adolfocaetano::viniciusjf::Excelente sua colocação, Adolfo. Estava pensando em uma parte do que você disse esses dias, mas guardei pra mim porque me pareceu bobagem na hora. Falo da possibilidade bastante realista de haver um lado bom nisso (falo no caso da indústria de board games), que bem pode ser esse movimento das editoras de buscarem novos estilos de jogos, com novas formas de apelo ao consumidor, e, quem sabe, mais embasadas na qualidade do conteúdo do que na forma ou na escassez das tiragens.
Em outras palavras, pode ser que algumas editoras morram, infelizmente, mas isso também pode incentivar outras a buscar formas de produzir jogos mais baratos e bons, mais criativos e inovadores. Pode ser que a qualidade de produção caia muito, mas é algo que vai melhorando com o tempo, e a gente (inclusive eu) vai ter que se educar melhor pra não se render tanto aos típicos apelos do mercado atual (versões deluxe e tiragens limitadíssimas de jogos repetitivos e mal testados, entre outros engodos).
Ou a coisa pode descambar de vez e a gente volta a jogar buraco, vai lá se saber!
É isso, Vinícius. O que vai acontecer é o mercado se rearranjar. Pode acontecer o que você descreve. Pode acontecer de Estrela e Grow ocuparem este espaço vago pelas largatichas que quebrarem, lançando os catan e carcassonne da vida novamente, mas no padrão tupiniquim deles. Eu realmente não me importo se a caixa é mais fina e o componente é o mesmo que tem no outro jogo; se as cartas não são no formato euro mini ou "oceania ultra"; se os dados são aqueles pequeno e genéricos. Se o jogo não derreter na mão depois de duas jogadas, por mim tá valendo. Tenho o meu Supremacia da Grow desde que foi lançado lá na década de 80 - e viu muuuiiita mesa. Deve ter muito War ou Banco imobiliário que já passou das mãos dos pais para os filhos por aí, amassado, surrado, caixa colada com durex, mas que ainda dá boas horas de diversão pra quem joga.
Assim, vai do que quer o indivíduo com seu objeto de interesse. Conteúdo ou forma? Eu pouco me importo pra forma, já que tô cheio de PNP jack Sparrow misturado com caixas das largatichas e afins!
Então, que continuem vindo jogos para nos divertirem.
Infelizmente, talvez a fase do jogo troféu de estante acabe por passar. Ou não... pode ser aprofundar o nicho dos jogos dito modernos, virando algo mais Funko e "boneco" de herói na estante. Há algo de errado nisso, Lógico que não! Se é o que diverte o cidadão. e se ele tem seu grupo de jogo, tá valendo. Como tá valendo para quem quer jogar Uno e War.
Caro
viniciusjf e
adolfocaetano
Mais uma vez vocês têm razão. Uma coisa que a História da Economia nos ensinou é que desde o fim do feudalismo, pelo menos, os mercados nao acabam. Eles evidentemente se modificam e se adequam às novas conjunturas, algumas empresas morrem e outras nascem, mas os mercados não acabam.
Quanto aos jogos da Estrela e da Grow, eu sempre acho interessante citar que, mesmo com caixas mais frágeis, cartas mais finas, componentes de qualidade inferior, sem sleeves, muitos dos jogos clássicos dessas empresas duram muito tempo, dependendo do cuidado do dono. E o mais incrível ainda é que eles não mofam.
Já os jogos modernos, e de qualidade superior da Calango...
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio