viniciusjf::Esse último é terrível! Quando em ensino um jogo a algum amigo ou conhecido que é novato e mais casual no hobby, sempre digo para ser franco caso não goste do jogo, mas... Que dê a ele a devida chance antes de decidir. 

Eu acho que estou entre o pro e o de boas. Gosto de ganhar, faço algum esforço pra isso, mas não jogo fazendo todas as contas desde o primeiro movimento, como se fosse um neurocirurgião na mesa, acho isso muito chato, então vou meio "no rumo", faço meus cálculos na medida em que o jogo vai se consolidando, e não fico transtornado com a derrota. Se eu perdi é porque alguém jogou melhor que eu, simples assim. 

O máximo que pode acontecer é eu lamentar alguma jogada errada, mas aí a responsabilidade é minha, e não fico remoendo aquilo.

Pra ser franco, essa é a postura que considero ideal, e acaba não sendo só a minha, mas também a do meu grupo. Como o fator mais importante dos jogos pra mim é a estratégia, gosto de jogar com quem me desafia, mas sem me encher o saco!

É difícil encontrar a medida exata na nossa boa vontade em "ensinar" as regras pro amigo e a "boa vontade" dele em aprender. Como sou relativamente novo no hobby, ainda Caio em algumas armadilhas que vou aprendendo com o tempo. Acho que o erro, de verdade, está com a gente, em não avaliar bem o perfil de quem vai montar a mesa com a gente. No início, exigia da minha esposa que jogasse qualquer jogo pelo simples fato de que aquele tal jogo é suas regras mais complexas me encantavam. Não era a dela. Ela curte jogos festivos, familiares e até alguns médios, mas só a partir de agora que já foi introduzida em algumas mecânicas como Deck Building e draft... Hoje, ainda me irrito quando alguém de cara já tacha o jogo de "ruim" sem mal ter conhecido a dinâmica, peço pra darem pelo menos uma chance, mas se não pega, não insisto mais porque aí o problema sou eu hehehe

Júlio Ferreira::Não me vi 100% em nenhuma das opções, então vou me descrever como jogador:

Não fico chateado em perder, eu até gosto quando conseguem me vencer em um euro que eu acabei de ensinar, fico satisfeito com minha didática. Mas todo jogo eu vou tentar ganhar! Querer ganhar sempre não é um problema, problema é ser um mal perdedor ou, pior ainda, um mal ganhador. 

Eu jogo com foco, independente do clima da mesa, o jogo é meu momento de fugir, smartphone não quero nem perto. Me incomodo com outros usando smartphone só durante a explicação, mas nunca vou reclamar disso. 

Apesar de jogar para ganhar, eu tenho cuidado de não demorar muito em minhas jogadas, principalmente com grupos novos, gosto de jogar rápido e as vezes isso me custa a vitória. Pra mim o mais importante não é ganhar e sim proporcionar um momento agradável. 

Não sou acumulador de jogos, nem colecionador, sou explorador. Eu gosto de aprender e ensinar novos jogos, mas hoje eu vendo jogos com bastante frequencia. Os únicos jogos que eu me permito ser mais "acumulador" são os jogos pequenos, que são mais baratos que duas pizzas e uma coca-cola.

Sou contra Alpha-Player, prefiro mil vezes perder! Mas quando percebo que o grupo está muito frustrado e quer ganhar eu procuro dar algumas dicas, principalmente em momentos chave, sempre com o cuidado de não dizer "Faça isso...". 

Por último, sou também um avido jogador solo. Jogar solo me permite aproveitar melhor os jogos que eu quero conhecer mais. Somente jogando solo eu consigo chegar a mais de 20, 30, 50 partidas de um único jogo. Quando jogo sozinho eu me permito tudo que eu evito jogando em grupo, ou seja, meu AP aumenta, eu experimento todas possibilidades e fico mais preocupado com a vitória, mas a derrota é motivação para continuar jogando.

