“Esconde-esconde” gótico ou “pega-pega” o Nosferatu: The Fury of Dracula – jogo + filme
por Patanga Cordeiro
As nossas lágrimas
E os Sorrisos de Deus
Brincam de esconde-esconde.
Num nível bem mais terrestre do que o sublime aforismo acima, uma das melhores brincadeiras que fiz nos últimos meses (melhor até que os board games favoritos) foi brincar de esconde-esconde numa casa grande com os filhos de um amigo e mais outros amigos adultos. Foi simplesmente sensacional. O exercício físico de correr, o contato com a natureza ao deitar na grama ou subir numa árvore (e a coceira depois), a aventura de se esconder e ficar esperando quem procura passar, os esconderijos infalíveis, etc... foi demais. Vou ver se invento um jogo de tabuleiro de esconde-esconde para brincar quando estiver chovendo!
(aproveitando, compartilho a f
inal do esconde-esconde olímpico do Monty Python e também a
possibilidade de aparecer nas olimpíadas de 2020 em Tóquio depois do campeonato mundial)

“Esconde-esconde gótico” ou “pega-pega o Nosferatu”!
The Fury of Dracula é um jogo de esconde-esconde de tabuleiro, assim como o Interpol da Grow. É como se o Fury of Dracula fosse uma versão adulta e com tema mais denso e gótico do Interpol. Mas não é muito gótico. Acho que a arte não é adequada para crianças bem pequenas, mas também não é vulgar nem assustador para crianças maiores.
Um personagem é o Drácula, que perambula pela Europa do século XIX enquanto espalha sua influência nas cortes e governos, cria novos vampiros e arma emboscadas para os caçadores de vampiros. Ele ganha o jogo se a sua influência chegar a 13.
Os caçadores, por sua vez, correm atrás do tempo e percorrem a Europa buscando rastros da passagem do Drácula enquanto se armam para um possível encontro. Se você chega numa cidade onde o Drácula esteve, ele precisa dizer que esteve lá e quantas rodadas atrás. (Tem um mecanismo legal para fazer isso, deslizando cartas de locais.) Provavelmente ele vai ter deixado uma emboscada bem armada para os caçadores. Morcegos, lobos, camponeses enraivecidos (ou hipnotizados pelo vampiro), são algumas das coisas que você pode encontrar. Se o caçador quiser, ele pode buscar recursos que incluem armas brancas ou de fogo, bilhetes de trem, cavalos rápidos, cachorros de caça, aliados e até espeto de alho (eu sempre gostei, mas parece que o Drácula até hoje não aprendeu a gostar – crianças são assim mesmo). Um dos problemas é que quando você procura recursos à noite (porque de dia você vai querer viajar para procurar o amiginho) é que você pode encontrar coisas (cartas) que vão direto para a mão do Drácula. Ou seja, você pode ir procurar um rifle mas acabar dando para o vampiro o poder de criar tempestades no mar, que só ele consegue atravessar. Parabéns, você acabou de dar uma rota de fuga oceânica para a sua presa!!!
(Por sinal, alho funciona mesmo contra vampiros? Dê o seu voto, ou então leia no fim do artigo)
(na imagem acima você consegue ver o espeto de alho que já mencionamos)
“Tá, encontrei o Nosferatu – e agora?” Resposta: “Foge!”
Se os caçadores encontrarem o Drácula numa cidade, uma luta acontece. O sistema de luta é bem único, usando uma mecânica de deck-building. Você consegue as cartas de luta para o seu baralho (como o espeto de alho que mencionei) e pode incluir no baralho de combate na hora da luta. O truque é que o Drácula é muito esperto e vai tentar organizar as emboscadas de forma que primeiro você vai se deparar com os camponeses hipnotizados, que vão bater em você e pegar suas armas (o espeto de alho também), antes de você enfrentá-lo diretamente, lutando já cansado e com um roxo no olho contra um matusalém com garras, presas, cartas especiais que ele também pega (e algumas que os caçadores é que dão pra ele) e que pode virar fumaça ou morcego e fugir na (remota) possibilidade de você dar sorte e estar ganhando dele. Cada um vira uma carta da sua mão. Certos tipos de cartas anulam outras, etc, e no final dá um certo resultado de empate, ferimento para o Drácula ou caçadores. Mas você não pode usar a mesma carta na rodada de luta seguinte. Ou seja, você já sabe que tipo de ação o seu oponente não vai fazer, e assim vai planejando a sua luta. De qualquer forma, recomendo a caçadores de vampiros iniciantes e experientes que só lutem contra o nefasto com armas de sobra e pelo menos em duplas. Aí é que entra o planejamento, timing e capacidade de improvisação. Às vezes você pode gastar um caçador para ir cansando o Drácula e descobrir que cartas secretas ele tem.
