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  1. Fórum
  2. Análises
  3. Temos um elefante na sala.

Temos um elefante na sala.

  • dharrebola
    687 mensagens MD
    avatar
    dharrebola08/04/25 16:12
    dharrebola » 08/04/25 16:12

    Patanga::Apesar do mal, quem sabe algo q vem para bem tambem apareca. Sei la, encontrar novos parceiros comerciais, novas fabricas de jogos em outros paises menos tarifados, etc

    Vamos torcer para que seja assim Patanga, seria ótimo.

    0
  • Hudson Goulart
    270 mensagens MD
    avatar
    Hudson Goulart08/04/25 22:37
    Hudson Goulart » 08/04/25 22:37

    Em primeiro lugar, parabéns pela análise!
    Textos assim dão gosto de ler.


     dharrebola::
     
     A Industria Americana foi moldada ao longo de várias décadas para produzir itens de alto valor agregado. 
     As fábricas Americanas que produzem produtos de baixo valor agregado, como embalagens plásticas ou de papelão por exemplo é pequena e de características muito semelhantes a Brasileira.
     Não são grandes players mundiais, são apenas industrias feitas para suprir o mercado local.

     E como isso afeta o nosso hobby? 

     Bem, nosso hobby é basicamente feito de caixas de papelão, baralhos, dados de plástico, peões de madeira. 
     Tudo isso é barato, são produtos de baixo valor agregado que juntos formam um item mais caro, e em geral são produzidos em gráficas industriais na China ou em outros cantos da Ásia. 
     Poucas empresas fora de lá tem conseguem produzir um jogo com uma tiragem baixa de forma competitiva e com qualidade, e sim 20000 cópias de um jogo é uma tiragem baixa. 
     É ingenuidade de nossa parte acreditar que as tarifas não vão nos afetar.

     
     



    Enquanto lia, fiquei me perguntando se esse cenário eventualmente favoreceria o aumento relativo de jogos exclusivamente/predominantemente de plástico. Tais como Hive, Rummikub, Santorini, Abalone / Polaris, Azul, Dragon Castle, etc. Mas depois, ao reler, percebi que o centro da questão não está no material usado; mas nas tiragens e no valor agregado. Ou seja, todos os tipos de jogos serão negativamente afetados. É uma pena!

    5
  • leobetosouza
    259 mensagens MD
    avatar
    leobetosouza08/04/25 23:12
    leobetosouza » 08/04/25 23:12

    Outro dia eu tava vendo o dono da Button Shy contando. Ele investiu uma grana pra produzir uma linha nova de jogos. Basicamente versões de caixa dos jogos de carteira deles, pra vender em grandes redes. O primeiros (Tussie Mussie) saiu e fez sucesso. Ele encomendou mais dois. O segundo (Circle the Wagons) chegou poucos dias antes das tarifas entrarem em vigor e passaram ilesos e já podem ser encontrados em lojas dos EUA. O terceiro não teve a mesma sorte e só com o prejuizo que isso vai causar já acabou com o lucro da linha nova toda e, à princípio, eles cancelaram a linha. Vão vender esse quando der e aumentar o preço pra diminuir o preju.

    Enfim. Tarifa é imposto. Mas como foi implantadas pelo presidente """capitalista""", a galera do "Imposto é Roubo" não tá reclamando.

    Mas tá divertido assistir o declinio do Império Americano ao vivo.

    14
  • OZMANDIAS
    281 mensagens MD
    avatar
    OZMANDIAS09/04/25 07:48
    OZMANDIAS » 09/04/25 07:48

    Se as tarifas do laranjão vão afetar nosso hobby? Óbvio que sim.

    Estou no aguardo de um KS que está em vias finais de fabricação. O envio, segundo o cronograma, seria no terceiro ou quarto trimestre de 2025.

