Começamos Maio a toda com uma jogatina online no BGA, chegando a ter 6 jogadores online. Começamos jogando Saboteur, jogo que seria o Bandido-killer. A curiosidade nos levou por 2 partidas no modo básico, e 1 round do modo todas-as-expansões, que demorou horrores e ficou com uma complexidade que excedia em muito o esperado para um jogo desse tipo. Adorei o jogo, uma coisa meio coop, meio dedução, meio trairagem. Simples regras, muita diversão.
BGA foi meu melhor amigo nesse mês. Foram diversas partidas de Russian Railroads (jogo delicia!) enquanto jogava a mesma partida infinita de Keyflower (durou 40 dias). Minha impressão é de que o Keyflower perde muito na parte do timing da interação quando se joga online assíncrono. No ao vivo você fica ali lendo seu adversário, forçando ele a aumentar o lance dos leilões, então fazer isso com 1 ou 2 movimentos por dia perde 90% do tesãozinho.
Novamente capturei o
Lanzen para jogarmos algo no
BGA. De novo foi dia de testar outro jogo de caixa pequena da PaperGames, o Red 7. Aprendemos as regras enquanto jogávamos, então levou um tempo pra pegar o jeito. Achei BEM legalzinho hein! Mais um que vai pra wishlist de jogos pequenos geniais?
Em seguida aproveitamos para testar um que o Felipe já teve vontade de ter cópia física: Dragon Castle. Ele veio na leva do Azul-Sagrada, e tem aquele pequeno de draft de peças, mas ao contrário dos outro dois, esse aqui eu senti mais desafio de planejamento. Seria um leve passo a frente em termos de decisão e possibilidades de co-co-coooombo.
Continuei na expectativa de jogar Teotihuacan novamente com A Noiva, mas ela se entupiu de $erviço, e não são tempos para negar entrada de dinheirinhos no caixa familiar. Fui tentar dominar as regras solo.
Fechei o mês testando La Granja no BGA. Baita decepçãozinha. De forma semelhante ao que comentei sobre Keyflower, jogar assíncrono gera uma perda tremenda no fluxo do jogo. Nesse aqui a usabilidade também não agrada, pois algo que é feito esticando o braço numa mesa física, aqui é realizado com diversos clicks para confirmar que você vai pular as fases.
Coleção
- Keyflower com tudo, tudo mesmo! (Leilão)
E lá se foi o último dos jogos que eu ingenuamente incluía no sub-grupo de "estratégicos 5–6 jogadores". Compra fruto do meu ímpeto dos primeiros 6 meses de hobby. Em 2017 eu era inocente e empolgado demais, e achava que meu grupo familiar estaria disposto a dar uma passo a frente em termos de peso e complexidade, e é claro que eles nunca o deram.
Mas Keyflower não chamou atenção apenas pela contagem máxima de jogadores (a qual eu nunca ousei jogar). O tema de fazendinha, a arte e a cara de euro fofinho e inofensivo ajudaram.
Mecanicamente eu não tinha do que reclamar, pois a mistura de mecânicas o tornava candidato a Jogo Definitivo. Tinha leilão, algo que eu na época adorava. Tinha Worker Placement, e quem não gosta boa pessoa não é. Tinha montagem de território com peças hexagonais, e eu não posso ver jogo com hexágono que me sai sangue do nariz. Era como se fossem vários jogos dentro de um só e é necessário dar o mérito ao Richard Breese por juntar tudo isso e de forma que fizesse total sentido.
Nunca o joguei tanto quanto gostaria, e dentre os motivos:
- a explicação não é a das mais simples, mas eu estudei tanto que no final até tinha prazer em explanar.
- chegou junto de diversos outros jogos, que como sabemos, prejudica a repetição.
- e como já falei, o grupo familiar não comprou bem a idéia (ou eu que não soube vender).
Outra coisa que esse jogo acendeu em mim foi a febre do
Colecionismo. Logo que o comprei já vi que tinha uma promo,
Key Celeste. Ao olhar no BGG a lista de expansões eu tomei aquilo como uma missão pessoal: obter TUDO. A caçada começou e não parou até a ultima pequena promo chegar. Vieram coisas de todo lado da Europa, peças sozinhas que saíam por preços que eu nem tenho coragem de falar. As
expansões grandes que vieram de uma
mega encomenda (loucura!) que fiz no site
http://spelspul.nl/. Passou reto na receita, coisa que hoje eu nunca me arriscaria dado o peso e tamanho da caixa.
