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  3. Ressignificando a palavra Jogo

Ressignificando a palavra Jogo

  • avatar
    dharrebola12/08/24 12:00
    avatar
    dharrebola
    12/08/24 12:00
    687 mensagens MD

    Olá! Eu sou o Davi e esse é o Canal Análise Escrita.

    Hoje trago um debate interessante, qual o impacto do jogo em sua vida?
    O que a palavra jogo representa pra você?

    Hoje o jogo é uma ferramenta de descompressão importante na minha rotina semanal.
    Trabalho em uma área que me gera grande satisfação (educação) mas que é conhecida como uma área estressante.

    Porém, nem sempre o jogo (ou os jogos) sejam físicos, sejam digitais, tiveram esse papel em minha vida.

    - A tênue linha entre hobby e vício: Os jogos entraram na minha família muito tempo atrás.
    Não, não foram animadas mesas de banco imobiliário nas sextas a noite.
    Meu pai era viciado em jogos.
    Sim amigos, não estou falando de Catan ou 7 Wonders, estou falando das malditas maquininhas caça níqueis, das mesas de baralho.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/49169_k25xgs.jpeg

    A situação era complicada, meu pai não apostava o dinheiro da cachaça, apostava o dinheiro do leite.

    Me recordo que quando estava na terceira série quebrei o braço na férias.
    Fiquei com meu pai na cidade e minha mãe foi com meu irmão para a praia.
    Passei minhas férias em bares, tomando Refrigerante, comendo coxinha e colocando moedinhas de 25 centavos na máquina caça níqueis.

    O Jogo não era uma diversão, era um vício para o meu pai.
    Era comum se sentir realizado por ganhar 50 ou 100 reais no caça níqueis (mesmo tendo apostado 200), a busca era sempre pelo "grande prêmio".

    Meu pai faleceu em 2011 após uma curta batalha contra o câncer, algumas feridas infelizmente não se fecharam.

    O papel do jogo em minha vida: 

     O exemplo que tive em casa me inseriu em um vício: O vício de não ter vícios.

    Parece estranho, mas desde mais novo enfiei na minha cabeça que tudo poderia ser um vício.
    Não bebo, não fumo, e por muito tempo, mesmo gostando de jogos físicos e digitais eu quase não joguei.
    (Fato curioso é que só fui ter um vídeo game depois de adulto, pois meu pai achava que vídeo game viciava...)

    Tudo que eu inseria em minha vida, quando eu começava a gostar eu largava.
    Se eu começava a gastar dinheiro então, para mim era vício.

    Minha cabeça só começou a mudar na faculdade de Educação Física.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/f7b8e_k25xgs.jpeg

    Como citado em outros posts que fiz aqui no canal, na faculdade tive algumas matérias relacionadas aos jogos.
    Aprendi a diferença entre jogo e esporte e aprendi inclusive que a mesma modalidade pode ser um jogo ou um esporte, variando apenas o contexto da prática e as regras.

    Mas o mais importante foi descobrir que o jogo é algo próprio do ser humano.
    Criar regras e segui-las nos diferencia dos animais.
    Todo humano joga de alguma forma.

    Comecei a usar os jogos de tabuleiro em minhas aulas, e o resultado foi muito bom.
    As crianças ficavam malucas com simples partidas de Black Stories.
    Damas e xadrez, dois clássicos escolares também eram um sucesso absoluto.

    Mas eu resistia em levar o jogo para dentro da minha casa.
    O medo de consumir meu patrimônio, de desgastar minha relação com isso era muito grande.

    Comecei a jogar Magic, achei que estava gastando muito com isso, era muito dinheiro e muito tempo desprendido em um modelo de negócio predatório, deixei o Magic para trás.

    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/3b58d_k25xgs.jpeg

    Queria iniciar um hobby compartilhado com minha esposa, comecei então a me inserir no mundo dos Boardgames.

    No início, fiquei com aquela sensação: isso vai ser um vício e eu vou pular fora em um instante.
    Os Boardgames eram caros, tanto quanto jogar Magic.
    Mas eu via um custo benefício maior.
    Com 200 reais, as vezes eu comprava uma carta de Magic, com o mesmo valor eu comprava um boardgame completo.
    Papelão por papelão, troquei 5 gramas por 1kg.