    Ontem a empresa lançou um pequeno anúncio informando que suportaria a taxação inicial de 20% sobre a China sem repasse aos apoiadores, mas não consegue sozinha suportar a nova (já defasada) tarifa de 54% contra os chineses e que precisará da ajuda complementar dos apoiadores, sem maiores detalhes por enquanto.

    Se vou receber o jogo? Não sei, ainda não sabemos que valores a mais teremos que desembolsar para que o jogo chegue aos EUA, que dirá o envio ao Brasil (o jogo não tinha envio ao Brasil, estava usando pela primeira vez um redirecionador para receber aqui). Muito possivelmente irei ficar no prejuízo, pois a depender das taxas adicionais, não suportarei o custo final do projeto. 

    Não vou tecer adjetivos a este fantoche de ser humano por respeito ao fórum da Ludopédia e aos administradores. 

    7
  • trprado
    41 mensagens MD
    avatar
    trprado09/04/25 09:06
    trprado » 09/04/25 09:06

    Eu vejo como um bom momento para o Brasil. Nós somos conhecidos hoje por sermos um país gentil a seus vizinhos e outros parceiros comerciais. Temos uma mão de obra semi qualificada, e digo semi no fato de que não temos como fazer tudo como hoje a china faz, mas a nossa mão de obra é um pouco mais cara, mas não tão mais cara que países como a china. Poderíamos nos tornar um ponto inclusive na fabricação de jogos, mas como o mercado adora precificar tudo em dólar ao invés da própria moeda, é nesse momento que vejo o BRICS como uma futura saída, de uma moeda unida, algo como o Euro para todos governar. Mas fora a brincadeira, o Brasil em si é considerado um pais seguro para relações internacionais, tirando quando entra aqueles fanáticos pela bandeira da águia. E se um governo olha-se internamente e fala-se ainda, vamos diminuir os impostos locais, aproveitar essas taxações altas de la de fora, e fazer o pais se desenvolver internamente e externamente, poderíamos finalmente nos tornar algo mais que um pais extrativista. Mas são pensamentos, de alguém que gostaria de ver o país como algo a mais e ver seu lazer crescer, pois poderíamos exportar tudo isso e mais um pouco.

    5
  • OZMANDIAS
    281 mensagens MD
    avatar
    OZMANDIAS09/04/25 09:53
    OZMANDIAS » 09/04/25 09:53

    trprado::Eu vejo como um bom momento para o Brasil. Nós somos conhecidos hoje por sermos um país gentil a seus vizinhos e outros parceiros comerciais. Temos uma mão de obra semi qualificada, e digo semi no fato de que não temos como fazer tudo como hoje a china faz, mas a nossa mão de obra é um pouco mais cara, mas não tão mais cara que países como a china. Poderíamos nos tornar um ponto inclusive na fabricação de jogos, mas como o mercado adora precificar tudo em dólar ao invés da própria moeda, é nesse momento que vejo o BRICS como uma futura saída, de uma moeda unida, algo como o Euro para todos governar. Mas fora a brincadeira, o Brasil em si é considerado um pais seguro para relações internacionais, tirando quando entra aqueles fanáticos pela bandeira da águia. E se um governo olha-se internamente e fala-se ainda, vamos diminuir os impostos locais, aproveitar essas taxações altas de la de fora, e fazer o pais se desenvolver internamente e externamente, poderíamos finalmente nos tornar algo mais que um pais extrativista. Mas são pensamentos, de alguém que gostaria de ver o país como algo a mais e ver seu lazer crescer, pois poderíamos exportar tudo isso e mais um pouco.

    Você não está considerando nessa equação a sabotagem interna. O governo (lideranças políticas) e a população estão divididos. O lado que está no poder não sabe ou não quer fazer. O lado oposição não sabe ou não quer ajudar.

    4
  • adolfocaetano
    153 mensagens MD
    avatar
    adolfocaetano09/04/25 11:19
    adolfocaetano » 09/04/25 11:19

    Após ler tudo, vou dar meus três ou quatro dedinho de pitaco.
    Um pequeno contexto pra esclarecer porque tenho a visão de mundo que tenho. Sou dentista de profissão (e não por paixão) e me graduei em História, por amor a esse campo do saber. Dito isso, eis  minhas bobagens.

