dharrebola::
Primeiro, falarei de uma editora que lança com regularidade alguns jogos sensacionais, coisa muito criativa e de muito boa qualidade.
E o melhor: a um preço camarada.
Estou falando da Postmark games.

A Postmark é uma editora fundada em 2021 que não produz jogos "físicos".
Basicamente, ela lança seus jogos e vende os arquivos para que você imprima em casa.
Caro
dharrebola
Rapaz, que coisa feia!!!! Tá todo mundo olhando!!! Um educador feito você Davi, se rendendo ao "vil metal", e promovendo HYPE, a serviço de editora de board game!!! Quem haveria de dizer, como falavam os antigos!!! É minha gente, o final dos tempos deve estar próximo mesmo!!!


Agora fora de brincadeira meu camarada, achei excelente o seu texto, e mais excelentes ainda as suas indicações. Eu penso nessa mesma linha, no sentido de que não é necessário ter um jogo com milhões de componentes, ultra detalhados, com materiais premium, "crème de la crème", para se divertir. Tudo que se precisa para isso, é que o jogo em si, seja divertido, e só, independente de seus acessórios. Muita gente às vezes se esquece que uma miniatura é antes e acima de tudo um acessório. Só que como elas são super valorizadas dentro do cenário dos board games, em alguns casos elas suplantam até mesmo o jogo em si.
O Zombicide, aliás um jogo que eu adoro, é um ótimo exemplo disso. As pessoas pagam pequenas fortunas, para jogar o Zombicide, com miniaturas dos Thundercats ou do Batman. Quando surgiu a ideia dos Zombicides de super-heróis, o que despertou o interesse das pessoas não foi o fato de sair um novo jogo da franquia, mas sim a possibilidade de se jogar com a miniatura do seu spuer-herói preferido da Marvel (Marvel Zombies), ou da DC (DCeased). Do mesmo modo, basta perguntar às pessoas que compraram a expansão No Rest for the Wicked, quantas vezes elas jogaram com o raio do "Dragão Necromântico", que foi a principal causa delas comprarem a expansão.
Outra coisa que exemplifica muito bem, e reforça o que você escreveu, é uma reminiscência do meu passado, e de muita gente que jogou RPG nos anos 70/80. Nessa época importar produtos era "coisa de rico", porque os preços e impostos eram impraticáveis, mais até do que os de hoje. A solução era o sujeito copiar os livros e manuais de RPG, que deu à essa rapaziada mais antiga de "Geração Xerox". O problema é que dado poliédrico não dá para xerocar. Nesse caso o jeito era usar um copinho plástico, com vários papeizinhos com os números dentro, ou usar fichas plásticas cada uma com um número, dentro de um saquinho de pano. Veja que nesse caso não havia os famosos D20, D12, D10, D8 e D4, que fascinavam tantas pessoas por serem tão diferentes de um dado comum (especialmente o D4), e que fez muita gente se interessar pelo RPG. Mas mesmo assim, a diversão era a mesma. EU acho que com os board games acontece o mesmo.
Quanto à Papergames, numa boa, eu acho que a empresa está certíssima de investir em jogos simples, e deixar os ultra complexos para as outras editoras. Do modo como eu vejo, e considerando a escalada dos preços, é bem possível que no futuro o hobby dos board games seja dividido em dois grupos bem distintos. Um grupo menor, bem menor, composto por aqueles que jogam board games de média complexidade para cima, e que pagam muito dinheiro pelos seus jogos, e outro grupo muitíssimo maior, que não tem tanta "bala na agulha" e que vai consumir basicamente party games e alguns jogos família mais baratos. Entre esses dois grupos estarão os jogos leves, que vai se enquadrar em um ou outro grupo dependendo do preço.
Nesse cenário, a Papergame estará muito bem, produzindo party games aos montes, e lucrando horrores com o maior volume de vendas. Eu não duvido muito que em breve a própria Copag faça algum movimento nesse sentido, desde que consiga produzir os jogos de cartas nacionalmente, que faz todo o sentido, já que ela é uma das maiores produtores de baralho do mundo.
Para terminar deixo aqui a minha sugestão para uma alternativa ao "arredondador de pontas" que você sugeriu, que apesar de ser um pouco mais antiga, é mais barata, tem mais utilidade e ainda funciona que é uma beleza:


Para terminar, ainda não li as novas regras do Prêmio Ludopedia, mas se cada cristão tiver apenas um voto, confesso que vou ficar em uma "sinuca de bico" entre você e o RaphaelGuri do Sociedade dos Boards, considerando que acho ambos fenomenais.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio
P.S. "Cardiologistas de Itajubá" foi ótimo! KKKKKKKKKK