depois de um tempo o sujeito começa a se perguntar se ainda está valendo a pena sacrificar tanto, para manter a produção de conteúdo em dia.  Mas isso, nem sempre algumas pessoas veem, principalmente os detratores e maledicentes.
     
    Outro fator complicador para quem apenas escreve, é que fica difícil competir com a mídia audiovisual. O brasileiro em geral, que já não é muito chegado em leitura, para início de conversa, é totalmente fascinado (e muitas vezes iludido) pelas redes sociais. Nenhum outro povo no mundo gasta tanto do seu tempo disponível diário, nas redes sociais, como o brasileiro. Com isso, a quantidade de fotos para curtir, de memes para lançar e acompanhar, de subcelebridades para seguir, e coisa e tal, deixa pouco tempo para ler um único capítulo de um livro que seja. Aliado a isso, fica sempre a impressão de que um vídeo é mais rápido de assistir, mesmo quando isso não condiz com a realidade.
     
    Com se tudo isso já não fosse o suficiente, assistir a um vídeo é algo passivo e muitas vezes o vídeo já vem “mastigadinho”, para ninguém ter trabalho algum. Já a leitura é um exercício ativo, que requer algum esforço de compreensão e interpretação, o que dá muita preguiça, em muita gente, infelizmente. A pessoa pode demorar dez minutos para assistir um vídeo, e apenas cinco minutos para ler um texto, que ela ainda assim vai “jurar de pé junto”, que o vídeo demora menos tempo. E aí fica muito ruim e difícil, para o lado de quem apenas escreve. Quando se alia a isso, a enorme concorrência dos produtores de conteúdo audiovisual, no setor dos board games, aí a situação fica insustentável.
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/43b6a_aieupa.jpg

    Imagem do blog: Cacá no Torre das Peças no antigo Bob’s da Tijuca,

    junto com um certo Fel Barros, salvo engano.

     
    Por último, o terceiro efeito des crescimento quase desenfreado no número de lançamentos, dificulta bastante que um canal de board game aborde um número minimamente viável de jogos recém-lançados. Todo mundo sabe que hoje em dia, o que mantém um canal de board games relevante são os lançamentos. O hobby hoje está fortemente alicerçado no “culto ao novo”, que é um efeito direto do HYPE e do FOMO, dois verdadeiros flagelos do mercado nacional. Isso para os compradores, porque para as editoras a conversa é outra.
     
    Desse modo, a produção de conteúdo de board games fica “entre a cruz e caldeira”, como ocorria durante os tempos da Inquisição. A cobertura da infinidade de jogos lançados anualmente é demais da conta para uma única pessoa, ou até mesmo grupo de pessoas, principalmente por se tratar de atividade não remunerada. Por outro lado, o mercado não é grande o suficiente, para que os produtores e conteúdo possam seque sonhar em viver disso. Nem mesmo Jack Explicador, o mais bem sucedido dos produtores nacionais de conteúdo de board games, conseguiu essa façanha.
     
    Só para que não haja alguma dúvida, não se defende aqui que sejam lançados menos jogos, ou que o mercado retorne ao nível de dez atrás, quando havia apenas uma dúzia de jogos lançados por ano, só para que os produtores de conteúdo consigam resenhar tudo. Obviamente não é essa a questão. Quanto mais jogos lançados, maior se torna o mercado de jogos, mais empresas entram no setor, a cadeia produtiva se fortalece, e quem sabe um dia, as tiragens de jogos comecem a aumentar e o preço dos jogos a diminuir. Mas é forçoso reconhecer que é inviável aumentar drasticamente a quantidade de jogos lançados e manter a mesma qualidade, ou relevância. Isso ocorre em todos os setores da atividade humana, salvo talvez, raríssimas exceções. Portanto, há um preço a se pagar para que se salte de vinte, para cem jogos lançados anualmente. Não é à toa que cada vez se tem mais a impressão de "mais do mesmo", em termos de novos lançamentos de jogos.
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/931a4_aieupa.jpg

    Imagem do blog: Cacá no Castelo das Peças – SESC Copacabana (2008).

