Lpporto::
Vá em Expeditions dá uma impressão que você passa o jogo todo indo ali aqui pega um recurso, vai ali, entrega um recurso, vem aqui pega uma carta, vai ali pega o recurso, vai acolá pega um dinheiro, vai no outro lado baixa a carta e ganha 1 coração. Tipo, cansa. Se tem uma coisa que eu curto em engine building é aquele momento “
WITNESSSSSSSSS!!!!” onde você tem que narrar a sua jogada pra todos ententerem, como você vai executar 792 ações no seu turno e ganhar 1500 pontos de vitória sem roubar. É uma satisfação ímpar que dá vontade de por a jogada no teu currículo. E Expeditions nunca me deu essa sensação. Pelo contrário, foi sempre uma sensação de "só isso?".
É claro que o jogo cresce com o tempo, mas cresce pouco. Tecnicamente você só pode fazer 4 upgrades que são poderes passivos que quase nunca você vai conseguir realizá-los de forma sequencial e engatilhada e as outras ações (Resolver/Coração e Fundir) dão mais coisas 1x quando baixadas do que aumentar seu poder.
Se Scythe fosse uma franquia da Disney seria meio que o Livro do Bobba Fett, onde no final você só vendo por que começou e parece meio sacanagem com quem tá vendo com você de parar no meio, mas contribui muito pouco. Expeditions até tem bastante sucesso ao te lembrar que é um jogo da saga Scythe, mas isso sozinho não faz dele um bom jogo.
isauraluiza:: Eu não sou contra explorarem o nome de uma marca, por mim, se vier Wingspan roll and write, Scythe Legacy, Viticulture Card game, eu não me importo, não tenho mais a sanha completista e vou pegar só o que for bom, se pegar.
Em tempo, eles estão dando é muito mole de não licenciar os jogos de tabuleiro pra cinema, tv e streaming. Scythe renderiam uma ótima série na HBO ao meu ver.
Caros
Lpporto e
isauraluiza
Em primeiro lugar, parabéns Luiz pelo excelente texto. Confesso que Scythe, apesar de ser um excelente jogo, não é muito a minha praia. Isso talvez se deva ao fato dele usar Mechs, e eu tenho um certo trauma, quanto a isso, porque no início dos anos 90 eu consegui comprar o Battletech, mas o jogo era muito complicado para a rapaziada da época, e eu joguei muito menos do que gostaria. Por isso robôs gigantes e jogos são uma combinação que não me traz boas recordações.
Mas mesmo não sendo tão fã assim, do Scythe, adorei o seu texto.
Quanto ao que você disse Isaura, eu acho que você está coberta de razão. Uma eventual série da Netflix ou Prime Video, baseada em um jogo de tabuleiro, e que deixasse bem claro que a série era baseada no jogo, seria uma forma fantástica de divulgar o hobby. Só assim por alto, você poderia utilizar um roteiro do tipo, quatro amigos se reúnem para jogar uma partida de Catan, na vida real, e de repente a narrativa se desloca para um cenário medieval onde a ação do jogo acontece na realidade. Seria mais ou menos como pegar Game of Thrones e colocar no início e final de cada episódio como se cada uma das casas estivesse sendo controlada por um jogador.
As possibilidades são incríveis.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio
P.S. Já vou printar essa tela do tópico, só para o caso de alguma produtora aproveitar essa ideia de roteiro, e eu poder processar e ganhar uma fortuna com o pagamento de royalties. KKKKKKKK