Bora falar de Evenfall, lançamento da MeepleBR.
Evenfall é um jogo de engine building, com alocação de trabalhadores e gerenciamento de recursos, com partidas que duram entre 60 a 120 minutos - em 2 jogadores, por aqui, duraram por volta de 90 minutos - e de complexidade média (3.04/5.00 no BGG).
Não entrarei a fundo nas regras, colocarei aqui apenas um resumo, mas caso você queira saber as regras completas, temos vídeo no YouTube sobre isso, basta
clicar aqui.
Evenfall é jogado em
3 rodadas, cada uma subdividida em 4 fases.
- Fase 1: Receita → receber recursos e cartas
- Fase 2: Ações → os jogadores se alternam até não conseguirem, ou não quiserem, fazer mais nada.
- Fase 3: Conflito → verificação de qual jogador vencerá em cada área - alocação de trabalhadores e uso de mana.
- Fase 4: Fim de rodada → ativação de alguns poderes e manutenção.
Componentes:
Achei diferente, pelo menos eu nunca tinha visto, a forma de montar o tabuleiro de dupla camada de jogador. Basicamente, o jogo vem com 2 tabuleiros de cada jogador e adesivos para colar um atrás do outro. Aliás, se você tiver dificuldade em entender o que é o adesivo branco, é isso. E, SIM, ele é dupla camada. Você tem que tirar a parte branca, ficará apenas a cola transparente. Parece que está errado, mas está certo.
Voltando aos componentes, gostei do tabuleiro, mesmo tendo colado meio torto um deles - mas isso é falha minha. Os meeples são bonitinhos, em formato de bruxa e ancião; os recursos tem formatos bonitinhos; as cartas são boas, mas não são aquelas mais “plastificadas”, são meio ásperas, então acho que é um bom jogo para sleevar.
Foto tirada daqui da Ludopedia.
Temática:
Eu gostei da temática de bruxas, de que Evenfall está mal das pernas e você é líder de um Coven tentando reerguer e se colocar no trono de Evenfall. Também achei que a temática se encaixa muito bem no jogo. Você explora locais de poder, que são utilizados para fazer rituais, e traz especialistas e membros do conselho para o seu Coven. Bem bacana, achei imersivo.
Mecânicas:
Para mim, o jogo tem 3 mecânicas principais e que são muito presentes (muito sentidas e importantes durante o jogo). A primeira é o
engine building: você tem que baixar as cartas na ordem certa, porque é muito importante o quanto você conseguirá combar para fazer mais ações em sequência.
A segunda mecânica é o
gerenciamento de recursos/mão: você pode conseguir muitas cartas no jogo e tem que prestar atenção em como usá-las. Cartas podem ser trocadas por recursos e é importante usar cada carta da melhor maneira, de acordo com a sua estratégia, principalmente, a carta de especialistas, que tem 2 formas de ser usada.
E a última mecânica é a
alocação de trabalhadores, que deve ser feita nas horas e locais certos, já que você tem poucos meeples e muitos locais são ocupados apenas por um. Além disso, anciões só podem ser colocados no círculo interno do seu Coven (a menos que você possua alguma carta que diga outra coisa) e existe a fase de conflito, em que o número de meeples que você posicionou em determinada região representará a “força” que você tem nela (é possível acrescentar mana a esse número).
Rejogabilidade:
Por enquanto, jogamos 2 partidas, mas acho que a rejogabilidade é bem alta. Existem duas formas de jogar: uma básica, em que todos os jogadores têm tabuleiros iguais, e outra com tabuleiros assimétricos - apenas isso já garante uma boa rejogabilidade. Mesmo jogando com tabuleiros iguais, existem tantas cartas e cartas com poderes diferentes, que dá para seguir um caminho diferente em cada jogo tranquilamente.
Foto tirada daqui da Ludopedia
E o que achamos do jogo?
Eu adorei o jogo, estava de olho nele desde o ano passado. Vi em Essen e quase comprei, mas deixei passar, porque não tinha mais espaço na mala.
Achei gostoso de jogar, você não sente o tempo passar (só jogamos em 2 jogadores por enquanto), são apenas 3 rodadas e você tem que otimizar as ações, gerenciar muito bem cartas e recursos para conseguir fazer mais e mais ações. Inclusive, pode acontecer de algum jogador terminar suas ações e outro continuar fazendo por um tempo, mas aí vai muito do que cada um fez.
Já Vanessa acha que Evenfall pode se tornar o tipo de jogo que você faz as mesmas estratégias, como colocar muitos especialistas para combar mais, ou seja, algo mais previsível e que meio que te deixa refém de um excelente combo ao invés de ter outros caminhos igualmente bons e que te ajudam ao longo do jogo.
Evenfall, para mim, é o tipo de jogo que quanto mais você joga, mais você vai aprendendo a combar, a ser mais eficiente.
Resumindo: tinha boas expectativas, foram muito bem cumpridas, gostei bastante do jogo. Ele é simples, tem uma boa fritaçãozinha para otimizar tudo, é gostosinho de jogar, você não sente o tempo passar e ainda tem alta rejogabilidade.
Já jogou
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