Taverna – Sextou no reino de Averna!
Título: Taverna (2015)
Designer: Karl Marcelle
Arte: Jonathan Hartert
Editora nacional: Mandala Jogos
Nº de jogadores: 2 a 5
Em Taverna os jogadores irão recepcionar clientes e guia-los para as melhores tavernas da cidade. Bom, pelo menos, para as melhores tavernas para o bolso dos jogadores!
Com uma mistura inusitada de mecânicas e uma arte lindíssima, Taverna é um jogo de combos que divide muitas opiniões, seja por suas regras complexas a princípio ou sua forma de pontuação final, visto por alguns como muito punitiva.
IMPORTANTE: Alguns jogos surfam na onda do hype (fama e propaganda pré-lançamento) enquanto outros se afogam num maremoto causado por motivos estranhos, como um preço de mercado muito baixo ou mesmo aparente abandono da editora em relação à divulgação. É importante, na minha humilde opinião, jogarmos um jogo independente de preço, fama ou ranqueamento em sites especializados. Digo tudo isso, pois Taverna é um jogo que vejo sofrer com uma má fama, com um preconceito, devido ao preço baixo que (inexplicavelmente) ele custa no mercado e a falta de popularidade. Nesta análise, portanto, SEREI HONESTO com o jogo, independentemente de qualquer pré-julgamento devido à fama adquirida pelo jogo ao longo do tempo.

Critérios
Ø Arte
Certamente a arte é um dos pontos altos de Taverna, sendo inclusive uma das mais belas ilustrações de caixa com tema de fantasia medieval que já vi.
A arte da caixa traz figuras grandes, de variadas raças, como orcs, elfos e anões, com cores vivas, ricas em detalhes e cheias de personalidade, conversando, rindo e brindando dentro de uma taverna, o que foge bastante do costumeiro “medieval = batalhas e sangue”. Esta ilustração chama bastante a atenção, apesar de não dizer muito sobre o conteúdo e mecânicas do jogo em si.
Temos dois tipos de cartas no jogo: Cartas de Feitiços, que são bem simples e objetivas, sendo compostas por um fundo com ilustração de pergaminho e textos; e as Cartas de Cliente que são constituídas basicamente de uma ilustração e um ícone no canto (além de algumas terem um lembrete de quantidade de jogadores). Esta ilustração é simplesmente incrível, seguindo a mesma linha e paleta de cores da arte da caixa, onde são representados personagens de diferentes raças, geralmente em plano médio curto (do peito para cima).
[cartas de cliente das raças: Humanos e Orcs]
Temos ainda o tabuleiro, que apresenta uma visão aérea do centro da cidade, com cada taverna (como se não tivesse telhado ou se ele fosse invisível onde ficam as mesas). A arte deste tabuleiro é bem bonita e rica em detalhes. Além disso, temos quatro miniaturas cartonadas, que representam figuras importantes da cidade, todas bem desenhadas e bem características. De uma forma geral, a arte consegue criar um novo universo, vibrante e colorido, que apesar de trazer algumas referências e estereótipos, ainda consegue ter uma pitada de originalidade.
Os demais componentes e fichas, no geral, se baseiam em ilustrações simples, mas vale destacar os pequenos discos usados para simbolizar os clientes, que possuem uma ilustração que num primeiro contato pensamos “Masôquequeisso?”, e na verdade se trata de uma “toalhinha de mesa”, algo bem simples, mas que casa bem com a ideia e visual do jogo, apesar de deixar uma sensação de “população invisível”, pois lotamos as tavernas de toalhas, não de criaturas.
[tabuleiro do jogo]
Ø Qualidade dos Componentes
Os componentes de Taverna são de qualidade razoável. Enquanto temos cartas e fichas de papelão de boa qualidade, os marcadores de plástico são meio translúcidos, daquele tipo que parece uma bala de goma. Particularmente, não vejo problema prático nesse tipo de marcador, achando-o apenas um pouco feio mesmo.
