Hora de ajudar os 3 porquinhos a construírem suas casas. Apesar de serem 4 porquinhos, e que você vai construir um condomínio inteiro.
Joguinho simples e bem familiar, o que faz ser uma pena só ter a versão em inglês. Maaasss por conta disso o Material de Apoio da vez é meio que uma tradução da carta de ajuda que vem no jogo, e de brinde resolvi fazer a planilha de tradução das cartas para quem tem problema com a língua (Tradução livre, ignorar errinhos se você encontrar). Esse material todo você encontra clicando Aqui!!! e Aqui!!!
Sério, o jogo roda bem com as planilhas, não deixe de conhecer por conta do inglês.
Dito isso, comentários sobre se você vai gostar ou não do jogo você encontra no final do vídeo aí em cima, e segue os alguns pontos extras...
Se você pensa em Grimm Forest, você pensa em super produção.
Tudo nesse jogo tem uma qualidade absurda!!! As ilustrações, a gramatura das cartas, as miniaturas. Que jogo hoje em dia traz tabuleiros dos jogadores com corte e ilustrações diferentes???? Sem falar do insert que se divide e já fica na mesa acelerando o setup. Tem até segredo dentro da caixa!!!
Desculpaaa. Quando eu jogo eu esqueço de tirar foto!!!
Passou esse primeiro impacto positivo, e você coloca ele na mesa pela primeira vez.
E as regras são... simples. Tudo aqui foi feito pensando em família. Você tem o efeito "Toma essa!!" turno a turno, mas são efeitos leves comparados a outros jogos. Não é um jogo treteiro, e ninguém sai com raiva (Pra quem leu o texto do Survive sabe do que eu estou falando).
E claro, no meio dessa primeira partida, a cada carta que abre você tem um ataque de nostalgia. Você conhece a história da grande maioria dos personagens que aparecem nas cartas, e fica ainda mais feliz ao perceber que o efeito das cartas realmente tem relação com a história deles.
Só falei coisa boa né.
Aí a gente chega na parte divertida.
Se você parar para pensar a maioria das coisas que vem nesse jogo são inúteis, e ele poderia ser facilmente reduzido a um card game. O coração do jogo já está nas cartas. Os tabuleiros centrais são facilmente convertidos, as miniaturas não servem para nada dentro da mecânica, e o tabuleiro dos jogadores estão lá de bonito. Mesmo os recursos podiam ser usados como as cartas de Catan e ninguém ia sentir falta. As casinhas você tem até outro jogo de porquinhos pra servir de exemplo:
Jogo da série Tales & Games: The Three Little Pigs.
O problema é que no fim dessa conversão a experiência seria outra. Não digo pior, já que a grande maioria dos jogos de carta que eu conheço são excelentes, mas certamente teria uma imersão menor. Existe uma diferença gritante entre ver a palavra "Dragão" em uma carta, ver a ilustração do "Dragão", e ver a miniatura de um "Dragão". E Deus queira que um dia a gente veja um "Dragão" de papel voar pela mesa.
A questão é que os jogos foram feitos para criar uma experiência com os jogadores. E quanto mais sentidos o jogo conseguir aguçar melhor. Visão com as ilustrações e formatos, tato na gramatura do material e nas miniaturas, a audição na risada descontraída turno a turno (queira ou não o jogo que proporciona isso), e até o cheiro do material do jogo recém aberto (O único jogo que dava para degustar que lembro no momento é um xadrez de chocolate, mas ok, teria uma péssima rejogabilidade).
Grimm Forest foi uma surpresa para mim. Nem digo como jogo, mas como uma experiência que tenho vontade de repetir.
Sinceramente, a produção dele chega a ser exagerada quando você compara ela ao jogo em si. Ele tem um grau de complexidade de um Ticket to Ride, de saber a hora de usar o que você tem e esperar na sorte a carta que encaixa na sua estratégia. Ele vale a pena só se você pensar em jogos nível família.
Mas esse é um bom exemplo para quando uma pessoa diz que miniaturas servem para encarecer um jogo. De certa forma é verdade, se você pensar no jogo só como uma mecânica. Por exemplo, isso faz sentido para euros e alguns abstratos. Carcassonne com miniaturas chegaria a dificultar o desenrolar do jogo, e o próprio xadrez fica lindo com outros temas mas praticamente não jogável.
Por outro lado, se o foco é a surpresa ou uma experiência mais descontraída, como ver um gigante mas não saber quando ele vai entrar em jogo. Hááá, traz mais miniaturas que tem pouco.
Não vou começar a falar sobre o que os próprios jogadores podem fazer para melhorar ainda mais a imersão no jogo, mas vamos terminar com uma salva de palmas para esse pessoal que sabe pintar miniaturas, vocês estão de parabéns... e tem a inveja do fundo do meu coração...
Miniatura pintadas pelo usuário scottfair no BGG, tem mais de onde isso saiu.
E é isso aí.
Se você quer testar algum jogo novo >>>> Tábula Venatus.
Comentários e sugestões são sempre bem vindos...
Concordo. Jogo simples, bonito e que rodaria bem sem miniaturas.
Mas elas que chamam a atenção de muita gente que comprou o jogo.
E pode ser um bom jogo de entrada.