Proponho aqui uma discussão sincera e que a gente coloque de molho no terraço, longe de nossos olhos, os egos de cada um. Com isso, acredito que podemos nos autoavaliar como jogadores da forma mais sincera possível.
Digo isso porque acabei de me perceber um jogador daqueles que perdem 95% das partidas, mesmo sendo o único na mesa inicialmente que sabe as regras (em teoria isso seria uma vantagem) e no fim das contas a derrota não afeta meu humor. Fico feliz pela experiência de jogo em si (que envolve o fator de diversão e comprometimento do grupo na mesa. Pra mim, esses momentos valem a pena o jogo em si). Mas acho que me divirto tanto que acabo atrapalhando a galera que tá se dedicando com mais afinco em montar jogadas e combos mais complexos (já percebi isso em jogos Deck Building como Clank e Tiranos da Umbreterna).
Também tenho essa veia de neófito colecionador (com um pezinho no acumulador) que, ao poucos, e aos montes de jogos acumulados, vai percebendo suas preferências de mecânicas pessoais, apesar de em termos gerais, não ter encontrado ainda um jogo que eu tenha odiado.
Enfim, todo esse blá-blá-blá pessoal só pra contextualizar.
Porque o que quero por em discussão aqui é como você se enxerga como jogador? E por quê? Enxergando seu perfil, o que você faria para mudar algum comportamento negativo ou que te incomoda em ser assim?
Das possibilidade, pensei nas seguintes (sintam-se à vontade para incluir outras). Aqui a roda dos J.A.N. T. A. (Jogadores Apaixonados Não Tão Anônimos) é para tentarmos abrir nossas caixas de pandora pessoais e crescermos como colegas de mesa.
Seguem as sugestões:
( ) o "Pro-player" que faz de tudo para encontrar a melhor estratégia de jogo e acumular pontos absurdos, quer vencer em La Granja, Pandemic ou até porrinha e não sabe lidar bem com a derrota.
( ) o "colecionador", que tem suas dezenas/centenas de jogos, muitos dês ainda embalados, sem previsao de mesa e a cada nova compra bate um peso na consciência de "blz, e agora como eu faço pra pagar o aluguel neste mês mesmo?"
( ) O "de boas". Aqui o que importa, no fim das contas, é estar com a galera. Com isso, vc acaba vacilando muito, não se atentando tanto à mesa, muitas vezes disperso, no celular o tempo todo, conversas paralelas e só preocupado com que horas vão chegar os hambúrgueres que encomendamos. Com isso, vc acab incomodando - às vezes muito - os colegas que estão compenetrados na forma como vão abordar a próxima dungeon...
( ) O "alpha player" que, quando percebe, já está dando ordens em todo mundo na mesa.
( ) O "da galera", que se diverte com o que se põe na mesa, mas não se esforça taaanto em ganhar e isso acaba incomodando os amiguinhos mais dedicados.
( ) O "pela-saco" que, vendo que não vai ganhar, decide reunir todas as suas forças pra atrapalhar quem está na frente, o que pode até ser válido nas regras do jogo, mas que pode comprometer as amizade no fim da partida.
( ) O "chato" que não jogou um turno e já começa a criticar exaustivamente todas as regras do jogo e repetir que "não gostei disso" e "não curti aquilo outro", mesmo que os demais estejam de boas na partida sem reclamar de nada.
A ideia é de a gente trabalhar com a autocrítica. No final, a a gente sempre cresce com isso. V
Vamos nos abrir, galera?