    A validação do hobby, veio através das partidas memoráveis que tive, e de diversas conversas com a minha esposa, por várias vezes ouvi da boca dela: se você não gastar com o que te trás prazer, vai gastar com o que?

    Muitas compras depois (muitas compras "no escuro" inclusive) e passado o frenesi inicial depois de ser bombardeado com publicidade e opiniões de todos os lados, consegui dar um "freio" nas compras.
    Hoje compro muito menos e com muito mais critério, agora eu sei o que gosto de jogar (e é a dica que dou para quem está iniciando no hobby, desenvolva seu gosto e descubra qual a sua preferência em relação aos jogos).
    Não tenho apego também, consigo me desfazer de um jogo que não me agradou tranquilamente, seja vendendo, seja doando ou trocando.

    Sempre vou carregar o peso de ter convivido com alguém que desenvolveu uma relação não saudável com uma variante do hobby que eu escolhi.

    Mas é preciso perdoar quem não está mais aqui, as coisas passam, nós também passamos.
    Fico feliz por ter ressignificado o jogo em minha vida e por ter encontrado uma forma saudável de encaixa-lo em minha rotina e na minha dinâmica familiar.

    Peço desculpas pelo post em formato de "desabafo", mas fazia tempo que eu matutava sobre como abordar a minha relação com o jogo.

    Feliz dia dos pais! (Atrasado) sobretudo para o meu velho que entre erros e acertos criou eu e meus irmãos.



    E você colega? Como o jogo está inserido em sua vida? 
    Você enxerga uma relação saudável entre os jogos e o resto da sua vida pessoal?

    Sente no divã do tio Davi e fale a vontade!



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  • Canal

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    O texto mais curto deste canal.
    Glória a Roma.
    Jogo, logo existo
    Quando o Hobby deixa de ser saudável.
    Nunca gostei de Catan (até ontem)

    Comentários:

  • fantafanta
    464 mensagens MD
    avatar
    fantafanta12/08/24 13:36
    fantafanta » 12/08/24 13:36

    Caramba, seu relato foi muito corajoso e também muito importante!
    Quando mais novo, tive uma relação bem descompromissada e casual com os jogos.
    Meus pais sempre me incentivaram a ler, jogar, praticar esportes, desenhar etc... Enfim, experimentar e desenvolver competências, independente de qualquer julgamento prévio. Nesse sentido sou extremamente grato a eles pois tive oportunidades que, acredito, a maioria das pessoas não teve.

    Curiosamente os jogos de videogame sempre foram reprovados aqui em casa. Demorou muito para que minha mãe aceitasse que nós jogassemos. Hoje eu a entendo, de certa forma, pois naquela época os videogames eram uma distração irritante e prejudicial aos estudos, que deveriam vir em primeiro lugar. Sim, posso considerar que os videogames foram uma espécie de vício na minha vida! No mau sentido mesmo, porque julgo que perdi muito da minha adolescência com algo que para mim, hoje, é uma bobagem. Com o tempo perdi quase que totalmente o interesse pelos jogos eletrônicos. De tal forma que eventualmente só jogo por nostalgia.

    Fora esse "vício", nunca tive nenhum outro! Graças aos meus pais. Meu único outro "vício" é a leitura. rs
    Porém, em 2018 decidi entrar de cabeça no hobby dos jogos de tabuleiro. E no início estava tudo indo bem. Durante a pandemia foram eles que me salvaram de ter um surto a qualquer momento!
    Mas o hiperfoco nessa atividade cobrou o seu preço. Literalmente. E muito alto. Comecei a gastar muito com os jogos, de tal forma que, nunca faltou nada em casa, mas eu não conseguia guardar um centavo sequer. Tudo o que me sobrava eu gastava com jogos.
    E com isso veio a frustração. 
    Pior do que gastar dinheiro é gastar dinheiro e ficar com a sensação de que você é um trouxa por ter feito isso!

