Salve amigos, estamos aí pra mais uma postagem semanal, hoje estaremos falando sobre o Clash of Cultures: Monumental Edition e o Sid Meier's Civilization: Um Novo Amanhecer.
O estranho.
Eu queria gostar de Clash.
Inclusive, eu queria amar Clash, porque desde que me conheço por gente dentro desse hobby, esse jogo sempre foi meu sonho de consumo. Meu tema favorito na vida são Civilizações, e um 4x onde você desenvolve sua civilização do zero, negocia, treta, explora e tem tudo aquilo que nós esperamos em um jogo desse tipo, sempre foi o que eu almejei.
E minhas impressões com ele até o momento são mornas.
Não me entendam mal, tem partidas onde eu realmente me divirto com ele. A sua produção está maravilhosa, sua tree tech e seus líderes são muito interessantes, porém, a grande maioria das partidas que joguei foram esquisitas.
Disserto;
Primeira partida, 4 pessoas, vamos jogar e entender o jogo.
Resultado final: 4 pessoas preocupadas em criar seu próprio império, lidando com os eventos do jeito que dava e cada um em seu cantinho. Arrisquei uma negociação de vez em quando, mas em sua grande maioria proposta por mim (Hacan pra sempre). Pontuação muito parelha e jogo sem combate algum.
E beleza. Achei sinceramente que fosse uma coisa de primeira partida. Entendo que aquele painel com trocentas tecnologias pode ser intimidador, e tentar otimizar aquilo ali faz você ter que abdicar de outras coisas, calhou que nessa partida foi o combate.
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Segunda partida, 3 pessoas, 2 jogadores sabiam jogar, 1 não.
Resultado final: Porrad4 o jogo todo, nada de negociação, cidades dizimadas, e
pontuação baixíssima. O completo oposto da primeira partida. Os jogadores atacaram
todas as oportunidades que tiveram, e não pouparam recursos pra
destruir as casinha dos amigos.
Líderes capturados, e de novo, um jogo parelho. Não curto esse jogo nesse esquema, mas beleza.
Fico sempre com a impressão de que muita rolagem de dado seguida depois de um tempo deixa o jogo maçante.
Mas beleza, bora pra próxima.
Bate nele, xinga ele, manda ele embora...
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Passou-se algum tempo pra eu jogar a terceira partida. J
á não tava mais tãããão assim no hype, mas tinha 2 amigos que nunca jogaram mas que gostam muito de
Twilight Imperium (Quarta Edição), e que
estavam afim, então bora.
Terceira partida, 4 pessoas, 2 sabiam jogar, 2 não.
Resultado final: Melhor partida que joguei. Assim como as outras duas anteriores, pontuação parelha,
mas dessa vez as pessoas na mesa entraram nos personagens.
Todos negociando posições, cartas e parcerias. Ataques precisos, traição no último turno, estratégias diferentes, um pouco de tudo, na medida certa.
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Depois de algum tempo, eu
cheguei a jogar algumas partidas de Clash após estas, mas o meu ponto é literalmente o que eu escrevi acima.
Clash é incerto.
Você pode estar se colocando pra jogar em uma
mesa de euro por 5h, ou você pode estar entrando na melhor experiência de civilização da sua vida numa mesa de boardgames.
Você pode estar indo jogar um jogo de
guerra sem saber, ou você pode estar jogando uma partida de
Diplomacia.
O meta muda muito de acordo com o combo personalidade do jogador + a civilização que ele está jogando.
Fiquei também com a impressão de que pessoas que sabem jogar outros 4x absorvem esse jogo
bem mais fácil que outros jogadores.
Toma árvore de Tecnologia na cabeça... Muita coisa pra decorar.
O que acaba me dando sentimentos misturados, e não pro lado bom da coisa.
Eu não sei o que esperar de uma partida de Clash, e isso me dá dúvidas se vale a pena eu continuar botando ele na mesa pra ir atrás daquele sentimento bom que eu tive quando joguei ele e foi realmente uma experiência única, ou se vai ser um Risk medieval de 5h.
A Farsa.
Joguei ele pouquíssimas vezes, mas eu curti ele, apesar do combate ser um pouco zoado.
Motivos do destino me fizeram vendê-lo, precisava do dinheiro na época para algumas outras coisas e passei pra frente já que não via tanta mesa assim. Ainda me recordo dele com boas memórias.
Coisa que eu não consigo ter com o jogo citado acima.
A maioria das pessoas cita ele como se fosse um jogo de "corrida". Onde vence quem faz 3 pontos rapidinho e é isso.
Então imagine minha cara quando eu o coloco na mesa, e eu jogo com 3 amigos do grupo que são completamente viciados nas séries do Sid Meier?
"Coloque a tokenzinha, você dominou a região!"...wtf
Sim, é o que vocês imaginam.
TODOS odiaram o jogo.
"Inclusive, porque caralh0s o Sid Meier deixou usarem o nome da sua franquia pra fazerem essa merd4???"
Nós nunca saberemos a resposta.
Porém, hoje eu olho pra esse jogo de outro jeito.
Apesar de eu achar ele ainda uma farsa porque o que tá na caixa não retrata o que tá dentro dela, eu vejo que ele tem uma produção legal, sua mecânica de ações é muito bem feita, e ele parece ter ficado melhor depois que criaram a expansão
Civilization: A New Dawn – Terra Incognita (Não falarei sobre ela porque ainda não a joguei).
Ele é um jogo decente de entrada, e simplesmente ele só não é um jogo para mim. A questão é que usaram toda a arte do Civilization VI no jogo e isso dá um ar de que esse jogo deveria ser bem mais do que o que ele realmente é.
O grande mérito desse jogo é criar a mecânica principal do Ark Nova.
Então meus amigos, lembrem-se:
Às vezes vale a pena dar um passo atrás pra ver se o jogo é realmente aquilo que você acha que é, e nem tudo vai ser do jeito que você quer que seja. Por mais que você queira isso.
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Tudo nessa vida é equilíbrio, meus amigos.
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