Resumo: Peloponnes é um jogo de civilização rápida, dura entre 60 e 90 minutos em uma partida de 3 a 5 jogadores. Rola até partidas solo com ele, mas ainda não tive a oportunidade de testar. Ele se passa em 8 rodadas, onde os jogadores devem abrir novas peças para leiloar, redefinir a ordem do turno, construir, monetizar, produzir recursos e ativar desastres. Neste jogo não existe um tabuleiro central, mas cada jogador gerencia sua civilização em seu próprio tabuleiro individual. Existem dois tipos de construções básicas: terrenos e edifícios. Ambos dão pontos, mas os terrenos geralmente dão mais recursos e os prédios mais pontos e habilidades especiais, além de proteção contra um ou outro desastre. Cada peça tem um valor mínimo para o leilão, que será dado em lance único, se alguém te cobrir, te chuta para outra peça a sua escolha, cujo lance cubra. O problema é que a ordem do turno é reajustada logo em seguida, de acordo com os lances dados. Assim o jogador que oferecer mais, vira primeiro jogador e terá que ofertar antes de todos na próxima rodada. A construção ganha deve ser pagar imediatamente, ou feito uma “penhora” para a fase da fome. Em seguida, os jogadores recebem dinheiro de acordo com o tamanho da população e recursos como pedra, madeira e comida de acordo com sua produção. Quando eles ultrapassam as certos limites, os excedentes virão bens de luxo, que podem ser trocados futuramente na faixa 2:1 para qualquer pagamento, tipo um curinga. Por fim compramos duas fichas de desastres e as colocamos sobre os seus tiles. Quando um desastre atinge 3 fichas, ele ativa, ocasionado em perda de comida, população, bens, terrenos ou edifícios. São 5 desastres, com 3 fichas, totalizando 15. Sendo 8 rodadas com 2 fichas, todos os desastres ativam durante a partida, o lance é que em momento diferentes a cada jogo. Rolam umas fases extras de fome, onde a população deve ser alimentada ou parte perece. Não é fácil gerir isto no fim do jogo. A pontuação final será a mínima entre uma gerada pela sua população e outra gerada por suas construções, obrigando os jogadores a manter um equilíbrio entre pessoas e construções.
Impressões: Existem alguns mecanismos interessantes em Peloponnes, sutis até. Usar bens de luxo no lugar de outros recursos significa que você pode se especializar na coleta de um ou dois tipos de recursos, ao vez de recolher todos eles. É importante equilibrar o crescimento da nossa civilização, manter uma relação entre os cidadãos e os pontos de construção. As vezes torna-se muito difícil obter os elementos necessários para este equilibrio, pois as peças são reveladas aleatoriamente. Você só tem a chance de comprar 8 construções, então cada compra é importante e, se houver muita interação de lances, o jogo se torna muito interessante. Por isto, apesar de ser um jogo de 1-5 (6 com a expansão) jogadores, ele se torna muito indicado para uma mesa cheia, com 4 ou mais jogadores. No final, eu gostei muito de jogar Peloponnes, é rápido e muito fácil de ensinar. Ainda, o jogo está faltando algo que o faria uma primeira escolha. Falta profundidade e imersão. Algumas vezes os eventos aleatórios tendem a vantagem alguns jogadores mais que outros.
Coleção: Certamente fica, um jogo leve, com boa pegada e bem desafiador sem ser opressivo ou complexo. Sem contar que adoro jogos de civilização, que nunca são demais na coleção.