Sobre as cartas é importante salientar que existe uma carta com erro em seu texto, mas existe uma errata na internet e, caso você use cartas com sleeves (os plastiquinhos que envolvem as cartas para protege-las), é facilmente contornável este problema de erro de tradução da carta (mas não podemos ignorar que existe!).
O tabuleiro de Taverna é de uma boa qualidade, comportando todos elementos necessários e até o espaço para um dos baralho de cartas (as Cartas de Feitiço), além de ser dupla face, adequando cada lado para uma quantidade específica de jogadores, o que é muito bom, pois assim a diagramação do tabuleiro não precisa recorrer muito à táticas de “tampar coisa proibida” para balancear uma partida em diferente contagem de jogadores.
O manual do jogo é feito com um papel de gramatura fina e fica meio molenga, devido ao seu formato largo, sendo composto por muito texto, algumas imagens e muitos exemplos.
Por fim, a caixa do jogo é de excelente qualidade, sendo grossa e com um acabamento fosco.
Ø Curva de Aprendizagem
A curva de aprendizagem é alta.
Ele é um jogo com uma arte linda que se vende como algo familiar, tanto pelo tema até em função do tempo de jogo (45 a 60m), porém as regras são um pouco entruncadas de início. Basicamente, o jogador na sua vez escolhe uma carta de cliente disponível, pega a ficha que representa aquela cor e coloca em algum lugar disponível do tabuleiro, depois move seu disco numa trilha correspondente àquela cor.
Até aqui, tudo fácil, porém essa ‘colocação do disco do cliente’ (que simboliza uma toalhinha de mesa) abre algumas variáveis: SE o lugar for da mesma cor, acontece algo; SE o lugar tiver determinado ícone, acontece algo; SE no lugar tiver um dignitário (personagem), o jogador PODE ativa-lo; SE no lugar alguém tiver uma escritura (um cubo de posse) eles ganham moeda; O jogador PODE jogar uma Carta de Feitiço; O jogador PODE usar uma Ficha de Favor Real; O jogador PODE, ainda, usar um Marcador de Privilégio. Além disso tudo, qual cliente o jogador vai escolher vai depender de diversas escolhas como posição de seu disco em uma trilha, se precisa de moedas, se isso interfere com as ações que você quer fazer para pontuar no final, entre outras coisas.
...Pois é, ficou meio cansativa a leitura acima? Na sua primeira partida explicando (ou aprendendo) o jogo, você pode se sentir assim também: Afogado numa enxurrada de informações, tendo que processa-las de forma isolada para entender seu funcionamento e conjunta para conseguir montar sua estratégia. Contudo, depois de devidamente aprendido e interiorizado, tudo flui bem e vai até rápido, gerando um AP (Analysis Paralysis – aquele tempo de raciocínio das jogadas) somente em alguns casos.
Ø Presença de Tema
Apesar de não sermos de fato taverneiros, mas sim uma espécie de influenciadores populares e acionista das tavernas, o tema é bem entregue como se propõe, uma vez que as mecânicas do jogo casam bem com a proposta temática. Fazemos a alocação de clientes em tavernas, sempre de olho no que é melhor para nós.
É interessante, além disso, o fato de ser um jogo com tema de fantasia medieval, com orcs, elfos, anões e humanos que não consiste em combates. Temos no jogo mecânicas de influência de área, mas de uma forma diferente, onde as raças entre si não se confrontam por território e poder, mas os taverneiros que estão em busca de fama e dinheiro!
Ø Rejogabilidade
Apesar dos jogadores não terem habilidades diferentes ou nada do gênero, a rejogabilidade considero alta, pois o jogo é basicamente uma construção de combos e otimização de ações, logo cada nova partida e cada nova rodada irá apresentar diferentes situações para o jogador lidar. Além disso, no início de cada partida, uma raça diferente (dentre as quatro do jogo: Orcs, Anões, Elfos e Humanos) será a escolhida para ser o Povo Escolhido, mudando assim um pouco as escolhas dos jogadores ao longo da partida, já que cada trilha de cada raça dá recompensas diferentes ao longo da partida, e essa raça influencia uma pontuação final, forçando os jogadores a focarem mais nela.
