Logo Ludopedia
Novidades
  • Informações
  • Ludonews
  • Lançamentos
  • O que vem por ai
  • Em Breve
  • Anúncios
  • Financiamento Coletivo
Jogos
  • Pesquisa
  • Todos os Jogos
  • Editoras
  • Domínios
  • Categorias
  • Temas
  • Mecânicas
  • Ranking
  • Board Games
  • RPG
  • +Rankings
  • Por Dentro
  • Ludozine
  • Análises
  • Dúvida de Regras
  • Aprenda a Jogar
  • Jogatinas
  • Ludopedia
  • Prêmio Ludopedia
  • Censo Ludopedia
  • Colaborar
  • Cadastro de Jogo
Comunidade
  • Fórum
  • Todos os fóruns
  • Tópicos Recentes
  • Últimas 24 horas
  • Listas
  • Todas as listas
  • Listas Mais Vistas
  • Mídias
  • Canais
  • Podcasts
  • Conteúdo
  • Grupos
  • Arquivos
  • Imagens
  • Videos
Mercado
  • Ludostore
  • Marketplace
  • Leilões
  • Todos os Anúncios
  • Quero Vender
  • Smart Trails
  • Todas as Categorias
  • Lançamentos
Jogos ({{totalJogos}}) Mercado ({{totalAnuncios}}) Tópicos ({{totalTopicos}}) Usuários ({{totalUsuarios}}) Canais ({{totalCanais}}) Listas ({{totalListas}})
Nenhum Jogo Encontrado
  • {{jogo.nm_jogo}} ({{jogo.ano_publicacao}}) {{jogo.nm_distribuidora}} {{jogo.qt_jogadores_str}} {{jogo.tempo_jogo}}
Nenhum Anúncio Encontrado
  • {{anuncio.nm_item}} {{anuncio.qtde}} anúncios A partir de {{anuncio.vl_venda|formataValor}}
Nenhum Tópico Encontrado
  • {{topico.titulo}} Por {{topico.usuario}} {{topico.nm_jogo}}
Nenhuma Lista Encontrada
  • {{lista.nm_lista}} Por {{lista.usuario}} {{lista.qt_itens|plural('item', 'itens')}}
Nenhum Usuário Encontrado
  • {{usuario.usuario}} Membro desde {{usuario.dt_cadastro|mesAnoExtenso}}
Nenhum Canal Encontrado
  • {{canal.nm_canal}} {{canal.qt_postagens|plural('postagem','postagens')}} Última {{canal.dt_ultima_postagem|dataHoraHuman}}
Ver todos os resultados ({{totalJogos}}) Ver todos os resultados ({{totalAnuncios}}) Ver todos os resultados ({{totalTopicos}}) Ver todos os resultados ({{totalUsuarios}}) Ver todos os resultados ({{totalCanais}}) Ver todos os resultados ({{totalListas}})
Entrar Cadastre-se

Acesse sua conta

Crie sua Conta
Ou acesse com as redes sociais

Crie sua conta

Ou utilize suas redes sociais

Menu de Navegação

  • Novidades
    • Informações
    • Ludonews
    • Lançamentos
    • O que vêm por aí
    • Em Breve
    • Anúncios
    • Financiamento Coletivo
  • Jogos
    • Pesquisa
    • Todos os Jogos
    • Editoras
    • Domínios
    • Categorias
    • Temas
    • Mecânicas
    • Ranking
    • Board Games
    • RPG
    • +Rankings
    • Por Dentro
    • Ludozine
    • Análises
    • Dúvida de Regras
    • Aprenda a Jogar
    • Jogatinas
    • Ludopedia
    • Prêmio Ludopedia
    • Censo Ludopedia
    • Colaborar
    • Cadastro de Jogo
  • Comunidade
    • Fórum
    • Todos os fóruns
    • Tópicos Recentes
    • Últimas 24 horas
    • Listas
    • Todas as listas
    • Listas Mais Vistas
    • Mídias
    • Canais
    • Podcasts
    • Conteúdo
    • Grupos
    • Arquivos
    • Imagens
    • Videos
  • Mercado
    • Ludostore
    • Marketplace
    • Leilões
    • Todos os Anúncios
    • Quero Vender
    • Smart Trails
    • Todas as Categorias
    • Últimos Lançamentos

Minha Conta

Avatar

0
  • Usuário
  • Perfil
  • Coleção
  • Partidas
  • Partidas Pendentes
  • Badges
  • Chamados
  • Grupos
  • Canais
  • Edições
  • Seguindo
  • Meeps
  • Saldo Meeps
  • Atividades Meeps
Ver tudo
  • {{notificacao.dt_notificacao|dataHoraHuman}}
Ver tudo
  • {{mensagem.assunto}} ({{mensagem.resumo}})
    {{mensagem.usuario}} - {{mensagem.dt_mensagem|dataHoraHuman}}
Ver tudo
  • {{config.descricao}}
  • Como Comprador
  • Meu Mercado
  • Minhas Compras
  • Avaliações Pendentes
  • Reembolsos
  • Endereços
  • Como Vendedor
  • Minhas Vendas
  • Meus Anúncios
  • Meus Leilões
  • Pergunta não Respondidas
  • Aguardando Envio
  • Meu Saldo
Fale conosco Ajuda Sair da conta
  • Menu
  • Jogos
    • Lançamentos Nacionais
    • Ranking
    • Prêmio Ludopedia
    • Cadastrar um jogo
    • Pesquisa
    • Pesquisa Avançada
    • Editoras
    • Domínios
    • Categorias
    • Temas
    • Mecânicas
  • Canais
    • Últimas Postagens
    • Últimas Postagens - Inscritos
    • Canais
    • Canais - Inscritos
    • Meus Canais
  • Fórum
    • Fóruns
    • Tópicos Recentes
    • Tópicos que sigo
    • Últimas 24 Horas
    • Tópicos Não Lidos
    • Tópicos Favoritos
    • Criar um Tópico
  • Listas
    • Listas Recentes
    • Listas Não Lidas
    • Minhas Listas
    • Listas Favoritas
    • Criar uma Lista
  • Mercado
    • Ludostore
    • Meu Mercado
    • Anúncios
    • Leilões
    • Trocas
    • Criar um anúncio
    • Criar um Leilão
  • Vídeos
    • Todos os Vídeos
    • Análise
    • Customização
    • Entrevista
    • Evento
    • Jogatina
    • Regras
    • Unboxing
    • Subir um vídeo
  • Multimídia
    • Arquivos
    • Imagens
    • Subir Arquivo
    • Subir Imagens
  • Podcasts
    • Todos Podcasts
    • Últimos episódios
  • Grupos
    • Pesquisar um Grupo
    • Meus Grupos
    • Criar um Grupo
  • Partidas
    • Minhas Partidas
    • Cadastrar uma Partida
  • Sobre
    • Fale Conosco
  1. Fórum
  2. Análises
  3. The Witcher: Old World
  4. Até Quando Alguém Aguenta Apanhar, Sem Revidar...

Até Quando Alguém Aguenta Apanhar, Sem Revidar...

The Witcher: Old World
  • avatar
    iuribuscacio21/02/24 17:12
    avatar
    iuribuscacio
    21/02/24 17:12
    3120 mensagens MD

    Até Quando Alguém Aguenta Apanhar, Sem Revidar...

     
    Imagine um sujeito que sai todo dia para trabalhar, e na porta do prédio está um grandalhão que todo dia dá um tapa na cara do sujeito. O sujeito sabe que se falar com a polícia ou com a justiça não vai adiantar nada, e ele não tem condições de se mudar em um curto espaço de tempo. Além disso, o grandalhão é maior e mais forte que o sujeito, então parece que reagir não vai adiantar muita coisa. Mas se o sujeito não fizer nada e se conformar ele vai continuar levando na cara até quando o grandalhão quiser.
     