    Foi somente no ano passado que as coisas ficaram ruins mesmo para mim, quando a grana apertou, eu estava com jogos saindo pelo ladrão e sem conseguir jogar o que gostaria... Quase lukitei. Vendi 2/3 da minha coleção e não me arrependo nem um pouco disso. Hoje estou com 50 títulos, o que ainda considero bastante.
    Estou tentando lidar com essa coisa de não comprar mais... mas é bem difícil. O desejo de experimentar a novidade da vez é muito forte. E além disso na minha família todos gostamos de sentar para jogar, em maior ou menor medida. Estou sempre tentado a comprar aquele jogo que vai agradar mais. Mas tento focar em jogar mais vezes os mesmo jogos. 
    Acho que estou conseguindo ir bem nesse caminho, mas sinto que já perdi a mão esse ano. Por isso já penso em me desfazer de mais alguns jogos. O que de certa forma é triste, pois gosto dos jogos que tenho.

    Respondendo a sua pergunta. Jogar, para mim, é um exercício. É uma atividade que gosto de fazer para manter a mente lúcida e ativa. Ou melhor, criativa. Também gosto muito de desenhar. Mas são atividades diferentes... e talvez até compelmentares. Os jogos me ajudam a praticar algo que não é usual no meu dia a dia, o raciocínio lógico. Por isso eu adoro jogos de quebra-cabeças. Os jogos são por si si, para mim, um quebra-cabeças. Eu não me importo com jogos festivos e jogos de galera porque geralmente estão focados na dinâmica interpessoal e não é isso que eu busco. Gosto de passar o tempo com a minha família  e isso me basta. Mas antes de tudo, eu gosto de resolver problemas. Me divirto quando um jogo me intriga. Também acho bastante questionável a afirmação de que alguém joga para se divertir, se entreter. Em última medida, todo mundo faz isso. Só que cada um faz isso de um jeito diferente. Para ficar em um exemplo: as pessoas costumam achar Telestrations, Imagem & Ação e outros jogos similares muito divertidos. Mas eu particularmente acho esses jogos insuportáveis. Como eu disse anteriormente, sempre gostei de desenhar. Na verdade durante anos eu trabalhei como ilustrador em editora e agências de publicidade. Houve épocas em que precisei trabalhar até 16 h por dia para conseguir apenas pagar as contas. Hoje trabalho com Design de mobiliário e as coisas estão (um pouco) melhores. A última coisa que quero ver no meu tempo livre é uma folha de papel! Eu me divirto jogando Teotihuacan e não Telestrations. Telestrations eu "jogo" todo dia. Estou de saco cheio. A relação que temos com os jogos é muito particular e vai muito da história  de cada um. Eu gosto de jogar quando estou aprendendo algo novo. É isso que os jogos são para mim, aprendizado.

    7
  • dharrebola
    687 mensagens MD
    avatar
    dharrebola12/08/24 14:55
    dharrebola » 12/08/24 14:55

    fantafanta::Caramba, seu relato foi muito corajoso e também muito importante!
    Quando mais novo, tive uma relação bem descompromissada e casual com os jogos.
    Meus pais sempre me incentivaram a ler, jogar, praticar esportes, desenhar etc... Enfim, experimentar e desenvolver competências, independente de qualquer julgamento prévio. Nesse sentido sou extremamente grato a eles pois tive oportunidades que, acredito, a maioria das pessoas não teve.

    Curiosamente os jogos de videogame sempre foram reprovados aqui em casa. Demorou muito para que minha mãe aceitasse que nós jogassemos. Hoje eu a entendo, de certa forma, pois naquela época os videogames eram uma distração irritante e prejudicial aos estudos, que deveriam vir em primeiro lugar. Sim, posso considerar que os videogames foram uma espécie de vício na minha vida! No mau sentido mesmo, porque julgo que perdi muito da minha adolescência com algo que para mim, hoje, é uma bobagem. Com o tempo perdi quase que totalmente o interesse pelos jogos eletrônicos. De tal forma que eventualmente só jogo por nostalgia.

