As impressionantes ruínas maias do sítio arqueológico de Tikal
Tikal é um jogo de aventura e exploração criado em 1999 pelos designers alemães Michael Kiesling & Wolfgang Kramer (dupla responsável também por jogos como
Mexica,
Porta Nigra,
Torres e
Celtica) no qual os jogadores controlam grupos de exploradores em buscas de ruínas e tesouros maias nas selvas da América Central.
O nome e o tema do jogo são inspirados no
Parque Nacional de Tikal, na Guatemala, que abrange 575 km quadrados de floresta tropical e milhares de ruínas maias. Segundo estudos arqueológicos, por volta de 900 a.C. os maias estabeleceram-se na região, que tornou-se um importante centro comercial, religioso e cultural nos séculos seguintes - estudos indicam que Tikal foi a maior cidade da civilização maia, abrigando cerca de 100.000 habitantes no século VIII a.C.
Assim como ocorreu com os complexos maias no Yucatán (no México), Tikal caiu em declínio a partir do século IX d.C em virtude de guerras, fome, superpopulação e devastação ecológica provocadas pelos próprios maias, e logo a selva cobriu e escondeu as magníficas edificações, que permaneceram esquecidas até a chegada dos espanhóis ao Novo Mundo.
A primeira menção a uma cidade perdida na selva foi feita por frades espanhóis no século XVI, mas somente em 1848 as ruínas foram oficialmente descobertas por uma expedição de arqueólogos britânicos, alemães e suíços patrocinada pelo governo guatemalteco. Nas décadas de 1950 e 1960 a vegetação foi retirada e as estruturas foram restauradas graças a uma parceria entre a Universidade da Pennsylvania e o Instituto de Antropologia e História da Guatemala. Tikal foi declarado Patrimônio Mundial em 1979 e hoje é a principal atração turística da Guatemala.
Para criar a trilha sonora deste jogo, me deparei com três opções: música folclórica guatemalteca, música maia e música instrumental contemporânea.
A primeira opção, ainda que interessante, não transmitia bem o tema do jogo, já que a música típica da Guatemala consiste principalmente de marimbas e canções em espanhol. A segunda também me pareceu inapropriada, pois ainda que o jogo envolva ruínas maias, estes não aparecem no jogo (ao contrário de
Tzolkin, por exemplo). Fiquei, então, com a terceira opção, que acredito que evoca bem o senso de aventura e exploração que o jogo pede.
TRIBAL JUNGLE - Derek & Brandon Fiechter
https://open.spotify.com/album/3a2RDcoiDISBiNZZTyfQJv
Em mais um de seus interessantíssimos álbuns temáticos, os irmãos Fiechter utilizam sintetizadores, flautas e percussão para nos levar em uma viagem repleta de mistérios, perigos e aventuras por florestas tropicais em meio a cidades perdidas, ruínas misteriosas e vales que guardam segredos há muito esquecidos.
MEDICINE WOMAN: THE LOST TRACKS - Medwyn Goodall
https://open.spotify.com/album/6pvXqJcExw7sz6zCYvRHwi
Lançado em 1991 pelo compositor e multi-instrumentista inglês Medwyn Goodall, e inspirado nos povos maias,
Medicine Woman é um de seus CDs mais famosos, ganhando discos de ouro e platina e dando origem a uma série de música instrumental que já conta com seis volumes.
O EP aqui apresentado,
The Lost Tracks, consiste de seis faixas que foram compostas, mas não utilizadas, no primeiro
Medicine Woman. Em 2017, Goodall regravou e lançou essas músicas em um novo álbum. Em suas seis faixas ele utiliza sintetizadores, violões, flautas e percussão para criar uma atmosfera suave e misteriosa que remete às florestas tropicais da América Central.
AZUL - Mazatl Galindo
https://open.spotify.com/album/3HHoTguzaLkY5u6y5KFEas
Neste belo álbum de
world music, o compositor, flautista e percussionista mexicano Mazatl Galindo (também membro da dupla
Xochimoki) mistura música moderna com instrumentos típicos dos povos maias.
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