Realmente como você diz no podcast, é nos jogos de movimento escondido são aqueles que não causam exatamente medo, mas uma certa angústia de ser pego/descoberto. É um medo angustiante, eu diria. Ao ouvir o podcast, fiquei pensando que uma ambientação aterrorizante não é suficiente para causar sustos nem nos jogos de tabuleiro, nem nos filmes. É preciso estruturar tais emoções (medo, angústia, terror, tensão) e o roteiro serve pra isso nos filmes, já nos jogos não parece haver uma estruturação que trabalha de forma análoga em termos de linguagem, né?

Infelizmente esqueci de comentar no FAQ e peço desculpas. Jurei que os episódios saíam na sexta, quando normalmente escuto seu podcast. Achei a duplinha de episódios que você fez sobre jogos de terror maravilhosa. Até recomendei pra mocinha, porque tem bastante coisa interessante mesmo fora do escopo de BGs. Achei o título do FAQ engraçado aliás, me remeteu à aula do seu amigo pessoal e designer dos 4 letras, Cole. Eu já era convencido de que o kingmaking não era uma parte ruim do jogo, mas depois da sua fala eu tive certeza. Adoro seu trabalho querido, cê manda demais. 
Queria aqui deixar um adendo de que deveria ter uma forma de te "pingar um capilé", como diriam os meninos do Medo e Delírio, pelo seu primoroso trampo.

Não sei se pode ser considerado um jogo, mas Tabuleiro Ouija causa medo em muita gente e tem tabuleiro no nome (se eu nao estiver viajando, até tem edição da Hasbro).

Existe uma regra para usar, e de certa forma, um objetivo com premissa espiritual (entrar em contato com o desconhecido), como não tem como "ganhar" efetivamente, talvez não de pra categorizar como jogo, mas é curioso que o player count seja 2 ou mais pessoas e entre 0 e 1 espirito.

Se olhar com ceticismo, uma das pessoas vai ser a agente do caos, que ajuda a criar a atmosfera e a gerar medo nas outras (essa poderia ser uma condição de vitória pessoal?), que casa bem com o que você sugeriu.

Talvez um dos pontos possa ser esse, apenas uma das pessoas sabe que é um jogo, ou um jogo dentro de outro, e pras demais pessoas, a experiência é diferente porquê falta informações, gerando a vulnerabilidade e imprevisibilidade. E é interessante que como no caso do Ouija geralmente o conhecimento geral das pessoas se apoia em outras mídias pra entrar mais profundamente no imaginário.

Enfim, comentário meio várzea, mas adorei a sua análise, parabéns pelo conteúdo!

Salve Lucas, ótimo Episódio como sempre, uma pena que não foi no formato narrativo mas mesmo assim gera sempre muita reflexão.

Sobre board games que causam medo, eu sou feliz por ainda sentir um friozinho na barriga sempre que jogo uma nova aventura do Mansions of Madness segunda edição.  toda aquela tensão criada pelo aplicativo, com música de fundo e o que vai acontecer quando eu entrar na próxima sala, tudo isso ainda me gera alguma estranheza e aquela sensação parecida com a que descreveu no caso do pique-esconde e no trem fantasma.

Sobre o ponto em que caberiam aos jogadores criarem uma atmosfera de medo surgiro dar uma olhada no jogo The Night Cage. 

Basicamente somos prisioneiros em uma Dungeon ( um grande grid formado por quadrados) cujo objetivo é escapar E para isso devemos encontrar Chaves que abrirão o portão final.. Acontece que nós só temos uma vela para nos movimentar pela Dungeon e cada movimento que fazemos só ilumina os tiles ortogonais, 1 espaço à frente, atrás, à esquerda e à direita.  Toda vez que nos movimentamos, os tiles que saem do alcance da vela são retirados do jogo. Os tiles que ainda não entraram em jogo formam uma pilha, armazenda em uma estrutura que lembra uma vela também e são o que determinam o fim da partida. Entre tiles de caminhos, tiles com a sala com as chaves e o tile do portão final existem Monstros que tem efeitos diversos no jogo (a maioria que elimina tiles da reserva) inclusive existe um monstro gigante que ao entrar na partida torna boa parte do Tabuleiro, transformando um grande poço.

O jogo pelo jogo não causa lá grande suspense Mas se for jogado com a ambientação correta é excruciante.

Enfim penso que como toda a mídia se utilizada da forma correta jogo de tabuleiros Podem sim causar aquele frio gostoso no estômago...

Bardhu::Não sei se pode ser considerado um jogo, mas Tabuleiro Ouija causa medo em muita gente e tem tabuleiro no nome (se eu nao estiver viajando, até tem edição da Hasbro).

Existe uma regra para usar, e de certa forma, um objetivo com premissa espiritual (entrar em contato com o desconhecido), como não tem como "ganhar" efetivamente, talvez não de pra categorizar como jogo, mas é curioso que o player count seja 2 ou mais pessoas e entre 0 e 1 espirito.

Se olhar com ceticismo, uma das pessoas vai ser a agente do caos, que ajuda a criar a atmosfera e a gerar medo nas outras (essa poderia ser uma condição de vitória pessoal?), que casa bem com o que você sugeriu.

Talvez um dos pontos possa ser esse, apenas uma das pessoas sabe que é um jogo, ou um jogo dentro de outro, e pras demais pessoas, a experiência é diferente porquê falta informações, gerando a vulnerabilidade e imprevisibilidade. E é interessante que como no caso do Ouija geralmente o conhecimento geral das pessoas se apoia em outras mídias pra entrar mais profundamente no imaginário.

Enfim, comentário meio várzea, mas adorei a sua análise, parabéns pelo conteúdo!

