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Que 2024 é esse???

Campos de Arle
  • avatar
    RaphaelGuri24/09/24 16:30
    avatar
    RaphaelGuri
    24/09/24 16:30
    1390 mensagens MD

    Que 2024 é esse?

    https://ludopedia-postagem.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/10048_f15515.jpg

     

    Five Tribes, La Granja, Orleans, Alquimistas, Arcadia Quest, Splendor, Istanbul, Patchwork, Dead of Winter: Um Jogo de Encruzilhadas, Deception: Murder in Hong Kong, Imperial Settlers: A Ascensão de um Império, Star Realms, A Batalha dos Cinco Exércitos, Fields of Arle, Klask, Colt Express, Panamax, Abyss, Castles of Mad King Ludwig, Camel Up, Sheriff of Nottingham, Lords of Xidit, Spyfall, Fireteam Zero, AquaSphere, Shadowrun: Crossfire, Port Royal, King of New York, Kanban, Red7, Hyperborea, Ancient Terrible Things, Deus, XCOM: The Boardgame, Gardens, Vudu, Abluxxen, Haru Ichiban, Masmorra de Dados, Costa Ruana, La Isla, Arkwright, Labyrinx, Paperback, Swords and Bagpipes, Good Cop Bad Cop, Flip City, Pagoda, Captive, Onitama.

     

    Alguém sabe ou percebe o que estes cinquenta jogos listados acima têm em comum?

    Eu respondo: o ano de lançamento. Todos são do ano de 2014.

    .

    .

    .

                    Obviamente, precisamos considerar o tempo de ‘atraso’, de espera, para a localização de alguns jogos, pois poucos saem aqui e no resto do mundo ao mesmo tempo, não só isso, alguns destes jogos não chegaram a ser lançados no Brasil, outros vieram muitos anos depois, mas certamente quase todos listados acima são reconhecidos quando alguém cita seus nomes – mesmo que para falar mal.

                    A reflexão aqui não é sobre um jogo em específico, mas em um olhar sobre a evolução do mercado – não pensando estritamente na relação comercial, mas em como nós, jogadores, encaramos a velocidade e a qualidade dos novos títulos e o seu impacto criativo dentro do hobby. Por aí, muito se diz que nunca foi lançado jogos em quantidade tamanha igual ao ano atual – e a cada ano repetem essa frase, como se a cada ano mais e mais o hobby cresce em quantidade, mas será que precisamos realmente nos preocupar com a QUANTIDADE de jogos lançados?

                    Não estou aqui para – exclusivamente - criticar 2024, afinal o ano nem acabou ainda e teve alguns títulos realmente interessantes como Harmonies ou Wyrmspan, contudo, não consigo evitar de me pegar pensativo, algo como: “será que em 2034 Vale dos Moinhos terá tanta relevância quanto Istanbul, Onitama e Star Realms teve ainda em 2024?” ou “2034 teremos uma reedição de Salton Sea como em 2024 tivemos de Fields of Arle?”.

                    Fato é, pelo menos para mim, que 2024 está sendo um ano muito fraco. Os maiores nomes do ano foram, até o momento, expansões ou relançamentos requentados, vide Survive: Fuga de Atlântida, que veio como o meme do “Que Xou da Xuxa é esse?”, tendo sido resgatado depois de décadas (o jogo original é de 1982!).

                    Não entendam mal: todo ano temos revisitações e bons lançamentos. La Granja (de 2014), voltou ano passado substituindo aquele visual de quadro-de-casa-de-vó por algo muito mais detalhado, Castles of Burgundy também foi ressuscitado com um novo visual mais do que merecido também. Apesar disso, mesmo o ano de 2023 trouxe muito mais novas alegrias: The White Castle, Nucleum, um bando de novos Great Western Trails, Earth, Hegemony, Barcelona e mais alguns. Já 2024, o que trouxe de realmente novo? Independentemente da resposta, persiste a pergunta: mesmo estes nomes de 2024 viverão quanto tempo na lembrança? The Thing ou Revive, ambos de 2022, sinto que são mais lembrados (e com mais carinho) hoje do que alguns títulos lançados ainda em março ou abril deste ano nas conversas de WhatsApp que acompanho.

