Tammany Hall - baseado em fatos históricos, que influenciou o filme "Gangues de Nova York" (que é parcialmente histórico).

Zoo Vadis - fantasioso, num mundo de animal antropomórficos; reimplementação de Quo Vadis?, com inspiração na Roma Antiga.

Condottiere - baseado em fatos históricos da Itália renascentista.

Os três envolvem política, negociação, mas, diferente daquele que você citou, não são com tom sarcástico, apesar de gerarem muitas risadas.

Como política é parte da vida, acho natural que a arte imite.

Gosto muito do jogo Watergate, sobre o escândalo homônimo que derrubou o presidente dos EUA Richard Nixon nos anos 70. Sugiro assistir ao filme Todos os Homens do Presidente e jogar em seguida.

Sou doido para conhecer Twilight Struggle, sobre a Guerra Fria.

Indo para o lado da fantasia, será que Game of Thrones Board Game, com suas alianças e traições, não é um jogo político também? ?

Se quer mesmo saber a opinião pessoal de cada um a respeito desse tema, a minha é a de que no fundo jogos que abordam a política são despolitizantes e socialmente desmobilizadores, em sua grande maioria. Na prática eles possuem o efeito inverso do que - dizem - procuram obter. Além de apresentarem de forma recorrente um discurso raso, de senso comum, eventualmente preconceituoso e revisionista, premiando quase sempre aquele que se sobressai competitivamente e invidualmente sobre a organização coletiva. O que é um baita contra senso, já que é supostamente isso o que estão "criticando", lutando contra.
Mesmo que o objetivo seja a sátira, como nenhum desses jogos foi pensando para apresentar uma solução ao problema ridicularizado, eles não obtém nenhum resultado prático efetivo e... fica por isso mesmo. 
A piada se esgota rapidamente. Inevitavelmente. Até porque, francamente, se você pensar por 30 segundos, ela não tem graça alguma.
Você citou dois jogos que eu considero, em termos de regras, fraquíssimos, pra não dizer bobinhos mesmo. Além de bem prosaicos. Ou seja, resumindo, nem mesmo "originais" de fato eles são. 
Mas não vou ficar chutando cachorro morto. Podemos falar dos problemas de The Quest for El Dorado, Hegemony: Conduza Sua Classe À Vitória - Edição Ampliada, Lewis & Clark: A Expedição, Watergate, Twilight Struggle, Carnegie, Salton Sea e etc... já que eles também são jogos políticos. 
Aliás, em alguma medida todo jogo é político.
Só que nem todo jogo é sobre política profissional ou partidária.
E essa é uma outra discussão.
Evidentemente já joguei coisas piores do que os jogos citados, caso queira saber. Renda Passiva, por exemplo, figura entre as piores atrocidades produzidas no hobby. Um Banco Imobiliário piorado, acredite. Lançado em pleno ano de 2019.
Todo esse são jogos que eu não gosto e não perco mais meu tempo jogando, apesar de reconhecer que mecanicamente alguns deles são realmente excelentes.
Mas é como dizem por aí, cada um sabe onde lhe aperta o sapato.

Acho que talvez Die Mächer seja o melhor jogo "político" já lançado. Alguns jogos da GMT Games como Cuba Libre, Fire in the Lake, A Distant Plain também se enquadram na temática política levada a sério. 

luizotavio::

Eu não vejo o pessoal falando sobre esses jogos que falam sobre política aqui do Brasil. É claro, a maioria desses jogos já está ficando velhos dentro do mercado. Mas eles são no mínimo chamativos, não? E acho legal que a maioria deles (o "Vossa Excelência - o jogo político", por exemplo) foram feitos por financiamento coletivo. Embora tenha o "Brasilis", que foi feito pela Galápagos lá nos seus primórdios. E alguns outros. Eu queria saber se alguém conhece mais algum jogo que vai nessa linha e queria saber se alguém tem alguma opinião sobre esse tipo de jogos.

Caro luizotavio

Fazendo coro aos companheiros de cima, se você quer dois excelente jogos sobre política, partidária e social, certamente as melhores indicações são o Die Macher e o Hegemony: Lead Your Class to Victory.

No entanto, é preciso levar em conta que esses são jogos, muito sólidos, mas também muito sérios, pesados e de longa duração. O Die Macher tem peso 4.31 no BGG, e tempo de partida por volta de 4 horas. Já o Hegemony tem peso 4.21 no BGG, e as partidas variam entre 2 e 3 horas. Além disso, ambos são jogos complexos, que requerem alguma dedicação para aprender a jogar bem, que ainda envolvem bastante profundidade estratégica e uma boa leitura de mesa. 

Portanto, não espere piadas prontas, uma jogatina leve ou partidas rápidas e descontraídas, caso seja isso que você procura.  

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio

Discordo que todo jogo seja político. Difícil ver polítca num Hanabi, num Dominó, ou num Enigma do Labirinto da vida. Dizer que tudo é política fica muito foucaultiano pro meu gosto (e como detesto Michel Foucault - um picareta, como escutei de alguns professores do meu mestrado em História (que não concluí, em virtude da porcaria da pandemia do covid!)
Agora, praticamente todos os jogos que envolverem alguma espécie de relações de grupos humanos, vai ter um fundo político (nem que seja num arremedo).

Acho que o Vossa Excelência faz um sátira crítica muito boa à nossa porca classe política. Outro muito envolvente é Secret Hitler, que tem PNP free! Todo jogos envolvendo conflitos humanos vai acabar tendo um fundo político muito forte, pois Clausewits afirmou, corretamente, que a guerra é a política por outros meios!

Corruptia: Segunda Vuelta

Hegemony...parece muito interessante apesar de não ter jogado. 

Twilight struggle ..top top top .

De dedução e traição, 

Secret Hitler , aquilo é política pura no seu âmago... 
É discussão , é dedo na cara , é debate ... Igualzinho nos congressos e câmaras do Brasil . Kkkkk ( na mesa certa ) ...

Se eu entendo bem, o amigo propõe falar sobre política institucional democrática. Se não for isso, fica muito aberto.

Eu acho que tem dois tipos de jogos assim, não mutuamente exclusivos.

Tem jogos de politicagem, que costumam ser mais temáticos. Tem coisa de você tentar passar imagens diferentes pra partes diferentes do eleitorado, uma parada bem cínica. Eu não sou fã. Acho que o famoso Die Macher é assim.

E tem jogos que exploram mais os aspecto lógico-matemático das eleições. Tendem a ser mais abstratos. A maioria dos jogos que eu vi desse tipo exploram o voto distrital - é um desgraçamento, mas dá muito jogo. O Gerrymandering me vem à mente primeiro. Tem outros, mas não tô lembrando o nome.

O Eleições 20XX tinha quatro partidos, e as fichas de votos tinham um partido de um lado, e outro partido do outro. Eu não lembro os detalhes, faz muito tempo, mas isso dava alguma influência, mas não controle sobre o resultado. Você tentava botar mais fichas que tivessem o seu partido de um lado, e depois era sorteio. Nem lembro se esse jogo chegou a sair na real.