Ainda sobre Colecionismo, paradoxalmente, foi Keyflower que me ensinou que expansões mais atrapalham que ajudam. Depois de coletar TUDO do jogo, fui chamar o pessoal pra jogar e começaram a aparecer peças que a iconografia não remetiam a NADA. Fora isso eu também ficava falando em usar The Farmers ou The Merchants, mas eu não dava conta de pegar todas as regras. A partir dai separei todas as expansões do jogo base, e nas próximas partidas jogamos apenas o basicão, e foi demais! Em resumo, nunca joguei 80% das promos e nenhuma expansão grande.
Ficam na memórias as piadas com o
Meeple Roxo e todas as vezes que ele serviu de desempate, a
cara de tristeza dos amigos por levarem block de cor no próprio
tile, a
saga pelo colecionismo (que foi boa, afinal de contas), as ótimas experiências em 2, 3 e 4 jogadores,
a tradução de um resumo com todos os tiles, e claro, a
personalização de uma caixa de madeira (que foi quase totalmente em vão, lol).
Depois de falar tão bem do jogo, nutrir tanto carinho, por que vender Keyflower Djow?
No meu pacto pessoal de enxugar a coleção até que fique somente a nata.
Nata = os jogos que ficam acima dos outros quando empilhados por ordem de Gosto do Grupo.
Keyflower é um ótimo jogo, sem dúvidas, mas não emplacou tão bem aqui. Entre ficar tentando empurrar ele pro grupo e jogar algo que já gostamos ou mesmo dar oportunidade pra algum jogo novo dos amigos, eu prefiro essas opções. Há também o fator desemprego-pandemia-novo_empreendimento, um conjunto inédito de condições que vão demandar cada centavo que eu puder arrecadar das vendas de joguinhos e outros usados parados que tenho aqui.
+ Feudum (Compra)
Galera, final do mês passado eu fiquei com aquela febre que vocês todos já sentiram e conhecem.
Febre por jogo novo! Pior que dessa vez foi
deju vu, pois eu já havia namorado o jogo no
primeiro e segundo KS. Aproveitando a rendinha que entrou com os dois leilões, resolvi matar a curiosidade de ver esse monstro pessoalmente. Se não rodar bem, vai voar, sem muito sentimento envolvido. Segue o barco/submarino/dirigível.
- Parade (Doado)
Jogos pequenos, quando você cansa ou não tem mais vontade de jogar, não tem muita margem para venda e troca. Minha saída tem sido de doa-los, principalmente para civis, ou seja, pessoas que a princípio não gastariam R$ 1 com jogos, até porque nem sabem onde comprar.
Meu alvo habitual tem sido a cunhada mais nova, que apesar de certo interesse em jogos simples, não tem recur$o$ pra adquirir nenhuma caixinha. Uma fato surpreendente sobre o Parade foi um relato de que ela e outros casais de amigos passaram madruga jogando ele. Já virou aquele jogo que os amigos pedem pra ela levar nos encontros!
Fico feliz de incentivar o hobby de forma tão forte e indireta. Sinto que é muito mais eficiente do que se eu estivesse no meio da gurizada falando sobre o milagre dos Euros e os meus designers alemães favoritos (risos).
Destaques


A
Fantasy Flight deu uma freada por 1 mês nos seus lançamentos e envios de mercadorias para as lojas, mas não deixaram de botar coisa nova pra alimentar os jogadores. Foi lançada uma nova iniciativa
print and play (!) para o
Arkham Horror: The Card Game chamada
Parallel Investigators, onde investigadores irão receber uma versão de outra realidade paralela com novas habilidades e
stats. Acompanha também a aventura
Read or Die.
O
renato_sec falou sobre curiosidades do seu jogo
Piratas! no novo episódio do
podcast Jogo Rápido. Muito legal ver o próprio designer fazendo uma análise dos pontos fortes do seu jogo.