Survive: Escape from Atlantis com Expansão
As águas turbulentas de Atlantis começaram a engolir a ilha, e nós, meeples, nos vimos em uma luta desesperada pela sobrevivência. Cada um de nós representava um clã, mas a meritocracia era cruel, atribuindo valores diferentes a cada meeple. A glória estava reservada para aqueles que conseguissem salvar os mais valiosos, aqueles que seriam contados como pontos de vitória ao fim da jornada.
A emocionante narrativa se desdobrou quando escolhemos enfrentar o desafio na versão expandida do Survive, agora acomodando até seis destemidos jogadores. A presença de golfinhos e do Polvo gigante adicionou uma camada intrigante ao nosso destino.
O Polvo, com seu poder aparentemente avassalador de eliminar um meeple recém-chegado à terra firme, permanecia subutilizado entre nós. Um aliado adormecido, empregado apenas em confrontos contra a baleia. Os golfinhos, apesar de sua beleza, desempenhavam um papel simplório na expansão, protegendo os nadadores sem oferecer a mesma liberdade de movimento que antes. Decidimos, em nossas futuras incursões, retornar às regras mais simples e familiares do jogo original.
A essência do Survive reside na necessidade de formar alianças momentâneas enquanto escapamos da ilha afundante. Em barcos que comportam até três meeples, a cooperação é crucial. Mas, em partidas com seis jogadores, a paz a bordo é rara. Metade da mesa, guiada por uma miríade de criaturas marinhas, direciona seus ataques para afundar embarcações inteiras. Um verdadeiro caos marítimo se instaura.
O jogo, com suas regras simples, se desenrola de maneira caótica. Afunda-se uma peça, talvez ganhando um poder especial no início do próximo turno, e realiza-se uma série de ações, lançando o dado dos monstros marinhos para enfrentar os desafios que a Atlântida nos apresenta.
Em uma memorável partida entre três casais, o jogador branco acabou sendo arrastado para as disputas de outro casal, resultando na perda irreparável de todos os seus meeples. Risos e tristeza misturaram-se naquele momento, criando uma atmosfera única na ilha afundante.
A mecânica do jogo é repleta de momentos "toma essa", onde mesmo os jogadores mais diplomáticos são compelidos a atrapalhar seus companheiros em nome da vitória. O verdadeiro caos emerge na forma da Hidra, um elemento que já havia se mostrado um desafio nas jogadas anteriores.
O jogo base apresentava um dilema: o "poder de mover a Hidra para qualquer lugar vazio" proporcionava um porto seguro no início da partida, esfriando a intensidade do jogo. No entanto, a expansão trouxe consigo dois dados de movimento dos monstros marinhos, um dos quais permitia à Hidra vagar para qualquer lugar vazio. Agora, as Hidras dançam de um lado para o outro, desafiando qualquer tentativa de controle, transformando o caos em algo ainda mais magnífico.
Em conclusão, nossa jornada por Survive foi rápida e intensa, especialmente na expansão para 5 e 6 jogadores. Jogar com seis almas corajosas em uma hora é uma conquista rara, e embora as expansões do golfinho e do polvo tenham embelezado nossa experiência, sua presença não era essencial para a grandiosa narrativa que se desenrolou em meio ao afundar da Atlantis.
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