A vantagem dos caçadores está no número, pois são sempre quatro (os jogadores se dividem para controlar cada um um número). O legal é que o Drácula sabe tudo o que acontece e que os caçadores planejam, pois ele tem “ouvidos” por toda a Europa. O Van Helsing, que é um dos caçadores, tem uma habilidade onde os jogadores podem sair da sala e conversar e mostrar cartas de armas em segredo, sem o Drácula saber. Mas para isso todos devem estar na mesma cidade, o que significa que não estão procurando o Drácula em diversos lugares. Cada caçador tem uma habilidade especial e caraterísticas diferentes. Eles também não morrem. Sendo derrotados pelo nosferatu, eles passam o fim da rodada no hospital e depois retornam à caçada.
The Fury of Dracula é legal?
O jogo é muito bom! É divertido jogar como o Drácula, fazendo os caçadores de bobo... até que realmente eles começam a encurralar você, e você realmente tem que se espremer para fugir ou então isolar um dos caçadores e dar uma surra nele. As miniaturas são muito bonitas e já vêm pintadas! A arte do jogo é toda muito bonita.
O que eu não gostei do jogo é que tem uma tendência a ser bem longo. Pode colocar 3h pra começar.
Sugiro jogar com uma música ambiente, como a
Sonata a Luz de Luar do Beethoven.
Filmes de vampiro – “O que fazemos nas sombras”
Quer saber o que o Drácula faz escondido nas sombras? Sugiro “What we do in the shadows”. Nele, quatro vampiros de diversas épocas da humanidade dividem uma casa em Wellington, Nova Zelândia, efetivamente fazendo dela uma república (com os seus problemas: “quem vai lavar a louça?”, “Nosferatu, você não pode devorar vítimas no meu sofá novo sem colocar pelo menos um jornal por cima para não manchar o sofá de sangue!”, “quem trocou mensagens com aquele caçador de vampiros!?”, etc). Não tem nada a ver com o jogo, que é bem gótico. Mas equilibra, porque ele é bem divertido! É um dos filmes mais divertidos que já assisti nos últimos anos. Tinha no Netflix – espero que ainda tenha. Qual filme de vampiro vocês podem sugerir para quem quer entrar no clima para jogar The Fury of Dracula?
Um dos jogos absolutamente
Favoritos de Deus
É o esconde-esconde.
-Sri Chinmoy
Curiosidades sobre criaturas sobrenaturais
do livro Astrologia, o Sobrenatural e o Além
Pergunta: Há algum modo para que alguém lute – não alguém que tenha uma vida espiritual, mas sim uma pessoa comum, – caso um espírito a ataque? Existe algo que possa fazer? Nos filmes como Drácula, e também em outros, existe a cruz e todo aquele material religioso que evitaria que um fantasma as ferisse.
Sri Chinmoy: Seria bom se alguém pudesse empunhar algo desse tipo. No caso de um ataque proveniente de um espírito hostil, um espírito maligno, a defesa mais efetiva sempre será usar pureza. Tais forças não conseguem tolerar a pureza.
Caso alguém seja atacado e esteja incapacitado, os ocultistas podem fazer algo para ajudá-lo. Eu também já fiz isso. Primeiro fazem um círculo e depois alcançam a alma da pessoa que é a vítima. A alma pode fornecer ao ocultista uma informação; a alma tem o onipotente poder de trazer ao ocultista a própria imagem do fantasma ou espírito maligno em particular. Assim, a alma, como uma máquina de raios-x, trará à tona a imagem e dirá: “Aqui está ele. Este é o espírito maligno que me atacou.” Em seguida, o ocultista irá desenhar, pintar ou de alguma forma capturar a impressão do espírito em uma folha de papel. E ele não precisa ser um artista ̵ longe disso. Então utilizará alguma fórmula ocultista, e, com a ajuda da alma, fará uma cruz naquele rosto. Quando faz isso, o espírito que estava dentro da vítima irá embora. Enquanto isso, a pessoa pode estar inconsciente, ou pode até mesmo estar vomitando ou comportando-se de forma estranha. Normalmente, a vítima de um espírito maligno fica com muito medo de água, bem como de seus amigos e familiares. Tudo o que vê a assusta. No entanto, quando o ocultista usa o seu poder, imediatamente a vítima é libertada. Em casos graves, quando a vítima não recebe ajuda de um ocultista competente, os médicos darão injeções e farão muitas coisas. A vítima ficará no hospital por três, quatro, cinco dias antes de morrer, a maior parte do tempo em coma.
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por Patanga Cordeiro