Por ser relativamente novo no hobby (tô aí completando dois anos de paixão), acho q em algum momento cai em alguma dessas armadilhas que coloquei no tópico. Alpha player, até ter a noção, através de vídeos ou discussões por aqui, não enxergava em mim essa postura, por exemplo. Eu só tava querendo ajudar a galera a encontrar a melhor dinâmica pro grupo naquela situação embaçada pela qual passávamos. Depois que entendi o "alpha player" comecei a notar melhor a reação dos amigos de mesa ao meu comportamento de pastor na mesa e vi que alguns achavam conveniente, mas outros já não se sentiam confortáveis em algum dando pitacos em sua própria jogada. Aos poucos, reduzi esse vício. Acho q hoje consigo dizer com tranquilidade que já não caio mais nesse erro e permito que todos façam suas próprias escolhas e descobri que isso deixa, no final, a dinâmica do jogo ainda mais legal. 
Como vc disse, isso inclusive dificulta a vitória, mas as derrotas acabam virando motivação pra galera tentar de novo e de novo. 
Enfim, vamos evoluindo. Valeu pela opinião, meu caro

Às vezes a gente força a barra um pouquinho, né, mesmo que não intencionalmente!

Paizao::Como me vejo:

- Maníaco da Limpeza: Só deixa começar o jogo se lavarem as mãos. Proibido comer ou beber algo enquanto joga. Prós: Os jogos são melhores conservados. Contra: As pessoas as vezes ficam de saco cheio e não relaxam.

- Acumulador: Compra jogos de forma exagerada, sem pensar se vai ver mesa ou se vai ficar parado na estante. Tem bem mais jogos do que vê mesa. Acha que o jogo só tá completo quando tem todas as expansões então quer pegar todas. Prós: Variedade grande de jogos e agrada todos os públicos. Contra: Jogos muito tempo na estante.

- Impulsivo: Compra na impulsividade quando vê alguma promoção muito bom sem nem pensar se o jogo vai agradar a turma e se vai ver muita mesa. Prós: Variedade na coleção e economia financeira. Contra: Jogo mofando na estante.

- Ninguém mais tem: Quer pegar jogos raros que não tem no Brasil ou está OOP. Prós: Tem jogos exclusivos na roda e agrada muitos. Contra: Paga mais caro pelos jogos.

- Nivelador: Busca nivelar o nível do jogo, as vezes jogando ruim de propósito para dar uma chance para os novatos. Equilibra a mesa tentando deixar a pontuação próxima. Prós: Novatos se divertem mais pois acham que chegaram perto de vencer um veterano. Contras: Se tiver um veterano ele pode se chatear ao perceber que baixei meu nível para tentar agradar os novatos e, assim, não proporcionando um desafio decente para o veterano.

Hahaha
Cara, com todo o respeito do mundo pela sua autocrítica sincera, mas ow... Isso é caso pra pedir ajuda de profissionais hein? Hahahaha
Não que eu próprio já não tenha caído em algumas dessas armadilhas em algum momento, mas a gente vai exercendo o bom senso diuturnamente pra não tornar o hobby uma obsessão/compulsão fora de controle.
Abração e valeu pelo comentário

Kikarote::Como os jogos são tds meus, e eu q tenho q aprender as regras e ensinar, eu acabo sendo muito alpha player nas primeiras partidas, ensinando e dando dicas, praticamentejogando os turnos de outras pessoas.
Mas eu sempre me pego fazendo isso e tentando parar, principalmente depois q td mundo já ta sabendo jogar melhor.

Perfeito!
É o que tenho tentado há algum tempo depois que percebi que o fator "alpha player" no meu caso tava sendo prejudicial para a própria criatividade e interatividade do grupo.
A primeira partida, às vezes, é aquela mesma pra gente segurar na mão do amiguinho e mostrar como atravessar a rua. Depois, todos crescidos, a ideia é deixar voarem sozinhos. E se vier a derrota, isso só ajuda na vontade de melhorarmos pra ultrapassar o que erramos juntos antes. 
Abraços, cara

Henque Lobo::Sou do signo de "pró-player" com ascendente em "da galera"... estou tentando ser mais tranquilo. 