    Se qualquer pessoa aqui no Ludopedia for confrontada com uma situação dessa, especialmente se for um homem, provavelmente vai dizer que no primeiro dia mesmo ele partiria para cima do valentão. Certamente o sujeito apanharia, mas também bateria o suficiente para que o grandalhão soubesse que o tapa diário não sairia de graça, e que talvez fosse melhor ele procurar abusar de outra pessoa, ou, melhor ainda, talvez compensasse parar de bater nos outros.
     
    Agora vamos traduzir isso para a realidade brasileira do mercado de board games. Já de cara é preciso esclarecer que a analogia não é 100% precisa, mas dá para dar uma ideia. Nesse caso, o sujeito que apanha são os compradores de board games, o grandalhão são as editoras e o tapa são os jogos com defeito.
     
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/92058_ziq0ro.jpg

    Imagem Ludopedia: Masmorra do Mago Louco – carta da “Guereira”

     
     
    Curiosamente, no primeiro exemplo a comunidade boardgamer não pensa duas vezes antes de tomar uma atitude, mesmo sabendo que vai apanhar. Mas quando ocorre o segundo cenário, miraculosamente as pessoas costumam botar o galho dentro e se conformar. Normalmente o pensamento é o seguinte é melhor deixar para lá se o jogo estiver com defeito, porque pelo menos a editora trouxe para o Brasil. Seria pior se as editoras parassem de lançar os jogos.
     
    Logo de cara, já dá para descartar essa possibilidade das editoras pararem de lançar jogos. Um artigo da revista InfoMoney (uma fonte séria) informa que só em 2021 a maior editora de jogos do país teve um faturamento de aproximadamente 75 milhões de reais, de acordo com seu CEO. O link do artigo é https://www.infomoney.com.br/negocios/mais-que-brincadeira-de-crianca-vendas-de-jogos-de-tabuleiro-disparam-no-brasil-mas-mercado-tem-grandes-desafios/
     
    Só para esclarecer esse valor vultoso é o faturamento e não o lucro da empresa. Mas mesmo que o lucro da editora fosse de apenas 5% (e certamente é muito mais que isso), ainda assim ele seria na base de 3,75 milhões por ano ou algo em torno de 315 mil reais por mês. Isso não deixa a menor dúvida de que, mesmo se, por um passe se mágica, essa editora sumisse da noite para o dia, certamente não iriam faltar empresas para preencher esse “vácuo de poder”. Hoje mesmo já existem diversas outras editoras, que mesmo sendo bem menores que essa grande editora, não são exatamente “pequenas editoras independentes de fundo de quintal”. Com o tempo essas outras editoras acabariam absorvendo a grande parcela do mercado de jogos que a maior editora brasileira detém. Durante algum tempo a quantidade de lançamentos seria menor, mas aos poucos voltaria ao normal. Então esse medo de que as editoras parem de lançar jogos não tem o menor fundamento.
     
    Voltando à analogia, entre o sujeito que apanha e os compradores de board games, o comportamento comparado de ambos equivale a algo como “é melhor tomar só um tapa do que apanhar feio, mesmo que isso possa resolver de alguma forma, e eu eventualmente pare de levar o tapa diário”. Outro pensamento comum é “o dinheiro é meu e eu tenho o dinheiro de gastar como eu quiser”, que equivale mais ou menos a “a cara é minha e se eu preferir levar um tapa todo dia, o problema é só meu e de mais ninguém”.
     
    Como dito anteriormente, a analogia mesmo imperfeita, é suficientemente clara para transmitir a mensagem. Nesse sentido seguem abaixo algumas reflexões pertinentes a todos que compram board games modernos.
     


     
    1ª REFLEXÃO - OS OUTROS TE TRATAM, CONFORME O MODO QUE VOCÊ INDICA QUE QUER SER TRATADO.
     
    Se você se respeita, as pessoas te respeitam, se você não se respeita, as pessoas não te respeitam. Não tem saída. Infelizmente essa é a realidade. O mundo reage de acordo com a imagem que você projeta. Não deveria ser assim, mas é desse modo que o mundo real funciona. Se dois sujeitos, com currículos equivalentes, comparecem à mesma entrevista de emprego, em um escritório de advocacia, o primeiro de terno e gravata e o segundo de bermuda e camiseta, as chances de contratação do primeiro são muito maiores.
     
    Do mesmo modo, se dois homens saírem para almoçar, um deles um empresário, mas em manga de camisa, e o outro seu secretário de terno, colete, gravata e com o lenço combinando no bolso, o garçom vai tratar muito melhor o secretário do que o empresário. E quando trouxer a conta será para o secretário que ele vai entregar, porque suporá que o secretário é o mais importante e o que tem mais dinheiro. Na verdade o garçom deveria tratar tanto o empresário quanto o secretário da mesma forma, mas não é assim que as coisas acontecem. Se duas mulheres entram em uma loja de roupas de grife, uma super bem vestida, bem maquiada e usando joias e a outra de calça jeans, blusa e cara lavada, não dá para ter dúvida sobre qual das duas as vendedoras vão brigar para atender.
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/ef5af_ziq0ro.jpg

    Imagem Google: Em termos de primeira impressão, o mundo é como se fosse uma eterna entrevista de emprego.

     
    Em outro exemplo, basta imaginar uma família ou grupo de amigos, com aquele parente ou amigo complicado, que em toda evento enche a cara a ponto de cair e fica dando show, se constrangendo e constrangendo todos ao redor. Das duas uma, na próxima reunião/festa ou eles vão regular a bebida do sujeito, ou simplesmente vão parar de convidá-lo se ele insistir em beber até cair. Vejam que esse exemplo não se refere a alguém que bebe e fica alegre, mas sim a um caso sério de alcoolismo, em que a pessoa perde totalmente o controle.
     
    Fica muito difícil admirar e respeitar alguém, ao mesmo tempo que se precisa ir buscá-lo na sarjeta, dia sim, dia não, completamente cagado e sujo de vômito. As pessoas podem gostar de alguém assim e até se compadecer, porque cada um tem as suas dificuldades, mas respeitar essa pessoa é muito difícil.  
     
    Em um exemplo menos drástico e mais comum, ninguém respeita um amigo ou colega de trabalho que seja demasiadamente subserviente e aceite calado qualquer exploração, sem nem ao menos dizer nada aos companheiros de infortúnio. No ambiente profissional geralmente se engole muito sapo, mas existe uma diferença entre aceitar uma situação porque se depende de um emprego, e se sujeitar como se a pessoa não merecesse pelo menos um tratamento melhor.
     
    Qualquer pessoa que já tenha passado por alguma dessas várias situações sabe como é.
     
    O mesmo se aplica ao mercado nacional de board games. Se a pessoa se respeita e, principalmente, se respeita o quanto suou para ganhar seu dinheiro, as empresas vão respeitar essa pessoa. Mas se ela não faz isso, não são os outros é que vão fazer.
     
     

     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/227fd_ziq0ro.jpg

    Imagem Google: Tabagismo – cada um faz o que quiser com seu pulmão, mas um dia a conta chega.

     
     
    E não adianta nem dizer que se respeita, porque o que conta não é o que se diz, mas o que se faz. Quando uma pessoa diz “eu compro jogo com defeito mesmo e isso é problema meu, porque o dinheiro é meu, eu gasto com o que eu quiser e ninguém tem nada com isso”, ela está com a razão. Cada um tem o direito de gastar seu dinheiro como quiser. O problema é que isso é o mesmo que dizer “eu fumo mesmo e ninguém tem nada com isso”, ou “eu bebo até cair mesmo e ninguém tem nada com isso”.
     
