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eu não curto muito alugar, não sei porque. 
Mas a questão do espaço pra jogar eu acho bacana.

Ultimamente alugado mais jogos. Pra ter um jogo na coleção só se for algo que vc goste muito, ou jogo raro que nenhum grupo tem ou luderia.
Tu paga 30,00 de aluguel de uma jogo que custa 400, joga uma semana, enjoa e devolve. Na maioria das vezes o jogo é esquecivel, imagina se tivesse comprado.

samduarte::eu não curto muito alugar, não sei porque. 
Mas a questão do espaço pra jogar eu acho bacana.

Alguns anos atrás também não curtia, pois os valores dos jogos estavam mais "acessíveis" então a relação alugar VS comprar não era favorável, mas hoje com jogos custando mais de 500/600/800 reais, alugar se tornou uma opção viável.

Acredito que é meio contraditório alguém falar que a solução da "dificuldade em montar uma coleção" é alugar..
Se você quer montar uma coleção, alugar não vai mudar absolutamente nada.
Quem gosta de ter jogos bonitinhos la estante, no armário, quem tem esse hobbie não vai querer aluguel por que não vai agregar na coleção.

O aluguel de jogos é bom quase que exclusivamente somente para testar, ver se gostou para futuramente adicionar na coleção (ciente de que estamos falando de coleção e não de qm quer apenas jogar, se divertir e fé)

E isso de frustração, ansiedade e um mix de emoções dentro do hobbie acho que a unica solução mesmo é questão de saúde, é saber se cuidar, é lidar com a fomo, lidar com essa ansiedade, de não sair pegando tudo que lançar com medo de esgotar, de pegar algum jogo por puro hype, e principalmente conhecer seu grupo, sua mesa, infelizmente não adianta nada você pegar um jogo la que voce ta super animado, que é seu estilo de jogo, sendo que o jogo brilha em 4 jogadores, e só vc vai gostar, ai vai ficar parado pegando poeira mesmo, infelizmente é assim que funciona..

castiliaoewe::Acredito que é meio contraditório alguém falar que a solução da "dificuldade em montar uma coleção" é alugar..
Se você quer montar uma coleção, alugar não vai mudar absolutamente nada.
Quem gosta de ter jogos bonitinhos la estante, no armário, quem tem esse hobbie não vai querer aluguel por que não vai agregar na coleção.

O aluguel de jogos é bom quase que exclusivamente somente para testar, ver se gostou para futuramente adicionar na coleção (ciente de que estamos falando de coleção e não de qm quer apenas jogar, se divertir e fé)

E isso de frustração, ansiedade e um mix de emoções dentro do hobbie acho que a unica solução mesmo é questão de saúde, é saber se cuidar, é lidar com a fomo, lidar com essa ansiedade, de não sair pegando tudo que lançar com medo de esgotar, de pegar algum jogo por puro hype, e principalmente conhecer seu grupo, sua mesa, infelizmente não adianta nada você pegar um jogo la que voce ta super animado, que é seu estilo de jogo, sendo que o jogo brilha em 4 jogadores, e só vc vai gostar, ai vai ficar parado pegando poeira mesmo, infelizmente é assim que funciona..

Sim, por isso citei que a vantagem é você poder testar os jogos, ver se realmente faz o seu estilo, ou combina com o seu grupo. Assim evita de entrar na onda do hype, e acabar comprando algo caro e que você não vai jogar. 

Robson::

A Realidade Brasileira de se Montar uma Coleção de Boardgame e uma possível Solução 

Montar uma coleção de jogos de tabuleiro no Brasil se tornou um verdadeiro desafio. Com a alta do dólar, o aumento dos custos de produção, as mudanças no mercado das editoras nacionais, os preços dos jogos dispararam. O que poderia ser uma alternativa — o mercado de jogos usados — também se tornou inviável, pois atualmente muitos jogos usados são vendidos praticamente pelo mesmo valor dos jogos novos, ou até mais caros em alguns casos. O que antes era um hobby relativamente acessível, hoje exige planejamento financeiro — e muitas vezes, sacrifícios.

