Sons of Anarchy: Men of Mayhem é uma das minhas séries favoritas. E como qualquer IP de sucesso, é costumeiro fazer outros produtos que tomem o nome de uma série ou filme pra gerar uma rendinha extra por aí.
A caixa já explica o que tem dentro...
E curiosamente, depois de jogar vários desses (como o
ótimo Star Wars: Rebellion e o
péssimo O Senhor dos Anéis: Jornadas na Terra Média que eu já escrevi sobre
aqui) eu afirmo que
Sons of Anarchy é um dos melhores (
se você não gostar, pelo menos tu tem que concordar comigo que é bem único)
jogos de tabuleiros baseado em IP já criados.
“Porr4 Bomba, sério?”
Na moral menor, guentaí que eu vou te convencer também.
Sons Of Anarchy, apesar do tema (
drogas, tiroteio, dinheiro pra todo lado), é um euro.
Cada um dos MCs são assimétricos, tem habilidades diferentes, e unidades iniciais diferentes e balanceadas. A ideia aqui é bem simples, porém, o desenrolar é que
engrossa o caldo; na sua ação você vai se
mover para um espaço, e você define
quantos membros da gangue se moverão pra lá (basicamente se tu vai pesadão ou não).
Depois que voltar na sua vez, você pode fazer a ação daquele local,
desde que ele esteja somente ocupado por você.
Se não for esse o caso, você tem que
negociar com o outro (ou outros) MC’s que estiverem no mesmo local que você para um dos dois deixarem o local e assim poder fazer a ação dele (valem promessas que nunca serão pagas).
Se a negociação não funcionar, bom, porrada neles.
E o combate aqui é simples também, cada unidade tem um nível de força + a rolagem do seu dado + quantidade de pistolas que você revelar estilo “purrinha” é o seu dano final.
Mais uma vez a SAMCRO tretando com os Mayans (Preto x Verde)
É importante ressaltar que as tokens de
ação para ativar (e movimentar) para um local são
limitadas. O que faz com que você busque otimização o tempo todo (
E fique meio puto se tiver que recuar de uma ação).
E com muito sangue, promessas de vingança e tretas o jogo se desenrola. Até no seu manual tem escrito “
gente, calma, é só um jogo, não terminem amizades.” xD
No fim vence quem tiver mais dinheiro (
dinheiro este escondido atrás do escudo de sua facção)(
escudo este que possui o resumo de todas as ações e como funciona o combate), e algumas facções vendem armas melhor (
SOA), outras vendem drogas melhor (
Mayans), outras fazem um pouco de cada, e os poderes são bem
balanceados e interessantes.
Por mais que muita gente não dê nada por ele,
Sons of Anarchy consegue colocar na mesa uma
experiência única, pois são
pouquíssimos euros que possuem o nível de interação que ele possui (o mais próximo que consigo lembrar seria
Blood Rage, quando você vai saquear um local, mas
não chega no mesmo nível), a produção é boa,
o baralho de eventos é bem temático (tem muita coisa que realmente aconteceu na série), e a arte
não compromete (tem muitas imagens da série, inclusive na caixa).
Baralho de eventos este que tem dois níveis, AKA Leite com pera, e pqp que jogo arr0mb4d0. (Vtnc Stahl)
Arte esta que casa tranquilamente com o tema de
Motoclubes apesar de ser simples. Infelizmente o jogo nunca saiu no BR e ele tá
OOP. Mas eu digo que se você conseguir alguma das cópias que ainda existem num preço bom,
vai na fé.
Se você curte euro com interação, e possibilidades de negociações cabulosas (
que podem ou não ser cumpridas)
você deveria ter esse jogo. A única coisa triste dele é que na caixa base vem componentes para 4 jogadores, o
5 e o 6 são duas expansões. E este que vos fala possui só uma delas (
Sons of Anarchy: Men of Mayhem - Calaveras Club Expansion), porque eu acredito que o
Sweet Spot do jogo é 4 ou 5. 6 sinceramente achei
muito zoneado (
apesar de engraçado).
Spartacus: Um Jogo de Sangue e Traições, assim como na série,
é caótico.
Vence quem chegar em 12 de influência primeiro.
Mais um Primus na mesa.
O jogo é separado em poucas fases,
fase de intriga (onde você negocia (promessas que podem ser cumpridas ou não) e joga cartinhas pra ajudar ou ferrar os amiguinho), depois rola a
fase de mercado (onde você pode vender cartas da mão, guardas, escravos, gladiadores, e pagar aquela promessa que tu fez (ou não)) ainda na
fase de mercado, também rola um leilão as cegas que vai revelando uma carta por vez e no esquema “purrinha” você revela uma carta por vez.
E como último item, é
leiloado o anfitrião dos próximos jogos na arena de Cápua, o que te garante
1 de influência e também te dá o poder de definir que ludus irá para os jogos. E aqui vem a parte divertida, vai ter gente
querendo te pagar pra ir pra arena, porque tem um gladiador p1c4 (e quem vence lá ganha um ponto também), v
ai ter gente com cara de “pelamordedeus não me coloca porque vou me f0d3r” e vai ter aquele fazendo
cara de poker.
Aquele anula que todo mundo gosta de ter na mão.
E com isso vamos para a terceira fase,
combate na arena. Todos podem apostar nos resultados Todos os combatentes possuem 3 atributos (
ataque, defesa e agilidade), e dependendo dos resultados da arena podem acontecer várias coisas.
Um gladiador pode ser eliminado, ferido, se tornar campeão, ter o favor da plateia, dar influência para seu dono, etc. As cartas ditam o ritmo do jogo e depois que o primeiro jogador joga uma carta de ataque em você, e você usa o seus guardas pra te defender, você já fica c
abreiro com ele querendo jogar uma nele também e isso acaba se tornando uma bola de neve às vezes.
O que eu posso afirmar do Spartacus é que ele possui um potencial muito grande para
Kingslaying (também conhecido como
ataque o líder), pois toda vez que alguém começa a
correr na influência ele vai começar a ser alvo de ataques da maioria dos ludus, e tá tudo bem, porque o jogo foi equilibrado pensando nisso na verdade (apesar de ser irritante às vezes).
Spartacus tem que ser assim, com pinga, bastante gente e potencial de treta.
Os poderes de cada Ludus, vem numa constante; e
ssa linha de jogos baseadas em IPs da Gale Force 9 tem isso ao seu favor, tudo parece sempre ter sido bem feito,
e balanceado.
Aqui, meu grupo rachou o jogo quando a Kronos lançou em território nacional, e a gente nunca se desfez.
Hoje vê menos mesa do que antigamente, mas já rolaram muitas tretas (e risadas) com ele.
Recomendo Spartacus se o pessoal que você joga gosta de treta, e se a mesa estiver cheia (4 pra cima).
Uma coisa que eu não curto de jeito algum é o fato de os modos de jogo (curto, médio e longo) serem definidos pelo início da influência de cada um. A arte aqui também é bem feinha, e nem me refiro a arte (leia-se fotos da série), digo mais do design das cartas mesmo,
tudo parece que saiu de um filme dos anos 90. Mas ela não chega a comprometer.
Inclusive, o
novo Spartacus é lindão.
Talvez volte pro BR?
Sinceramente?
Quer jogar um jogo legal que dê o tempo suficiente pra todos se divertirem e aprenderem o jogo, começa com 5 ou 6 de influência, e basta. Menos do que isso fica um porre, e mais do que isso fica jogo filler.
Seja você de um motoclube ou de um ludus, o importante aqui é planejar as suas ações e confiar na pessoa certa (ou desconfiar).
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