    Não é a primeira vez que o mundo, espécie humana, sociedade, sistema econômico, seja lá como se queira chamar, enfrenta adversidades e mudanças; tudo temperado a medo e nenhuma  possibilidade de antever o que acontecerá. Se economistas e gente do ramo financeiro realmente pudesse antever e planejar como falam, não teríamos crises e quebradeiras.
    Mas vamos a um exemplo bem prático. Se tem uma coisa que vive de crise é o setor petrolífero. Cada vez que um ditador russo tosse ou uma republiqueta de banana tropeça, parece que o mundo vai acabar. O valor do barril de petróleo vai à estratosfera e até o pacotinho de pipoca dobra de preço. E anuncia-se um novo armagedon. Passados alguns meses ou poucos anos a situação se estabiliza, o mundo se reorganiza e voltamos a comprar pipoca.
    A mais séria crise do petróleo foi em 1973, quando os árabes (pra variar) foram derrotados por Israel na Guerra do Yom Kippur. Americanos e brasileiros ficaram apavorados. Como viveriam sem poder abastecer os opala e os dodge dart da vida com seus 6 e 8 canecos bebendo 2 km por litro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Bom o povo aprendeu que dava pra viver dirigindo carro pequeno, com quatro cilindros e que bebiam menos que o dono, e o mundo ficou estarrecido ao descobrir que dava pra fazer um motor de carro que não precisava de gasolina nem diesel - viva o carro a álcool, que não é perfeito, mas prova que se quiser dá pra fazer diferente.


    O que quero dizer com toda essa introdução, afinal? E aqui entra minha visão sobre o bicho gente a partir de minha análise histórica.
    Nós, seres humanos, temos a mania de achar que tudo que aconteceu na história se restringe ao agora. Internet?Smartphones? Instagram? SUV na rua? Netflix? Sempre existiram e existirão ao findar dos tempos! Já existiu gente sem aplicativo de celular? Impossível! Como pagavam conta, faziam compras? Bom... ia-se às agências bancárias e às lojas; usava-se cédulas de dinheiro e escolhia-se os produtos pegando-os na mão, em lojas. Melhor ou pior, não cabe ao historiador fazer juízo de valores, mas eu Adolfo pessoa física, acho que hoje é MUITO MELHOR, dentro dos meus 50 e poucos anos.

    Porém o que vivemos hoje não é a totalidade de nada, é um instante na história que vai passar e amanhã será nada. Quero dizer que a civilização atual não desandou quando teve que dirigir carro pequeno e econômico. O mundo não foi desintegrado quando as pandemias de gripe espanhola ou de covid vieram e foram embora. Hoje a maioria nem lembra do tal covid (muitos que foram histéricos achando que o mundo estava acabando.
    Não acho que a indústria de tabuleiros vai acabar, ou sequer mudar muito. Talvez uma adaptada a um novo cenário econômico de escassez, sem caixas de jogos que pesam 8 kg e 500 miniaturas de plástico, cada uma com aspecto único. Melhor ou pior? Depende do que se acha importante: eu que prefiro jogos simples e mais baratos, provavelmente não verei nenhum problema; que coleciona ou curte jogos forrados de componentes (tipo frost punk da vida) vai reclamar.
    Mas o mundo vai continuar e as pessoas vão continuar a comprar jogos feitos com um pouco de papelão, algumas cartas e uns marcadores de plástico estilo Grow e Estrela. Aliás, será que essa suposta crise afetará esses dois elefantes que também estão na sala?

    Bom. Feito meu discurso (ou apresentação de dissertação à banca) Bonsd jogos a todos e mais um dia.

