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  4. Puerto Rico: entre o eurocentrismo e o refinamento estratégico

Puerto Rico: entre o eurocentrismo e o refinamento estratégico

Puerto Rico
  • RaphaelGuri
    1385 mensagens MD
    avatar
    RaphaelGuri22/12/24 22:03
    RaphaelGuri » 22/12/24 22:03

    Ricardo1984::Este é um tema muito interessante e relevante, e preciso confessar que sou uma das pessoas que lendo este tópico há 4 ou 5 anos iria pensar que tudo é apenas mimimi, que trata-se de um jogo e que reflete justamente o que aconteceu na realidade histórica.

    Um trecho do comentário do Iuri é realmente muito honesto em comparar qual grau de satisfação que teríamos em entrarmos num papel de senhor dos escravos e fazer deles aquilo que desejássemos, a depender da estratégia e tática do jogo, ou então como agentes do exercíto nazista precisando espionar, capturar e exterminar judeus, homossexuais, etc.

    Se o tópico cabe discussão, eu defendo e defenderei que ela precise ser ampla, uma vez que é relmente prazeroso "discutir" com quem concorda e pensa rigorosamente com tudo o que eu também penso, mas não quero e não consigo debater com aqueles que destoam do meu pensamento. 

    Minha visão: não acho que haja um problema histórico, tão pouco ideológico por de trás disso tudo, e preciso falar de forma direta: é político, hoje é político.

    Quando trabalhamos "valores" dentro das pessoas nós inevitavelmente teremos discussões, afinal, o que é valor pra mim pode não ser pra você. Quero trazer um exemplo: o aborto é um tema que divide as pessoas, e sendo bastante direto, em suma a esquerda libera e a direita recrimina. Talvez neste momento você esteja começando a pensar "vc está tentando relativizar o racismo??", e de antemão a resposta é não, mas quero seguir num raciocínio.

    Li num comentáro anterior sobre a mentalidade de algumas pessoas que estão muito atrasadas quanto ao pensamento sobre escravidão, racismo, e parecem viver em tempos diferentes dos nossos, e eu concordo plenamente com isso. Eu por outro lado, como profissional da área da saúde e atuante em diversas outras frentes que hoje são consideradas por alguns como pseudo ciência, percebo que há uma desconsideração por outros temas (valores) que são amplamente considerados e estudados, e sim, estou falando da questão do aborto. Por exemplo, tudo aquilo que estudo corrobora diretamente com a tese do não aborto, ainda que pra mim caiba muita discussão sobre o tema, já que ele abrange não apenas a área da saúde, mas áreas e camadas sociais, transgeracionais, de epigenética, etc. 

    Agora volto ao contexto político, já que estamos passando por um período onde, de forma muito evidente, formaram-se duas torcidas organizadas e apaixonadas pelos seus lados, e aí é que está! Quando uma pauta não favorece meu lado, mesmo eu concordando com ela, eu ignoro ou torço o nariz, afinal de contas, se eu demonstro apoio eu estou "me debandando" para o lado de lá. O que tenho notado é que este fenomeno fomenta a divisão, e assim estamos há cada instante nos dividindo mais, primeiro em grandes grupos, depois em grupos menores, e por fim em micro grupos pela nossa inabilidade em conversar, aceitar, interagir e ceder. 

    Dito isso, nunca mais irei jogar Puerto Rico como jogava antes, agora muito mais consciente e atualizado sobre o contexto.

    Por mais discussões necessárias como estas, de preferência, amplas.

    Perfeito. É tudo política. Só é preciso certo cuidado para entender e discernir até onde uma abstração é necessária, se não, vamos jogar Stone Age e pensar "to tendo filho só pra aumentar minha mão de obra em troca de comida"? Jogos com piratas, vikings, orcs, heróis e vilões então, já era. Vamos viver de abstratos... Até nos lembrar que os componentes daquele produto tem origem duvidosa.

    Mesmo o seu exemplo de aborto é um ótimo tópico nessa relação de poder. Ninguém em sã consciência quer matar uma criança, um feto, tanto que a discussão gira em torno de "a partir de quando é uma criança" e principalmente "quais políticas públicas estão envolvidas e o quanto são eficazes e eficientes". Só que a "torcida organizada" adora dar uma distorcida no que o "adversário" disse.