    Mas quando a conta chega na forma de uma cirrose braba, ou de um câncer de pulmão, ninguém pensa, “bom eu fiz o que eu quis, então eu mereço mesmo essa morte dolorosa que me aguarda, como consequência das minhas escolhas”. Todo mundo pensa, mesmo que não confesse a ninguém, “por que que eu não fiz diferente”, “por que eu não escutei as pessoas que me aconselhavam a me cuidar mais”, “eu não quero morrer, nem sentir tanta dor”, “se conseguir sobreviver eu vou mudar de vida”, e por aí vai.
     
    Uma verdade universal é que qualquer ato, por menor que seja tem consequências. Evidentemente todo mundo tem o direito de fazer o que quiser com seu próprio dinheiro, e isso não se discute. Porém, comprar um jogo caro com defeito só porque o dinheiro é seu e você faz o que quiser, é claramente uma forma de não se respeitar. Porque o certo evidentemente é você pagar o preço e receber o produto em perfeitas condições. Mas como não é assim que a comunidade boardgamer se comporta, as editoras também não se preocupam em aumentar o controle de qualidade dos jogos. Se quem compra não se importa, não é quem produz ou quem vende que vai se importar. E é por isso que, mesmo depois de dez anos de mercado nacional de jogos, alguns board games continuam a sair com defeito, porque as editoras sabem que com ou sem defeito, o jogo vai vender do mesmo modo. E mesmo quando o jogo encalha, normalmente, isso acontece por outras razões, sem relação alguma com defeitos de produção.
     
     
    2ª REFLEXÃO - A CULPA NÃO É DELAS (EDITORAS), MAS SIM NOSSA (COMPRADORES DE JOGOS).
     
    A excelente obra prima de Alan Moore V de Vingança (os quadrinhos, o filme nem tanto), tem um pensamento emblemático: “O povo não deveria ter medo de seu governo, o governo é que deveria ter medo de seu povo”. Na verdade esse pensamento é inspirado em outro mais antigo, erroneamente atribuído a Thomas Jefferson, mas que na verdade é de John Basil Barnhill, e que diz: “Quando o governo teme o povo, há liberdade, mas quando o povo teme o governo, há tirania”.
     
    Outro poema, no mesmo sentido, que vale muito a pena citar é Resolução, que encera a terceira seção da peça “Os Dias da Comuna”, do brilhante dramaturgo alemão, e ferrenho antinazista, Bertold Brecht. Por uma questão de espaço seguem apenas a primeira e última parte da poesia:
     
    Considerando nossa fraqueza, os senhores forjaram suas leis, para nos escravizarem. As leis não serão mais respeitadas considerando que não queremos mais ser escravos. Considerando que os senhores nos ameaçam com fuzis e canhões, nós decidimos de agora em diante temeremos mais a miséria do que a morte.
     
    Considerando que o que o governo nos promete está muito longe de nos inspirar confiança, nós decidimos tomar o poder, para podermos levar uma vida melhor. Considerando: vocês escutam os canhões, outra linguagem não conseguem compreender, deveremos então sim, isso valerá a pena, apontar os canhões contra os senhores!
     
    A mensagem é claríssima, enquanto os miseráveis e explorados não passarem a temer mais a miséria do que a própria morte, e enquanto não tomarem uma atitude a respeito, a miséria e o sofrimento continuarão existindo e a afligir os miseráveis e desfortunados economicamente.
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/37f1b_ziq0ro.jpg

    Imagem Wikipedia: Bertold Brecht

     
    Traduzindo para o universo dos board games, enquanto as pessoas não preferirem abrir mão dos jogos, ao invés de pagar preços exorbitantes, e receber produtos de qualidade inferior, especialmente no que tange as traduções, ou com componentes defeituosos, os jogos continuaram a ser produzidos sem um mínimo de controle da qualidade.
     
    E aqui cabe um parênteses enorme. Em uma análise séria e sensata é preciso ver os dois lados. Nesse sentido, evidentemente alguns jogos saem com problemas, e problemas graves, mas percentualmente a quantidade de jogos com defeito é muito menor que a quantidade de jogos 100% corretos. Por isso, analisando os números friamente é forçoso concluir que as editoras muito mais acertam do que erram.
     
    No mesmo sentido, ninguém seriamente imagina que uma editora nacional de board games lança um jogo com defeito, ou atrasa um lançamento ou financiamento coletivo em anos, porque a diretoria acha divertido sacanear seus apoiadores. Por isso, as editoras nacionais de jogos não são essa “epítome do mal” ou “suprassumo da maleficência”, que muita gente pinta. Mas as editoras nacionais de jogos também não são exemplos de virtude, que atuam mais pelo prazer de divulgar o hobby dos board games, do que por dinheiro.
     
    A verdade é muito menos melodramática e prosaica. As editoras não erram porque querem errar, mas sim porque não se importam em errar. O objetivo de qualquer empresa, seja ela qual for, é em primeiro lugar maximizar os lucros. Nenhuma empresa trabalha “por amor à causa” ou “apenas por esporte”, mas sim pelo dinheiro, em primeiro lugar. Absolutamente todos os outros objetivos e motivações vem em segundo lugar. Qualquer pessoa que pense diferente (ah aquele sujeito faz isso, apenas porque ama essa atividade e não está nem aí se vai ganhar dinheiro, ou não, com isso) na verdade está se iludindo. Isso é muito bonito, e funciona até o exato momento em que os boletos começam a chegar e se acumular. 
     
    Desse modo, quando a empresa está fazendo o seu planejamento em relação ao lançamento de um produto, absolutamente tudo entra na planilha de custos. Nisso, o objetivo do “jogo” é gastar o menos possível para produzir o produto, e vendê-lo pelo maior preço capaz de gerar o maior lucro possível. Assim sendo, não adianta nada cortar drasticamente os custos de produção, se o produto sair tão ruim que ninguém vai querer comprar. O segredo é encontrar esse equilíbrio entre o menor custo e o maior preço de venda.
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/20bb5_ziq0ro.jpg

    Imagem Google: o famoso “Esperma de Baleia”

     
    Se o público brasileiro fosse superexigente e não comprasse absolutamente nenhum produto que não estivesse 100%, as empresas gastariam muito mais em controle de qualidade do que gastam. Isso porque se não fosse assim elas simplesmente não conseguiriam vender seus produtos. Mas como o público brasileiro é muito complacente, e aceita verdadeiros absurdos, as empresas sabem que podem economizar bastante em controle de qualidade.
     
    Essa situação chega às raias do absurdo no caso dos jogos de tabuleiro. Nenhum público consumidor é tão complacente quanto aquele que compra board games, e, consequentemente, as editoras atuam de acordo. Como dito antes, as editoras de jogos não erram de propósito, mas também não se preocupem nem um pouquinho se o jogo sairá errado ou não. E do ponto de vistas delas, elas estão corretas, porque as pessoas vão comprar os jogos, eles estando com erros ou não.
     
    Basta pensar na questão da tradução. A editora não contrata um tradutor profissional, bem como um revisor, para fazer um trabalho de tradução e localização bem feito. Normalmente isso é feito na base do “quebra meu galho aí”, colocando o menino da contabilidade, com o CCAA em dia, para traduzir um jogo com centenas de cartas e páginas e mais páginas de manual. E isso tudo é pedido para ontem. O resultado não pode ser outro, a não ser o sujeito tacar tudo no Google Tradutor e escrever o que quer que saia dali, por mais absurdo e estranho que pareça.
     
