Olá!
Eu sou o Davi e você está no Análise Escrita.
Você leitor sabe que eu adoro falar sobre o jogo da vida, então hoje tenho uma proposta diferente, talvez esse seja o texto mais estranho deste canal, pois não é uma análise feita por mim, hoje o analista é você.
Pegue o papel e a caneta meu amigo.
Tem um caderninho? É uma boa, você pode querer voltar futuramente a essas anotações.
Vamos pensar em algumas situações problema.
Primeiramente: e se sua vida fosse um jogo?
Hoje você acordou e não é mais um Hommo Sapienz, você é agora um "Hommo ludus".
A vida pode ser encarada por muitos como um jogo, e concordo que ela se assemelha muito a isso, temos um início muito parecido e um final de partida compartilhado.
O simples fato de estarmos inseridos em uma sociedade já nos faz seguir um "manual", a constituição do país, as leis.
A prova viva disso são os presídios, basicamente uma casa de detenção onde se encarceram pessoas que jogam contra o manual ou tomam atalhos para que apenas seu lado se veja favorecido nesse grande "jogo".
Mas reflita comigo, e coloque no papel: quais outras "regras" foram impostas na sua vida?
Ou se não foram impostas, quais regras você acredita que seguiu por sentir que era o que se esperava de você?
Tem alguma regra que você seguiu, mas não gostaria de ter seguido?
Responda com sinceridade, a resposta é íntima, não é pública escreva só para você.
Casar? Ter filhos? Um emprego estável? Um hobby para dar vazão ao "Stress" do dia a dia?
Beber muito líquido? Fazer exercícios?
Você buscou tudo isso porque quis, ou porque era uma regra dentro do seu "grupo de jogo"?
E você leitor como lida com as expectativas dos outros jogadores sobre você?
Agora que você se inseriu no jogo, vamos aumentar um pouco a dificuldade.
Em qual gênero você acha que sua vida se encaixa hoje?

Você vive uma alocação de trabalhadores? Apenas sendo colocado de tarefa em tarefa, buscando a otimização de toda e qualquer jogada e bloqueando seus adversários?
Quem sabe um "Push your luck"? Arriscando a sorte em jogadas ousadas e sem medo de ganhar ou perder?
Uma máquina de pontos talvez? Acumulando patrimônio e tentando "combar" cada jogada com o que você já tem no seu tableau?
Se sua vida fosse um jogo, como você se enxergaria nesse momento leitor?
Reflexão feita?
No nosso jogo da vida a dificuldade aumenta a cada nível.
Nossa próxima reflexão é: Na partida atual, você se encaixaria como herói ou como Vilão?

E qual o conceito atual de Herói para você?
E o de vilão?
O Vilão quer sempre o mal para seu próximo? Ou o Vilão no fundo é um incompreendido?
E em relação ao herói?
Ele é a fonte de todo o bem? Ou é apenas alguém que luta por glória e fama?
Um herói pode agir sem nenhum interesse, ou o agir por interesse, (independente do quão mínimo seja esse interesse) é algo inerente ao ser humano e que consequentemente não pode ser evitado pelo herói?
Existem heróis no seu jogo? E vilões?
Os vilões, caso existam, são entes físicos, com carne e osso? Ou os vilões estão dentro de você, te puxando para baixo dia e noite?
Aquele jogo que você comprou achando que junto com ele vinha o tempo para joga-lo, ele é um vilão na sua vida?
E aquele colega que tirou um tempo para uma partida com você em um dia em que você precisava disso, ele pode ser considerado um herói?
Vamos passar agora ao tópico mais importante no grande jogo da vida, aquilo que nos define.
Vamos pensar agora na Humanidade como um todo.
A humanidade é um recurso valioso no seu jogo.
Ela é o passado, ela é o presente e o futuro.
No jogo da sua vida, como você vê a humanidade?
E o que é ser humano para você jogador?
Um jogo de tabuleiro é a única coisa que te define?
Ou ele é só um elemento da sua vida?
Afinal algo te define? Você crê no "penso, logo existo" ou acha que é possível existir sem pensar?
Como você enxerga o momento atual, com tantas incertezas, tantos conflitos?
Em qual parte do tabuleiro está o ser humano agora? Estamos no fim do jogo? Ou ainda há algumas rodadas para virar a pontuação?
E o mais importante em um momento da história onde parece que perdemos a capacidade de nos indignar, como você leitor preserva sua humanidade nesse momento?
Lembrei brevemente de uma frase de Herzog:
“Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos com as atrocidades praticadas contra outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados”.

Finalizo por aqui.