    9
  • viniciusjf
    2705 mensagens MD
    avatar
    viniciusjf09/04/25 12:24
    viniciusjf » 09/04/25 12:24

    Excelente sua colocação, Adolfo. Estava pensando em uma parte do que você disse esses dias, mas guardei pra mim porque me pareceu bobagem na hora. Falo da possibilidade bastante realista de haver um lado bom nisso (falo no caso da indústria de board games), que bem pode ser esse movimento das editoras de buscarem novos estilos de jogos, com novas formas de apelo ao consumidor, e, quem sabe, mais embasadas na qualidade do conteúdo do que na forma ou na escassez das tiragens. 
    Em outras palavras, pode ser que algumas editoras morram, infelizmente, mas isso também pode incentivar outras a buscar formas de produzir jogos mais baratos e bons, mais criativos e inovadores. Pode ser que a qualidade de produção caia muito, mas é algo que vai melhorando com o tempo, e a gente (inclusive eu) vai ter que se educar melhor pra não se render tanto aos típicos apelos do mercado atual (versões deluxe e tiragens limitadíssimas de jogos repetitivos e mal testados, entre outros engodos). 
    Ou a coisa pode descambar de vez e a gente volta a jogar buraco, vai lá se saber! 

    1
  • iuribuscacio
    3120 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio09/04/25 12:48
    iuribuscacio » 09/04/25 12:48

     adolfocaetano::Após ler tudo, vou dar meus três ou quatro dedinho de pitaco.
    Um pequeno contexto pra esclarecer porque tenho a visão de mundo que tenho. Sou dentista de profissão (e não por paixão) e me graduei em História, por amor a esse campo do saber. Dito isso, eis  minhas bobagens.

    Não é a primeira vez que o mundo, espécie humana, sociedade, sistema econômico, seja lá como se queira chamar, enfrenta adversidades e mudanças; tudo temperado a medo e nenhuma  possibilidade de antever o que acontecerá. Se economistas e gente do ramo financeiro realmente pudesse antever e planejar como falam, não teríamos crises e quebradeiras.
    Mas vamos a um exemplo bem prático. Se tem uma coisa que vive de crise é o setor petrolífero. Cada vez que um ditador russo tosse ou uma republiqueta de banana tropeça, parece que o mundo vai acabar. O valor do barril de petróleo vai à estratosfera e até o pacotinho de pipoca dobra de preço. E anuncia-se um novo armagedon. Passados alguns meses ou poucos anos a situação se estabiliza, o mundo se reorganiza e voltamos a comprar pipoca.
    A mais séria crise do petróleo foi em 1973, quando os árabes (pra variar) foram derrotados por Israel na Guerra do Yom Kippur. Americanos e brasileiros ficaram apavorados. Como viveriam sem poder abastecer os opala e os dodge dart da vida com seus 6 e 8 canecos bebendo 2 km por litro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Bom o povo aprendeu que dava pra viver dirigindo carro pequeno, com quatro cilindros e que bebiam menos que o dono, e o mundo ficou estarrecido ao descobrir que dava pra fazer um motor de carro que não precisava de gasolina nem diesel - viva o carro a álcool, que não é perfeito, mas prova que se quiser dá pra fazer diferente.


    O que quero dizer com toda essa introdução, afinal? E aqui entra minha visão sobre o bicho gente a partir de minha análise histórica.
    Nós, seres humanos, temos a mania de achar que tudo que aconteceu na história se restringe ao agora. Internet?Smartphones? Instagram? SUV na rua? Netflix? Sempre existiram e existirão ao findar dos tempos! Já existiu gente sem aplicativo de celular? Impossível! Como pagavam conta, faziam compras? Bom... ia-se às agências bancárias e às lojas; usava-se cédulas de dinheiro e escolhia-se os produtos pegando-os na mão, em lojas. Melhor ou pior, não cabe ao historiador fazer juízo de valores, mas eu Adolfo pessoa física, acho que hoje é MUITO MELHOR, dentro dos meus 50 e poucos anos.

