Mesmo com a definição do rodrego, eu sou fortemente contra essa classificação de jogo de entrada. Especialmente porque não tem jogo que "todo mundo vai gostar". O próprio Rodrigo mencionou que vai ter pessoa que não vai gostar de nenhum (existente na face da terra - inclusão minha!). Catan, Ticket to Ride e Carcassonne foram jogos que eu só fui jogar anos depois - muito depois de ter jogado Agricola, Dominant Species, Steam, Trajan...
Também achei um pouco estranho esse conceito de jogo autoexplicativo. Can-can e Uno são autoexplicativos? Eu entendo que não, tanto que cada grupo de pessoas joga com regras próprias. Um bom designer gráfico pode até facilitar lembrar das regras. Até que tem exceções: aqueles jogos de cartas, "sem manual" que, à medida que o baralho vai se abrindo, novas regras vão entrando no jogo (e, na verdade, o manual está fracionado nessas cartas). Enfim, talvez eu tenha entendido o ponto, que deve ser um jogo com uma curva de aprendizado baixa. Só que o conceito de autoexplicativo não me pareceu fático.
A expressão "jogos de entrada" tem vários pontos negativos.
Você precisa jogá-los para entrar nesse mundo de jogos de tabuleiro?
Depois que você consome os jogos de entrada, você não volta nunca mais para eles?
Faz parte de um rol para jogadores iniciantes? Ou faz parte de uma evolução dos tipos de jogos que alguém vai jogar?
Vocês foram bastante felizes ao explorar essas ideias equivocadas, mas acho que existe um ponto importante. Falar sobre jogos de entrada talvez tenha a mesma utilidade das listas: serve como um parâmetro de guia. Eu proporia que, em vez de chamar de jogos de entrada talvez seja melhor uma mudança de enfoque. Melhor talvez chamá-los de jogos populares, seja pelo apelo, seja pelas chances de agradar uma grande parte da população que venha a ter contato com esse tipo de jogos.