    No fim, se entrarmos nessa neura, não fazemos mais nada. Dai a importância de, quando em vez, topar com post desse cunho: para dar uma pausa e refletir, de novo e de novo. 


    Ps: sou da área da saúde mental também, Ricardo1984, então acabo me vendo atraido pra esse tipo de papo haha

    Abraços!

    6
  • RaphaelGuri
    1385 mensagens MD
    avatar
    RaphaelGuri22/12/24 22:07
    RaphaelGuri » 22/12/24 22:07

    iuribuscacio::
    RaphaelGuri::
    Concordo contigo nesse aspecto levantado, fantafanta. 


    A diferença do que falamos, é que você, pelos exemplos que deu, é uma pessoa voltada à novas possibilidades. 


    A minha resposta ao Iuri foi pensando naquela parcela de público reacionária, que acha que o assunto é "só mimimi" (como vimos um exemplo nesse post com outro usuário). Para essas pessoas, a barreira é muito maior do que boa vontade por parte de editora, até mesmo pelo fato dessa boa vontade - algumas vezes recentes até - serem vistas como "algo woke" e a tentativa sai pela culatra. Para esse público, só um processo reformatório educacional resolverá. Aos outros, que encaram novas vivências de peito aberto (como parece ter sido seu exemplo infantil jurássico [não te chamando de velho, hein! Hahah]), a questão é completamente diferente.

    Caro Raphael (RaphaelGuri)

    O que é isso companheiro?!?! 

    Se o fantafanta é jurássico por conta da referência ao Jurassic Park, eu já devo ter meus aniversários contabilizados por datação de carbono, porque minha referência de pré-história é "Mil Séculos Antes de Cristo", com a belíssima e desejadíssima Raquel Welch, que provavelmente muita gente aqui nem deve saber quem é, e vai ter de dar um pulo no IMDB para descobrir!!!!!  :D:D:D

    Um forte abraço e boas jogatinas natalinas!

    Iuri Buscácio
      

    Então vou nem falar que sou fã de Beatles e Raul Seixas, se não vão me relacionar com "Eu nasci ha dez mil anos atrás" hauahauaha

    Ótimas festass!!!

    3
  • Ricardo1984
    603 mensagens MD
    avatar
    Ricardo198422/12/24 22:21
    Ricardo1984 » 22/12/24 22:21

    iuribuscacio::
    Ricardo1984::
    Dito isso, nunca mais irei jogar Puerto Rico como jogava antes, agora muito mais consciente e atualizado sobre o contexto.

    Por mais discussões necessárias como estas, de preferência, amplas.

    Caro Ricardo1984

    Rapaz, que beleza de comentário! 

    Você tem toda a razão, especialmente quando diz que ainda é possível jogar Puerto Rico atualmente, mas talvez não da mesma forma como se jogava antes da polêmica da escravidão ter sido levantada. Não há a menor dúvida de que o modo como enxergamos o jogo é fortemente influenciada pelo nosso arcabouço ideológico. Isso demonstra toda a força da ideologia, ao moldar a visão de mundo de cada um.

    Outro claro exemplo disso é a questão do aborto que você levantou. Essa questão, igualmente polêmica, foi totalmente deturpada pela extrema direita norte-americana, principalmente na esteira do famoso julgamento de 1973, Roe v. Wade,, onde a Suprema Corte dos EUA decidiu que o direito ao aborto, sem qualquer restrição governamental, é uma garantia constitucional. Aliás, esse atual recrudescimento e radicalização da ultradireita norte-americana, que culminou com o retorno de Donald Trump ao poder, e que reflete fortemente aqui no nosso país com o bolsonarismo, está justamente tentando modificar esse julgamento histórico fazendo a legislação norte-americana retroceder 50 anos.