                    Deixo, por fim, algumas reflexões, ciente de que apesar de existir a responsabilidade das editoras relacionadas ao marketing dos jogos e mesmo a qualidade individual de cada obra em permanecer-se relevante, ainda temos a nossa própria responsabilidade como jogadores de fazer um melhor proveito de todo o trabalho feito por estes outros elementos (editora e gamedesigners) neste enorme processo. Então, pergunto:


    a.- Com qual velocidade você supera os jogos atuais, ou seja, quanto tempo em média sente que um jogo te prende antes de passar para outro?


    b.-
    Quanto mais compramos, a tendência é termos menos tempo jogando um determinado título. O quanto isso impacta sua rotina como jogador e/ou colecionador?


    c.-
    O quanto você costuma revisitar jogos parados na estante?


    d.-
    Pensando nos lançamentos de 2024 (nacional e internacionalmente), acha que algum título consegue estender sua relevância por 10 anos ou mais?

     

     

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/d8431_f15515.png

    Um texto de
    Raphael Gurian

     

     

     
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    Comentários:

  • eduardodtb
    163 mensagens MD
    avatar
    eduardodtb24/09/24 17:12
    eduardodtb » 24/09/24 17:12

    Sou relativamente novo no hobby, começando de maneira mais assídua agora em 2024. Jogo videogame desde que me conheço por gente, e inclusive essa transferência para os boards foi uma maneira que encontrei de "destelar" um pouco minha vida.

    Dado esse meu contexto, trago a mesma reflexão que sempre apliquei com videogames. Pra quê se preocupar com lançamentos? Todo jogo que você ainda não conhece, é um jogo novo.

    "Ah, mas você começou no hobby esse ano, então tem milhares de jogos pra "tirar o atraso", eu estou há 5, 10 anos nessa pegada". Beleza, faz sentido. Mas é sério mesmo que você acha que já jogou tudo o que tem de interessante por aí? Ou melhor, que jogou O SUFICIENTE tudo o que tem de interessante? Acho meio improvável. Acho até humanamente impossível, mesmo que você já jogava board games quando Catan foi originalmente lançado.

    23
  • iuribuscacio
    3181 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio24/09/24 17:40
    iuribuscacio » 24/09/24 17:40

    Caro RaphaelGuri

    Meu amigo mais uma vez te parabenizo pelo excelente texto, e mais ainda pela ótima reflexão que ele propõe.

    Eu tenho uma opinião pessoal, muito particular, no sentido de que me parece que a crise de criatividade, que tem atacado severamente outros áreas de entretenimento, como filmes e séries, também está presente nos board games, como não poderia deixar de ser. E no caso dos jogos de tabuleiro isso é ainda mais grave, porque eles tem uma possibilidade de gerar mais produtos derivados do que filmes e séries. Quando um filme faz sucesso é natural que se espere o surgimento de uma sequência, bem como os spin-offs das séries. Mas há um limite para a quantidade tanto de sequências de filmes quanto de spin-offs de séries, ao passo que no caso dos jogos o limite para a quantidade de expansões, e material extra é muito maior.

    A decorrência disso é que se torna muito mais vantajoso para um designer ou uma editora investir, em expansões e material extra de board games que já são um sucesso de vendas, do que iniciar todo o processo do zero, com um jogo novo. Claro que essa não é uma regra absoluta, caso contrário, não sairia nenhum jogo novo nunca, e todos sabem que, a cada ano que passa, surgem novos títulos. Mas da mesma forma, é inegável a força do incentivo de se trabalhar em cima de bases já consagradas, e cujo retorno financeiro é quase garantido, que é incontestavelmente mais confortável e seguro do que embarcar em uma nova empreitada. E isso tem uma influência forte na questão da criatividade necessária para criar jogos novos. Não que não seja necessária uma dose de criatividade para lançar uma nova expansão, mas nesse caso ela é muito menor do que no caso de um jogo inteiramente novo.

