Post original: https://boardgamegeek.com/thread/3421016/iss-vanguard-core-campaign-completed-a-solo-review
Como esta é minha primeira análise, gostaria primeiro de preparar o cenário e fornecer alguns antecedentes.
Tenho jogado D&D (muito) e vários jogos de tabuleiro (por exemplo,
Battlestar Galactica: The Board Game,
Sid Meier's Civilization: The Board Game,
A Guerra dos Tronos: Board Game,
Arkham Horror (2ª Edição),
Mage Knight Board Game,
Descent: Journeys in the Dark (Second Edition)) desde a minha infância até 2015. Em 2015, parei de jogar jogos de tabuleiro até 2022.
Voltei a jogar nos fins de semana como um meio de tirar os olhos do meu computador/monitores e descansar um pouco (físico e mental) - já que a COVID, meu trabalho (TI) e minha outra paixão (jogos de PC) não estavam me ajudando. Atualmente, estou na casa dos 40 anos.
Este experimento funcionou e, portanto, atualmente jogo uma média de 2 a 3 sessões por semana (3 a 4 horas por sessão), 80% Solo e 20% 2 a 3 jogadores. Também tenho o luxo de ter uma pequena sala que dediquei para trabalho e jogos de tabuleiro usando uma mesa de 160 cm x 100 cm.
Espero que gostem da análise sem spoilers... vão com calma comigo, é minha primeira análise!
Introdução
Como fã de ficção científica, assim que vi
ISS Vanguard, comprei o Dreadnaught Pledge (Gameplay All-In), Section Boxes e Playmats. Esta análise é apenas para a Campanha principal e a jogabilidade solo.
ISS Vanguard é uma aventura baseada em uma história em que você está deixando a Terra para explorar o espaço em uma tentativa de salvá-la. Ele joga em 2 fases, Gerenciamento de nave e Exploração planetária com 1-4 jogadores. Durante a Exploração planetária, seleciona 2-4 recrutas/membros da tripulação, cada um de um departamento diferente (seção).
Como jogador solo, tentei levar para as missões 2, 3 e 4 Recrutas e descobri que era administrável, conseguia colocar tudo na minha mesa mesmo com 4. Geralmente levava 3 ou 4 Recrutas comigo.
Completei o jogo deixando 3 planetas não visitados, e sem 5 Descobertas Únicas. Levei 24 partidas e 72 horas de jogo. Acredito que poderia terminar a campanha com um total de 18-20 sessões, mas queria visitar a maioria - se não todos - dos planetas disponíveis.
Sinceramente, nunca usei as caixas de seção ou as miniaturas - elas ainda estão dentro de suas caixas! - e embora tenha tentado usar os playmats, eles ocuparam muito espaço sobre a mesa, e já tinha encontrado minha própria maneira de preparar as coisas para missões com 4 recrutas.
História (10/10)
Se você gosta de um jogo de "Campanha" com uma ótima história em um cenário de ficção científica, então ISS Vanguard preenche o requisito. Não identifiquei nenhuma inconsistência significativa na história e nas missões. Acredito que é muito bem escrito.
O jogo te coloca com sucesso em um clima de exploração espacial e lentamente desvenda a história e seus segredos.
Usei uma combinação do livro e do aplicativo. Usei o aplicativo principalmente pela narrativa fantástica e pelas vozes, mas sempre usei o livro para acompanhar a campanha, pois o aplicativo às vezes travava e também chegou a apresentar 2 a 3 bugs. O livro é típico para jogos de campanha, usado para progredir a história. Há algumas mudanças que devem ser feitas e já fornecidas no FAQ online e recomendo lê-lo antes de iniciar a campanha (especialmente se não estiver usando o aplicativo).
As escolhas que faz são importantes o suficiente, o que é uma grande adição. (Não quero estragar as coisas! Portanto, não posso ir mais a fundo).
No geral, é uma ótima jornada espacial e eu adorei.
Jogabilidade (8/10)
ISS Vanguard joga em duas (2) fases diferentes, a fase de Exploração Planetária, onde explora um planeta, e a Gestão da Nave, onde se prepara com antecedência para as missões planetárias.
-- Fase de Gestão da Nave (8/10)
Acredito que esta fase oferece uma experiência de jogo única e que pessoalmente gostei muito. Ela usa um fichário personalizado onde todas as regras para a fase lhe são fornecidas dentro de suas páginas. É onde o "tempo" passa entre as missões (Explorações Planetárias) e onde evolui sua nave espacial, reúne novos recrutas, aprende mais sobre os mundos, pesquisa novas tecnologias, atualiza seu equipamento e outras coisas enquanto, ao mesmo tempo, resolve problemas internos (Situações) que ocorrem a bordo de sua nave espacial.
Dito isso, achei muito fácil executar as várias ações após um certo ponto dentro da história, o que acredito não ser a intenção da Awaken Realms. Adorei o conceito e a maneira como a fase acontece, mas acredito que requer ajustes em algumas regras se quiser um desafio real para esta fase.
O desafio no inicio da história é bom, mas o meio do jogo se torna muito fácil para meu gosto.
Adoraria ver outros jogos implementarem esse tipo de fase/recurso e melhorá-lo ainda mais (já tenho várias ideias!).