     
    O resultado é que verdadeiros colossos dos jogos de tabuleiro foram abandonando a produção de conteúdo de board games, por um motivo ou por outro. Como dito antes fica difícil manter o mesmo padrão de qualidade, quando há um aumento significativo do trabalho envolvido, e sem recursos para aumentar a equipe envolvida no trabalho.
     
    Quem tem mais “tempo de janela”, certamente vai lembrar do saudoso “Jogando Off-line” dos impagáveis Serjão e Pena, com uma fantasia mais maluca do que a outra, do “acadêmico” Lukita, que até deu origem a um verbo novo “lukitar”, do David Coelho do “Siga o Coelho”, entre outros. O próprio Jack Explicador, e o Alan Farias encerraram seus respectivos canais de board games, para começarem a trabalhar de vez, no mercado nacional de jogos. No Ludopedia o LuisPerdomo, diminuiu imensamente a quantidade de participações, por também começar a trabalhar com uma editora. Algo parecido ocorreu com o RaphaelGuri, que diminuiu sua participação no fórum, por outros motivos também profissionais. E o Rodrigo Deus do Meeple Divino também pediu as contas. O próprio Covil dos Jogos está passando por um momento de crise, com o Paulo vindo a público informar que está repensando seriamente a continuidade do canal, ao menos da forma como ele funciona atualmente. E agora essa notícia do encerramento do “E aí, Tem Jogo?” cai como uma verdadeira bomba, junto à comunidade boardgamer.
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/2827c_aieupa.jpg

    Imagem do blog: Cacá no Natal das Peças de 2011 tomando um cervejinha com o Shamou.

     

    Claro que os motivos dados pelo Cacá, no seu texto “canto do cisne”, são perfeitamente compreensíveis, e sinceramente com uma ficha corrida igual à dele o sujeito não precisa explicar mais nada. Tudo que ele precisava provar, se é que isso já foi necessário algum dia, já foi exaustivamente provado, e ao longo de décadas de jogos de tabuleiro modernos.
     
    Portanto, só nos resta agradecer, e agradecer muito, pelo tanto que o Cacá fez pelo board game nacional em termos de divulgação, nesses dezoito anos de “E aí, Tem Jogo?”. No final das contas o que eu sei é que com o encerramento do blog, o hobby fica com menos brilho, com menos excelência de conteúdo e mais triste. O "blog do Cacá"fará muita falta, muita falta mesmo. E isso é uma lástima.
     
    Para finalizar, esse texto é acima de tudo uma justa, porém singela, homenagem ao nosso “decano do board game nacional”, a quem eu agradeço do fundo do coração, por toda a sua linda, poderosa e inspiradora história, dentro hobby, principalmente para quem produz conteúdo, e termino dizendo apenas três palavrinhas, meu camarada:
     
    BRAVO, BRAVO, BRAVÍSSIMO.
     
    Um forte abraço e boas jogatinas!
     
    Iuri Buscácio
     

    P.S. Estou publicando esse texto na ficha do Catan, porque, infelizmente, o lendário “Sapateiros de Catan” ainda não possui nenhuma ficha específica. :):):)



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  • LuisPerdomo
    648 mensagens MD
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    LuisPerdomo22/07/25 00:49
    LuisPerdomo » 22/07/25 00:49

    Belíssima homenagem, jovem Iuri.

    No passado, eu cometi uma injustiça com o Cacá. Já pedi desculpas na ocasião, mas aproveito o momento para me retratar mais uma vez e dizer que vai fazer falta. Que seja apenas um "até logo", você é importante demais para o hobby, Cacá.

    8
  • Uvatar
    23 mensagens MD
    avatar
    Uvatar22/07/25 03:59
    Uvatar » 22/07/25 03:59

    Tenho um carinho especial pelo E Aí Tem Jogo porque ganhei meu Scotland Yard em uma promo de 5 anos do blog, lá em 2012. E foi graças ao Cacá que eu embarquei de vez nesse hobby, pois o Scotland Yard foi meu primeiro jogo. Até então eu sempre era o convidados dos outros e, a partir daquele ponto, eu convidava.

    Sucesso na jogatina e nas futuras empreitadas!