Ø Interação
A interação é alta e se dá em duas formas: Direta, através de algumas Cartas de Feitiço; e indireta, seja na ocupação de espaços disponíveis, na corrida das trilhas de raça, na alocação dos dignitários (personagens) e na escolha das cartas. Além disso, existe uma única ação de escolha no final da partida que impacta diretamente os demais jogadores (voltaremos a ela no último item desta análise).
Ø Fator Sorte
A presença de sorte no jogo é baixa. Salvo a compra de Cartas de Feitiço, todas ações dependem diretamente de escolhas do jogador. Mesmo as Cartas de Cliente não impactam muito, pois ficam quatro cartas abertas na mesa, logo o jogador sempre terá escolhas na hora de pegar alguma, mas claro, ainda assim existe um pequeno fator de sorte envolvido.
Ø Fator Estratégia
Taverna é um jogo altamente tático (curto prazo), com uma boa dose de estratégia (longo prazo). Praticamente quase tudo que acontece é por interferência direta dos jogadores e o jogo é daquele tipo ‘salada de pontos’, onde quase todas ações irão pontuar de alguma forma em algum momento.
Voltando ao assunto iniciado no item Interação, Taverna possui diversos tipos de ação extra, como jogar Carta de Feitiço, Usar os bônus dos dignitários, comprar novas participações em tavernas e assim por diante, e cada uma dessas ações do jogador (ou quase todas) acabam compondo uma enorme salada de pontos, porém existe uma reviravolta na pontuação final: Aquele jogador que está mais avançado na Trilha do Povo Escolhido tem o direito de escolher uma opção, dentre cinco possíveis, para fazer uma pontuação extra (são as iconografias que estão bem no centro do tabuleiro). Aqui que gira a polêmica da pontuação final de Taverna, onde uns amam e outros odeiam. Isso, pois a opção que um jogador escolher para pontuar fica indisponível para os demais.
Por exemplo: Se o jogador mais bem posicionado na trilha escolher fazer pontos extras de final de jogo pelas Moedas que acumulou, nenhum outro jogador pode escolher pontuar por suas moedas. Este tipo de escolha acaba gerando um bloqueio bem forte, pois o jogador pode deliberadamente escolher não o melhor para ele, mas o pior para algum outro jogador da mesa. Já aconteceu em uma determinada partida em que eu estava presente de, no final da partida, o jogador que estava a frente na Trilha do Povo Escolhido não iria vencer, não importava qual opção escolhesse, contudo os segundo e terceiro colocados tinham poucos pontos de diferença, logo a escolha deste jogador à frente na trilha LITERALMENTE definiria quem seria o vencedor da partida.
(OPINIÃO PESSOAL: Devido a essa característica pontuação final, Taverna pode se tornar frustrante com jogadores muito competitivos. Para sanar tal problema, ao meu ver, a pontuação do jogo deveria ser totalmente oculta dos outros jogadores (não uma trilha aberta como é), evitando este tipo de conflito no final. Todavia, esta característica negativa não aparece em partidas com dois jogadores, uma vez que não existem mais jogadores para ‘dividir esta escolha’, sendo então Taverna um excelente jogo para dois jogadores.)
[Trilha dos Povos, onde neste exemplo o VERDE/ELFOS são o Povo Escolhido (vide disco dourado).
