Esse episódio explodiu a minha cabeça.
- Se o jogo diz "no seu turno, você pode fazer 5 dessas 10 ações disponíveis", era seleção de ações.
- Se diz "você tem 5 pontos de ação para gastar em ações com custos variados", era ponto de ações.
- Se diz "escolha uma ação e coloque (ou tire) um trabalhador", era alocação de trabalhadores.
A vida costumava ser simples, com tudo no seu lugar...
Mas o podcast jogou um monte de "e se?" no ar que bagunçou esse mapa mental:
- Se, em vez de contar por turno, os pontos forem contados por rodada, deixa de ser ponto de ação? (World Wonders?)
- E se o ponto de ação for tratado como um recurso qualquer (uma renda fixa ou que possa incrementar), ainda se encaixa na definição? (Keyflower?)
- E se for uma renda que não pode ser armazenada ao fim do turno ou rodada? (Troyes?)
Não, não... apesar de reconhecer que aquelas 7 moedas do WW ou os meeples do Keyflower ou os dados do Troyes podem ser lidos como pontos de ação, acho que flexibilizar demais a definição pode causar mais ruído do que comunicação.
No final das contas, cheguei a uma conclusão: talvez tudo seja uma derivação da seleção de ação. No fundo, é sempre o jogador, na sua vez, tomando uma decisão sobre o que fazer. A única diferença é que, às vezes, essa ação tem um custo variado, precisa colocar um ou mais marcadores nela e pode estar no seu tabuleiro ou no meio da mesa.
Então, no fim, não foi exatamente uma explosão... foi mais um desmontar de conceitos para ver como funcionam por dentro. E acho que é isso que torna a discussão tão boa: questionar o que achávamos óbvio para entender as coisas de um jeito novo.
Parabéns pelo episódio provocador!