Após a GenCon eu fiz eu
post com os jogos que mais me chamaram a atenção na feira. De lá para cá, fiquei acompanhando os demais lançamentos, que sairiam apenas em Essen, o que passaram despercebido a mim no primeiro momento. Essa é a ideia desta lista. Quais são os jogos que quero de Essen além dos que já estavam na lista da GenCon.
Para quem quer um review rápido da lista da GenCon, eu adianto. Já joguei quase todos, menos o Scythe Rise of Fenris que chegou lá em casa ontem, o Coimbra que chega para um amigo amanhã e o Rise of Queensdale que está em algum lugar entre o Estados Unidos e o Brasil que eu não sei onde. Os demais, foram 4 surpresas positivas e uma negativa.
Root e Detective já até viraram post do blog e desses, Root com certeza é o favorito da casa com mais de 15 partidas em 2 semanas. Mas Detective também tem o lugar no meu coração e vamos recomeçar o 3o caso este sábado, agora que minha esposa voltou do desembarque dela no trabalho (ela trabalha em regime 28-28). Newton foi a surpresa da lista. Digo isso por que eu já estava meio cansado de euros genéricos e Lorenzo não me empolgou tanto. Mas Newton é muito competente no que faz e é muito gostoso de jogar. Esse é um que eu considero de verdade em ter na coleção. Everdell é um jogo levinho que eu sei que não agradou muita gente, mas eu curti muito. Me deu um feeling de Imperial Settlers melhorado, com umas pegadas boas. A surpresa ruim ficou pelo House of Danger que não é horrível, mas me pareceu muito aleatório e mecanicamente simplista demais. Precisa MUITO de uma turma legal e engraçada entrando no clima para funcionar.
Mas aqui não é para falar da GenCon e sim de Essen, então vamos lá.
Na mesma linha de Detective, esse é um jogo de dedução que saiu no Kickstarter há puoco tempo e vai ter sua versão lançada em Retail em Essen. O jogo é de componentes simples e utiliza-se de um App para ajudar na ambientação. A ideia é que você possa de fato ver a cena do crime no aplicativo, usando até mesmo um óculo de VR que vem com o jogo. O jogo vem apenas com cartas de locais, e pessoas, que podem ser usados em diferentes histórias e cenários. Tipo, um Gordo barbudo que em um cenário é o zelador da escola, em outro pode ser o trabalhador de uma fábrica e etc. Cada carta vem com um QR code que você lê com o celular e ele dá a história do cara naquele cenário que você está jogando. A questão do VR é o que me intriga nesse jogo. Deve ajudar em MUITO a ambientação e imersão. Ao mesmo tempo, o jogo vem apenas com um VR e a ideia é um veja a cena e a descreva, enquanto os outros procuram pelas cartas de pistas e suspeitos abertas para ver correlação. Mas na prática, acredito que todos vão querer de fato ver o que está rolando na tela né. De qualquer forma, o Chronicles eu já consegui pelo KS e a expectativa é grande de jogar. Mas como tenho umas aventuras de Detective e Time Stories na frente, talvez precise de mais um tempinho para jogá-lo.
Outro Kickstarter que está sendo lançado em Essen. O que chamou mais minha atenção deste jogo é o esquema de troca de "presentes" que achei que gera uma interação bem interessante na mesa. No jogo, você tem quatro cartas de presentes e tem que trocá-las com as cartas do tabuleiro, dando sempre uma de maior valor do que a que está aberta. Por exemplo, tem uma carta de valor 4 no tabuleiro e você troca por uma de valor 6 para fazer a ação daquele lugar. Só que agora, a carta de valor 6 pode ser muito útil para o outro jogador ali e ele pode trocar a carta 7 dele pela 6 que você acabou de colocar no tabuleiro para fazer uma ação melhor. Essa interação é o que me chamou a atenção neste jogo. No KS eu não empolguei e não peguei. Agora, que pesquisei melhor, fiquei bem curioso por jogar.
O que dizer desse jogo que não teve quase nada divulgado antes da feira? Não muito. Por que ele está na lista então? Por que é do Alexandre Pfister, autor de Mombasa e Great Wester Trail. O que sabemos é que é um jogo um pouco mais ligado ao tema, que utiliza rondel como principal mecânica e que apresenta modo de partida individual ou campanha. Não sei muito mais do que isso. Tentei até ler o manual que já foi disponibilizado no BGG, mas acho os manuais da Eggspiele a coisa mais chata e mal escrita da vida. Nunca consegui aprender um jogo lendo eles (GWT e Mombasa eu aprendi por vídeos ou com amigos explicando). Mas Pfister justifica o hype. É um dos autores de maior sucesso recente e que mais bate com meu gosto. GWT é um jogo sensacional e por si só já merece o crédito dado ao autor. Então, esse é um dos que entraram no meu short list de jogos que pedi para comprarem.
O jogo nem saiu lá fora e já foi anunciado no Brasil pela Bucaneiros. Os autores tem ótimo currículo. Um fez Anachrony, um dos meus euros temáticos favoritos e o outro é um dos autores de Tzolkin e Marco Polo. A idéia eu curti demais. O tabuleiro inteiro do jogo funciona como um grande rondel, onde você vai movendo os dados pelas áreas do tabuleiro e parando onde você quer fazer a ação. Se você já tiver um dado no local, a ação é potencializada. O jogo tem muita mecânica que eu curto. Rondel, alocação de dados, poderes variados. Acho que vai ser um jogão
Esse é um jogo que eu não vejo em quase nenhuma lista e ao mesmo tempo é o número 1 da minha. Outro jogo que saiu em KS e tem a versão retail lançada agora. Esse também é o único desta lista que eu já joguei, 2 partidas. Então ele está alto aqui é por que eu sei que é bom. O jogo é um sandbox de Velho Oeste. Sandbox é aquele tipo de jogo que você começa e pode fazer o que quiser para ganhar pontos. Não é, de fato, uma jogo com uma linha de pensamento já formada. O jogo tem um Q de Merchands & Marauders pois você pode fazer ações boazinhas e virar um Marshall ou ações de bandido e ser um Procurado. Ser procurado dá mais ponto, mas também te coloca em mais risco de ser preso. O jogo é muito, mas muito divertido. Para você ter ideia, você pode ir no Saloon jogar poker para ganhar dinheiro e você de fato joga uma partida de Texas Hold'em no meio do jogo valendo grana. Tudo é temático. Foi uma das grandes surpresas do ano para mim, e terá texto no canal em breve.
Great Western Trail é um jogo tão redondo, que eu acho que nem caberia muito expansão nele. No máximo uma mini expansão para adicionar mais tipos de objetivos, tiles de prédios (públicos ou privados) e tiles de bônus das locomotivas. Até já existe 2 tiles de bônus e 2 tiles de prédios em duas promos por aí, mas ainda assim resolveram lançar a expansão. Eu não sei o que esperar muito dela, mas vou pagar para ver. Acho que no mínimo ela dará sobrevida para um jogo que já joguei mais de 10 vezes e agora estava parado na prateleira. Ele não entrou na lista apenas por ser uma expansão, mas está na lista já dos jogos que encomendei de lá.
hahahahahahaha 