    Também não dá para ter nenhuma ilusão a esse respeito. Hoje em dia praticamente todo o trabalho de tradução, seja ela qual for é feito por programas de computador, não Google tradutor, mas sim por programas profissionais. Ninguém mais no mercado em geral, traduz palavra por palavra, ou frase por frase. Nenhum tradutor perde tempo traduzindo “the book is on the table”, porque os prazos são sempre curtos. Por isso, o trabalho do tradutor é muito mais no sentido de revisar aquilo que a máquina traduziu, para evitar quaisquer absurdos. O significado das expressões não é literal, como se “skeletons in the closet” fosse exatamente “esqueletos no armário”, ou “pagar mico” fosse “pay the monkey”. Ajeitar isso é exatamente o trabalho do tradutor/revisor humano, e que nenhum programa de tradução ainda consegue fazer.
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/85d4d_ziq0ro.jpg

    Imagem Google: eNpansão

     
    Mas quando o prazo é literalmente nenhum, esse trabalho de revisão simplesmente não é feito. E o mesmo se aplica com outros erros grosseiros como escrever uma palavra errada ou trocar um número pelo outro, que evidentemente não envolvem tradução. É por isso que existem casos já lendários como o “esperma de baleia”, a carta de “Guereira”, o tabuleiro com a imagem da ferradura no lugar do barril, e mais recentemente o “mecanismo controlado pelo júri”.
     
    E é nesse momento que entra a extrema complacência e a tolerância quase infinita do boardgamer brasileiro, com as quais as editoras contam. Não é o caso de errar propositadamente, porque nenhuma empresa séria faz isso, nem mesmo editoras nacionais de board game. O que ocorre é que as editoras simplesmente não ligam. Se o jogo sair OK tudo bem, se ele sair com defeitos tudo bem também, porque sempre vai ter alguém para comprar. E se sempre vai ter alguém para comprar, salvo alguns casos, não faz o menor sentido para as editoras trabalharem com prazos de tradução mais folgados, ou gastar um tostão que seja em revisão e controle de qualidade.
     
    Certamente, nem todos os erros de tradução impedem ou até mesmo atrapalham a jogatina, embora muitas vezes seja esse o caso. Mas se o preço dos jogos cobrado pelas editoras é tão alto, naturalmente o nível de exigência dos compradores será proporcionalmente alto, ou pelo menos deveria ser. Isso não quer dizer que se o jogo for barato a editora pode errar à vontade, porque seja caro ou barato, um produto deve ser produzido e comercializado em perfeitas condições. Só que não se pode ignorar que alguém que paga 20 reais em um refeição no boteco da esquina terá um nível de exigência, e alguém que paga 200 reais em uma porçãozinha de comida em um restaurante chique de alta gastronomia, terá um nível de exigência bem diferente.
     
    Assim sendo, a hora que as pessoas começarem a se valorizar e pararem de aceitar jogos com defeitos (comprei o jogo e veio com defeito, devolvo e peço reembolso sem pensar duas vezes), aí sim as editoras vão começar a investir mais seriamente em tradução séria e competente, revisão e controle de qualidade.
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/e9af0_ziq0ro.jpg

    Imagem Ludopedia: The Witcher Old World

     
    E isso não ocorre apenas com defeitos de fabricação, propriamente ditos, mas com outros problemas inexplicáveis como atrasos sem justificativas nos financiamentos coletivos. A bola da vez é o financiamento coletivo do “The Witcher Old World”. Pelos comentários correlatos, a entrega do financiamento coletivo já atrasou mais de dois anos, e o mundo inteiro já recebeu sua cópia, menos os financiadores brasileiros. A editora brasileira encolvida, em uma tentativa lamentável e altamente condenável, tentou botar a culpa na editora gringa e na fábrica chinesa, como se o atraso fosse geral.
     
    Ocorre que mentira tem perna curta e logo se descobriu que isso não era verdade. Primeiro porque se houve um problema generalizado com a fábrica chinesa, com se explica que o mundo inteiro recebeu o jogo, menos o Brasil. E segundo, porque em um mundo conectado 24h, fica fácil entrar em contato com empresas estrangeiras cobrando, explicações. Foi o que fizeram alguns financiadores brasileiros e a resposta da editora gringa foi que o atraso se deu única e exclusivamente por conta da editora nacional, que não cumpriu alguns prazos (não foi um só), e que a produção não poderia ficar esperando eternamente a editora brasileira resolver seus problemas internos. Aquelas desculpas da mudança de tipo de arquivos na fábrica e de alterações na paleta de cores dos componentes, além de ser o fim da picada não, convenceram absolutamente ninguém.
     
    E olhem que o “The Witcher Old World” foi financiado em um tempo recorde de 19 minutos. Dois anos depois, outro projeto o “The Witcher Path of Destiny” também foi financiado em menos de uma hora (48 minutos mais precisamente). E recuando no tempo mais ainda, há a péssima experiência do financiamento do “High Frontier 4 All”, que também atrasou anos, e sem nenhuma satisfação da editora envolvida. Outro fiasco de financiamento foi o “Tsukiji”, que os mais antigos no hobby vão recordar.
     
    Mas apesar desses problemas ocorrerem quase com a frequência de um relógio, ainda assim a comunidade boardgamer não perde a chance de participar de um financiamento coletivo que seja. Só para esclarecer esse comportamento não é de indivíduos isolados, mas sim da comunidade com um todo. Se amanhã, a mesma editora anunciar o financiamento do mais novo jogo queridinho que fez sucesso em Essen ou na GENCON, não há dúvida de que o projeto será financiado em minutos, mesmo e apesar de todo esse imbróglio com o financiamento do “The Witcher Old World”.
     
    Em outras palavras o problema não são as editoras, mas sim nós compradores, enquanto comunidade boardgamer. As editoras simplesmente jogam com as regras que o público que compra jogos estabelece, ou aceita.
     
     
    3ª REFLEXÃO – ERRAR TODO MUNDO ERRA, MAS O QUE CONTA, REALMENTE, É AQUILO QUE SE FAZ APÓS O ERRO.
     
    Nenhuma atividade humana é 100% à prova de erro, porque obviamente humanos erram, e até mesmo máquinas erram. Portanto, imaginar que alguma empresa conseguirá trabalhar sem que absolutamente nenhum de seus produtos tenha nenhum erro, é completamente irreal. A diferença é a quantidade e a gravidade desses erros.
     
    Basta pensar em uma das grandes empresas do setor automobilístico. Mesmo com uma produção mecanizada em grande parte, e com altíssimos padrões de controle de qualidade, vez por outra, uma montadora faz o recall de um lote de veículos, para trocar alguma peça. Além disso, ninguém imagina que um lote inteiro de automóveis, vai sair da linha de produção faltando uma roda.
     
    No caso do mercado nacional de jogos, infelizmente a coisa não funciona assim.
     
    As tiragens das versões nacionais são muito pequenas. Os dados oficiais e exatos não são divulgados, mas pelo que os profissionais do setor falam nas lives, é possível estimar que as tiragens dos jogos lançados nacionalmente girem tem torno de 1.000 a 2.000 unidades, chegando a 3.000 no caso dos jogos que vendem mais. Com isso, os preços não baixam, porque com uma produção tão pequena, não é possível pulverizar uma redução da margem de lucro, por toda a produção.
     
    Isso faz com que os preços já sejam naturalmente altos, e isso para não falar que as vendas do jogo “X”, muitas vezes precisam cobrir os prejuízos do jogo “Y”, que encalhou. Como os preços são altos, poucas pessoas compram, e o mercado não consegue absorver tiragens muito maiores do que aquelas com que as editoras trabalham. Consequentemente, se o mercado não absorve tiragens maiores, obviamente as editoras não investem em aumento da produção, justamente para não correr o risco do jogo encalhar, e o prejuízo ter de ser coberto pelo próximo lançamento. É com base nesse ciclo vicioso que o mercado nacional de jogos opera.
     
    Com isso “fazer o recall” ou, melhor dizendo, a substituição dos itens defeituosos pode reduzir drasticamente o lucro de uma editora, a ponto do projeto na verdade ficar deficitário. É por esse motivo que as editoras relutam tanto em consertar jogos produzidos com defeito.
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/a67c2_ziq0ro.jpg

    Imagem BGG: Mage Kinght e Western Legends, dois exemplos de lançamentos com problemas absurdos.