    Porém o que vivemos hoje não é a totalidade de nada, é um instante na história que vai passar e amanhã será nada. Quero dizer que a civilização atual não desandou quando teve que dirigir carro pequeno e econômico. O mundo não foi desintegrado quando as pandemias de gripe espanhola ou de covid vieram e foram embora. Hoje a maioria nem lembra do tal covid (muitos que foram histéricos achando que o mundo estava acabando.
    Não acho que a indústria de tabuleiros vai acabar, ou sequer mudar muito. Talvez uma adaptada a um novo cenário econômico de escassez, sem caixas de jogos que pesam 8 kg e 500 miniaturas de plástico, cada uma com aspecto único. Melhor ou pior? Depende do que se acha importante: eu que prefiro jogos simples e mais baratos, provavelmente não verei nenhum problema; que coleciona ou curte jogos forrados de componentes (tipo frost punk da vida) vai reclamar.
    Mas o mundo vai continuar e as pessoas vão continuar a comprar jogos feitos com um pouco de papelão, algumas cartas e uns marcadores de plástico estilo Grow e Estrela. Aliás, será que essa suposta crise afetará esses dois elefantes que também estão na sala?

    Bom. Feito meu discurso (ou apresentação de dissertação à banca) Bonsd jogos a todos e mais um dia.

    Caro adolfocaetano

    Rapaz, achei ótimo o seu comentário, mas concordo apenas em parte, porque acho que você identificou um alto grau de alarmismo que eu, da minha parte não vi, principalmente considerando as comparações que você fez.

    Tanto no caso das crises do petróleo (1973 e 1979), quanto no caso da pandemia de COVID, houve algum alarmismo, mas não sem razão. Nos anos 70 a Guerra Fria era um fato real, e qualquer desequilíbrio no cenário mundial, como uma crise mundial do petróleo, efetivamente poderia acabar descambando em uma hecatombe nuclear. Do mesmo modo, hoje nós olhamos para trás e muitos minimizam os horrores da pandemia. Mas não podemos esquecer que mais de 700.000 pessoas perderam a vida, e o que é pior, essa crise revelou o quanto nós brasileiros podemos ser irresponsáveis, ao nos recusarmos a adotar medidas de segurança óbvias, porque não podemos ficar sem o chopinho de sexta e a balada de sábado. Também nos foi revelado o quanto nós brasileiros somos suscetíveis ao perigo das informações distorcidas das redes sociais, que transformou uma nação que durante décadas foi a número 1 em termos de vacinação, um exemplo para o mundo, em um povo, que em grande parte, regrediu o pensamento a níveis medievais, passando a acreditar de verdade que vacina não apenas não são eficazes, como ainda por cima são prejudiciais à saúde. Pólio, sarampo, entre outras doenças que estavam praticamente erradicadas do nosso país estão de volta. Por fim, nos foi revelado o quanto somos politicamente mesquinhos e insensíveis, a ponto de um governo federal tentar sabotar a todo custo o encontro de uma solução, para uma dos problemas mais graves que enfrentamos durante a nossa história, só porque o governador do estado que estava liderando essa iniciativa, era de outro partido. Então o alarmismo nesses dois cenários eu acho realmente justificável, porque a ameaça era real.

    Por outro lado, realmente como você bem salientou, a humaninadade já sobreviveu a coisas muito piores, como Eras do Gelo, a Peste Negra, a Inquisição, as Cruzadas, a Gripe Espanhola, Duas Guerras Mundiais, a Crise dos Mísseis de 1962, entre outra ameaças. Trazendo isso para o nosso pequeno o universo dos board games, é justamente por isso, que eu acho que as pessoas não estão achando que o hobby vai acabar por conta das tarifas. O que as pessoas estão é preocupadas, muito preocupadas e com razão. Isso porque, se essa encenação toda de Donald Trump não for um blefe, ou apenas mais uma bravata, (e ele gosta muito disso, como demonstram os anúncios de intenção de anexar o Canadá e a Groenlândia, de tomar o Canal do Panamá, de intervir e acabar com a Guerra da Ucrânia, e de comprar a Faixa de Gaza), a coisa pode ficar feia. Se Donald Trump realmente estiver disposto a provocar uma Guerra Tarifária Global, o impacto em todos os mercados será muito sério, inclusive na indústria de board games. 