Ao final da partida, quem estiver mais à frente no VERDE poderá escolher como pontuará no final]
CONTUDO (em caixa alta de propósito para chamar atenção), já tive diversas partidas, onde este impacto não foi tão pesado, pois todos na mesa pontuaram de forma relativamente similar nesta pontuação final. A chave para esta pontuação final ser mais ou menos impactante é a forma que os jogadores da mesa jogam, baseados majoritariamente no quanto do jogo eles conhecem. Não adianta um jogador fazer muitas ações ao longo da partida buscando lhe garantir boa pontuação final, caso não consiga ficar bem colocado na ordem da Trilha do Povo Escolhido, para escolher o item que tanto focou na partida. Dessa forma, mesmo este polêmico final, o qual já ouvi reclamações e elogios, está intimamente ligado com as escolhas estratégicas do jogador ao longo da partida. Ele pode simplesmente ignorar isso e tentar pontuar o máximo possível durante a partida? Com certeza. Tudo é uma questão de escolhas otimizadas dos jogadores. Lembrem-se: Taverna exige um tempo longo de aprendizagem para ser dominado. Taverna, portanto, em sua essência é um jogo de combos e, principalmente, equilíbrio nas escolhas dos jogadores.
Perguntas Frequentes:
1. O jogo funciona bem com qualquer quantidade de jogadores? Sim. Devido ao tabuleiro dupla-face, os espaços de alocação e tavernas ficam bem balanceados. É um jogo que funciona muito bem para dois jogadores.
(Opinião Pessoal: Ele funciona bem, mecanicamente, com qualquer número, mas prefiro ele em duas pessoas, por dois motivos básicos: 1. Devido ao determinismo da Pontuação Final ter menos impacto, já que cada jogador escolhe duas opções entre as cinco; 2. Jogando-se em dois, quando ambas pessoas tem o costume de jogarem sempre juntos (familiares, casais, amigos e etc.), a tendência é que o nível de entendimento do jogo seja relativamente similar entre ambos, tornando-o mais competitivo, uma vez que a curva de aprendizagem do jogo tem muito impacto no quão conscientes são as escolhas dos jogadores. Em mesas com mais gente, geralmente sempre tem um ou outro mais afiado no jogo (provavelmente o dono! hehe).
2. Consigo jogar com iniciantes e crianças? Não recomendo. É um jogo de otimização que depende de um alto nível de raciocínio e de uma alta curva de aprendizagem, logo pode se tornar cansativo e complexo para estes públicos.
3. Quais diferenças entre os jogos ‘Taverna’ com ‘Tabernas do Vale Profundo’? Todas. São jogos completamente diferentes: Na abordagem do tema. Em Taverna (com V) somos uma espécie de sócio de diversas tavernas, enquanto em Tabernas do Vale Profundo (com B) somos proprietários de uma única taverna; Mecanicamente são muito diferentes também, pois enquanto Taverna (com V) temos influência de área através de cartas abertas, em Tabernas (com B), temos alocação de dados com construção de baralho. Tendo isso em vista, um jogo não anula o outro em nenhum sentido, cabendo ambos em qualquer coleção.
4. Existe algum motivo evidente para justificar o preço baixo? Não. O preço de mercado do jogo na data de publicação desta análise gira em torno de R$120,00, lacrado, porém ele já teve seu preço em promoção de Black Friday na faixa dos R$50,00. Em questão de componentes, apesar dos discos e cubos ‘bala de goma’, temos uma quantidade razoável de cartas tamanho padrão, muitas fichas e um tabuleiro e caixa de boa qualidade. Do ponto de vista comercial, o jogo não tem nada que justifique ou o barateie em relação a outros jogos (inclusive existem jogos com bem menos componentes e um valor similar ou mais caro). Para saber o motivo do preço, somente sabendo direto com a editora, de resto, será tudo especulação apenas. Vale salientar que o jogo é mal ranqueado tanto no BGG (BoardGame Geek, um site especializado internacional) como no Ludopedia (um site especializado brasileiro), mas particularmente, conheço jogos que achei bem piores e estão melhores ranqueados, logo isso é uma questão bem pessoal. Se você, colega leitor, não gostou do jogo e acha que ele não vale o que custa, isso é outra questão.
