Raitz::PS1: este tópico também é válido para discutir se o mercado (vendedores e consumidores) precisam de jogos novos e/ou famosos antigos nas prateleiras/mesas de jogatina.

E lá vamos nós de novo...! rs

Na minha visão nenhum consumidor precisa de jogo algum. Já o mesmo não pode se dizer dos vendedores, que dependem da circulação de mercadorias para viver. Só que que não se trata exatamente de uma questão de necessidade, pois a discussão interessante não é essa. É óbvio que os jogos tornam a nossa vida de algum modo melhor e que o ócio e a ludicidade são fundamentais para ter uma vida saudável, caso contrário ninguém sentiria desejo por adquirir nada disso.
Eu entendo seu questionamento muito mais como um desconforto com a própria lógica do sistema de reprodução de mercadorias, que captura o nosso imaginário e nossa memória para nos tornar reféns dele mesmo, impossibilitando-nos de adquirir entretenimento de outra maneira, para assim nos vender algo "velho" como se fosse "novo" e vice-versa, ou seja, apenas mais do mesmo.
Há uma série de outros tópicos que tratam desse mesmo assunto. 
Vou apenas te lembrar que você pode jogar qualquer jogo e se divertir, independente da qualidade "certificada" que ele venha a possuir; que não existe consumo e muito menos projeto de consumo consciente no capitalismo e que é possível sim se divertir mesmo sem ter jogo algum.

As editoras devem ficar preocupadas com a recepção da comunidade.
Vai que o token fica 0,0001 milímetro deslocado para o lado e a galera queira devolver ou pedir reposição.

Melhor jogo do Uwe, ja tive. Ótimo até 3 pessoas.

Joguei uma vez Le Havre, pareceu um bom jogo mas um pouco longo para um jogo euro.

Acho que outros títulos do Uwe envelheceram melhor,  embora particularmente eu prefira este jogo ao Odin e Agrícola, mas acho que essa opinião não é popular. 

heliangelo::Na verdade isso não tem nada a ver com o Brasil, Le Havre não tem segunda edição lá fora, ou até mesmo derivados como All Creatures do Agricola ou Cave vs Cave, só algumas expansões como quase todo jogo que sai lá fora. 

Le Havre: The Inland Port é um derivado 

PedroMVM::

heliangelo::Na verdade isso não tem nada a ver com o Brasil, Le Havre não tem segunda edição lá fora, ou até mesmo derivados como All Creatures do Agricola ou Cave vs Cave, só algumas expansões como quase todo jogo que sai lá fora. 

Le Havre: The Inland Port é um derivado 

Inclusive, esse jogo tem uma versão digital e o Le Havre originalzão não tem. 

A primeira versão é proibitiva pra quem tem mais de 40 e sofre de miopia (93,5% dos "BoardGamers raiz" segundo números do IBGE). Pegar aqueles microtiles frente e verso e manipula-los sem pinça, num jogo que já não é tão fácil... 
Prefiro passar e ir pra outra coisa mais divertida...

Conheço pessoas que gostam muito do Le Havre e pessoas que o detestam. Eu gosto do Le Havre e jogo sempre que sou chamado. No entanto, penso que para ter uma reimpressão, nesse mundo de hoje que tem centenas de jogos novos sendo lançados, o jogo tem que ser unanimidade, isto é, não pode ter um público dividido. Concordo com aqueles que disseram que não precisamos de jogos. Desde o início, minha postura em relação aos jogos é de comprar aqueles que as pessoas não têm, para ajudar na diversidade. Le Havre muitos têm, procure outros jogos e você verá que tem muito jogo desconhecido que é muito melhor do que os conhecidos.

Poderia escrever mais, mas tenho que trabalhar.

Acho que a resposta é mais simples do que parece.

Decisão de editora.
Le Havre foi lançado pela Ludofy (atual Grok) e se você parar para analisar os jogos que estão pra ser lançados, o  catálogo de jogos um pouco mais antigos da editora, vai perceber que simplesmente não tem espaço pra Le Havre.

Hoje, na loucura que está o mercado, de lançar pelo menos 1 jogo big box por mês em cada editora, você só vai relançar jogos que vendem como pão quentinho, como Everdell, Root, TfM, etc... 
Fora isso, só quando tiver demanda pronta pra receber a tiragem toda como Projeto Gaia (graças a exp.), Banquete a Odin que ainda não chegou e é o mesmo caso.

Felizmente, ou infelizmente, as editoras pelo menos aqui no BR estão olhando pra frente, preferindo "hypar" e lançar o máximo de jogos mensalmente com uma tiragem baixa.

Por um lado, temos a oportunidade de comprar jogos que jamais seriam lançados aqui, por outro lado, a meu ver, as reimpressões vão se tornar cada vez mais pontuais, pelo menos enquanto o mercado não crescer em uma escala maior do que as editoras conseguem lançar jogos.

Também não sei, acho o Le Havre sensacional