-- Fase de Exploração Planetária (7/10)
Usa um livro (Planetopedia) – similar a
Gloomhaven: Presas do Leão – onde a maioria dos planetas usa 2 páginas e alguns deles usam 4.
Dados e rolagens de dados desempenham um papel importante (Mecânica Central) na realização de várias ações/tarefas com uma combinação de várias cartas (gerenciamento de mão) que oferecem bônus para essas ações ou ajudam de várias maneiras.
Não sou fã de dados, prefiro jogos de tabuleiro com gerenciamento de mão, colocação de trabalhadores como mecânica central, mas queria experimentar este jogo.
Os dados têm ícones diferentes, e cada teste de habilidade requer um número de ícones específicos para passar. Se certos ícones surgirem, a falha instantânea é acionada. Todas as rolagens de dados podem ser afetadas pelas cartas que possui, equipamento e condições globais.
O número de dados que cada jogador/personagem possui é limitado e cresce durante a história. Quanto mais dados tiver, mais opções terá, mas também precisa escolher sabiamente quando subir de nível e comprar dados adicionais. Subir o nível de um personagem (Recrutar) é o sistema de "experiência/subida de nível" do ISS Vanguard. Depois que ganha o número máximo de dados, o jogo se torna muito mais fácil.
Para ser justo, o jogo te diz para manter uma ordem de jogo (jogador inicial e movimento no sentido horário). Essa foi a única coisa que mudei das regras enquanto estava jogando Solo e fez mais sentido em termos de história. Selecionei qual jogador iria primeiro, segundo, terceiro etc. de forma desordenada, garantindo que em uma única rodada cada jogador realizasse ações/movimentos apenas uma vez. Essa mudança pode ter tornado o jogo provavelmente mais fácil, mas abriu muitas táticas.
No geral, gostei dessa fase, mas infelizmente apenas alguns planetas exigem "pensamento". Ainda achei a maioria dos planetas simples de completar sem nenhuma morte. Tive poucas mortes no geral e a maioria veio em 2 ou 3 pontos específicos da história. (Não posso dizer mais sem estragar!)
Devido à falta de "pensamento" e constantes rolagens de dados, no meio da história pode se encontrar preso à repetitividade. Assim, posso entender que algumas pessoas podem não terminar a campanha ou "trapacear" para terminá-la a fim de vivenciar a ótima história.
Componentes (8/10)
A qualidade dos componentes é boa. Não coloquei uma única carta em sleeves e não encontrei nenhum rasgo depois de terminar.
As cartas de equipamento são muitas, mais até do que o necessário e aumentam a preparação para a fase de pouso. Usei provavelmente 20% das cartas. Acredito que facilmente poderia cortar o número de cartas de equipamento para 50%. Se as cartas de equipamento fossem duplas — no 2º lado a versão atualizada — provavelmente 30% do total de cartas seriam mais do que suficientes. As cartas de subida de graduação também são muito mais do que o necessário, a menos que espere muitas mortes ao longo do caminho, o que não aconteceu comigo.
O(s) encarte(s) incluído(s) é(são) bom(s), não acredito que precise de um encarte personalizado, a menos que queira colocar as cartas em sleeves. Não há espaço para eles.
As miniaturas parecem boas, mas nunca as usei, pois os locais do mapa são pequenos para colocar 4 miniaturas/personagens — sem incluir nenhuma ameaça. Comecei com as miniaturas da Core Box, mas logo as coloquei de volta na caixa e usei os anéis de base de borracha/plástico.
A maioria dos tokens (por exemplo, sucesso, comando) pode ser substituída por um pedaço de papel e um lápis ou por um marcador de jogo (como os que
Frostpunk: The Board Game usa). Usei caneta e papel e criei um marcador personalizado, portanto, mantive esses tokens dentro de seus respectivos locais.
A maioria dos standees também podem ser substituídas por 5 genéricos. Se alguém gosta de adicionar personagens diferentes no tabuleiro, recomendaria as minis, mas isso não tem efeito na jogabilidade e usa muito papelão sem motivo real.
Gostei muito dos sleeves que são usados para aumentar o Ranking dos Recrutas. Ótimo conceito e bem executado.
Arquivos Pessoais (8/10)
Bom conceito, boa expansão – usei com a Campanha Principal – daria alguns bônus adicionais quando o Objetivo Pessoal fosse alcançado e também conectaria os Objetivos Pessoais com os planetas reais em vez de como está implementado atualmente (novamente, estou me segurando para não estragar as coisas aqui!).
Nível de Dificuldade (8/10)
A história no início é desafiadora, mas equilibrada e requer um pouco de sorte, ou perderá muitos personagens (Recrutas). Mas isso torna as coisas mais realistas/interessantes, eu gostei. No meio do jogo, depois que aumenta o ranking dos seus recrutas, o jogo vira a seu favor pelo resto das partidas, com algumas exceções. Há, no entanto, uma preparação de dificuldade adicional (Difícil) que pode adicionar durante a história, que supostamente tornará o jogo mais difícil. Eu a usei no meio do jogo, mas, a menos que esteja invadindo o planeta sem se preparar adequadamente, isso não afetará o jogo de forma significativa/desafiadora (difícil?). Isso torna as coisas um pouco mais interessantes. Sem essa preparação, reunir recursos depois do meio do jogo é muito fácil com planejamento adequado. Pode até usar alguns planetas para isso.
Por Skydream
Traduzido*** por
Marcelo GS
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