5. Durante a análise foi dito, repetidas vezes, que o jogo é complexo. Ele é tão pesado assim? Não exatamente. O que acontece é que o jogo “se vende” como sendo mais leve, ou seja, devido a sua arte chamativa, tema leve, tempo de jogo curto e o fato de ser para até 5 jogadores, remontamos à características que geralmente (só ‘geralmente’, pois nada é via de regra) estão ligadas a jogos de regras mais fáceis em um primeiro contato. Taverna, portanto, está longe de ser um ‘Vital Lacerda’ (nome de um designer que faz jogos bem complexos), porém ele dá uma cadência de escolhas ao jogador que quem está acostumado apenas com jogos mais familiares (como Ticket to Ride, Stone Age, Dixit e tantos outros) irá, provavelmente, se perder, deixando uma sensação desagradável na mesa. Por outro lado, quem é fã de jogos pesados, com alto teor estratégico, talvez ache em Taverna algo raso. Sendo assim, o jogo fica perdido num limbo e, talvez, seja isso uma responsável por uma parcela da culpa de sua má fama.

Opinião Pessoal
“Taverna foi, para mim, uma gratíssima surpresa. Peguei o jogo sem saber nada sobre o mesmo e me surpreendi positivamente. É um jogo que assusta a princípio pela quantidade de opções dadas ao jogador, mas quando se tem o pleno entendimento do funcionamento, Taverna se torna um jogo apertado, onde cada turno do jogador precisa ser bem calculado, pois trata-se de um jogo de equilibrado (e nada quebrado, como já vi falarem por ai) CONTANTO que todos jogadores tenham o mesmo nível de entendimento do jogo. Além disso, temos uma experiência muito estratégica que dura por volta de uma hora, o que já é um diferencial, pois geralmente jogos mais complexos tendem a ser mais longo, mas nem sempre temos o tempo necessário disponível, mas mesmo assim queremos dar uma queimada cerebral! Compreendo que o jogo não irá agradar a todos, principalmente quem não gosta do determinismo de uma única ação (a pontuação final, no caso do Taverna).” (Raphael Gurian, O lavador de canecas de amarelo)
“Taverna é um jogo bastante competitivo e poderá ocorrer muitos bloqueios, o que fará com que os jogadores mudem suas estratégias algumas vezes durante a partida, porém as possibilidades de se correr na trilha de pontos são muitas, se forem estudadas previamente. O tema se faz bastante presente e é um ótimo atrativo para jogos deste gênero. A ilustração é um ponto forte, que compensa bastante o fato de ter componentes de qualidade simples, como cartas e marcadores. Ele possui uma mecânica com dificuldade moderada à difícil, então é possível que jogadores iniciantes demorem pra pegar o ritmo e criar gosto pelo jogo, porém é uma ótima opção para se ter na coleção, rodando muito bem entre jogadores com uma boa dinâmica entre si. O fator "sorte" é baixo, em comparação com o nível de estratégia que o jogo exige dos jogadores, porém ele existe na compra de cartas. Sem dúvida é um jogo que prende a atenção dos jogadores do início ao fim, fazendo todos correrem contra o tempo para aumentar sua pontuação final!” (Heloisa C. Fernandes - Lola_Fernandes, A tocadora de alaúde vermelha)
Um texto de
Raphael Gurian
A ideia deste formato de análise não é explicar um jogo, para isso existem muitos outros textos, vídeos e etc. A finalidade do texto é fazer uma análise crítica acerca de critérios que acho importante e que muitas vezes acabam não sendo explorados em reviews de uma forma mais detalhada. Os jogos analisados não seguem qualquer critério comercial, incentivo ou pagamento, sendo escolhidos com base em fontes de vozes da minha cabeça, aliado ao fato de ter já jogado o jogo em questão muitas vezes, a ponto de me sentir confortável em opinar sobre o mesmo.
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