    Fora esse "vício", nunca tive nenhum outro! Graças aos meus pais. Meu único outro "vício" é a leitura. rs
    Porém, em 2018 decidi entrar de cabeça no hobby dos jogos de tabuleiro. E no início estava tudo indo bem. Durante a pandemia foram eles que me salvaram de ter um surto a qualquer momento!
    Mas o hiperfoco nessa atividade cobrou o seu preço. Literalmente. E muito alto. Comecei a gastar muito com os jogos, de tal forma que, nunca faltou nada em casa, mas eu não conseguia guardar um centavo sequer. Tudo o que me sobrava eu gastava com jogos.
    E com isso veio a frustração. 
    Pior do que gastar dinheiro é gastar dinheiro e ficar com a sensação de que você é um trouxa por ter feito isso!

    Foi somente no ano passado que as coisas ficaram ruins mesmo para mim, quando a grana apertou, eu estava com jogos saindo pelo ladrão e sem conseguir jogar o que gostaria... Quase lukitei. Vendi 2/3 da minha coleção e não me arrependo nem um pouco disso. Hoje estou com 50 títulos, o que ainda considero bastante.
    Estou tentando lidar com essa coisa de não comprar mais... mas é bem difícil. O desejo de experimentar a novidade da vez é muito forte. E além disso na minha família todos gostamos de sentar para jogar, em maior ou menor medida. Estou sempre tentado a comprar aquele jogo que vai agradar mais. Mas tento focar em jogar mais vezes os mesmo jogos. 
    Acho que estou conseguindo ir bem nesse caminho, mas sinto que já perdi a mão esse ano. Por isso já penso em me desfazer de mais alguns jogos. O que de certa forma é triste, pois gosto dos jogos que tenho.

    Respondendo a sua pergunta. Jogar, para mim, é um exercício. É uma atividade que gosto de fazer para manter a mente lúcida e ativa. Ou melhor, criativa. Também gosto muito de desenhar. Mas são atividades diferentes... e talvez até compelmentares. Os jogos me ajudam a praticar algo que não é usual no meu dia a dia, o raciocínio lógico. Por isso eu adoro jogos de quebra-cabeças. Os jogos são por si si, para mim, um quebra-cabeças. Eu não me importo com jogos festivos e jogos de galera porque geralmente estão focados na dinâmica interpessoal e não é isso que eu busco. Gosto de passar o tempo com a minha família  e isso me basta. Mas antes de tudo, eu gosto de resolver problemas. Me divirto quando um jogo me intriga. Também acho bastante questionável a afirmação de que alguém joga para se divertir, se entreter. Em última medida, todo mundo faz isso. Só que cada um faz isso de um jeito diferente. Para ficar em um exemplo: as pessoas costumam achar Telestrations, Imagem & Ação e outros jogos similares muito divertidos. Mas eu particularmente acho esses jogos insuportáveis. Como eu disse anteriormente, sempre gostei de desenhar. Na verdade durante anos eu trabalhei como ilustrador em editora e agências de publicidade. Houve épocas em que precisei trabalhar até 16 h por dia para conseguir apenas pagar as contas. Hoje trabalho com Design de mobiliário e as coisas estão (um pouco) melhores. A última coisa que quero ver no meu tempo livre é uma folha de papel! Eu me divirto jogando Teotihuacan e não Telestrations. Telestrations eu "jogo" todo dia. Estou de saco cheio. A relação que temos com os jogos é muito particular e vai muito fã história  de cada um. Eu gosto de jogar quando estou aprendendo algo novo. É isso que os jogos são para mim, aprendizado.

    Outra coisa que vejo muito: a galera toma o fato de jogar um jogo solo como algo solitario, quase abomina os solos.
    Mas não vê problemas em jogar uma partida de videogame, onde 90% das vezes você está em uma jogatina solo...
    Quanto a parte dos gastos eu senti o mesmo.
    Como eu gosto muito de conhecer novas mecânicas acabava comprando bastante.
    O que me ajudou a diminuir foi o BGA! 
    Juntei um grupo fiel de amigos por la como o sborbu e o Icho Tolot e estamos sempre fervendo nas partidas.
    Me ajudou a desenvolver meu gosto e descobrir o que realmente me agrada, e principalmente o que vale ou não ter na coleção.

