Vampiros e Lobisomens estão dentro do contexto de fantasia muito presentes dentro da nossa cultura nerdística.
Talvez pela nostalgia (e realidade de alguns) de jogar uma mesa de Vampiro: A Máscara em algum momento da vida, e/ou um Lobisomem: O Apocalipse, a realidade é que esses cenários da Storyteller foram muito populares na década de 90/início dos anos 00 aqui no Brasil.
Os Fundadores da Camarilla apreciam o post.
Eu mesmo, quando adolescente joguei uma grande campanha de v20 onde eu era um
Gangrel Mendigo, que usava “
Fundir com a Terra” pra conseguir dormir em paz em um
parque qualquer. E hoje, depois de velho estou jogando com um
Padre Ventrue que está l
idando com seu monstro interno da melhor forma que pode.
Um domingo por mês tem rolado mesa presencial lá em casa.
E não podemos negar que o grande
Vladzão, é um dos personagens mais
amados/odiados da história; o que faz a história e o
mito de Drácula terem muita força até os dias de hoje.
E levando isso em consideração, falemos do jogo de hoje:
Fury of Dracula (3ª Edição).
Os caçadores e o Draculinha.
Meus amigos, na
Fúria do Drácula, a ideia é simples: o Drácula, quer d
ominar a Europa e fazer dela seu reino. O que daria para ele
grande poder e status, e o faz
espalhando sua influência pelas cidades onde passa, e deixando uns
presentinho pros caçadores quando chegarem lá (também conhecidos como filhotes).
Os caçadores querem
aniquilar o Dracula e acabar com seu reinado de sombras. E eles fazem isso se
movendo de dia, e
investigando a noite. Sim, esse jogo faz
distinção das duas fases.
O jogo rola no mapa da Europa, e os caçadores estão correndo contra o tempo.
E esse semicooperativo é muito
divertido e muito balanceado. O Drácula vai se movendo pela
Europa de forma “escondida”.
No mesmo esquema do
Star Wars: Rebellion, ou do Frodo no
Guerra do Anel (Segunda Edição), o Dracula vai fazendo suas
peripécias e malandragens escondido, enquanto os caçadores tem 2 trabalhos:
achar o Drácula, e depois
vence-lo em combate.
Dracula e seus poderes: somado com as cartas dele, há bastante ferramentas pra você lidar com a mesa.
Mas isso é
mais complicado do que parece, pois primeiro eles tem que achar o
rastro do Drácula, e seja lá por onde ele já passou,
ele provavelmente criou prole, e os outros vampiros vão
ferindo e atrapalhando o grupo a chegar no seu destino final.
E por mais que o grupo de caçadores dê a
cagad4 de achar o Drácula de prima, ele tem
ferramentas pra conseguir se escafeder e sair vazado. O que faz o jogo ter uma
história única a cada partida.
Os caçadores tem poderes distintos e a união dos seus poderes consegue (talvez) fazer açúcar vencer o jogo.
Todos os caçadores são assimétricos, e todos eles são personagens que existem na
literatura “draculariana”.
Nenhum nome que você vai ver aqui é desconhecido, e todos tem
habilidades úteis.
Uma coisa que eu adoro nesse jogo é o fato das cartas
terem símbolos que se anulam: antes de qualquer combate, o
Drácula e o caçador (ou caçadores se for mais de um) vão definir
quais cartas jogar, e se o
mesmo símbolo for usado tanto na carta do Drácula quanto na do caçador, o
caçador consegue anular o ataque do Drácula. Então há um q de
dedução nesse jogo também, pois você precisa tentar prever o
raciocínio do jogador que tá de vampiro.
As cartas dão uma dinâmica pro jogo muito interessantes, e pelo menos nisso o manual explica direitinho como fazer a resolução delas na ordem certa.
Apesar do jogo ser lindo, bastante temático, e ótimo pra mesa cheia, ele tem um porém:
raramente você vai conseguir a primeira partida dele ser muito legal. Isso porque o manual é
meio merd4, e porque é
muito fácil esquecer algumas coisas nesse mar assimétrico.