    Há que se considerar também, que mesmo no caso dos jogo novos, lançados não apenas em 2024, mas também nos últimos anos, a sensação, não apenas minha mas de diversas outras pessoas aqui no Ludopedia, em especial dos companheiros Davi Henrique (dharrebola) e GabrielAlmeida, é a de que cada vez se lança mais do mesmo. Dificilmente se vê algo realmente novo, como por exemplo a implementação da alocação de trabalhadores do Invasores do Mar do Norte, em que os peões não pertencem a um único jogador, mas vão sendo "trocados" conforme a alocação acontece.

    Obviamente que falar em termos geral de board games é sempre muito complicado, dada a miríade de jogos lançados anualmente e dos quais a maioria de nós reles mortais sequer fica sabendo. Então é possível que todo anos saia uma quantidade grande de jogos inéditos e inovadores, dos quais não se tem notícia, o que vai na contramão do que eu disse antes. Mas mesmo essa sendo uma possibilidade real, não me parece que as coisas sejam assim, principalmente em um mundo cada vez mais interligado, em que as pessoas são bombardeadas com novidades quase que instantaneamente. Por isso se houvesse realmente essa explosão de criatividade, dificilmente ela passaria despercebida.   

    Com isso, a chance de surgir um novo board game moderno clássico, daqueles com "C" maiúsculo, que continuarão sendo relevantes, produzidos e principalmente jogados daqui a dez ou vinte anos, me parece cada vez menor. Não precisava nem ser um outro Carcassonne, um outro Azul, um outro Wingspan, ou um outro Brass, porque um jogo que se sobressaísse apenas um pouco já seria muito bem vindo.

    É como eu voto, Eminente Relator...

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio

    11
  • RaphaelGuri
    1390 mensagens MD
    avatar
    RaphaelGuri24/09/24 17:59
    RaphaelGuri » 24/09/24 17:59

    eduardodtb::Sou relativamente novo no hobby, começando de maneira mais assídua agora em 2024. Jogo videogame desde que me conheço por gente, e inclusive essa transferência para os boards foi uma maneira que encontrei de "destelar" um pouco minha vida.

    Dado esse meu contexto, trago a mesma reflexão que sempre apliquei com videogames. Pra quê se preocupar com lançamentos? Todo jogo que você ainda não conhece, é um jogo novo.

    "Ah, mas você começou no hobby esse ano, então tem milhares de jogos pra "tirar o atraso", eu estou há 5, 10 anos nessa pegada". Beleza, faz sentido. Mas é sério mesmo que você acha que já jogou tudo o que tem de interessante por aí? Ou melhor, que jogou O SUFICIENTE tudo o que tem de interessante? Acho meio improvável. Acho até humanamente impossível, mesmo que você já jogava board games quando Catan foi originalmente lançado.

    Perfeita analogia essa entre videogames e jogos de tabuleiro, na minha opinião, Eduardo. Ainda reforço a ideia de que essa "pressão" pelo novo é pior nos videogames, tendo em vista o componente tecnológico incluso, onde, por vezes, não viram a cara apenas para o jogo, mas para uma plataforma inteira.

    Obrigado por ter compartilhado o comentário! :)

    2
  • RaphaelGuri
    1390 mensagens MD
    avatar
    RaphaelGuri24/09/24 18:07
    RaphaelGuri » 24/09/24 18:07

    iuribuscacio::
    Caro RaphaelGuri

    Meu amigo mais uma vez te parabenizo pelo excelente texto, e mais ainda pela ótima reflexão que ele propõe.

    Eu tenho uma opinião pessoal, muito particular, no sentido de que me parece que a crise de criatividade, que tem atacado severamente outros áreas de entretenimento, como filmes e séries, também está presente nos board games, como não poderia deixar de ser. E no caso dos jogos de tabuleiro isso é ainda mais grave, porque eles tem uma possibilidade de gerar mais produtos derivados do que filmes e séries. Quando um filme faz sucesso é natural que se espere o surgimento de uma sequência, bem como os spin-offs das séries. Mas há um limite para a quantidade tanto de sequências de filmes quanto de spin-offs de séries, ao passo que no caso dos jogos o limite para a quantidade de expansões, e material extra é muito maior.