    Nesse caso, a Guerra Tarifária Global tornará os jogos de tabuleiro mais caros, e os KS ainda mais proibitivos. Jogos mais caros vão desaquecer o mercado, diminuir o consumo e provavelmente levar muitas editoras menores à bancarrota. Mas ninguém, pelo menos até onde eu vi, acha que o mercado de jogos vá acabar. E mesmo que isso ocorra, na pior das hipóteses, a quantidade de jogos já produzidos é tanta que o hobby se manterá por algumas décadas. Se todas as editoras de jogos fecharem comprar jogos novos não será mais uma opção, mas todo mundo continuará jogando os board games que já existem. Além disso, vamos combinar que jogos são apenas mais uma forma de lazer, como livros, música, cinema, teatro, videogames e séries, por isso, dá para se divertir muito bem sem board games. Não digo que viver sem jogos seria agradável, mas isso simplesmente não é tão fundamental assim, como nós boardgamers gostamos de pensar.   

    Assim sendo, da mesma forma que as Crises do Petróleo, a Internet e a Pandemia, modificaram nossa forma de viver, especificamente com a busca por motores mais eficientes e combustíveis alternativos, a criação de todo um universo on-line com aplicativos, rede sociais, plataformas de streaming, e democratização, às vezes exagerada, do acesso à informação e diversão, bem como o trabalho em home office, essa Guerra Tarifária Global também modificará e impactará na forma como as nações comercializam entre si e nas práticas de consumo das pessoas. 

    E nem dá para imaginar que isso vai levar que as editoras passem a produzir jogos fora da China, porque isso demora muito tempo e demanda muito dinheiro. Nenhuma empresa vai bancar essa empreitada, com o risco de um presidente irresponsável, falastrão e inconsequente, vir à público no mês seguinte para dizer que essa era apenas uma demonstração de força, e que as tarifas reais serão bem menores. Mesmo as tarifas de 10% foram adiadas algumas vezes. Alterações dessa magnitude no mercado, qualquer mercado, só ocorrem por conta de conjunturas muito mais sólidas. Demorou mais de duas décadas para China desenvolver um parque fabril capaz de atrair a produção mundial de tênis para Ásia, e pelo menos uma década para essa indústria migrar para o Vietnã. Assim sendo, não surge uma "nova China" dá noite para o dia. Isso não demora semanas ou meses, mas sim anos e talvez décadas. Ninguém muda uma fábrica, especialmente de grande porte, de uma país para o outro, e inicia uma cadeia de produção e distribuição, praticamente a partir do zero, em um espaço de seis meses. 

    Também é preciso considerar que mesmo que Trump volte atrás, ou seja forçado a isso, no mês que vem, ainda assim, grande parte do estrago já está feito. A credibilidade na economia norte-americana já é a primeira vítima dessa Guerra Tarifária Global. Com isso, demorará talvez décadas, para que outros países voltem a ver os EUA, economicamente, da mesma forma como viam antes do segundo mandato presidencial de Donald Trump. E isso quem diz são os próprios economistas norte-americanos. A China agradece efusivamente por isso.   

    Por outro lado, uma coisa positiva que eu vejo nessa Guerra Tarifária Global é que do mesmo modo como a Pandemia mostrou o perigo que é depender de um único país para produzir tudo, também é perigoso focar e direcionar quase toda a venda de produtos para um único mercado. Isso talvez faça com que as editoras internacionais comecem a procurar alternativas para a produção de seus jogos, e novos mercados onde vendê-los. Possivelmente isso talvez até favoreça o Brasil, desde que nós, enquanto nação, façamos a nossa parte, melhorando o sistema de tributação e a infraestrutura de distribuição. 

