Extra! Extra! A Expedição Fawcett foi considerada oficialmente perdida pela Universidade de Londres. Leia mais na página 7… Em janeiro do ano passado, o professor Percy Fawcett liderou uma expedição pela enigmática floresta da América do Sul a procura de vestígios da lendária civilização Amazônica e sal capital, a cidade de El Dorado. Aventurando-se pela mata desconhecida, O Professor, junto com mais dois assistentes e alguns alunos, rumou para oeste, partindo da foz do Rio Amazônia em duas embarcações. Em todas as paradas em cidades e vilas, o grupo enviou seus relatórios para Londres, onde depois de revisados, eram publicados nos mais diversos jornais do mundo. Mesmo em mata fechada, longe da civilização, Fawcett conseguia enviar seus escritos através de selvagem semicivilizados que encontrava pelo caminho, porém tudo parou. A data do último envio fez noventa dias na data de ontem. A equipe estava animada, informando que chegara em um plato alto e, de, lá era possível ver uma grande construção no meio das árvores, que parecia iluminada com um brilho dourado ao pôr do Sol. Será que algo terrível ocorreu aos valorosos membros da expedição? Ou o que eles encontraram é mais fascinante que nossa bela civilização? Uma nova equipe foi formada para procurar o Professor Percy Fawcett e seus compatriotas. Não percam mais notícias em breve, pois The Lost Expedition Tá na Mesa!
The Lost Expedition é um jogo de 2017 criado por Peer Sylvester. De um a cinco jogadores, com duração média de 45 minutos, em The Lost Expedition os jogadores são um grupo aventurando-se pela selva Amazônica a procura da Expedição Perdida.
- Não era mais fácil ligar para o celular deles?
Criatura cronologicamente desnorteada, dificilmente um celular tem sinal no meio da floresta e o jogo se passa entre o fim do século XIX e início do XX, quando expedições financiadas por universidades ou ricos patronos partiam em busca de novos conhecimentos nos cantos mais remotos do mundo. Ou seja, não havia celular, nem nos mais insanos sonhos. The Lost Expedition é um jogo cooperativo, que significa que todos ganham ou todos perdem. Ao contrário de outros jogos, aqui os jogadores não encarnam um único personagem, mas sim o grupo inteiro (Nota da Sra. Slovic: Neste sentido, ele é um pouco parecido com Paleo). Os jogadores tomam o as decisões em conjunto, determinando qual valoroso membro recebe os benefícios ou as consequências das ações.
No início da partida cria-se um mapa com algumas cartas que mostra o avanço do grupo pela selva e um deck de cartas com os acontecimentos que a expedição encontra no caminho é embaralhado. A equipe é composta por três membros, cada um com sua especialidade (Nota do Sr. Slovic: Para um jogo mais fácil, outras pessoas se juntam aos aventureiros). Cada turno tem duas fases: dia e noite. Em ambas os jogadores vão descartar um certo número de cartas numeradas, que indicam os perigos e desafios que o grupo encontra naquele período. A diferença é que no dia as cartas quando reveladas são colocadas em ordem numérica crescente e de noite conforme são colocadas na mesa. E há um importante detalhe: os jogadores não podem falar nada sobre as cartas que tem na mão e devem baixar as cartas em segredo, viradas para baixo. Ninguém tem noção do que pode acontecer até as cartas serem mostradas.
Todas as cartas têm símbolos que indicam o que os jogadores devem fazer e a consequência. Normalmente há mais de uma escolha possível, mas quase sempre é uma positiva e uma negativa para o bando. Algumas cartas dão itens, outras alimento, há as que pulam o próximo evento, seja ele bom ou ruim, ou colocam mais encontros a frente, tem carta que cauda dano nos membros da expedição e poucas matam um integrante imediatamente. Se a carta não especifica quem sofrerá o ferimento, os jogadores é que devem escolher o personagem.
- Então ficamos nessa coisa de morre não morre por sete rodadas e o jogo acaba. Que besta.
Errado, mula de carga. Quem disse que o jogo dura sete rodadas? Ele acaba de duas maneiras: ou todos os personagens morrem ou o grupo chegar no fim do mapa. E não é simplesmente acabar o turno da noite para avançar para seu destino. A selva é traiçoeira e poucas sabem como andar por ela se ficar em círculos. Somente completando uma carta com o símbolo de Avanço é que o grupo se move imediatamente pelo tabuleiro (Nota da Sra. Slovic: Em outras palavras, as vezes o grupo pode avançar em poucas horas, ou cartas, e as vezes ficar dias e dias, ou turnos e turnos, no mesmo lugar).
Sempre no final do turno da noite, a expedição precisa de alimentar e não é nada fácil encontrar comida. Vai caçar? Boa escolha, mas um roedor não é suficiente para satisfazer a todos e quem consegue enfrentar um jacaré no braço e ficar inteiro? Vai tentar se tornar vegetariano, então? Ok, mas qual dessas plantas totalmente desconhecidas é venenosa? Os índio vão ajudar, certo? Claro, mas aquela tribo é amigável com os invasores ou vão nos servir de jantar?
No geral, The Lost Expedition é um jogo muito desafiador. Os jogadores devem se unir para decidir como enfrentar os desafios que eles mesmo propuseram (Nota do Sr. Slovic: Mas cuidado com o Jogador Alfa, aquele que quer decidir tudo sozinho. Esse jogo é um prato cheio para ele, até mais que Pandemic, e isso pode estragar toda a diversão). The Lost Expedidition é totalmente independente de idioma, inteiramente iconográfico. Uma vez entendido o que cada símbolo representa, o jogo flui muito bem. A Expansão Fountain of Young & Other Adventures (Nota da Sra. Slovic: A Fonte da Juventude e Outras Aventuras) apresenta novos desafios, novos personagem e duas narrativas que podem ser usadas separadas ou em conjunto. Siga as pegadas e encontre o verdadeiro tesouro.
E é isso, Shishô!