    O fato é que logo depois de 1973, nos EUA, a ultradireita sequestrou e deturpou totalmente a questão real, que passou a ser escolher entre pró-vida, ou pro-life (ultradireita) e pró-escolha ou pro-choice (centro direita ou direita moderada, porque nenhum partido norte-americano é de esquerda), quando na verdade a discussão envolve legalizar ou não legalizar o aborto. Quando se transfere essa questão e se coloca que alguém é pró-vida, o que se está dizendo claramente é que quem pensa diferente é contra-vida, o que é uma total deturpação, mas que colou e está aí até hoje, tanto lá quanto aqui. Uma pessoa pode ser perfeitamente contra o aborto em si, mas à favor da sua legalização. E isso também envolve uma questão social muito forte, porque você não tenha dúvida de que muitas famílias abastadas e extremamente religiosas aos olhos da sociedade, no privado não pensa duas vezes a recorrer à clínica de abortos com toda a discrição e segurança que uma boa assistência médica pode garantir, enquanto que a mulher pobre tem de recorrer a verdadeiros "açougueiros" ou à medicamentos condenáveis e perigosíssimos para a saúde.

    Outro aspecto que eu acho que demonstra uma grande hipocrisia é o argumento pela santidade da vida à partir da concepção. Se a vida é sagrada, desde a sua concepção, isso implica que a vida do feto é tão sagrada quanto a da mãe. Consequentemente, seguindo esse raciocínio da santidade absoluta da vida, as pessoas teriam de defender que mesmo em caso de risco e de morte, eminente e altíssimo para a gestante, ainda assim o aborto não deveria ser permitido, independente da continuidade da gestação, em última análise acabar matando tanto a gestante quanto o feto. O problema é que isso torna muito mais difícil de convencer as pessoas, da validade da proibição da legalização irrestrita do aborto. E é por isso que alguns grupos religiosos defendem que em caso de gravidez decorrente de estupro, a mulher deve ser obrigada a levar a gestação até o fim, dar à luz à criança e depois entregar para a adoção e nunca mais pensar nisso, porque afinal o feto não tem culpa de ser fruto de um ato tão hediondo. Mas os mesmo grupos, quando se trata de risco de morte para a gestante, passam a admitir o aborto apenas nessa condição extrema, esquecendo estrategicamente, que nesse caso o feto também não tema menor culpa de ter colocado a vida da gestante em risco.

    Por fim, não dá para deixar de ressaltar o quão fascinante é o fato de algo relativamente simples e prosaico, como um jogo de tabuleiro pode suscitar reflexões e discussões tão interessantes e necessárias como a desse tópico.

    Um forte abraço e boas jogatinas natalinas!

    Iuri Buscácio              

    P.S. Diga-se o que se disser sobre o Puerto Rico, mas eita joguinho porreta de tão influente...      
      

    É isso amigo, eu não vou me alongar na questão do aborto apenas para não destoar muito do post, mas eu admiro a forma respeitosa que trás as informações, e isso só é possível quando baixamos a guarda do ego e da vaidade. Um abraço.

    5
  • Ricardo1984
    603 mensagens MD
    avatar
    Ricardo198422/12/24 22:23
    Ricardo1984 » 22/12/24 22:23

    RaphaelGuri::
    Ricardo1984::Este é um tema muito interessante e relevante, e preciso confessar que sou uma das pessoas que lendo este tópico há 4 ou 5 anos iria pensar que tudo é apenas mimimi, que trata-se de um jogo e que reflete justamente o que aconteceu na realidade histórica.

    Um trecho do comentário do Iuri é realmente muito honesto em comparar qual grau de satisfação que teríamos em entrarmos num papel de senhor dos escravos e fazer deles aquilo que desejássemos, a depender da estratégia e tática do jogo, ou então como agentes do exercíto nazista precisando espionar, capturar e exterminar judeus, homossexuais, etc.

    Se o tópico cabe discussão, eu defendo e defenderei que ela precise ser ampla, uma vez que é relmente prazeroso "discutir" com quem concorda e pensa rigorosamente com tudo o que eu também penso, mas não quero e não consigo debater com aqueles que destoam do meu pensamento. 

    Minha visão: não acho que haja um problema histórico, tão pouco ideológico por de trás disso tudo, e preciso falar de forma direta: é político, hoje é político.

    Quando trabalhamos "valores" dentro das pessoas nós inevitavelmente teremos discussões, afinal, o que é valor pra mim pode não ser pra você. Quero trazer um exemplo: o aborto é um tema que divide as pessoas, e sendo bastante direto, em suma a esquerda libera e a direita recrimina. Talvez neste momento você esteja começando a pensar "vc está tentando relativizar o racismo??", e de antemão a resposta é não, mas quero seguir num raciocínio.