    A decorrência disso é que se torna muito mais vantajoso para um designer ou uma editora investir, em expansões e material extra de board games que já são um sucesso de vendas, do que iniciar todo o processo do zero, com um jogo novo. Claro que essa não é uma regra absoluta, caso contrário, não sairia nenhum jogo novo nunca, e todos sabem que a cada ano que passa surgem novos títulos. Mas da mesma forma é inegável a força do incentivo de se trabalhar em cima de bases já consagradas, e cujo retorno financeiro é quase garantido, que é incontestavelmente mais confortável e seguro do que embarcar em uma nova empreitada. E isso tem uma influência forte na questão da criatividade necessária para criar jogos novos. Não que não seja necessária uma dose de criatividade para lançar uma nova expansão, mas nesse caso ele é muito menor do que no caso de um jogo inteiramente novo.

    Há que se considerar também, que mesmo no caso dos jogo novos lançados não apenas em 2024, mas também nos últimos anos, a sensação, não apenas minha mas de diversas outras pessoas aqui no Ludopedia, em especial dos companheiros Davi Henrique (dharrebola) e GabrielAlmeida, é a de que cada vez se lança mais do mesmo. Dificilmente se vê algo realmente novo, como por exemplo da implementação da alocação de trabalhadores do Invasores do Mar do Norte, em que os peões não pertencem a um único jogador, mas vão sendo "trocados" conforme a alocação acontece.

    Obviamente que falar em termos geral de board games é sempre muito complicado, dada a miríade de jogos lançados anualmente e dos quais a maioria de nós reles mortais sequer fica sabendo. Então é possível que todo anos saia uma quantidade grande de jogos inéditos e inovadores, dos quais não se fica sabendo, o que vai na contramão do que eu disse antes. Mas mesmo essa sendo uma possibilidade real, não me parece que as coisas sejam assim, principalmente em um mundo cada vez mais interligados, em que as pessoas são bombardeadas com novidades quase que instantaneamente. Por isso se houvesse realmente essa explosão de criatividade dificilmente ela passaria despercebida.   

    Com isso, a chance de surgir um novo board game moderno clássico, daqueles com C maiúsculo, que continuarão sendo relevantes, produzidos e principalmente jogados daqui a dez ou vinte anos me parece cada vez menor. Não precisava nem ser um outro Carcassonne, um outro Azul, um outro Wingspan, ou um outro Brass, porque um jogo que se sobressaísse apenas um pouco já seria muito bem vindo.

    É como eu voto, Eminente Relator...

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio

    Como sempre, concordo em número, gênero e grau contigo, mestre Iuri.

    A inovação é algo raro (e que bom), mas mesmo a maioria dos jogos sendo uma colagens de várias pequenas coisas já vistas, ainda tem faltado aquele "punch" nos jogos mais recentes para mim.

    E agregando uma coisa ao seu comentário: não somente expansões, mas re-usos de franquia está muito comum. Terraforming Mars versão tabuleiro, dado, carta, logo vem escrever, party, mímica, etc etc etc. É legal? Até é, mas mostra certa cara de preguiça. Não é por amar Beatles que vou ficar querendo ouvir remixes novos a cada ano. Hehe

    Abraços!

    2
  • Rhapsody
    1693 mensagens MD
    avatar
    Rhapsody24/09/24 18:17
    Rhapsody » 24/09/24 18:17

    Excelente percepção e um baita questionamento.

    Seria o 2014 dos boardgames o mesmo que foi o 1998 para os videogames?

