Esse é um post diferente, até por ser uma lista (e acho legal já que traz uma interação maior).
Além do formato, este é um post protesto!
É um post para criticar um ponto específico em comum que vemos em diversos jogos.
O primeiro post desse tipo (não sei ainda se será o único ou outros virão pela frente), trata da grandíssima oportunidade perdida pelos designers e desenvolvedores de simplesmente dar nome às pessoas ou locais de um jogo.
Quando um jogo apresenta um tema, ele está lá não apenas para fazer bonito na prateleira ou servir de suporte na criação artística, mas também serve para aproximar o jogador da experiência lúdica, facilitar a conexão das funcionalidades mecânicas e, principalmente, contar uma história.
É certo que nem toda história precisa de personagens únicos e específicos, algumas vezes um bando, um agrupamento ou mesmo seres genéricos fazem sentido dentro da história, pois não são o foco. Por exemplo, os meeples de Carcassone (WREDE, 2000) não precisam de um nome, afinal não possuem características únicas e sua função dentro do enredo geral não é participar como figura singular, são apenas os aldeões que de alguma forma interagiram com a construção de Carcassona. O local é o personagem, não um meeple genérico. Contudo, alguns jogos apresentam um tema rico e personagens ou locais muito específicos, com características únicas e distinguíveis físicas e muitas vezes até além, como habilidades ou atributos únicos, e é aqui que encaixa meu post-lista-protesto!
Existem personagens ou locais específicos em alguns jogos, que designers por algum motivo (não vou chutar, mas acho preguiça ou relaxo #falei) não se preocuparam em nomear. A ausência dessa nomeação, desse batismo, não apenas mostra uma falta de carinho com a obra, pois por vezes não levariam dois ou três dias adicionais para fazê-lo, como também dificultam o diálogo sobre o próprio jogo, pois não existe uma referência específica, uma identificação, sobre uma carta, como por exemplo em Coimbra, onde os jogadores precisam falar “ahh aquela carta verde, sabe? Com a mulher de cabelo preto desenhada, que custa moeda e pontua na trilha cinza” ao invés de substituir apenas por um “A duquesa Joanina” ...E vejam, nem estou criticando pedindo acurácia histórica, apenas o simples fato de dar um nome à quem merece: Aquela figura que o ilustrador fez com (possivelmente) carinho e traços específicos!
Por favor, adicionem jogos que conheçam e tenham essa (triste) característica se concordam com esse vacilo criativo, mas coloquem ai uma justificativa para galera entender onde o jogo poderia ter melhorado!
Esclarecidos os pontos (precisa ter característica própria mesmo que seja uma criatura ou local E não contam meeples ou personagens genéricos, devido a ser uma categoria, como os trabalhadores de Great Western Trail (PFISTER, 2016)), vamos a lista:
Nota: Batizei o post de “nome aos bois” e citei Great Western Trail. Foi coincidência não intencional.