    Li num comentáro anterior sobre a mentalidade de algumas pessoas que estão muito atrasadas quanto ao pensamento sobre escravidão, racismo, e parecem viver em tempos diferentes dos nossos, e eu concordo plenamente com isso. Eu por outro lado, como profissional da área da saúde e atuante em diversas outras frentes que hoje são consideradas por alguns como pseudo ciência, percebo que há uma desconsideração por outros temas (valores) que são amplamente considerados e estudados, e sim, estou falando da questão do aborto. Por exemplo, tudo aquilo que estudo corrobora diretamente com a tese do não aborto, ainda que pra mim caiba muita discussão sobre o tema, já que ele abrange não apenas a área da saúde, mas áreas e camadas sociais, transgeracionais, de epigenética, etc. 

    Agora volto ao contexto político, já que estamos passando por um período onde, de forma muito evidente, formaram-se duas torcidas organizadas e apaixonadas pelos seus lados, e aí é que está! Quando uma pauta não favorece meu lado, mesmo eu concordando com ela, eu ignoro ou torço o nariz, afinal de contas, se eu demonstro apoio eu estou "me debandando" para o lado de lá. O que tenho notado é que este fenomeno fomenta a divisão, e assim estamos há cada instante nos dividindo mais, primeiro em grandes grupos, depois em grupos menores, e por fim em micro grupos pela nossa inabilidade em conversar, aceitar, interagir e ceder. 

    Dito isso, nunca mais irei jogar Puerto Rico como jogava antes, agora muito mais consciente e atualizado sobre o contexto.

    Por mais discussões necessárias como estas, de preferência, amplas.

    Perfeito. É tudo política. Só é preciso certo cuidado para entender e discernir até onde uma abstração é necessária, se não, vamos jogar Stone Age e pensar "to tendo filho só pra aumentar minha mão de obra em troca de comida"? Jogos com piratas, vikings, orcs, heróis e vilões então, já era. Vamos viver de abstratos... Até nos lembrar que os componentes daquele produto tem origem duvidosa.

    Mesmo o seu exemplo de aborto é um ótimo tópico nessa relação de poder. Ninguém em sã consciência quer matar uma criança, um feto, tanto que a discussão gira em torno de "a partir de quando é uma criança" e principalmente "quais políticas públicas estão envolvidas e o quanto são eficazes e eficientes". Só que a "torcida organizada" adora dar uma distorcida no que o "adversário" disse.

    No fim, se entrarmos nessa neura, não fazemos mais nada. Dai a importância de, quando em vez, topar com post desse cunho: para dar uma pausa e refletir, de novo e de novo. 


    Ps: sou da área da saúde mental também, Ricardo1984, então acabo me vendo atraido pra esse tipo de papo haha

    Abraços!

    Que maravilha, Rafa! A seara é imensa no quesito saúde mental, realmente. Obrigado pela compreensão e forma respeitosa que trouxe o seu ponto de vista. Um forte abraço.

    4
  • Jonathan Kaizer
    95 mensagens MD
    avatar
    Jonathan Kaizer23/12/24 07:42
    Jonathan Kaizer » 23/12/24 07:42

    Todo mês alguém faz tópico de Puerto Rico, e propositalmente ou não, a polêmica ressurge... Já deu...

    6
  • tollendal
    21 mensagens MD
    avatar
    tollendal23/12/24 10:33
    tollendal » 23/12/24 10:33

    Ótimo texto, parabéns!

    Graças ao jogo Puerto Rico este período histórico tão problemático está sempre na boca do povo, e não esquecido em algum livro de História.

    Essa é uma das funções da cultura, não deixar esquecer.

    O que é esquecido se repete com mais facilidade.

    8
  • Bhima
    13 mensagens MD
    avatar
    Bhima23/12/24 10:37
    Bhima » 23/12/24 10:37