    4
  • tuliobarros
    1752 mensagens MD
    avatar
    tuliobarros24/09/24 19:23
    tuliobarros » 24/09/24 19:23

    Eu fiz uma pequena pesquisa dos jogos lançados em 2014 segundo o BGG e ordenei por ranking geral e tive a surpresa de achar quase 5 mil títulos e ou eu não conhecia ou nunca joguei muitos dos 100 primeiros listados (entre os rankings 32 a  1881). Aliás, dos primeiros 100, só joguei 24 até hoje.

    Assim, esse recorte inicial é bem isso mesmo, um recorte. 

    Aqui na Ludopedia fiz outra pesquisa, mas dei uma robadinha. Escolhi o ano de 2016, que foi o primeiro que ultrapassou o número de 100 jogos lançados e tem muitos dos listados no post. Mas eu destaco aqui alguns dos que eu acho que são excelentes: Sheriff of Nottingham, Takenoko, Power Grid, Sentinelas do Multiverso, As Viagens de Marco Polo, Euphoria, Terra Mystica, Twilight Struggle, Istanbul, Village, Pandemic: O Reino de Cthulhu, Galaxy Trucker, Isle of Skye, Potion Explosion, Imperial Settlers, Blood Rage, Código Secreto, entre outros.

    Quando temos poucas opções, investimos mais nelas e isso gera mais afeto. Logo, o idoso, como eu, vai ter muito mais afeto por um desses do que por SCOUT. E muito provavelmente o eduardodtb, se jogasse muitos desses que eu listei talvez nem curtisse, como muitos não curtiram o Isle of Skye na época e, para mim, é um jogão.

    Outra coisa que não dá para comparar é o acesso. Até esta data (24/09/2024), foram lançados 252 jogos neste ano, no Brasil. Quase cinco vezes mais do que foi lançado durante todo o ano de 2014 (55). Jogo, como bem de consumo, como produto, deve ser rentável. É natural que haja uma variedade de jogos que vão se inspirando em elementos de outros jogos que fizeram sucesso. E ainda assim, quantas vezes os criadores de conteúdo não colocam em pauta "jogos bons que floparam"?! É uma imensidade de jogos que são ofuscados por outros que ganharam mais espaço.

    Eu não tenho muita convicção para dizer que, em média, os jogos de dez anos atrás são melhores que a média dos jogos lançados hoje. Mas me parece mais fácil dizer que eram mais diferentes entre si. Autores e editoras arriscavam mais em jogos diferentes. 

    Como curiosidade, tem uma lista interessante aqui: Top 50 jogos com partidas registradas no BGG em junho de 2024. E olhe o top 10:
    Ark Nova
    Azul
    Wingspan
    Cascadia
    Terraforming Mars
    Harmonies
    Heat
    Sea Salt & Paper
    Sky Team
    SCOUT


    E o mais interessante de tudo:
    Lista de ano de publicação dos jogos:
    2024 4
    2023 7
    2022 4
    2021 4
    2020 2
    2019 5
    2018 7
    2017 3
    2016 3
    2015 1
    2014 ou mais antigo 10

    6
  • iuribuscacio
    3181 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio24/09/24 19:50
    iuribuscacio » 24/09/24 19:50

    RaphaelGuri::
    Como sempre, concordo em número, gênero e grau contigo, mestre Iuri.

    A inovação é algo raro (e que bom), mas mesmo a maioria dos jogos sendo uma colagens de várias pequenas coisas já vistas, ainda tem faltado aquele "punch" nos jogos mais recentes para mim.

    E agregando uma coisa ao seu comentário: não somente expansões, mas re-usos de franquia está muito comum. Terraforming Mars versão tabuleiro, dado, carta, logo vem escrever, party, mímica, etc etc etc. É legal? Até é, mas mostra certa cara de preguiça. Não é por amar Beatles que vou ficar querendo ouvir remixes novos a cada ano. Hehe

    Abraços!