     
    Outro fator primordial nesse assunto é que as editoras contam com a altíssima complacência do público boardgamer brasileiro. Quando os jogos estrangeiros começaram a ser lançados nacionalmente, em 2013/2104, para muita gente pareceu um sonho que nunca se concretizaria. De repente, importar jogos pagando impostos e frete caríssimos não era mais a única alternativa para se conseguir jogar. Os lançamentos eram poucos, mas era o que havia, então se o jogo viesse com componentes defeituosos, ou até mesmo faltando peças, as pessoas pensavam: “bom, o jogo está ruim, mas pelo menos é alguma coisa, que é melhor que nada, os erros eu mesmo dou um jeito de arrumar”.
     
    Esse pensamento que se converteu no mantra “tudo bem o jogo estar com defeito, mesmo tendo custado caríssimo, porque não afeta a jogabilidade”. E isso ficou “gravado em pedra”, de tal forma no modo como o público boardgamer brasileiro consumia os jogos, que mesmo hoje com lançamentos na casa das centenas, muitas pessoas ainda pensam assim. Quando eram lançados apenas uma dezena de jogos por ano, talvez até fizesse algum sentido tamanha subserviência, mas hoje com tantos lançamentos e tantos jogos diferentes, isso não tem o menor cabimento. Se um jogo de alocação de trabalhadores, dungeon crawler de construção de baralhos ou de gestão de mão vier com erros grosseiros, a pessoa pode tranquilamente devolver e optar por algum outro entre as dezenas de jogos no mesmo estilo, lançados anualmente.
     
    Mas esse tipo de comportamento subserviente continua acontecendo em níveis alarmantes, e é justamente com isso que as editoras contam para nem investirem um centavo que seja em revisão e controle de qualidade, nem tampouco se preocuparem em fazer a reposição de jogos com defeito. A única forma de uma editora nacional consertar um jogo com defeito é se o nível de reclamação da comunidade for suficientemente grande. E existem diversos episódios que comprovam isso. Jogos como “Masmorra do Mago Louco” e “Western Legends”  são os exemplos mais emblemáticos. A quantidade de pessoas reclamando foi pequena, as editoras ignoraram as reclamações solenemente, e por isso os jogos continuaram com seus defeitos.
     
    Por outro lado, o “Everdell” também saiu com defeitos (até número os sujeitos trocaram), e a princípio a editora ia deixar por isso mesmo, porque as vendas estavam bombando. O problema é que as pessoas começaram a reclamar e ameaçar devolver o jogo. O ruído foi crescendo e atingiu um ponto crítico, que a editora não pôde mais ignorar. Foi por isso que o “Everdell” teve os defeitos consertados e o “Masmorra do Mago Louco” não.
     
    https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/13989_ziq0ro.jpg

    Imagem BGG: Ark Nova, a Grok consertou, mas relutantemente e só depois que não tinha mais jeito. 

     
    E para não dizer que esses são casos antigos, basta pensar em casos mais recentes, como jogos que já vem com “mofo de fábrica” (especialidade da maior editora brasileira) como o Mage Knight, e na polêmica do “Ark Nova”. O jogo saiu, as pessoas começaram a receber suas cópias e tiveram a triste surpresa de que uma grande quantidade delas tinha tantos defeitos, que era impossível jogar. A editora responsável fez uma live dizendo às pessoas que era um defeito muito pontual que só afetava uma dúzia de cópias. Isso gerou ainda mais indignação e cresceu o sentimento de revolta, porque logo ficou claro, que o problema envolvia uma quantidade muito maior de unidades. As pessoas começaram a devolver o jogo, e a pedir o dinheiro de volta, e só depois disso é que a editora responsável se comprometeu a consertar o erro e iniciou a reposição. E para mostrar o quanto o consumidor brasileiro de board games é complacente, algumas pessoas começaram a elogiar a editora responsável, por estar consertando o erro que ela mesma cometeu, como se isso fosse uma grande virtude e nada mais do que a obrigação da empresa.
     
    Em outras palavras, a editora lança o jogo com defeito, de início fica quietinha esperando para ver se a reclamações aumentariam, depois vem a público contando uma “História da Carochinha”, ela só resolve consertar o jogo depois das pessoas começarem a devolver e a cancelar as compras, e mesmo depois de um comportamento vil desses, a editora ainda sai de boazinha e exemplo de editora de boardgamer.
     
    Hoje as pessoas quase nem lembram, nem comentam mais desse episódio do Ark Nova, e muito menos ainda de casos como o do “Everdell”, do “Masmorra do Mago Louco”, do “Western Legends”, do “Tsukiji” (que os brasileiros financiaram e foram os últimos a receber, argentinos e chilenos conseguiram o jogo antes), do “High Frontier 4 All” (cujo financiamento atrasou anos sem nenhuma satisfação da editora), entre outros. E isso para não falar de jogos que são anunciados com todo o estardalhaço, a editora não lança, simplesmente para de tocar no assunto e depois faz de conta que isso nunca ocorreu (“Letters from Whitechapel”), ou ainda dos casos em que entra ano, sai ano, a editora continua afirmando que dessa vez o jogo sai (“Champions of Midgard”). Só para ter uma ideia do nível de absurdo do que ocorre no mercado nacional de jogos, vale a pena pesquisar o episódio das 512 cópias do Lucidity, que seriam destruídas, que não será comentado aqui para não dar spoiler.
     
     https://ludopedia-posts.nyc3.cdn.digitaloceanspaces.com/44415_ziq0ro.jpg

    Imagem Ludopedia: Tsukiji

     
    Com dito anteriormente nesse artigo, o atual jogo problemático é o “The Witcher Old World”, que foi financiado em tempo recorde, já está atrasado dois anos, e todo mundo já recebeu sua cópia menos os brasileiros. Só que nesse caso a editora resolveu dar uma satisfação. Pena que foi para tentar jogar a culpa nos outros, com aquela história esdrúxula de alteração da paleta de cores. Isso foi totalmente desmentido pela editora gringa, que disse com todas as letras que os atrasos foram culpa exclusiva da editora brasileira. Teria sido muito mais digno, a editora vir a público reconhecer o erro, se desculpar com os financiadores brasileiros, e esclarecer quais providências estavam sendo tomadas para resolver o problema.
     
    E exemplos desses erros e do tipo de tratamento aviltante com que as editoras nacionais lidam com seus consumidores não faltam. Assim, mais uma vez, o problema não é que a editora não possa errar, mas sim a forma como ela procede quando os erros acontecem. É aqui se “separam os homens, dos meninos”.
     
    Por fim, todos esses pontos de reflexão têm em comum o fato de que se ainda continuam saindo jogos com defeitos e eles não são consertados, isso só ocorre porque o publico brasileiro consumidor de board games ainda possui um alto nível de complacência. E isso se torna ainda mais grave e incompreensível dada a total incompatibilidade desse tipo de atitude, com os altíssimos preços dos jogos de tabuleiro, praticados no mercado nacional de board games.
     
    E aí fica a pergunta que dá título ao artigo: até quando alguém aguenta apanhar, sem revidar...
     
    Pensem nisso!    
     
    Um forte abraço e boas jogatinas!
     
    Iuri Buscácio


    P.S. Quem porventura se interessar em textos no mesmo estilo pode encontrá-los no canal "iuribuscácio" aqui da Ludopedia, ou na seção de Jogos de Tabuleiro do portal Maxiverso.com


    P.P.S. Perguntar não ofende, mas se o The Witcher Old World foi financiado em 19 minutos e está atrasado dois anos, será que o The Witcher Path of Destiny, financiado em mais do dobro do tempo (48 minutos), vai atrasar quatro anos?!?!