    Acho muito "bonitinho" um monte de gente que problematiza a questão da escravidão, julgando e apontando o dedo para quem joga PUERTO RICO, como se o jogador fosse um monstro por escolher algo com esse tema.
    Mas esse mesmo "virtuoso" não tem o menor pudor em colocar um BIFÂO de um animal morto, que sofreu muito, no seu prato...e somente para satisfazer a língua (pois já foi demonstrado que não é necessário comer carne para viver) o que demonstra a TOTAL falta de empatia para com outros seres vivos e seu sofrimento.
    Esse mesmo "politicamente correto" que come CHURRASCÃO é o mesmo que aponta, ferozmente, os índices de desmatamento da amazônia ou destruição do Pantanal sem nem refletir que é JUSTAMENTE a criação de gado para alimentação humana que está destruindo esses ecosistemas (mas o "virtuoso" não quer abrir mão do seu BIFÃO)
    O raciocínio "Ah mas os animais são diferentes dos humanos..." é o mesmo modo de pensar de um europeu do século XVIII que pensava "Ah mas os negros e indígenas são diferentes dos brancos..."
    Eu sou vegetariano a 26 anos (justamente para não participar do sofrimento desses animais) mas não fico apontando o dedo para quem come carne (fiz aqui para que os "virtuosos" percebam que são menos "imaculados" que suspeitam); e NUNCA me passou pela cabeça parar de jogar Agricola ou Caverna porque sou vegetariano.
    Porque????
    PORQUE É SÓ UM JOGO!!!!
    Então deixem de ser hipócritas se julgando os imaculados, tomem conta da sua vida e parem de apontar o dedo para os outros!

    PS. Vou continuar jogando PUERTO RICO sem a menor crise existêncial.
     

    3
  • Bhima
    13 mensagens MD
    avatar
    Bhima23/12/24 10:44
    Bhima » 23/12/24 10:44

    tollendal::Ótimo texto, parabéns!

    Graças ao jogo Puerto Rico este período histórico tão problemático está sempre na boca do povo, e não esquecido em algum livro de História.

    Essa é uma das funções da cultura, não deixar esquecer.

    O que é esquecido se repete com mais facilidade.

    Exatamente!
    O Puerto Rico não naturaliza a escravidão, mas introduz as pessoas, de forma lúdica, em vários temas que podem fazer com que ela reflita sobre fatos do passado.

    8
  • tollendal
    21 mensagens MD
    avatar
    tollendal23/12/24 11:07
    tollendal » 23/12/24 11:07

    Bhima::
    tollendal::Ótimo texto, parabéns!

    Graças ao jogo Puerto Rico este período histórico tão problemático está sempre na boca do povo, e não esquecido em algum livro de História.

    Essa é uma das funções da cultura, não deixar esquecer.

    O que é esquecido se repete com mais facilidade.

    Exatamente!
    O Puerto Rico não naturaliza a escravidão, mas introduz as pessoas, de forma lúdica, em vários temas que podem fazer com que ela reflita sobre fatos do passado.

    Enxergo cada partida de Puerto Rico como a oportunidade de dar uma aula disfarçada sobre escravidão e colonialismo.
    Disfarçada pq sabemos q aqueles q mais precisam ouvir são os q mais fogem do assunto. Então tem q ir devagar, sem bater de frente.
    Às vezes conseguimos, às vezes não. Mas no geral dá pra plantar uma sementinha q talvez florescerá no futuro.

    5
  • Bhima
    13 mensagens MD
    avatar
    Bhima23/12/24 11:22
    Bhima » 23/12/24 11:22

    tollendal::
    Bhima::
    tollendal::Ótimo texto, parabéns!

    Graças ao jogo Puerto Rico este período histórico tão problemático está sempre na boca do povo, e não esquecido em algum livro de História.

    Essa é uma das funções da cultura, não deixar esquecer.

    O que é esquecido se repete com mais facilidade.

    Exatamente!
    O Puerto Rico não naturaliza a escravidão, mas introduz as pessoas, de forma lúdica, em vários temas que podem fazer com que ela reflita sobre fatos do passado.

    Enxergo cada partida de Puerto Rico como a oportunidade de dar uma aula disfarçada sobre escravidão e colonialismo.
    Disfarçada pq sabemos q aqueles q mais precisam ouvir são os q mais fogem do assunto. Então tem q ir devagar, sem bater de frente.
    Às vezes conseguimos, às vezes não. Mas no geral dá pra plantar uma sementinha q talvez florescerá no futuro.

    A minha formação é em História, e faço exatamente isso... com cuidado (para não parecer ser o "arauto das virtudes") vou tratando sobre o tema, para que as pessoas reflitam...e o jogo é uma excelente ferramenta de fixação de conhecimento. Faço o mesmo com o Mombasa.

    5
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