    6
  • Mauricio Sergent
    1007 mensagens MD
    avatar
    Mauricio Sergent22/07/25 09:20
    Mauricio Sergent » 22/07/25 09:20

    Excelente texto e homenagem ao caro amigo Cacá.

    Responsável pela compra do meu segundo jogo "moderno", talvez ele nem lembre, mas por indicação dele acabei comprando o Memoir 44.

    Tinhamos na época a Ilha do Tabuleiro, e talvez alguns poucos ainda lembrem, tinhamos um grupo de Boardgamers no Yahoo.

    A única "loja" que existia para comprarmos alguns jogos de tabuleiro, era a Jogos a Jato, que se minha memória falhar (idade) acho que era de um rapaz chamado Ricardo.

    E nesse meio todo, tinhamos o Blog do Cacá.

    Sempre com escrita fácil, simples, objetiva e sempre isenta.

    Eu sou um desses citados pelo Iuri, muitas vezes consultei o E aí tem jogo para definir uma compra.

    Sentirei falta do blog, mas tudo na vida são ciclos, e tem muita gente nova, de qualidade, pedindo passagem.

    É Cacá, curta bastante seus jogos, se divirta muito, curta bastante sua família e torça muito para seu time.

    Grande abraço meu caro.

    SRN

    4
  • Ricardo Florest
    119 mensagens MD
    avatar
    Ricardo Florest22/07/25 09:53
    Ricardo Florest » 22/07/25 09:53

    Excelente texto, ótima reflexão.
    A gente fica chateado com situações cotidianas do hobby. Mas essa foi paia demais. Segue o jogo...:(

    4
  • RaphaelGuri
    1393 mensagens MD
    avatar
    RaphaelGuri22/07/25 11:32
    RaphaelGuri » 22/07/25 11:32

    Mestre iuribuscacio, certeiro como sempre. 

    Também me impactou a saída do Cacá e, 'cacá' entre nós, cheguei a esboçar um texto similar a este seu (claro que longe de ter a mesma profundidade e qualidade) e até confabulei um pouco sobre o tema com outro criador de conteúdo e grande parceiro, Rafael Arruda, AKA Rimor, sobre o tema. Me impactei com a saída do Cacá, assim como com a mudança de posicionamento do Jack e do Allan, e igualmente como me impacto com o que vejo que tem acontecido nos últimos tempos - um movimento que sempre atravessou o hobby, porém nunca vi com tanta intensidade nessa minha década de criação conteudística (que passou por textos, podcasts e até realizar alguns eventos). Ao 'movimento', me refiro a esta rotatividade de criação de conteúdo. Muita gente boa parando e muita gente começando (dos quais poucos realmente conseguem dar continuidade no trabalho e menos ainda realmente apresentam coisa boa e profunda). Temos alguns grandes canais multimídia, claro, mas pensando em mídia escrita temos talvez não muito mais do que 4 ou 5 que realmente entregam alguma coisa de qualidade. Tirando uma média nisso tudo, malemale dá um texto bom por semana! Uma lástima! Uma tragédia se formos analisar o quanto o hobby cresce a cada dia (e até me indago: será que cresce tanto assim mesmo?).

    Dai, O motivo de eu não ter postado o rascunho desleixado que escrevi foi o mesmo que tem me feito não postar nada há um tempão. A minha última postagem no 'canal oficial' (o Sociedade dos Boards) tem mais de 3 meses - e o meu último texto foi meio feito 'a toque de caixa', pois me forcei a postá-lo por puro hábito. Isso se deu por alguns motivos: comecei a trabalhar em algo fora do hobby que me consome bastante tempo; percebo que velhas perguntas já exaustivamente respondidas nunca deixam de aparecer no feed - me incomodando a falta de proatividade da galera recém chegada em buscar por respostas antes de repetir as mesmas perguntas; a própria Ludopedia, em uma tentativa de ajudar o hobby acaba mais me frustrando, dando muito mais ênfase à multimídias e vídeo do que texto; coisa profunda, texto bom mesmo, sério, reflexivo, elaborado e tudo mais parece não ter o reconhecimento merecido (e me refiro a todos os canais que assim o fazem - mesmo o seu, Iuri) visto que a massa da galera não interage, nem curte, muito menos compartilha. Me soa realmente que acham muito complexo para se quer darem importância (o que tem sido um fenômeno social em maior escala também em outros hobbies - como a iiteratura) e a Ludopedia não ajuda a combater isso (quanto tempo faz que é pedido uma sessão só pra texto e nada é feito?); e tem o lance do mercado cada vez mais caro, com cada vez mais lançamentos, o que torna impossível acompanhar tendo a vida (e a grana) de um cidadão brasileiro médio. Resumo de tudo: desanimei. Desencanei mesmo. Acho que tudo que fiz, SE ajudou alguém, que bom. Ainda continuo dando pitacos no canal Oficina de Variantes, mexendo em um arquivo aqui e outro ali, mas o mérito mesmo vai todo para o Rimor, que não deixa o trenzinho descarrilhar de vez comigo dentro.