Ganhar é fácil. 
Lidar bem com a derrota e encontrar nisso desafios maiores é uma arte

HU3Brutus::Eu gosto de apresentar coisas que as pessoas gostam. Muita gente me pede para colocar um jogo na mesa, mas não sabe que as vezes demora e precisa de muito mais atenção que um banco imobiliário da vida. Então eu gosto é de acertar qual jogo faz a mesa ativar, as pessoas se divertirem e todo mundo se aprofundar em criar estratégias e interagir.

É claro que muitas vezes eu conheço uma camada mais profunda de estratégia no jogo, daí eu costumo dar uma dicas durante o jogo, pra não ficar muito fácil se eu sou o único que conhece o jogo, mas eu sempre jogo pra ganhar.

Demorei a aprender essa sua boa lição. 
A gente saber sentir qual o jogo melhor se adequa ao perfil da galera da mesa. O essencial, no final das contas, é a diversão. 

Luludeira::O que eu gosto mesmo é de jogar!!! Não me importo em perder, o que acontece com uma certa frequência, mesmo os jogos sendo meus e eu sendo a pessoa que apresenta o hobby a outras. 

Jogo direitinho, não fico olhando celular nem me distraindo (ou distraindo a mesa) com outras atividades. Mas jogo de boas, me esforço para vencer, mas se não acontecer, tudo bem.

Adoro apresentar um jogo que agrade às pessoas. Gasto bastante tempo escolhendo o jogo certo pra mesa certa. Às vezes dá certo, às vezes não ... com o tempo, acerto mais do que erro.

Sou colecionadora com certa tendência à acumulação  

Neste ano de pandemia, meu marido e minha filha de 14 anos estão sendo meus parceiros constantes. Ela já jogava; ele começou esse ano e já está convertido; esse foi o maior ganho dessa quarentena, rsrsrsrsrsrs. 

Talvez seja possível acrescentar uma nova categoria àquelas já listadas: o jogador que gosta mesmo é de conquistar novos jogadores para o hobby. Me identifico!!!

Ótimo, Luludeira!
Esse é meu maior objetivo desde sempre. Apresentar os BGs e encontrar novos jogadores para o hobby. A sensação de que acertamos o jogo praquele determinado grupo de pessoas. A interação na mesa é a diversão que sai dali são únicos e se tornam um vício pra gente.
Essencialmente, me identifico com o que você definiu. Amo a mesa, jogar e interagir. O resultado final é secundário, às vezes terciário. Certa vez meu grupo (mais festivo) se viu debatendo amenidades da vida pela madrugada e nem percebemos que paramos pela metade uma partida divertidissima de SKULL que estava rolando até então. Noutra, nos irritamos com o livro de regras mal elaborado de CTHULHU DEATH MAY DIE, adaptamos descaramento as regras para o que sabíamos que funcionava do HELLBOY BOARD GAME e jogamos sem qualquer compromisso com a vitória (apesar de termos ganhado pelas "regras da casa"). No final, a vitória foi o de menos, mas o caminho até lá, de debates sobre a natureza repetitiva dos dungeon crawlers, a essência do horror de lovecraft que era perdida naquele jogo em especial (pq Cthulhu não se mata, se corre e evita a insanidade) e os filmes de John Carpenter, valeram cada minuto de confusão nas regras. 

serial killer::meu lance é me divertir. eu tbm só perco.

 sou ruinzão em board em videogame, em td

da uma olhada nos meus jogos favoritos q vc vai entender q nao importa o jogo. importa jogar e se divertir

Hi-5 da derrota.
Hi-5 da diversão acima de tudo

viniciusjf::Às vezes a gente força a barra um pouquinho, né, mesmo que não intencionalmente!

Sim. A ideia é nos policiarmos pra não nos tornarmos o que mais tememos hehehe.