    4
  • clebercastilho
    920 mensagens MD
    avatar
    clebercastilho12/08/24 15:31
    clebercastilho » 12/08/24 15:31

    Puta texto! 

    Obrigado por compartilhar sua história e a experiência valiosa que tirou de tudo isso. Meus parabéns cara!

    Sempre enxerguei jogos, e principalmente o bem-estar que eles proporcionam, como um vício. O segredo pra mim é não perder o controle. Como você disse, a linha é tênue.

    Pra mim o grande problemas dos modernos BGs não está em jogar e sim no comprar, no descontrole em querer sempre ter o hype do momento. 

    E com os preços praticados em nosso país, é fácil perder a mão.

    4
  • dharrebola
    687 mensagens MD
    avatar
    dharrebola12/08/24 15:55
    dharrebola » 12/08/24 15:55

    clebercastilho::Puta texto! 

    Obrigado por compartilhar sua história e a experiência valiosa que tirou de tudo isso. Meus parabéns cara!

    Sempre enxerguei jogos, e principalmente o bem-estar que eles proporcionam, como um vício. Como você disse, a linha é tênue e a perda de controle é num piscar.

    Pra mim o grande problemas dos modernos BGs não está em jogar e sim no comprar, no descontrole em querer sempre ter o hype do momento. 

    E com os preços praticados em nosso país, é fácil perder a mão.


    Obrigado pelo elogio meu amigo.
    Concordo com você, é fácil se perder.
    Aquela frase famosa " A vida é uma constante oscilação entre a ânsia de ter e o tédio de possuir" se aplica perfeitamente a qualquer coleção.
    Quem nunca se frustrou por gastar muito em um BG e nunca colocar o mesmo na mesa, que atire a primeira pedra.
    O equilíbrio é fundamental.

    4
  • iuribuscacio
    3120 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio12/08/24 23:49
    iuribuscacio » 12/08/24 23:49

    dharrebola::
    Queria iniciar um hobby compartilhado com minha esposa, comecei então a me inserir no mundo dos Boardgames.

    No início, fiquei com aquela sensação: isso vai ser um vício e eu vou pular fora em um instante.
    Os Boardgames eram caros, tanto quanto jogar Magic.
    Mas eu via um custo benefício maior.
    Com 200 reais, as vezes eu comprava uma carta de Magic, com o mesmo valor eu comprava um boardgame completo.
    Papelão por papelão, troquei 5 gramas por 1kg.

    A validação do hobby, veio através das partidas memoráveis que tive, e de diversas conversas com a minha esposa, por várias vezes ouvi da boca dela: se você não gastar com o que te trás prazer, vai gastar com o que?

    Muitas compras depois (muitas compras "no escuro" inclusive) e passado o frenesi inicial depois de ser bombardeado com publicidade e opiniões de todos os lados, consegui dar um "freio" nas compras.
    Hoje compro muito menos e com muito mais critério, agora eu sei o que gosto de jogar (e é a dica que dou para quem está iniciando no hobby, desenvolva seu gosto e descubra qual a sua preferência em relação aos jogos).
    Não tenho apego também, consigo me desfazer de um jogo que não me agradou tranquilamente, seja vendendo, seja doando ou trocando.

    Sempre vou carregar o peso de ter convivido com alguém que desenvolveu uma relação não saudável com uma variante do hobby que eu escolhi.

    Caro Davi Henrique (dharrebola)

    Parabéns pelo texto excelente, mas principalmente por ter conseguido transformar uma experiência tão ruim em algo tão positivo e prazeroso, na sua vida.

    No mais, eu acho que a diferença entre o hobby saudável e o vício reside em estabelecer quem controla quem. Se o vício, qualquer um que seja, não desse tanto prazer ao viciado, a ponto de cegá-lo, ele não seria um problema tão sério na vida das pessoas. Isso é mais ou menos o caso da pessoa que é alcóolatra, que usa drogas ou que fuma, que acredita não ser viciada, e se ilude que pode largar o vício quando quiser, e que só não faz isso porque seu vício lhe dá prazer e lhe faz feliz. Consequentemente, se a pessoa acredita que pode parar ou deixar de se render ao vício quando quiser, e que o vício lhe faz feliz, na ótica deturpada dessa pessoa, ela pode tranquilamente beber, fumar, se drogar, e até mesmo jogar todos os dias, que não tem problema. Essa ilusão de controle talvez seja a faceta mais perigosa de qualquer vício, porque impede que o viciado sequer enxergue que ele tem um problema, e muito menos que haja alguma necessidade de pedir ajuda, ou fazer algo a respeito por si mesmo como para de beber, de fumar, de se drogar e de jogar.