Além dos preços elevados, uma prática recente tem gerado ainda mais desconforto: algumas editoras passaram a adotar o modelo de pré-venda ou financiamento coletivo, oferecendo jogos que ainda não têm data definida de entrega. O consumidor paga adiantado e, em troca, recebe incertezas. A espera pode durar meses — ou até mais de um ano, caso seja um financiamento coletivo —, sem garantias ou transparência sobre os prazos. Isso torna a experiência de compra frustrante e desgastante.

E mesmo quando o tão aguardado jogo chega às mãos do jogador, surge outro problema: conseguir jogá-lo com frequência. Muitos jogos são complexos, exigem grupos fixos, preparação e tempo disponível — luxos que nem sempre conseguimos encaixar na rotina. Assim, jogos caros acabam ocupando espaço na estante e sendo jogados muito menos do que gostaríamos.

Diante desse cenário, o aluguel de jogos de tabuleiro, o uso dos espaços e acervos das luderias ou ludotecas surgem como uma solução prática e inteligente. Optar por alugar, ou acessar esses espaços trás diversos benefícios:

1°) Você tem acesso a uma grande variedade de jogos sem precisar investir valores altos.

2°) Pode experimentar títulos novos sem compromisso e descobrir o que realmente combina com seu grupo.

3°) Evita frustração e desperdício com jogos pouco utilizados.

4°) Reduz a ansiedade de esperar por pré-vendas demoradas.

Alugar jogos e utilizar os espaços de ludotecas/Luderias é uma forma de valorizar o que realmente importa no hobby: as experiências, as partidas memoráveis e a diversão compartilhada — sem carregar o peso dos altos custos e da incerteza do mercado.

Caro Robson

Rapaz, você em parte tem razão, e ficou faltando um detalhe no seu texto que faz toda a diferença. Realmente montar uma coleção de jogos atualmente é muito caro e difícil, só que é preciso se perguntar que tipo de coleção a pessoa quer montar. 

Alguns jogos, mesmo no Mercado de Usados, realmente são caríssimos, e têm o seu preço inflacionado por conta da escassez. Essa é uma consequência direta da lei da oferta e da procura. Se o jogo é bom e está esgotado há alguns anos, é natural que quem possui não queria vendê-lo, ou que só esteja disposto a isso por uma quantia altíssima. Um exmeplo disso foi o Stone Age, que 11 em cada 10 canais de board games indicavam como um dos melhores jogos de entrada, da mecânica mais popular dos board games, a alocação de trabalhadores. Com isso, o Stone Age que chegou a ser vendido por R$ 140,00 em priscas eras, apenas alguns anos depois de esgotar passou a custar R$ 600,00 no Mercado de Usados. A editora, atenta a essa supervalorização do preço do jogo, resolveu relançá-lo por absurdos R$ 500,00, o que frustrou muita gente. Porém seguindo a lógica do mercado, que dita que o preço de um jogo caríssimo no lançamento cai drasticamente apenas alguns meses depois, o Stone Age hoje sai por R$ 372,00. Atualmente, a bola da vez, parece ser o Castles of Burgundy, que está saindo por 500,00, mas que chegou a ser vendido por R$ 150,00 alguns anos atrás. E existem diversos outros jogos na mesma situação. 

Desse modo, nesse aspecto você está correto. O problema é que muitas pessoas que entram recentemente no hobby, não querem montar uma coleção com jogos bons, mas sim com os jogos famosos da vez. As pessoas assistem os vídeos dos canais de jogos e ficam literalmente babando nas estantes que invariavelmente servem de cenário. Do mesmo modo as pessoas escutam nos vídeos, e resenhas, os influencers falarem de grandes jogos do passado, como Battlestar Galactica, Imperial Assault, El Grande, e por aí vai, e ficam sonhando em conseguir uma cópia. E quando não é isso, as pessoas ficam focadas apenas em conseguir os novos lançamentos, que ocupam a quase totalidade das pautas mais recentes, e cujos preços estão nas alturas. 

