remeludo::Arrout::Quem fala que prefere o dicegame é MALUCO. A desgraça do jogo é literalmente só rolar dado.
O jogo de cartas é um dos poucos party games que não é completamente aleatório e chato. Jogo há praticamente uma década com meus amigos e é facilmente a melhor compra da minha vida no sentido de quantidade de uso que já tirei do jogo. Recentemente adquirimos as expansões e ficou ainda melhor.
Talvez pra quem tenha dislexia ou tenha um grupo que não curta pensar seja chato mesmo.
"Aqui, mãe! Estão falando mal do meu joguinho na internet! Vou xingar muito! Ninguém pode rebater um argumento tão bem fundamentado como minhas ofensas, né? Afinal, eu sou o reizinho, não sou? Ninguém pode pensar diferente de mim."
Tudo bem, talvez tenha me exaltado pela discordância completa em relação ao que foi postado. Aqui vai um post mais bem estruturado e argumentado. Resumidamente, os problemas com o dicegame são:
- Gerência de recursos
- Agência individual
Os dois jogos tem um grande elemento de variância, porém, a maneira que isso é integrada no jogo é completamente diferente. Com o dice game isso é feita a partir da pool de dados que onde cada face apresenta. Todos os efeitos possíveis nos dados são
idênticos para todos os jogadores não importando o momento que eles foram lançados excetuando-se por variações individuais de personagem e os recursos extras como flechas e balas em jogo.
Em contraste, o jogo de cartas funciona a partir de recursos em mão (cartas marrons) e em campo (cartas azuis). As cartas marrons funcionam a partir da mão do jogador baseado nos timings permitidos para cada um, por exemplo: Bang!
pode ser atirado uma vez por turno; a esquiva
pode ser utilizada para desviar de um ataque; a cerveja
pode ser utilizada no seu turno
ou assim que receber dano fatal para desviar da eliminação, estas cartas são limitadas ao fim do turno pela sua vida, atual o que impede guardar recursos infinitos e toda partida ser uma competição de quem pisca primeiro.
As cartas azuis funcionam como modificadores estáticos: Armas aumentam o alcance do Bang! mas
não de efeitos com alcance estático, a mira
diminui a distância dos outros jogadores até você o que
afeta cartas com alcances definidos
e Bang!; existem armas com efeitos estáticos como a Volcanic que permite despejar a mão inteira, mas não aumentam o alcance. A dinamite que adiciona um efeito de roleta russa ao jogo dando aproximadamente 10% de chance todo turno de alguém ser dizimado. Estas cartas em campo são todas visíveis e interagíveis por efeitos de descarte ou roubo. E
você decide quando elas entrarão em campo
Dessa forma, a capacidade de cada jogador de
decidir quando os recursos estarão guardados na mão ou no campo e quando é hora de ir pro tudo ou nada é de longe a melhor parte do jogo. Em um sentido metajogo, não só isso é muito mais real ao feeling spaghetti western que eles queriam com o jogo original, como isso cria de verdade uma tensão entre os 4 papéis. Os foras da lei podem ser agressivos e ir pro tudo ou nada logo de cara caso seja vantajoso (por exemplo, trabalhando junto implicitamente com os outros foras da lei), ou serem extremamente pacientes e eliminar todo o resto do campo para estarem 3x1 ou 2x1 contra o xerife. O vice xerife pode ir metendo bala em todo mundo que não é o xerife e geralmente estará certo. O Renegado sempre vai tentar confundir o xerife sobre quem é o vice. O xerife pode ser paciente e deixar os outros se eliminarem, ou
ativamente eliminar os outros jogadores com cuidado redrobrado para não matar o vice para não perder a mão.
Ou seja. O Dice Game basicamente limita suas ações para cada turno, enquanto que o Card Game te dá opções novas a cada turno, e
entre cada turno. Isso porque nem mencionei contar cartas da pilha de descarte pra saber chances, conhecer quantidades de carta em cada deck, considerar interações entre cada personagem, saber as intrincacidade das regras e como cada um interage. Etc etc.
Por isso, mantenho a opinião, Bang! Cardgame é o melhor party game já feito.