    Por isso, eu acho fundamental, de vez em quando dar uma pausa nas jogatinas, e também olhar para o seu jogo favorito e dizer hoje eu não vou jogar você, só para deixar claro quem manda em quem. A bem da verdade é que ninguém vai morrer ou ser obrigatoriamente infeliz se deixar de jogar os "melhores jogos de todos os tempos desse mês", como um Heat, um Food Chain Magnate, um Destemidos, ou um World Wonders, só para citar alguns dos jogos mais hypados do momento, e nem mesmo os grandes clássicos como Carcassonne, Brass, TI4, Puerto Rico, Gloomhaven, Stone Age, e assemelhados.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio   

    5
  • dharrebola
    687 mensagens MD
    avatar
    dharrebola13/08/24 07:03
    dharrebola » 13/08/24 07:03

    iuribuscacio::
    dharrebola::
    Queria iniciar um hobby compartilhado com minha esposa, comecei então a me inserir no mundo dos Boardgames.

    No início, fiquei com aquela sensação: isso vai ser um vício e eu vou pular fora em um instante.
    Os Boardgames eram caros, tanto quanto jogar Magic.
    Mas eu via um custo benefício maior.
    Com 200 reais, as vezes eu comprava uma carta de Magic, com o mesmo valor eu comprava um boardgame completo.
    Papelão por papelão, troquei 5 gramas por 1kg.

    A validação do hobby, veio através das partidas memoráveis que tive, e de diversas conversas com a minha esposa, por várias vezes ouvi da boca dela: se você não gastar com o que te trás prazer, vai gastar com o que?

    Muitas compras depois (muitas compras "no escuro" inclusive) e passado o frenesi inicial depois de ser bombardeado com publicidade e opiniões de todos os lados, consegui dar um "freio" nas compras.
    Hoje compro muito menos e com muito mais critério, agora eu sei o que gosto de jogar (e é a dica que dou para quem está iniciando no hobby, desenvolva seu gosto e descubra qual a sua preferência em relação aos jogos).
    Não tenho apego também, consigo me desfazer de um jogo que não me agradou tranquilamente, seja vendendo, seja doando ou trocando.

    Sempre vou carregar o peso de ter convivido com alguém que desenvolveu uma relação não saudável com uma variante do hobby que eu escolhi.

    Caro Davi Henrique (dharrebola)

    Parabéns pelo texto excelente, mas principalmente por ter conseguido transformar uma experiência tão ruim em algo tão positivo e prazeroso, na sua vida.

    No mais, eu acho que a diferença entre o hobby saudável e o vício reside em estabelecer quem controla quem. Se o vício, qualquer um que seja, não desse tanto prazer ao viciado, a ponto de cegá-lo, ele não seria um problema tão sério na vida das pessoas. Isso é mais ou menos o caso da pessoa que é alcóolatra, que usa drogas ou que fuma, que acredita não ser viciada, e se ilude que pode largar o vício quando quiser, e que só não faz isso porque seu vício lhe dá prazer e lhe faz feliz.

    Por isso, eu acho fundamental, de vez em quando dar uma pausa nas jogatinas, e também olhar para o seu jogo favorito e dizer hoje eu não vou jogar você, só para deixar claro quem manda em quem. A bem da verdade é que ninguém vai morrer ou ser obrigatoriamente infeliz se deixar de jogar os "melhores jogos de todos os tempos desse mês", como um Heat, um Food Chain Magnate, um Destemidos, ou um World Wonders, só para citar alguns dos jogos mais hypados do momento, e nem mesmo os grandes clássicos como Carcassonne, Brass, TI4, Puerto Rico, Gloomhaven, Stone Age, e assemelhados.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio   

    Fala meu amigo Iuri,
    É bem por aí, a linha entre hobby e vício é Tênue, o autocontrole é fundamental.
    Ou você manda no hobby, ou o hobby manda em você.
    Um abraço!