    Outra coisa positiva que eu vejo, nessa Guerra Tarifária Global, é que realmente ela deve frear a quantidade, irreal e absurda, de jogos lançados todos os anos. Isso pode fazer com que as pessoas comecem realmente a dar mais valor, e a jogar mais os jogos que elas já têm, ao invés de continuar naquela busca frenética e incessante pelo "novo melhor jogo de todos os tempos obrigatório em qualquer coleção". Do mesmo modo, esse encarecimento dos jogos talvez cause também uma mudança no sentido das editoras começarem a investir mais em jogos mais baratos, mais simples de produzir e nem por isso menos divertidos, como ocorreu no caso da Argentina, que já convive com crises econômicas há muito mais tempo.

    Para terminar, se essas duas previsões se mostrarem certas, eu acho que o mercado de jogos sairá melhor e mais maduro dessa Guerra Tarifária Global, confirmando ainda mais as sábias palavras de Nietzsche: "Aquilo que não me mata, me faz mais forte".

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio         

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  • adolfocaetano
    153 mensagens MD
    avatar
    adolfocaetano09/04/25 13:19
    adolfocaetano » 09/04/25 13:19

    viniciusjf::Excelente sua colocação, Adolfo. Estava pensando em uma parte do que você disse esses dias, mas guardei pra mim porque me pareceu bobagem na hora. Falo da possibilidade bastante realista de haver um lado bom nisso (falo no caso da indústria de board games), que bem pode ser esse movimento das editoras de buscarem novos estilos de jogos, com novas formas de apelo ao consumidor, e, quem sabe, mais embasadas na qualidade do conteúdo do que na forma ou na escassez das tiragens. 
    Em outras palavras, pode ser que algumas editoras morram, infelizmente, mas isso também pode incentivar outras a buscar formas de produzir jogos mais baratos e bons, mais criativos e inovadores. Pode ser que a qualidade de produção caia muito, mas é algo que vai melhorando com o tempo, e a gente (inclusive eu) vai ter que se educar melhor pra não se render tanto aos típicos apelos do mercado atual (versões deluxe e tiragens limitadíssimas de jogos repetitivos e mal testados, entre outros engodos). 
    Ou a coisa pode descambar de vez e a gente volta a jogar buraco, vai lá se saber! 

    É isso, Vinícius. O que vai acontecer é o mercado se rearranjar. Pode acontecer o que você descreve. Pode acontecer de Estrela e Grow ocuparem este espaço vago pelas largatichas que quebrarem, lançando os catan e carcassonne da vida novamente, mas no padrão tupiniquim deles. Eu realmente não me importo se a caixa é mais fina e o componente é o mesmo que tem no outro jogo; se as cartas não são no formato euro mini ou "oceania ultra"; se os dados são aqueles pequeno e genéricos. Se o jogo não derreter na mão depois de duas jogadas, por mim tá valendo. Tenho o meu Supremacia da Grow desde que foi lançado lá na década de 80 - e viu muuuiiita mesa. Deve ter muito War ou Banco imobiliário que já passou das mãos dos pais para os filhos por aí, amassado, surrado, caixa colada com durex, mas que ainda dá boas horas de diversão pra quem joga.
    Assim, vai do que quer o indivíduo com seu objeto de interesse. Conteúdo ou forma? Eu pouco me importo pra forma, já que tô cheio de PNP jack Sparrow misturado com caixas das largatichas e afins!
    Então, que continuem vindo jogos para nos divertirem.
    Infelizmente, talvez a fase do jogo troféu de estante acabe por passar. Ou não... pode ser aprofundar o nicho dos jogos dito modernos, virando algo mais Funko e "boneco" de herói na estante. Há algo de errado nisso, Lógico que não! Se é o que diverte o cidadão. e se ele tem seu grupo de jogo, tá valendo. Como tá valendo para quem quer jogar Uno e War.

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