Mesmo se você tiver uma pessoa que sabe jogar, e 4 que nunca jogaram,
100% das vezes a que sabe jogar vai ser de Drácula. E fica uma
dinâmica meio estranha, pois, o cara tá
ensinando as pessoas a caçarem ele.
Confiem, com um pouquinho de paciência vira jogão.
Mesmo assim, eu recomendo Fury of Dracula pra qualquer fã de vampiros, que consigam juntar um grupo pra jogar isso aqui (4 ou 5, menos é ruim), se ninguém souber o que tá fazendo e forem aprender juntos, sinceramente, eu acho que é melhor ainda.
Indo pro lado da
alcateia, vou falar aqui hoje sobre o
The Wolves.
Essa capa é linda demais, tá doido.
The Wolves é um jogo onde
cada jogador controla a sua própria matilha, e a ideia é que a
matilha mais apta sobreviverá. É um
controle de área bem pegado e enquanto você
reivindica territórios,
caça presas e
recruta lobos solitários, você tem que
lidar com as outras matilhas fazendo a mesma coisa.
A constante luta entre territórios dos lobos diferentes aqui é muito bem descrita.
O jogo rola durante um
ciclo completo de luas, e durante elas, rolam
3 fases de pontuação de acordo com o
controle dos territórios que você possui.
A trilha de pontuação aqui é um
show a parte; é
literalmente um calendário com as fases da lua. Além de conseguir fazer a
marcação de quanto tempo falta pro jogo terminar, ele também serve como
marcação de Respawn.
Senhor, acho que esse respawn tá meio cheio.
Eu acho interessante esse jogo porque ele
comba um sistema de seleção de ações com controle de área, e dependendo do
tipo de lobo que você tá utilizando, você já tem “
conhecimento” em um
tipo de terreno (num esquema meio
Terra Mystica, onde sua raça já consegue construir em um espaço de uma cor específica).
Por exemplo, o lobo da floresta tem como padrão a movimentação na floresta, o que faz pra ele ficar mais fácil essa navegação nesse tipo de território.
Os outros terrenos você vai se
adaptando pra conseguir se
mover com mais tranquilidade e assim tentar pegar os oponentes desprevenidos. Importante ressaltar que quando você usa uma cartela de terreno ela é
virada para o lado oposto, criando assim também um
quebra-cabeça onde você vai gerando possibilidades futuras de acordo com as cartas de terreno que estão
dispostas naquele momento.
Esse jogo é muito bonito e dá pra enxergar tudo que tem na mesa. As cavernas, covis, presas e tipos de terrenos conseguem ser facilmente distinguíveis.
Os atributos (
Pack Spread, Wolf Speed e Howl Range) podem ser
melhorados durante a partida e isso faz com que fique
muito mais tranquilo botar alguns planos em ação. Como no
Blood Rage,
subir seus atributos aqui te dá possibilidade para novas estratégias.
Todos os atributos são bem definidos nas cartelas de cada jogador/matilha.
Os tipos de animais que podem ser caçados são
diferentes, e
não se pode caçar animais iguais (
lobos exigentes esses), quando você enfrenta
lobos de outras matilhas e vence o combate; a
peça “morta” daquele jogador vai pro
calendário, para a
marca de Respawn demarcado mais “perto” e aquele jogador fica com
-1 lobo até ele
“nascer” de novo.
The Wolves é um ótimo jogo de controle de área, muito bonito, e com o tema bastante presente aqui também. Funciona também com muita gente na mesa (quanto mais lobos diferentes melhor), assim como a grande maioria dos jogos de controle de área que conhecemos.
Os lobos podem evoluir suas cavernas para Covis, e isso também dá ponto (se manter na mesa ou se destruir do oponente).
Seja você um Vampiro ou um Lobo, o importante é ter mesa cheia: Os jogos se beneficiam muito de ter gente o suficiente pra jogar, e criar memórias pra zoar os amiguinhos depois.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Errei algum fato? Manda PM.
Quer mandar elogio ou crítica sincera? Tmj.
Quer me dar um tema pro próximo? Manda PM.
Considere seguir o #canalversus!
Tudo nessa vida é equilíbrio, meus amigos.
#quintou