    2
  • Raio
    2000 mensagens MD
    avatar
    Raio13/08/24 22:34
    Raio » 13/08/24 22:34

    Cara, que bacana seu texto.

    Eu nunca tive problemas com jogos ou vícios ou qualquer coisa do tipo. Talvez não ainda.

    Porém, fico feliz em ler que o senhor conseguiu tirar algo bacana de tudo isso e mais feliz ainda por aproveitar isso com sua esposa. Ter alguém da nossa família próxima que divide algo desse nível com a gente é realmente surreal de tão bom.

    Hoje, jogo porque amo jogar. Os jogos de tabuleiro (desde damas, dominó, pega-varetas, xadrez, gamão, ludo) sempre estiveram presentes em minha vida por causa do meu finado pai. Depois migrei para os jogos de luta nos arcades, depois video-games (parei no Playstation 1) e redescobri os jogos de tabuleiro em 2016.

    Jogo principalmente para fazer minha higiene mental. Jogar me faz bem, jogar jogos pesados me relaxa, passo horas de qualidade com amigos e também me ajuda a espairecer e esquecer um pouco dos problemas da vida.

    Sinceramente, o único hobby que eu acredito que não consigo deixar para trás ainda é esse de jogar. Nunca cai no hype, tenho todos os jogos que quero e se não gosto eu vendo sem remorso. Se me arrependo compro novamente. 

    E é isso. Valeu pelo texto. Bons jogos e boa sorte!

    3
  • rafapaz
    474 mensagens MD
    avatar
    rafapaz20/08/24 10:08
    rafapaz » 20/08/24 10:08

    Caramba, que bom que superou o trauma.
    O vício em jogos que envolvem apostas/cassino pode ser bem trágico.

    Na infância joguei muito Jogo da Vida, Imagem e Ação e Xadrez ... mas as experiências marcantes com BG na infância foram com Scotland Yard... me sentia o próprio Sherlock Holmes, achava aquilo o máximo!! kkkkk

    Eu ainda não entendo porque jogo. Comecei a ler o livro "Homo Ludens" para entender isso.

    Pra mim é uma necessidade básica. Preciso jogar sempre que posso. O prazer do raciocínio, do tema, da interação analógica é algo mágico que me fascina e dá aquela sensação de descompressão após aquela partida cheia de reviravoltas. Interação pra mim é fundamental.

    Sobre comprar? Parei com 25 jogos na coleção e jogamos bastante os mesmos... a 1 ano e meio no hobby e bem longe de enjoar da minha coleção (os que não curti já vendi).
    Tenho uma listinha de desejos de mais uns 20 jogos, mas não tenho a menor pressa em comprar.

    2
  • dharrebola
    687 mensagens MD
    avatar
    dharrebola20/08/24 11:21
    dharrebola » 20/08/24 11:21

    rafapaz::Caramba, que bom que superou o trauma.
    O vício em jogos que envolvem apostas/cassino pode ser bem trágico.

    Na infância joguei muito Jogo da Vida, Imagem e Ação e Xadrez ... mas as experiências marcantes com BG na infância foram com Scotland Yard... me sentia o próprio Sherlock Holmes, achava aquilo o máximo!! kkkkk

    Eu ainda não entendo porque jogo. Comecei a ler o livro "Homo Ludens" para entender isso.

    Pra mim é uma necessidade básica. Preciso jogar sempre que posso. O prazer do raciocínio, do tema, da interação analógica é algo mágico que me fascina e dá aquela sensação de descompressão após aquela partida cheia de reviravoltas. Interação pra mim é fundamental.

    Sobre comprar? Parei com 25 jogos na coleção e jogamos bastante os mesmos... a 1 ano e meio no hobby e bem longe de enjoar da minha coleção (os que não curti já vendi).
    Tenho uma listinha de desejos de mais uns 20 jogos, mas não tenho a menor pressa em comprar.

    Vou pesquisar esse livro hein?

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