    8
    0
    59

  • Canal

    Veja Também

    iuribuscacio

    Veja Também

    Por um Prêmio Ludopedia Mais Justo...
    Jogos com Preços Muito Baixos, Só Que Não...
    100º Artigo no Ludopedia
    Novo BG The Witcher, Só Pra Quem Pode e Não Pra Quem Quer
    Todo dia, um bobo e um esperto saem de casa

    Compre agora o jogo The Witcher: Old World na LUDOSTORE
    R$ 525,50 (no boleto)
    Visualizar OfertaVer

    Comentários:

  • excluido_12139
    214 mensagens MD
    avatar
    excluido_1213921/02/24 20:17
    excluido_12139 » 21/02/24 20:17

    Não passa um dia sem que a frase "o problema não é que X não possa errar, mas sim a forma como X procede quando os erros acontecem" não seja dita em algum lugar aqui no Brasil, principalmente quando X = empresa, e X faz questão de não escutar.

    É como se nos fizessem um favor em nos vender produtos que (oh!) pagamos pelo preço cobrado.

    5
  • diegoassef
    12 mensagens MD
    avatar
    diegoassef21/02/24 20:30
    diegoassef » 21/02/24 20:30

    Excelente texto como sempre. Refletir sobre temas desse tipo é o que nos fazer ir em frente, melhorar, evoluir. Eu faço parte da turma que fez o apoio de The Witcher pela Conclave. Eu tinha começado a pouco tempo nesse nosso maravilhoso hobby e fiquei encantando com a oportunidade de participar de um financiamento coletivo de um jogo tão temático. Eu não sabia nada a respeito do passado e histórico dos envolvidos. Eu apenas fui, mergulhei de cabeça, peguei quase tudo que podia! Depois, com o tempo, a gente acaba amadurecendo. Apenas para ilustrar um pouco do que você disse, a última atualização a respeito da chegada do Old World (lá na página de apoio do Catarse) foi no dia 11/01/2024. Segue um fragmento do texto "A fábrica na China também informou que está finalizando a produção e que está tudo conforme informado anteriormente, dentro do prazo, que tem previsão de término no final de janeiro. Neste momento, eles estarão prontos para transporte." Hoje é dia 21/02/2024 e não há nenhuma atualização. Não sabemos se o prazo foi cumprido. Não sabemos se o produto foi enviado. Não temos uma nova previsão. Nada. O mínimo de cuidado e do bom atendimento seria uma atualização frequente, mesmo que fosse para dizer "a fábrica atrasou de novo". Ou qualquer coisa. A verdade é que estamos mais à navio do que o jogo sendo transportado. 

    11
  • linezinhah
    1200 mensagens MD
    avatar
    linezinhah21/02/24 21:22
    linezinhah » 21/02/24 21:22

    diegoassef::Excelente texto como sempre. Refletir sobre temas desse tipo é o que nos fazer ir em frente, melhorar, evoluir. Eu faço parte da turma que fez o apoio de The Witcher pela Conclave. Eu tinha começado a pouco tempo nesse nosso maravilhoso hobby e fiquei encantando com a oportunidade de participar de um financiamento coletivo de um jogo tão temático. Eu não sabia nada a respeito do passado e histórico dos envolvidos. Eu apenas fui, mergulhei de cabeça, peguei quase tudo que podia! Depois, com o tempo, a gente acaba amadurecendo. Apenas para ilustrar um pouco do que você disse, a última atualização a respeito da chegada do Old World (lá na página de apoio do Catarse) foi no dia 11/01/2024. Segue um fragmento do texto "A fábrica na China também informou que está finalizando a produção e que está tudo conforme informado anteriormente, dentro do prazo, que tem previsão de término no final de janeiro. Neste momento, eles estarão prontos para transporte." Hoje é dia 21/02/2024 e não há nenhuma atualização. Não sabemos se o prazo foi cumprido. Não sabemos se o produto foi enviado. Não temos uma nova previsão. Nada. O mínimo de cuidado e do bom atendimento seria uma atualização frequente, mesmo que fosse para dizer "a fábrica atrasou de novo". Ou qualquer coisa. A verdade é que estamos mais à navio do que o jogo sendo transportado. 

     
    Fevereiro tem a questão do ano novo chinês e lá é tipo Carnaval, o ano só começa depois desse evento. 
     
    Então se eles não produziram até a festança, normalmente tende a atrasar mais ainda.
     
    Normal não darem notícias em fevereiro porque evidencia ainda mais que fugiram do cronograma. 

    1
  • iuribuscacio
    3120 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio21/02/24 22:03
    iuribuscacio » 21/02/24 22:03

    christian1985::Não passa um dia sem que a frase "o problema não é que X não possa errar, mas sim a forma como X procede quando os erros acontecem" não seja dita em algum lugar aqui no Brasil, principalmente quando X = empresa, e X faz questão de não escutar.

    É como se nos fizessem um favor em nos vender produtos que (oh!) pagamos pelo preço cobrado.

    Caro christian1985

    Infelizmente você tem toda a razão, nós brasileiros fomos criados para viver de migalhas e nos sentirmos muito felizes com isso. 

    A energia hidrelétrica é uma das fontes mais baratas, mas ao longo dos anos, essa matriz energética caiu de 85% para 61,49%, e isso em uma país com regiões em que chove praticamente todos os dias, com o norte do Brasil. Mas mesmo produzindo mais da metade na nossa energia com uma fonte relativamente barata (não a a mais barata, mas uma das), nós pagamos pela energia elétrica como se usássemos exclusivamente energia nuclear, a mais cara.

    Mesmo sendo um país de proporções continentais, ainda escoamos quase toda a nossa produção através de rodovias e caminhões o que encarece sobremaneira o frete de tudo. A ferrovia Norte-Sul que é um projeto do Governo Sarney, mais precisamente 1985, logo depois que saímos da Ditadura Militar, no ano que vem completará quarenta anos e até hoje não foi terminada.

    A barragem de uma mineradora se rompe em 2015 destruindo parte da cidade de Mariana, causando um desastre ecológico gigantesco, e matando 19 pessoas e ninguém via preso, nem a empresa recebe uma multa de verdade, que realmente reduza efetivamente o lucro dos acionistas, e faça com que a diretoria realmente fique com medo e tome providências para que nunca mais isso aconteça. Como resultado disso, quatro anos depois acontece outro rompimento de barragem, em Brumadinho, mas que dessa vez mata quase 300 pessoas, destrói irreparavelmente o meio ambiente de boa parte de Minas Gerais e Espírito Santo, e mais uma vez ninguém é preso, e a mineradora recebe um tapinha na mão, em forma de uma multa irrisória, que é um verdadeiro escárnio com os familiares de todos os mortos e populações afetadas pelo desastre.

    Magistrados literalmente vendem sentenças e habeas corpus a torto e a direito, além de se comportarem como deuses, e simplesmente nada acontece. Deputados e vereadores assassinam seus colegas a tiros no plenário, e fica tudo por isso mesmo. As declarações de imposto de renda de desembargadores e políticos comprovam claríssimos casos de enriquecimento sem causa, com o patrimônio pessoal aumentado milhares de vezes, de uma ano para o outro e ninguém toma uma providência. O Ministério Público não faz absolutamente nada, até porque eles também fazem parte do esquema.   

    Assim sendo, se para coisas importantes como essas, os brasileiros literalmente não estão nem aí, não é de se espantar que ninguém ligue para as verdadeiras atrocidades e indecências que as editoras de board games fazem com seu público consumidor.

    Mas tudo bem, relaxe, dentro em breve Food Chain Magnate, Heat, Scout, e GTA New Zealand vem aí (nada contra os jogos, muito pelo contrário), e tudo ficará bem, ou pelo menos esses novos lançamentos farão todo mundo esquecer, que muita coisa anunciada para o ano passado ainda não foi lançada e que financiamentos como o The Witcher Old World, atrasado quase dois anos, deram problema.

