glaubercavassani::Resumindo, é fácil, é desafiador no nível certo sem fritar seu cérebro e, como disse, um tema muito simpático com arte incrível. Um dos preferidos da minha esposa, a Betânia. É um dos que ela fala de vez em outra para jogarmos mais uma vez.
O jogo varia seu tempo entre 1h15 à 1h45, dependendo da quantidade de jogadores, mas é daqueles jogos que nem vemos a hora passar. Vale a pena!
Caro glaubercavassani
Parabéns pelo tópico. O Stone Age é um dos meu jogos preferidos, e um verdadeiro clássico. Esse jogo é uma prova de que não é necessário um oceano de regras e mecânicas misturadas, nem uma miríade de componentes para fazer um board game excelente, e que resiste, com louvor, à prova do tempo. Basta dizer que mesmo já tendo 15 anos de lançamento, no BGG ele ainda ocupa o 139º lugar no ranking geral e o 121º lugar no ranking de jogos estratégicos. Do mesmo modo, no ranking Ludopedia ele também faz bonito ocupando a 60º posição.
Outra coisa que acrescenta um diferencial ao Stone Age é que ele é um dos melhores trabalhos artísticos de um verdadeiro craque que é o Michael Menzel, um dos mais respeitados e aclamados artistas do mundo dos board games. O tabuleiro do jogo é uma verdaeira obra prima.
Além disso, o Stone Age tem um bom nível estratégico, sem comprometer a sua simplicidade. Não é à toa que o Stone Age é sempre citado como um dos melhores jogos (se não for o melhor!!!!), para apresentar a pessoas que nunca jogaram board games, principalmente no quesito alocação de trabalhadores. Claro que existem outros jogos excelentes com essa mecânica como o Lords of Waterdeep, Marco Polo I e II, Village, Viticulture, Invasores do Mar do Norte, Arquitetos do Reino Ocidental, Russian Railroads, entre outros. Mas estes são jogos mais indicados para quem já tem algum tempo de board game. Para mostrar a quem nunca jogou, o Stone Age é sem igual.
Infelizmente, muito infelizmente, a imagem do jogo acabou ficando um pouco "arranhada", pela verdadeira covardia que a Devir fez no seu lançamento. Como o Stone Age sempre foi, e ainda é, citado com um dos melhores jogos de entrada, muito gente comprou o jogo, e muita gente ainda quer comprar o jogo. Na sua ficha aqui no Ludopedia consta que mais de 3.000 pessoas tem ou tiveram o jogo, e 2.356 pessoas querem comprar, muito embora esses números devem ser analisados com muito cuidado.
Por conta de todo esse prestígio o jogo esgotou, mas mesmo assim continuou tendo muita gente interessada nele. Apesar disso, inexplicavelmente o jogo ficou fora de catálogo no Brasil durante anos, o que fez com que o seu preço no mercado de usados ficasse muito inflacionado artificialmente por conta da escassez, chegando a ser vendido na faixa de R$ 500,00 a R$ 600,00. Em 2021 a Devir relançou o jogo, e miraculosamente, um jogo que menos de cinco anos antes chegou a ser vendido por R$ 150,00, foi relançado custando R$ 500,00, que "coincidentemente", era o mesmo preço que era cobrado no mercado de usados, muito mais caro porque estava esgotado. Não tem ginástica nem malabarismo de precificação que justifique um aumento desse, por mais que a Devir jure de pé junto que isso não teve nada a ver, mas apenas uma coincidência.
Para encerrar, é uma pena que o jogo tenha sido relançado tão caro, o que tornou o seu preço médio atual na base aproximada de R$ 400,00, inclusive para cópias usadas. Isso faz com que ele fique com essa pecha de caro demais (e realmente é), apesar de muito bom. Eu não tenho dúvida de que se o Stone Age fosse mais barato, na faixa de R$ 250,00 a R$ 300,00, o que não é nenhum exagero dado o seu preço de venda apenas alguns anis antes, ele estaria vendendo tanto quanto o Ticket to Ride. Mas é aquilo, o mantra sagrado das editoras brasileiras de board games, principalmente as maiores é "produzir menos e cobrar mais". E assim segue o baile.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio