Meadow é um jogo para um a quatro jogadores lançado em 2021 lá fora e que vem recebendo avaliações muito boas da crítica e dos jogadores.
No jogo, cada jogador é um explorador, um observador da natureza, que está registrando tudo o que vê de mais bonito em sua jornada, desde os menores insetos até animais predadores, e aquele que reunir os registros mais impressionantes (isto é, que fizer mais pontos) é o vencedor.
Impossível começar a falar de Meadow sem elogiar a maravilhosa arte de Karolina Kijak. Cada carta é uma aquarela única de terrenos, fauna e flora, comparável (ou ainda melhor) que os também belíssimos Wingspan e Everdell.
Os componentes também merecem um destaque, a começar do insert excelente, em que cabem todos os componentes. Mas o que mais chama a atenção são as 4 bandejas para o baralho, levemente inclinadas (que facilitam a retirada das cartas) e que encaixam no tabuleiro, uma produção de muito esmero da Rebel Games.
A editora ainda incluiu 05 envelopes com cartas extras, que funcionam como mini-expansões para o jogo, a serem abertas em momentos específicos, como quando visitar parques nacionais, no Natal etc. A exceção de um envelope, eles acrescentam pouco além de uma maior variedade de cartas, mas é mais uma demonstração de carinho com o jogo e com o jogador.
Além disso, ainda acompanha o jogo um manual com um glossário com explicação temática sobre cada uma das cartas. Não é algo essencial, mas é mais uma mostra do cuidado e atenção que esse jogo recebeu.
Mas não basta ser (muito) bonito: o jogo, ainda que simples, é mecanicamente excelente, muito bem amarrado tematicamente.
Ao longo das rodadas, os jogadores se alternam comprando cartas do tabuleiro central, um grid 4x4, e para isso vão utilizar 4 (ou 5) tiles, que serão encaixados nas colunas ou nas linhas, comprando a carta de acordo de acordo com a distância indicada no tile (1 a 4).
Em complemento à ação de compra, os jogadores podem (e quase sempre vão) baixar uma carta em sua campina, sempre em colunas. Aqui o tema do jogo se sobressai, pois para jogar uma carta deve existir um ou mais ícones em cartas de sua campina, normalmente um terreno, uma planta ou um animal associado (por exemplo, um sapo deverá ser jogado num pântano, enquanto uma raposa ou um gavião precisa que tenha outros animais ou pássaros menores já jogados).
Além disso, cada tile possui uma ação secundária, feita no tabuleiro da fogueira: a) escolher qualquer carta do tabuleiro; b) baixar duas cartas da mão; c) comprar três cartas de um dos montes e escolher uma; ou d) comprar dois tiles de estrada, necessários para jogar as cartas de paisagem.
Ainda que Meadow seja um jogo bastante simples de aprender e ensinar, é sempre um desafio conseguir se planejar para criar um ecossistema dentro de sua campina, com cartas que consigam encadear outras que estejam na mão do jogador ou no próprio tabuleiro, que concederão uma pontuação ainda maior aos jogadores.
A sensação do jogo é a mesma de Wingspan e Everdell, já citados anteriormente: jogos bonitos, relativamente simples de aprender (o que agrada a jogadores não tão experientes), mas com uma boa profundidade e desafio estratégicos, que agrada até a jogadores de tabuleiro mais experimentados.
Claro que, por ser um jogo de cartas, Meadow depende muito da sorte em serem reveladas cartas interessantes aos jogadores, mas que ao mesmo tempo são um exercício de tática a cada partida.
O jogo é excelente de 2 jogadores, com a ressalva das cartas se movimentarem pouco, minimizado pelo fato de que, no meio da partida, o tabuleiro de compras ser inteiramente renovado.
Em resumo, Meadow é um jogo recomendável para todos, experientes ou novatos em jogos de tabuleiro! E considerando o sucesso lá fora e sendo um jogo da Asmodee, logo deve aparecer por aqui sob o selo de uma certa iguana.
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Um abraço e até a próxima!