O Ouija tem uma versão nacional, surgiu na Ludopédia alguém vendendo uns tempos pra trás, o Fale com Seu Anjo, que eu acho engraçadíssimo a existência, apesar de um pouco macabro.

Domidomi::

Bardhu::Não sei se pode ser considerado um jogo, mas Tabuleiro Ouija causa medo em muita gente e tem tabuleiro no nome (se eu nao estiver viajando, até tem edição da Hasbro).

Existe uma regra para usar, e de certa forma, um objetivo com premissa espiritual (entrar em contato com o desconhecido), como não tem como "ganhar" efetivamente, talvez não de pra categorizar como jogo, mas é curioso que o player count seja 2 ou mais pessoas e entre 0 e 1 espirito.

Se olhar com ceticismo, uma das pessoas vai ser a agente do caos, que ajuda a criar a atmosfera e a gerar medo nas outras (essa poderia ser uma condição de vitória pessoal?), que casa bem com o que você sugeriu.

Talvez um dos pontos possa ser esse, apenas uma das pessoas sabe que é um jogo, ou um jogo dentro de outro, e pras demais pessoas, a experiência é diferente porquê falta informações, gerando a vulnerabilidade e imprevisibilidade. E é interessante que como no caso do Ouija geralmente o conhecimento geral das pessoas se apoia em outras mídias pra entrar mais profundamente no imaginário.

Enfim, comentário meio várzea, mas adorei a sua análise, parabéns pelo conteúdo!

O Ouija tem uma versão nacional, surgiu na Ludopédia alguém vendendo uns tempos pra trás, o Fale com Seu Anjo, que eu acho engraçadíssimo a existência, apesar de um pouco macabro.

QQQQQQQQ KKKKKKKKKK

Achei o cadastro dele aqui hahaha
Converse com o seu Anjo

Acho que uma das palavras chaves pra essa discussão é imersão. Essas mídias mais tradicionais que vc comentou que típicamente causam medo (livro, filme, etc) costumam ser atividades individuais. Você pode até estar com outras pessoas, mas a experiência costuma ser focada naquilo. Acho difícil sentir o mesmo medo em um filme de terror se você assistisse de canto de olho enquanto almoça conversando com amigos. 
É aqui que os jogos de tabuleiro se diferenciam, pq são uma experiência em conjunto. Então por mais que possa se criar uma imersão grande no Mansions por exemplo, com a música de fundo e diminuindo as luzes, acho a tensão se quebra um pouco com a conversa amigável e divertida da mesa. E isso é ótimo! Não sei se eu trocaria as experiências dos cenários que nós tivemos, que eu lembro como partidas nas quais eu me diverti, por uma jogatina em que todos tivessem quietos e focados nos personagens e resolver a trama.

Cara, eu quase sempre me esqueço de vir aqui e comentar sobre os episódios, mesmo muitas das vezes querendo falar algo... #shame

Sobre o episódio, foi eu te ouvindo sobre o próprio jogador ser o causador do medo e pensando no Fury of Dracula. Não sei bem realmente se é medo que a pessoa sente, mas a tensão e o suspense de estar caçando e ser surpreendido pelo Drácula eu acho que encaixaria mesmo em medo. Não sei qual outra sensação isso se encaixa. A parada é que normalmente se relaciona medo nos filmes aos "jump scares" e não necessariamente é só dessa forma que um filme causa medo. Para mim, inclusive, a pior parte é o pré susto. O silêncio e a tensão do "É agora? É agora?" são o que me pega nos filmes.
E essa sensação vez ou outra em jogos que não tem essa pretensão ou temática. Na partida de Oath (que falei quando conversamos com Eric), eu fiquei totalmente na tensão das coisas acontecerem do jeito que eu planejei e o medo de dar tudo errado me fez tremer, literalmente. E no Nêmesis também acontece isso quando o jogo te bota na tensão da expectativa de sair ou não uma intrusora (eu acho esse nome engraçado demais kkk). Para mim, apesar de não ter jump scare, essas coisas são sensações que, no mínimo, se aproximam do medo.

Sobre o FAQ, rapidinho, prometo! Eu acho que não fui muito claro (nenhuma das duas vezes kkk). Eu concordo contigo que sempre vai ter algo diferente sendo lançado em algum canto. Ainda considero Cole Wehrle um cara totalmente inventivo nos jogos que cria. Eu me referi mais ao "mainstream" mesmo e nessas várias ondas de jogos que se parecem muito com outro anterior sendo o "TfM/Terra Mystica killer" ou "Esse jogo é o novo Azul" e nessa recente onda dos jogos duel (de jogos que já rodam muito bem em dois haha). Esse foi mais ou menos o ponto da pergunta.

Abração e vamo que o Fogão dessa vez vai ser campeão! Anota e me cobra!

Domidomi::Infelizmente esqueci de comentar no FAQ e peço desculpas. Jurei que os episódios saíam na sexta, quando normalmente escuto seu podcast. Achei a duplinha de episódios que você fez sobre jogos de terror maravilhosa. Até recomendei pra mocinha, porque tem bastante coisa interessante mesmo fora do escopo de BGs. Achei o título do FAQ engraçado aliás, me remeteu à aula do seu amigo pessoal e designer dos 4 letras, Cole. Eu já era convencido de que o kingmaking não era uma parte ruim do jogo, mas depois da sua fala eu tive certeza. Adoro seu trabalho querido, cê manda demais. 
Queria aqui deixar um adendo de que deveria ter uma forma de te "pingar um capilé", como diriam os meninos do Medo e Delírio, pelo seu primoroso trampo.

Cara, fiz cagada! Essa parte dos comentários eu dou ctrl c em tudo e jogo na pauta, mas aconteceu algum mistério que eu apaguei o comentário aqui embaixo e eu li o seu como esse outro usuário.
Desculpa a confusão!