O conceito de sabedoria não é algo unânime, mas o comumente difundido é: “sabedoria é a aplicação do conhecimento”. Dito isso, busco, de modo equilibrado, me guiar pelo que aprendo ao longo do caminho, sempre refletindo sobre fatos. No universo dos board games não é diferente, e por isso resolvi deixar uma série de aprendizados desse nosso hobby que carrego comigo.
Talvez sua experiência não seja a mesma das afirmações a seguir, e por isso gostaria de contar com a interação de vocês, comentando o que acham de algumas delas, ou até mesmo acrescentando as suas. Let’s Go!
Aprendi que comprar um jogo sem ter sequer uma perspectiva de mesa para tal é loucura. Coisa frustrante é você querer botar o jogo na mesa e não ter com quem jogar! Um dia ainda consigo uma mesa consolidada o bastante para poder adquirir o Root.
Aprendi que é melhor comprar apenas um jogo mais caro que você goste muito, do que comprar vários menores que você goste pouco. Não vale a pena ter na coleção um jogo que você olha pra ele e nunca ou quase nunca quer jogar.
Aprendi que perguntar no fórum se um jogo é bom pra 2 não faz sentido NA MAIORIA das vezes. Descobri isso quando joguei Tikal em dois. Quanta gente eu vi dizendo que roda bem e, meu Deus... (Sim, já me falaram do mini tikal...) Por esse motivo, parei de perguntar isso. Sem contar que as vezes você pergunta e ainda sai na dúvida, porque quase sempre tem o que diz “só jogo em dois e é bom”, como também o “fica muito frouxo em dois”.
Aprendi que você NÃO É OBRIGADO a ter nenhum jogo. Eu sei que as vezes temos uma vontade imensa de ter determinado jogo, mas não deixe a ausência deste retirar o entusiasmo com aqueles que você já tem. Se algum dia conseguir, você compra. Enquanto isso, se diverte com o que você tem.
Aprendi que não adianta forçar jogo em mesa errada. Se um grupo de amigos não gosta de tal jogo, deixe ele pra jogar com quem goste e você só terá boas experiências.
Aprendi que se você souber esperar certamente encontrará o jogo que você quer mais barato do que no lançamento, ou do que o preço comumente vendido. Se você não for daqueles que só gosta de comprar jogo lacrado, vai economizar muito mais e ainda vai pegar o jogo com sleeve.
Aprendi que a pergunta “tal jogo vale a pena” é inútil. Quem gosta vai falar que sim, e quem não gosta vai falar que não. Os mais conscientes vão invalidar a pergunta respondendo: veja por si mesmo! Gostando ou não do jogo eu falo isso... E você corre o risco de sair indeciso pelo mesmo motivo já citado no “é bom pra dois”.
Aprendi que não é o valor do jogo que dita o quanto ele é bom. Ostentar jogo pelo seu valor é algo totalmente sem nexo. No pau a pau, prefiro meu Love Letter a seu Gloomhaven, e ninguém está errado.
Aprendi que a maioria dos jogos NÃO PRECISAM de expansões para ficar bom. Algumas delas melhoram o jogo, mas isso não quer dizer que o jogo não é bom sem elas. Só compre se realmente gostar muito do jogo. Isso não se aplica se você tiver um poder aquisitivo alto. Nesse caso, eu acho que você tem que comprar mesmo.
Aprendi que na ludopedia tem usuários que mais parecem haters do que amantes do hobby. Tem um cara aqui que SÓ TEM comentário negativo nos jogos, e que parece odiar 100% das editoras. Neste caso, desconsidere os comentários desse tipo de cidadão.
Aprendi que tem gente que coloca o jogo a venda sem de fato querer se desfazer. Você percebe isso quando a pessoa deixa o jogo estacionado na loja com um preço muito acima do usual. Apenas ignore.
Aprendi que não devo seguir o conselho de pessoas que instruem a jogar ultrapassando o limite máximo de jogadores. Uma vez pra nunca mais...
Aprendi que algumas pessoas próximas a nós simplesmente não gostam de board games, e será melhor se nós não formos os chatos que ficam tentando forçar as pessoas a jogarem. Joguem com seus amigos que gostem!
Bem, certamente deve haver outras coisas que aprendi, mas no momento essas são as que eu me lembro. E você, o que achou? Compartilha sua experiência nos comentários!