Isso tudo não passa de pura ilusão e os recém chegados ao hobby acabam caindo nessa arapuca. As pessoas não param para pensar que os influencers desses canais de jogos estão nessa de board games há 10, 20 ou até 30 anos, e que aquela estante de jogos foi construída ao longo desse tempo todo. Portanto, os "veteranos" certamente compraram o Stone Age e o Castles of Burgundy por R$ 150,00 e não pelos preços atuais, o que é uma diferença enorme. Do mesmo modo, muita gente ignora que, pelo menos os canais mais famosos, e os mais vistos, normalmente recebem os jogos gratuitamente das editoras, Assim sendo, uma coisa é dizer no vídeo que "o jogo é excelente, a produção é caprichada, e que ele é obrigatório na coleção", quando se recebeu o jogo gratuitamente, mas outra coisa muito diferente é defender isso, quando se tem de desembolsar R$ 700,00 ou R$ 1.000,00 pelo jogo.

As pessoas, tanto veteranas quanto recém-chegadas, têm de sempre ter em mente, que o hobby dos jogos de tabuleiro modernos funciona à base do "culto ao novo". Em outra palavras, o HYPE e o FOMO, são os pilares do mercado nacional de board games. Basta pensar no caso do HEAT. O jogo foi lançado por R$ 500,00, e mesmo assim esgotou em talvez duas semanas. Hoje no Mercado de Usados o Heat sai por R$ 600,00, portanto, se alguém descobriu recentemente o hobby, resolveu começar a sua coleção hoje, e resolveu se juntar à boiada para conseguir o HEAT, certamente ela vai pagar uma fortuna. Por outro lado, se ela que está conhecendo os jogos de tabuleiro agora, e quiser uma boa experiência com jogos de corrida, ela pode optar pelos excelentes Rallyman GT ou o Rallyman Dirty, que custam por volta de R$ 200,00 cada (um terço do preço do HEAT). E esse é apenas um exemplo. 

Aqui no Ludopedia existem algumas listas de sugestões de bons jogos com preços baratos, portanto, o que talvez seja inviável é montar uma coleção com os "jogos do momento", e quanto a isso eu concordo. Agora, tem tanto jogo bom que já foi lançado, que se a pessoa só começou a jogar e a comprar recentemente, ela pode começar sua coleção por eles tranquilamente. Só para não dizer que eu estou falando e não sugerindo nada, segue abaixo uma pequena lista, com jogos abaixo de R$ 200,00. Claro que existem jogos excelentes que ficaram de fora, mas apenas porque custam mais do que esse limite, e muitos outros não entraram só por uma questão de espaço. Também é preciso considerar que os jogos que eu listei são mais leves, e com menos componentes, porque jogos mais pesados e com mais componentes, costumam ser bem mais caros. Justamente por isso, os jogos médios para cima demandam uma pesquisa maior, para encontrar o melhor preço e principalmente para a pessoa ver se é realmente aquele jogo que ela quer. Nesse caso eu recomendo fortemente os vídeos de jogatina, porque dá para ignorar "os elogios de sempre", e ver o jogo como ele é de verdade, com todos os prós e contras. 

Sem mais delongas segue a minha lista (como essa pesquisa já tem um tempinho é possível que alguns preços variem):   

JOGOS DE CARTAS (todos excelentes)
 
Dixit (3 a 8 jogadores) – R$ 240,00 (para mim o melhor jogo festivo de todos os tempos)
 