    Enfim, agradeço por tudo que já fez - tanto o Cacá, como você Iuri, também todos que você citou, além dos bravos guerreiros do plástico e do papelão que ainda persistem como o Dharrebola, Patanga, Linauro, Dheyrdre,  Rimor, Djow e sua galera, entre outros (e o Bombardium, que coloco à parte pois não sei se ele também parou ou não - tendo em vista que o último post dele tem alguns meses). Espero sinceramente que continuem tendo força e ânimo.

    Abraços

    10
  • pablogbo
    770 mensagens MD
    avatar
    pablogbo22/07/25 11:48
    pablogbo » 22/07/25 11:48

    Muito triste que a mídia escrita venha sofrendo essas baixas...

    3
  • Hudson Goulart
    298 mensagens MD
    avatar
    Hudson Goulart22/07/25 12:13
    Hudson Goulart » 22/07/25 12:13

    iuribuscacio:: 
    Só para que não haja alguma dúvida, não se defende aqui que sejam lançados menos jogos,


    Aí você perde o argumento!


    Na dinâmica atual do mercado, vivemos um ciclo infinito de anúncios, lançamentos, campanhas de publicidade laudatórias (disfarçadas de geraçãode conteúdo), um breve período de hype nos grupos de WhatsApp, como consequência das "campanhas de publicidade" dos conteúdos gerados. seguido de uma revoada de anúncios de venda na Ludopedia e afins, e na sequência um rápido esquecimento. Onde as menções ao tal jogo maravilhoso e revolucionário do mês passado rareiam bastante, isso quando não chegam a zerar.
    Um silêncio quase absoluto finda sendo o destino final da maioria dos lançamentos. Até aí, digamos que seja normal ou quase inevitável. Resultado do darwinismo feroz em que vive a indústria. Mas o ponto é que isso acontece muito rápido! O resultado final de todo esse ambiente é que a grande maioria dos jogos finda tendo uma tiragem única. E esse é o meu ponto específico de reclamação. Não se vive uma situação normal (?) em que os jogos vêm e ficam.

    Isso me faz lembrar da minha área de expertise: as variantes de xadrez. Hobby minúsculo, até mesmo em termos mundiais. A regra para as variantes de xadrez comerciais costuma ser a seguinte. Algum entusiasta tem uma ideia pela qual se apaixona. Ele cria algumas cópias caseiras, joga com os amigos, e em algum momento dá o passo seguinte de tentar lançar o jogo comercialmente. (Como cópia física.) Para isso ele cria uma empresa, contrata a fabricação de um lote de cópias, cria uma loja no [não quero que meu post seja apagado pela Ludopedia] ou na [não quero que meu post seja apagado pela Ludopedia], e tenta vender sua obra, que ele deseja que ganhe o mundo. Também cria um canal no YouTube para divulgar.
    Em geral, ele leva anos para desovar a sua produção. Ao final do que o jogo se torna permanentemente esgotado. Mesmo que tenha vendido vários milhares de cópias! (Como foi o caso do Xadrez Ômega.) Com sorte, o público aficionado que chegar depois poderá contar com a opção de recorrer à versão digital ou em aplicativo.
    Um cenário triste. Porém natural, tendo em vista o caráter geralmente individual e microempreendedor dessas iniciativas. Alguém que não era empresário se torna, com uma missão específica: viabilizar a concretização de um sonho: fazer uma ideia ganhar vida.

