Post original: https://boardgamegeek.com/thread/3440715/manufacture-transport-repeat

[Uma cópia para revisão foi transportada até mim pela editora - por trem, é claro.]

Você não gostaria que outra pessoa fizesse metade do seu trabalho? Imagine chegar ao trabalho não às 9:00 da manhã, mas às 13:00, com todo o trabalho pesado já feito. Tudo o que lhe resta fazer é um pouco de polimento e um café da tarde.



Bem... Minecart Town oferece exatamente essa oportunidade! É um jogo de pegar e entregar onde você lida apenas com a última metade do processo. Um jogo de produção e gerenciamento de recursos onde seu papel é focado inteiramente na distribuição. É um jogo de tabuleiro sobre otimizar conexões em uma cidade muito, muito movimentada.

Pegue aqueles carrinhos de mão! Ou melhor... observe para onde os carrinhos de mão, já manuseados por outra pessoa, estão indo!



Trabalho em meio período das 9 às 5

Minecart Town, que recebi das mãos generosas de seu editor — e de um dos nossos poloneses, Jacek Mackiewicz — é um jogo de colocação de peças para 1 a 4 jogadores. Ao longo de quatro rodadas, levando cerca de 40 minutos no total, construirá uma pequena cidade dedicada inteiramente à produção e armazenamento de bens. Ao adquirir peças de um mercado central e conectá-las a trilhos ferroviários, criará uma rede econômica de interdependências. Alguns edifícios produzem recursos, alguns os armazenam e outros os processam. Os pontos, que são, em última análise, o que importa, vêm do processamento desses recursos e de ter recursos específicos armazenados em edifícios dedicados até o final do jogo.




A cada rodada, receberá tantos bens quanto sua cidade produz. Seu trabalho é expandir a cidade para que a maquinaria funcione sem problemas, garantindo que os recursos encontrem seus destinos adequados. É isso — e ainda assim, é tudo. Minecart Town mistura mecânicas familiares de jogos como Fábricas Fantásticas ou mesmo Pipeline, embora de uma forma um tanto simplificada. Edifícios custam entre um e vários recursos, e trilhos custam um ou dois. Seus efeitos são um pouco mais complexos, mas a iconografia se torna intuitiva rapidamente, com uma pequena ajuda do livro de regras. Depois de algumas rodadas, seus Incineradores, Poços, Serrarias, Ranchos e Banhos Públicos estarão funcionando a plena capacidade. E estará quebrando a cabeça sobre como conectá-los com aqueles malditos trilhos...



Railway Towns

O desafio central do jogo não é comprar prédios ou escolhê-los de forma otimizada. O dilema número um — e o maior desafio do jogo — é o posicionamento lógico dos prédios e dos trilhos de conexão. Essas conexões são essenciais para transportar recursos produzidos para onde podem ganhar pontos ou passar por conversão. Ladrilhos adjacentes não permitem o fluxo de mercadorias — trilhos são necessários, mesmo para o ladrilho duplo inicial.



Claro, o jogo seria muito simples sem a exigência de conectar edifícios por trilhos. No entanto, a maneira como os trilhos são implementados — como uma ação que custa recursos — rapidamente transforma a alegria de construir em frustração. Nunca há recursos suficientes no jogo para ter muitos edifícios e conectá-los de alguma forma significativa. Como resultado, seu motor se desenvolve muito lentamente, oscilando constantemente entre pegar peças mais interessantes e úteis do mercado e realmente fazer uso delas. Os trilhos custam tempo e madeira ou pedra, então cada turno gasto na construção ou reconstrução de ferrovias parece duplamente doloroso.



Antes de descobrir como contornar esse desafio, outros aspectos do jogo entram em foco. Há alguns edifícios, mas os mais baratos parecem bem semelhantes. Aqui, produz algo; ali, ganha algo imediatamente e depois produz. Aqui, converte três de um produto em pontos; ali, dois de outro. Os edifícios mais caros oferecem maior variedade, mas são caros e geralmente só fornecem benefícios no final do jogo. Quando conseguir obter esses edifícios, talvez já não tenha tempo e recursos para otimizar sua cidade em torno deles.



Belos arredores, bairros desagradáveis

Embora o artesanato do jogo — peças resistentes em pequenas bolsas charmosas — mereça elogios, a arte é decepcionante. As cores são suaves e excessivamente terrosas, a paleta limitada. Ilustrações simples se misturam, e as manchas vagamente verdes no fundo não evocam a sensação de construir uma cidade movimentada, mas sim uma rede de ilhas pintadas com spray. Além do mais, a arte é rapidamente coberta por cubos de recursos, que se movem em todas as direções de forma caótica durante o jogo.



Depois das entusiasmadas prévias pré-SPIEL e da charmosa arte da capa, fiquei bastante intrigado com Minecart Town. Infelizmente, meu entusiasmo desapareceu rapidamente. É um jogo em que se passa o foco travado no seu próprio canto da mesa, lutando com um quebra-cabeça espacial um tanto frustrante e olhando para peças que não são nem atraentes nem distintas umas das outras. O transporte é caro e exige um planejamento extremamente meticuloso. No modo especialista, as regras tornam o transporte ainda mais complicado — madeira, por exemplo, só pode viajar por edifícios que produzem ou processam madeira.

Minecart Town inicialmente me pareceu um jogo pequeno e amigável com regras acessíveis. Na prática, as restrições são mais irritantes do que inspiradoras. A aleatoriedade também prejudica a experiência. As peças de construção são retiradas às cegas de uma bolsa, e se seus oponentes repetidamente roubam o que você precisa... bem, pode imaginar a frustração.



Quando o próximo trem sai da cidade?

Construir uma cadeia econômica de causa e efeito — uma cidade pequena — é uma ideia deliciosa. Enfatizar o transporte e o processamento em vez da produção bruta é outra reviravolta interessante. No entanto, em Minecart Town, esses elementos não se reúnem de forma satisfatória — ou pelo menos não o tipo de satisfação que busco na mesa de jogo.

Vou procurar minha felicidade em outra cidade.



Prós:
+ Componentes de alta qualidade, incluindo um prático encarte e pequenas bolsas charmosas
+ Preparação rápida
+ Iconografia clara e direta

Contras:
- Aleatoriedade na disponibilidade de peças de construção
- Restrições de transporte frustrantes
- Falta de interação dos jogadores


https://www.gamesfanatic.pl/

Por Piotr Wojtasiak

Traduzido*** por Marcelo GS
***Todas as traduções são autorizadas pelos autores originais do texto
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