    É aquela velha história, se você se trata e se comporta como um pusilânime perante as pessoas, as pessoas te tratam com se você fosse um pusilânime, e nós brasileiros, enquanto povo, parecemos ter uma verdadeira vocação natural para isso.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio      

    8
  • excluido_12139
    214 mensagens MD
    avatar
    excluido_1213921/02/24 22:25
    excluido_12139 » 21/02/24 22:25

    iuribuscacio::
    christian1985::Não passa um dia sem que a frase "o problema não é que X não possa errar, mas sim a forma como X procede quando os erros acontecem" não seja dita em algum lugar aqui no Brasil, principalmente quando X = empresa, e X faz questão de não escutar.

    É como se nos fizessem um favor em nos vender produtos que (oh!) pagamos pelo preço cobrado.

    Caro christian1985

    Infelizmente você tem toda a razão, nós brasileiros fomos criados para viver de migalhas e nos sentirmos muito felizes com isso. 

    A energia hidrelétrica é uma das fontes mais baratas, mas ao longo dos anos, essa matriz energética caiu de 85% para 61,49%, e isso em uma país com regiões qem que chove praticamente todos os dias, com o norte do Brasil. Mas mesmo produzindo mais da metade na nossa energia como uma fonte relativamente barata (não a amais barata, mas uma das), nós pagamos pela energia elétrica como se usássemos exclusivamente energia nuclear, a mais cara.

    Mesmo sendo um país de proporções continentais, ainda escoamos quase toda a nossa produção através de rodovias e caminhões o que encarece sobremaneira o frete de tudo. A ferrovia Norte-Sul que é um projeto do Governo Sarney, mais precisamente 1985, logo depois que saímos da Ditadura Militar, no ano que vem completará quarenta anos e até hoje não foi terminada.

    A barragem de uma mineradora se rompe em 2015 destruindo parte da cidade de Mariana, causando um desastre ecológico gigantesco, e matando 19 pessoas e ninguém via preso, nem a empresa recebe uma multa de verdade, que realmente reduza efetivamente o lucro dos acionistas, e faça com que a diretoria realmente fique com medo e tome providências para que nunca mais isso aconteça. Como resultado disso, quatro anos depois acontece outro rompimento de barragem, em Brumadinho, mas que dessa vez mata quase 300 pessoas, destrói irreparavelmente o meio ambiente de boa parte de Minas Gerais e Espírito Santo, e mais uma vez ninguém é preso, e a mineradora recebe um tapinha na mão, em forma de uma multa irrisória, que é um verdadeiro escárnio com os familiares de todos os mortos e populações afetadas pelo desastre.

    Magistrados literalmente vendem sentenças e habeas corpus a torto e a direito, além de se comportarem como deuses, e simplesmente nada acontece. Deputados e vereadores assassinam seus colegas a tiros e fica tudo por isso mesmo. As declarações de imposto de renda de desembargadores e políticos comprovam claríssimos caso de enriquecimento sem causa, com o patrimônio pessoal aumentado milhares de vez de uma ano para o outro e ninguém toma uma providência. O Ministério Público não faz absolutamente nada, até porque eles também fazem parte do esquema.   

    Assim sendo, se para coisas importantes como essas, os brasileiros literalmente não estão nem aí, não é de se espantar que ninguém ligue para as verdadeiras atrocidades e indecências que as editoras de board games fazem com seu público consumidor.

    Mas tudo bem, relaxe, dentro em breve Food Chain Magnate, Heat, Scout, e GTA New Zealand vem aí (nada contra os jogos, muito pelo contrário), e tudo ficará bem, ou pelo menos esses novos lançamentos farão todo mundo esquecer, que muita coisa anunciada para o ano passado ainda não foi lançada e que financiamentos como o The Witcher Old World, atrasado quase dois anos, deram problema.

    É aquela velha história, se você se trata e se comporta como um pusilânime perante as pessoas, as pessoas te tratam com se você fosse um pusilânime, e nós brasileiros, enquanto povo, parecemos ter uma verdadeira vocação natural para isso.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio      

    Não dá pra dizer que isso é "apenas" a pontinha do iceberg. Na realidade é a ponta do iceberg visto a quilometros de distância (pelo google maps).

    2
  • Raio
    2000 mensagens MD
    avatar
    Raio21/02/24 22:32
    Raio » 21/02/24 22:32

    Sr iuribuscacio , tudo o que escreveu é de uma sensatez sem tamanho.

    Sinceramente não há nada que eu possa acrescentar ao seu texto nem ao seu comentário sobre as tristes tragédias que duas empresas estrangeiras causaram a nosso país e nosso povo e nada foi feito.

    Dito isso, qual na sua opinião seria a solução?

    Veja bem, não é uma crítica, mas acredito que eu já esteja velho (e o senhor é mais velho do que eu acredito) e sinceramente, já cansei de lutar e argumentar com pessoas que simplesmente não querem enxergar o óbvio (que foi tudo o que o senhor escreveu).

    Sabe aquele meme, com aquele ator que fez "A espera de um milagre", Michael Clarke Duncan

    ""Estou cansado chefe [...] ""

    É desse jeito que me sinto...

    Então, não vejo solução. Seguindo a sua analogia, se o sujeito quer beber, dou mais bebida para ele. Quer fumar, toma aqui mais uns três maços, "bora", fuma ai.
    Que não me venha reclamar depois que eu deveria não ter dado mais bebida ou cigarro... Fiz tudo o que a pessoa pediu. Agora que arque com as consequências.

    Sério chefe, estou cansado mesmo.

    Edit: nem ligo mais se chamam esse país de Bostil, Bananil ou Pqparil... Já deu já...

    2
  • iuribuscacio
    3120 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio21/02/24 22:38
    iuribuscacio » 21/02/24 22:38

    diegoassef::Excelente texto como sempre. Refletir sobre temas desse tipo é o que nos fazer ir em frente, melhorar, evoluir. Eu faço parte da turma que fez o apoio de The Witcher pela Conclave. Eu tinha começado a pouco tempo nesse nosso maravilhoso hobby e fiquei encantando com a oportunidade de participar de um financiamento coletivo de um jogo tão temático. Eu não sabia nada a respeito do passado e histórico dos envolvidos. Eu apenas fui, mergulhei de cabeça, peguei quase tudo que podia! Depois, com o tempo, a gente acaba amadurecendo. Apenas para ilustrar um pouco do que você disse, a última atualização a respeito da chegada do Old World (lá na página de apoio do Catarse) foi no dia 11/01/2024. Segue um fragmento do texto "A fábrica na China também informou que está finalizando a produção e que está tudo conforme informado anteriormente, dentro do prazo, que tem previsão de término no final de janeiro. Neste momento, eles estarão prontos para transporte." Hoje é dia 21/02/2024 e não há nenhuma atualização. Não sabemos se o prazo foi cumprido. Não sabemos se o produto foi enviado. Não temos uma nova previsão. Nada. O mínimo de cuidado e do bom atendimento seria uma atualização frequente, mesmo que fosse para dizer "a fábrica atrasou de novo". Ou qualquer coisa. A verdade é que estamos mais à navio do que o jogo sendo transportado. 

    linezinhah::
     
    Fevereiro tem a questão do ano novo chinês e lá é tipo Carnaval, o ano só começa depois desse evento. 
     
    Então se eles não produziram até a festança, normalmente tende a atrasar mais ainda.
     
    Normal não darem notícias em fevereiro porque evidencia ainda mais que fugiram do cronograma. 


    Caros diegoassef e linezinhah

    O problema não é só o ano novo chinês desse ano, mas sim o desse ano, o do ano passado e o do ano retrasado, mas isso só para o Brasil, porque para todo o resto do mundo foi de boa. Além disso, a questão principal em relação a essa atualização é a credibilidade. Diz o ditado popular que se uma pessoa te engana uma vez a culpa é dela, mas se ela te engana duas vezes a culpa é sua. 