     
    Caro RaphaelGuri

    Concordo totalmente e gostaria de fazer dois pequenos adendos, aproveitando a deixa do "concordar". Antes que apareça alguém para dizer que grau não concorda, a verdade não é bem essa. Ninguém dúvida de que número e gênero concordam obrigatoriamente. Assim sendo a regra culta não admite "o doutores" ou "os doutor" (número), nem tampouco "aqueles doutoras", ou "aquelas doutores" (gênero). Por outro lado ela não exige obrigatoriamente "casa amarela", admitindo "casinha amarela" ou "casa amarelinha" (grau). Portanto, o grau não concorda obrigatoriamente, como número e gênero, mas isso não quer dizer que o grau não possa concordar, o que tornar erra a expressão "grau não concorda", não apenas porque isso pode acontecer, mesmo que não seja obrigatório, e porque efetivamente é o que acontece em geral. 
     
    Agora deixando a belíssima e interessantíssima língua portuguesa de lado (que a cada dia se torna cada vez mais "língua brasileira", pela enorme disparidade da quantidade de falantes, afinal os brasileiros correspondem a mais de 90% dos falantes do português hoje em dia), vale lembrar também que cada vez é mais comum lançar as versões de grandes franquias dos board games. Desse modo, ao invés de surgir um bom jogo novo como o Heat, o que se vê em muitos casos é a "nova versão" daquele jogo XYZ consagrado, mas agora nos universos Marvel, Disney, Star Wars, Harry Potter, e por aí vai.  

    No mais, conforme disse o tuliobarros, não é questão de dizer que os jogos de hoje, na média são piores ou melhores do que os jogos de 10 anos atrás (muito embora jogos bons de 10 anos atrás, e que são sucesso até hoje, passaram no teste do tempo, pelo menos em parte), até porque melhor ou pior, principalmente em termos de board games são termos altamente relativos e subjetivos. Mas não dá para deixar de notar que  há 10 ou 15 anos atrás, havia uma forte impressão de maior variedade nos board games lançados a cada ano.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio
     

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  • RaphaelGuri
    1390 mensagens MD
    avatar
    RaphaelGuri24/09/24 20:47
    RaphaelGuri » 24/09/24 20:47

    Rhapsody::Excelente percepção e um baita questionamento.

    Seria o 2014 dos boardgames o mesmo que foi o 1998 para os videogames?

    Ótima pergunta. Acho que vale a pesquisa de "melhor ano com mais bons títulos". Só falta o tempo pra isso! Hahah

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  • Ivanthrash
    168 mensagens MD
    avatar
    Ivanthrash24/09/24 20:51
    Ivanthrash » 24/09/24 20:51

    Apenas contribuindo para o debate e as percepções, não sei se vocês lembram, mas há alguns anos fiz um estudo bem extenso dos dados da Ludopedia, e essa discussão me remeteu a uma das análises, que vou reproduzir aqui:


    “Dados considerados: Nota média e nota rank que são informações
    disponíveis no cadastro de cada jogo. Não é possível caracterizar o cálculo
    desses dois parâmetros porque não há referência esclarecedora na Ludopedia.
    Acredito que a nota média considera todas as notas dadas pelos usuários para
    o jogo (sem nenhum filtro, uma média aritmética simples), e a nota rank utiliza-se
    da inferência Bayesiana para evitar discrepâncias estatísticas (na Ludopedia
    há apenas a menção que utiliza-se média Bayesiana). A Ludopedia também
    menciona que são considerados para o ranking somente jogos com mais de 10
    notas.
    Foram considerados somente jogos que apresentam notas (não são todos
    os jogos que apresentam notas em seu cadastro), e realizou-se médias
    aritméticas simples de ambas as notas por ano (lembrando, o ano sempre se
    refere ao ano de lançamento no Brasil).


     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/4d250_5ghct8.png
    Aqui observa-se um comportamento interessante: a tendência ao longo
    do tempo é de aumento na nota média (que considera todas as notas) e
    decréscimo da nota rank (que utiliza-se da inferência bayesiana).”
     
    Interessante notar que a nota média e a nota Rank tem comportamentos distintos, e que a nota rank (que aparentemente passa por algum tratamento para evitar distorções) apresentou um comportamento claro de decréscimo ao longo do tempo.

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