Taco Gato Cabra Queijo Pizza (2 a 8 jogadores) - R$ 50,00
Dobble (2 a 8 jogadores)  – R$ 50,00
É Top (2 a 10 jogadores) – R$ 50,00
Quem Foi? (2 a 6 jogadores) – R$ 50,00
We Will Rock You (4 a 12 jogadores) - R$ 50,00
Love Letter (2 a 6 jogadores)– R$ 70,00
Saboteur (3 a 10 jogadores) – R$ 80,00
Santo Domingo (2 a 6 jogadores) – R$ 80,00
No Thanks (3 a 7 jogadores) – R$ 80,00
Tinco (3 a 6 jogadores) – R$ 90,00
Coloretto (2 a 5 jogadores) – R$ 110,00
Walk the Plank (3 a 5 jogadores) - R$ 115,00
A Tripulação (2 a 5 jogadores) – R$ 120,00
Fantasma Blitz (2 a 8 jogadores) – R$ 130,00
Spyfall (3 a 8 jogadores) - R$ 140,00
Jungle Speed (2 a 10 jogadores) – R$ 174,00
 

JOGOS DE TABULEIRO (Leves)
 
Kingdomino (O Origins é bom mas é mais caro) – R$ 150,00
Barenpark - R$ 150,00
Carcassonne – R$ 180,00
Isle of Skye – R$ 200,00
Catan – R$ 220,00
Splendor – R$ 220,00
King of Tokyo (1ª ou 2ª edição) – R$ 230,00
Azul (É um pouco caro, mas vale cada centavo) – R$ 240,00
 
 
JOGOS DE TABULEIRO (médios)
 
It’s a Wonderful World – R$ 180,00
Rá – R$ 180,00
Amun-Ré – R$ 180,00
Nodavellir – R$ 180,00
Res Arcana – R$ 200,00
La Granja – R$ 200,00
Coimbra – R$ 170,00
Tigris & Euphrates – R$ 210,00
Alhambra – R$ 220,00
Rallyman GT – R$ 220,00

Espero ter sido útil.

Um forte abraço e boas jogatinas!

Iuri Buscácio
  

Robson::

O que antes era um hobby relativamente acessível, hoje exige planejamento financeiro — e muitas vezes, sacrifícios.

O sacrifício mais saudável que uma pessoa pode fazer é abrir mão de desejar ter uma coleção de 250 jogos.

E jogar mais vezes o que já tem, outro "sacrifício".

Eu tenho um contraponto pra esse tema. Depois de 10+ anos nesse hobby, tenho achado o contrário (pra polemizar): nunca esteve tão acessível se montar uma coleção de bgs no Brasil.
Pra tentar sustentar o argumento...

1. Temos hoje um volume expressivo de jogos nacionalizados (mais acesso, menos dependência de importadores e/ou importações)
2. Existem muito jogos de altíssima qualidade com valores muito mais razoáveis do que 5 anos atrás (Caverna, Golem, Messina, It's a Wonderful World...)
3. Grandes marketplaces apresentam promos de tempos em tempos com condições de pagamento atrativas (6x s/j, 10x s/j...)
4. Com a concorrência "indireta", alguns títulos que eram no passado "santos graal's" hj desvalorizam, ou não vendem (ex: Dominant Species, jogos da Splotter que antes não saíam por menos de 1.2k hj aparecem por 600, 800...)

O que me assusta mais é o que está acontecendo com os lançamentos gourmetizados... como que uma pessoa vê um Caverna (por exemplo) por menos de 400k, e acha "normal" um Castles of Burgundy ou um Puerto Rico deluxe custar de 2 a 3 mil reais!?!?!? Normalizar ESSA realidade sim, me apavora!!

Talvez o argumento "ahhh, mas AQUEEEELE jogo que eu quero muito não sai por menos de 400, e antes custava na casa dos 200-300...". Sim, pode ser. Mas será que "aqueeeeele jogo" não tem um substituto à sua altura, às vezes até superior, num valorzinho honesto!? Eu já vi promo de Hallertau por menos de 300 reais... o problema é a lavagem cerebral que a gente sofre de FOMO, de colecionismo, de formador de opinião, de editora, de que "tem que ter tudo", principalmente o culto ao novo... não se engane, é tudo uma questão comercial, no final do dia. E o antídoto pra isso é um só: INFORMAÇÃO!!!

Mas não vai ser assistindo vídeo de formador de opinião que recebe jogo de graça de editora (ou que tá tentando receber) que vc vai estar de fato informado.