    A editora mentiu descaradamente quando disse que o atraso do The Witcher Old World era geral, para o mundo todo, e que foi culpa exclusiva da fábrica chinesa que mudou o tipo de arquivo de imagem e a paleta de cores. Isso foi claramente desmentido pela editora gringa, em resposta ao contato direto de financiadores brasileiros. Então como é que se pode acreditar que o jogo realmente foi finalizado em janeiro, e já estaria em processo de transporte. Se isso é verdadeiro, porque a editora não publica o documento oficial da fábrica, com papel timbrado, ou pelo menos a mensagem, confirmando essa informação. Não sei quanto a vocês mas acreditar apenas na palavra de uma editora que mentiu descaradamente para todo mundo e foi pega na mentira, eu não acredito não.

    Isso tudo me faz lembrar o caso do Tsukiji, que os mais antigos vão recordar. O financiamento atrasou um absurdo, e as pessoas começaram a desistir e exigir o dinheiro de volta, mas parte do dinheiro já havia sido gasto na produção do jogo, mesmo que bastante atrasada, então nem todo mundo conseguiu o ressarcimento e teve que se manter no financiamento, mesmo contra a vontade. Para tranquilizar os ânimos a editora fez um comunicado oficial informando que a cópias do jogo já haviam chegado ao porto de Paranaguá, que estavam aguardando apenas o desenlace aduaneiro e que em coisa de "duas semanas" os apoiadores receberiam suas cópias e o jogo chegaria às lojas. O problema é que o navio trazendo o lote de cópias para o Brasil, naufragou com toda a carga no Mar da China, e aí ficou difícil de explicar como uma carga que já estava em um porto brasileiro, terminou no fundo do mar do outro lado do mundo. Como desgraça pouca é bobagem, os navios para Essen e para a Argentina chegaram a seus respectivos portos são e salvos. O resultado é que o Tsukiji, um jogo nacional, financiado por brasileiros chegou à mão do povo que foi à Essen, bem como aos argentinos e chilenos, antes de seus financiadores receberem suas cópias. No final das contas a editora responsável por essa lambança, ficou mais suja que pau de galinheiro junto à comunidade boardgamer, e uma marca de muito prestígio, principalmente por conta do RPG Old Dragon ficou totalmente desacreditada na praça. Algum tempo depois a editora, totalmente em desgraça, foi incorporada pela editora argentina Bureau de Juegos, e adotou novo nome.

    Por isso depois dessa, sinceramente, financiamento coletivo das grandes editoras brasileiras de jogos, eu só acredito vendo com meus próprios olhos, na prateleira da loja física.

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio      
       

    4
  • RaphaelGuri
    1385 mensagens MD
    avatar
    RaphaelGuri21/02/24 22:49
    RaphaelGuri » 21/02/24 22:49

    Mestre Iuri, sempre bom fazer esse "mea culpa" por parte nossa, dos jogadores. É aquilo da água tanto bater até um dia, quiçá, furar.


    Em seu trecho:
    "A editora não contrata um tradutor profissional, bem como um revisor, para fazer um trabalho de tradução e localização bem feito. Normalmente isso é feito na base do “quebra meu galho aí”, colocando o menino da contabilidade, com o CCAA em dia, para traduzir um jogo com centenas de cartas e páginas e mais páginas de manual"


    Não podemos esquecer de Nemesis. A tal "Intrusora" e outros erros foram feitos por, segundo a Galápagos, uma empresa especializada. 


    Por fim, falou em jogo com defeito, não consigo não lembrar de The Few and the Cursed (um monte de carta ainda em inglês e outras meio português, meio calabresa) e Gold West (com o tabuleiro que tava na cara que daria ruim se a gráfica não fosse exímia em sua atividade). O pior é que são dois excelentes jogos que sofreram pela produção capenguíssima no quesito controle de qualidade e acabaram, devido aos maus tratos, sofrendo no gosto popular.


    Mais um ótimo texto, 
    Mais um abraço digital!

    3
  • iuribuscacio
    3120 mensagens MD
    avatar
    iuribuscacio21/02/24 22:58
    iuribuscacio » 21/02/24 22:58

    Raio::Sr iuribuscacio , tudo o que escreveu é de uma sensatez sem tamanho.

    Sinceramente não há nada que eu possa acrescentar ao seu texto nem ao seu comentário sobre as tristes tragédias que duas empresas estrangeiras causaram a nosso país e nosso povo e nada foi feito.

    Dito isso, qual na sua opinião seria a solução?

    Veja bem, não é uma crítica, mas acredito que eu já esteja velho (e o senhor é mais velho do que eu acredito) e sinceramente, já cansei de lutar e argumentar com pessoas que simplesmente não querem enxergar o óbvio (que foi tudo o que o senhor escreveu).

    Sabe aquele meme, com aquele ator que fez "A espera de um milagre", Michael Clarke Duncan

    ""Estou cansado chefe [...] ""

    É desse jeito que me sinto...

    Então, não vejo solução. Seguindo a sua analogia, se o sujeito quer beber, dou mais bebida para ele. Quer fumar, toma aqui mais uns três maços, "bora", fuma ai.
    Que não me venha reclamar depois que eu deveria não ter dado mais bebida ou cigarro... Fiz tudo o que a pessoa pediu. Agora que arque com as consequências.

    Sério chefe, estou cansado mesmo.

    Edit: nem ligo mais se chamam esse país de Bostil, Bananil ou Pqparil... Já deu já...

    Caro Sr. Raio

    Meu camarada, se para você que é mais jovem já dá uma sensação de desesperança enorme, imagina para quem é mais velho e já viu incontáveis tragédias e escândalo atrás de escândalo, totalmente impensáveis em qualquer país civilizado. Corrupção acontece literalmente em todos os países do mundo, mas impunidade como se vê aqui, isso não acontece em lugar algum.

    Em um panorama desses, naturalmente a vontade minha, sua e de qualquer pessoa de bem, é deixar para lá e não tocar nesse assunto. Mas sempre que eu me sinto assim, eu me recordo de um dos maiores brasileiros (com "B" maiúsculo), que essa terra já produziu e que não era à toa que era professor. Estou falando de ninguém menos que o Professor Darcy Ribeiro, autor do seguinte pensamento: "Só há duas opções nessa vida: se resignar ou se indignar. E eu não vou me resignar nunca."

    Você tem toda a razão, quando diz que por mais que a gente denuncie e escreva a respeito do quão torpe é o tratamento das empresas brasileiras e estrangeiras dado ao povo, em especial as editoras de jogos, nada parece adiantar. E eu concordo totalmente consigo. Mas se mesmo não podendo mudar nada, ainda assim nós podemos nos indignar e externar essa indignação escrevendo a respeito aqui no Ludopedia. Como eu disso algures, se não altera absolutamente nada, pelo menos desopila o fígado.

    E mesmo que toda essa indignação em forma de texto seja um verdadeiro "trabalho de Sísifo", totalmente inútil, pelo menos eu terei a satisfação pessoal de saber que pelo menos eu disse alguma coisa, e me insurgi contra as safadezas que algumas editoras nacionais de jogos insistem em fazer. 

    Um forte abraço e boas jogatinas!

    Iuri Buscácio
      

    5
Responder
  • 1(current)
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
The Witcher: Old World - Até Quando Alguém Aguenta Apanhar, Sem Revidar...
  • Logo Ludopedia
  • LUDOPEDIA
  • Ludopedia
  • Quem Somos
  • Fale Conosco
  • Apoiador
  • Mídia Kit
  • API
  • LudoStore
  • Acesso a Loja
  • Leilões
  • Meeps - Cashback
  • Quero Vender
  • Ajuda
  • Políticas
  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade
  • Devolução e Reembolso
  • Redes Sociais
  • Mee - Mascote da Ludopedia
LUDOPEDIA COMERCIO LTDA - ME | CNPJ: 29.334.854/0001-96 | R Dr Rubens Gomes Bueno, 395 - São Paulo/SP | contato@ludopedia.com.br

Este site utiliza cookies, conforme explicado em nossa Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concorda com as condições.