    Penso que o cenário das editoras de jogos de tabuleiro seja um tanto diferente. Estamos falando de empresas profissionais. Algumas vezes milionárias. E até mesmo multinacionais. Empresas com departamentos comerciais, de publicidade (será mesmo?), jurídicos, etc. Que preferem terceirizar a divulgação de seus produtos. Que não se dão ao trabalho de realizar nem mesmo obrigações simples como fornecer vídeos de unboxing ou vídeos de regras. A menos que estejam pagando a quem faz isso e eu não esteja sabendo.
    Enfim, vivemos um ciclo infinito de novos lançamentos seguidos de um rápido (e completo) esquecimento. Isso não me parece um cenário muito profissional. Me soa muito mais compatível com o cenário amador que descrevi anteriormente.

    2
  • rafapaz
    533 mensagens MD
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    rafapaz22/07/25 12:19
    rafapaz » 22/07/25 12:19

    Muito legal o relato e reflexão sobre o passado, presente e futuro do hobby e da criação de conteúdo!

    Vejo que o criador de conteúdo tem que escolher um de dois caminhos:

    1 - Fazer conteúdo esporádico, quando der na telha, sobre suas jogatinas, independente de ser lançamento ou não, ou assuntos aleatórios sobre o hobby. Ou seja, lidar com a criação de conteúdo como mais um hobby e não uma obrigação - sem muito investimento ou sacrifícios de tempo.

    2 - Se profissionalizar como um braço de marketing das editoras, fazendo vídeos/textos de alta qualidade, com regularidade 2,3,4 vezes na semana, sobre lançamentos em formatos diversos: unboxing, gameplays, análises (mesmo que sejam enviesadas), etc... isso recebendo jogos e DINHEIRO por esse trabalho árduo. Sim, são pessoas que fazem propaganda indiretamente e mercem ser pagas por isso, como qualquer outro trabalho.

    Como falei lá no tópico do Cacá, ele podia optar pelo primeiro caminho, como muitos fazem e tem seu pequeno público, tanto em podcasts como aqui na ludopedia em texto. Eu particularmente prefiro muito mais esse tipo de conteúdo "descompromissado" e não ligo pra lançamentos.

    Abraços

    7
  • pablogbo
    770 mensagens MD
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    pablogbo22/07/25 12:59
    pablogbo » 22/07/25 12:59

    rafapaz::Muito legal o relato e reflexão sobre o passado, presente e futuro do hobby e da criação de conteúdo!

    Vejo que o criador de conteúdo tem que escolher um de dois caminhos:

    1 - Fazer conteúdo esporádico, quando der na telha, sobre suas jogatinas, independente de ser lançamento ou não, ou assuntos aleatórios sobre o hobby. Ou seja, lidar com a criação de conteúdo como mais um hobby e não uma obrigação - sem muito investimento ou sacrifícios de tempo.

    2 - Se profissionalizar como um braço de marketing das editoras, fazendo vídeos/textos de alta qualidade, com regularidade 2,3,4 vezes na semana, sobre lançamentos em formatos diversos: unboxing, gameplays, análises (mesmo que sejam enviesadas), etc... isso recebendo jogos e DINHEIRO por esse trabalho árduo. Sim, são pessoas que fazem propaganda indiretamente e mercem ser pagas por isso, como qualquer outro trabalho.

    Como falei lá no tópico do Cacá, ele podia optar pelo primeiro caminho, como muitos fazem e tem seu pequeno público, tanto em podcasts como aqui na ludopedia em texto. Eu particularmente prefiro muito mais esse tipo de conteúdo "descompromissado" e não ligo pra lançamentos.

    Abraços

    Eu sinto falta de mais canais (tanto faz se mídia escrita ou vídeo - podcast não tenho o costume de ouvir), tratando de qualquer coisa no hobby, que não seja LANÇAMENTOS.
    Por sorte ainda há bravos produtores de conteúdo que conseguem se desgarrar desse buraco negro chamado LANÇAMENTOS.

    2
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Catan: O Jogo - O Ocaso de mais um Gigante do BG Nacional
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