Cada jogo um reino diferente! Vamos conhecer esse aqui?
O cataclismo começou, e Atlântida agora afunda no oceano e a última cidade da ilha mitológica está prestes a ser engolida. Vocês, os últimos atlantes, tentam salvar tudo o que podem antes de fugir da fúria dos elementos. O fim está próximo e existe pouquíssimo tempo para recolher as riquezas de Atlântida. Em Atlandice o objetivo é ganhar prestígio, acumulando mais recursos do que seus adversários e pontuando ao final da partida.
Tabuleiro com elemento 3d, set collection, clock de endgame bem variável e recursos distribuídos em peças estilo token (tanto cartonado como de madeira) com a premissa de ser dinâmico e com várias formas de pontuar? Contem comigo!!! Como de costume eu esperava no mínimo uma experiência “4 estrelas”. Mas o jogo mostrou-se uma bela de uma faca de dois gumes, e cortou tanto do lado negativo que não deixou as melhores lembranças para esse kina que vos fala. Mas é claro que vamos falar sem haterismo, cada “reino” com seu súditos, não custa lembrar... porém não se impressionem ao ver que consideramos os pontos negativos pesando mais do que os positivos.
No que o Atlandice “bate forte”?
A arte da caixa do jogo é excepcionalmente bonita (sem deixar de lembrar que a beleza está nos olhos de quem vê hehe), o tabuleiro montado remete a uma engrenagem ou grande relógio, e inclusive, no centro, tem um relógio mesmo, que marcará o tempo restante de jogo, disparando algumas ativações em relação aos diferentes recursos do jogo. Um submarino sinaliza a possibilidade de pegar recurso adicional onde ele estiver, e o fator 3d, ou seja as camadas do tabuleiro, passam bem a ideia de serem andares/partes da cidade afundando. Pela modularidade dos encaixes, dependendo do andamento pode se ausentar uma “fatia” inteira dele, deixando um setor vazio, um buraco que representa que aquela parte da cidade já foi tomada pelas águas, já estando submersa e não disponível pelo resto da partida. Os dados que estão no nome do jogo servem para indicar quais áreas estão disponíveis, e sua ação será visitar esta ou aquela área, coletando algo de lá e resolvendo uma das habilidades dos setores, sendo 13 no total, e isso poderia encher os olhos se elas não tivessem suas problemáticas e conseguissem ter um impacto maior no jogo, mas isso é assunto da próxima sessão...

No que o Atlandice “bate de Kina”?
O jogo é um pequeno amontoado de set collections(com uma única regra... oh god why?) se abalroando um no outro e resolvendo de forma parecida, na verdade, IGUAL entre si (majority). Você parece estar apenas correndo para ter mais recursos do que o oponente, em 5 tipos diferentes, opa... na verdade não “parece” não, é isso mesmo! Os benditos recursos aparecem nas 5 áreas do jogo, existe uma sexta área chamada de mercado negro, que funciona como coringa na possibilidade de obter qualquer recurso, e em termos de set collection e... é isso. Você pontuará por ter exaurido uma área de seus recursos (o que a faz afundar), mas fora isso é realmente apenas um monte de checagem de maioria neste ou naquele recurso T_T. Mas gente, custava ter várias formas de colecionar os componentes? Digamos: maioria, 1/3/6/10 pts, x pontos a cada par etc etc.
A sensação de fazer a mesma coisa de formas ligeiramente diferente bateu rapidinho em apenas 4 partidas. Mas como assim? O jogo é apenas coletar recursos de áreas diferentes e ver quem tem mais em cada um deles??? Parece um pedaço de outro jogo maior... poxa vida. No canal NUNCA falamos como verdade absoluta, primeiro por que é estupidez e segundo por que é prepotência também, mas pelo menos pro nosso grupo, ele não conseguiu caminhar no famoso território do "faz muito com pouco" passa a sensação de que está faltando um pedaço, por vezes pareceu que ele poderia ser parte de algo maior, e não ser de fato algo auto-suficiente, um stand alone. E já falamos aqui no canal de vários jogos simples/ jogos small games, vários deles louváveis no que se propõe.

As citadas 13 “habilidades” dos setores, acabam sendo apenas pegar mais de um recurso, ou mandar recursos de uma área pra outra, ou andar o clock de forma mais ou menos acentuada. Para piorar ainda tem a iconografia dos setores que vai fazer você acampar no manual, a menos que jogue várias vezes em curtíssimo período de tempo, e memorize, elas passam longe de serem intuitivas. Eu particularmente joguei 2 vezes, não aceitei que o jogo fosse só aquilo e para ver se minha leitura era precipitada joguei outras 2 vezes. Apreciamos basicamente todas as experiências lúdicas, mas essas 4 partidas de atlandice só serviram para deixar o jogo afundar em direção ao esquecimento nas profundezas do "fora de nossa coleção". Talvez devêssemos jogar o dobro dessas partidas, para nos certificarmos, mas para a simplicidade do jogo ele mostrou tudo a que veio (ou a que deveria ter vindo) nessas 4 experiências.
Se você olhar pro relógio e vê-lo como um medidor variável de final de jogo com triggers diferentes, muito bom, vai curtir o jogo! Caso olhe como algo que adoraria que indique o encerramento da partida o quanto antes, então já sabe né? Nesse segundo caso terá curtido o jogo tanto quanto este kina que vos fala T_T
E quanto custa pra explorar esse reino?
tá por 70-75 e era 150,00. Vamos concordar que por vezes é injusto usar preço como termômetro, jogos bons por vezes ficam baratos por encalharem sem os holofotes que mereciam, bem como alguns jogos que fornecem uma experiência razoável, porém hype alta esgotam no fornecedor... Sabemos bem que isso acontece, mas nesse caso aqui salvo engano, barateou devido a não ter maiores atrativos nem maiores vendas, mas quem sabe né? Não estou com a listagem de provisões, quer dizer estoque das lojas pra poder afirmar 
EXTRAS/ALGO+
Além de citar que o jogo teve lançamento simultâneo lá fora e aqui em 2018 não há muito a ser dito como material extra, ou curiosidades adicionais.
Então por enquanto é isso, dessa vez o jogo bateu mais de Kina do que gostaríamos, mas espero ter sido claro, sem haterismo, eu gostei do jogo até as falhas pesarem mais do que uma armadura completa... Então até o próximo reino a explorar, batendo forte, e também batendo de “kina”! 
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