Eu raramente consumo qualquer coisa da galapagos, não acho os jogos dela excepcionais e imperdíveis.
Há algumas semanas falei sobre esse lance de ter que sempre estar consumindo os últimos lançamentos não é nada saudável, sempre penso
quanto tempo tenho disponível pra jogar x quantos jogos tenho.

Claro que já passei da fase do "preciso ter esse jogo, pq uma hora vou querer jogar", ai quando você percebe a sua coleção tem 300 jogos, sendo que vc joga sempre os mesmo 5. Claro que se eu pudesse ter, não teria vendido vários jogos raros, então hoje prefiro ter uma coleção funcional, com 10/15 jogos que 95% verão mesa. Penso que se vc está sempre comprando novos jogos com mecânicas identicas aos que você já tem, não faz o menor sentido, pelo menos pra mim

Voltando a consumir os títulos da Galapagos, ela tem bons títulos, mas não são os que eu curto.
Recentemente me surpreendi comprando dois jogos excelentes que não são dela, um deles foi o Sideral, joguinho nacional totalmente fora do radar, de uma editora que eu nunca ouvi falar. Percebe-se o cuidados da editora com o material. Vale à pena dar uma chance, se você puder.
Outro foi Rebel Princess, olhei e achei a arte linda, eu odiava qualquer jogo de vaza, mas esse foi o único nesse estilo que realmente eu gostei

Enfim, acho que a gente só precisa pensar um pouco fora da caixinha e procurar opções no mercado, pois elas existem e estão aí,

Já passei da fase de consumir qualquer coisa da galapagos, nos últimos anos eu vejo que a amioria dos jogo é sempre o + do mesmo.
Acho que o ultimo que comprei foi Rallyman GT, depois disso nunca mais comprei, e olha que aproveitei a fase boa, em que os jogos dela vinham sem erros de tradução e/ou mofo.

Um das melhores, pra mim, era a conclave que trouxe Ethnos, Tikal, Dominion; uma pena que assim que esgotou, nunca mais teve reprint deles.
E como disse o amigo aí  em cima, Há uma infinidade de opções no mercado.
Por que sempre precisamos olhar para as mesmas editoras e para os mesmo jogos?
Por que precisamos seguir sempre os mesmos canais do YT e do Instagram?

Eu entendo que quem tá entrando agora no mundo dos BGs, sempre será seduzida pelas grandes editoras.
A gente não precisa seguir os mesmos perfis, que postam sempre os mesmos jogos, que estão sendo postados por todos os outros perfis. Quem já tem tempo de estrada consegue filtrar ou pelo menos deveria. Também quem sou eu pra dizer o que é certo ou errado, afinal cada um gasta como quiser seu $$.

A gente  precisa dar uma chance pros pequenos produtores de conteúdo, que podem dar as seus feedbacks, já que não recebem pra isso. Tanto que a maioria responde quando vc pergunta se é bom ou se não é.
Não estou condenando quem faz vídeo patrocinado, e sim quem não quer buscar outras opções. As pessoas precisam pagar as suas contas e fazer vídeo patrocinando faz parte.

A culpa é toda nossa que acaba viciando o algoritmo a entregar sempre o mesmo conteúdo.

Também tenho esses dois jogos que foram mencionados.
Rebel Princess se tornou meu top3, estou esperando sair a versão Deluxe dele e queria muito que trouxessem a expansão pro brasil nessa nova edição.
Sideral conseguiu fazer algo simples se tornar grandioso.

Falo com total tranquilidade que as tiragens nunca foram tão grandes quanto agora.

Existe um conceito chamado de paradoxo da escolha, onde opções demais causam ansiedade por diversos motivos. 
Isso é real,  mas nem sempre limitar as opções é a solução. 
O maior passo é aceitar que você não precisa comprar/indicar o melhor jogo do mundo, por que essa escolha sempre será impossível, e quanto maior a variedade maior o fomo, apenas aceite que se duas ou mais opcoes são igualmente boas, então tanto faz sua escolha e deixe a ansiedade de lado.

Você nao precisa jogar todos lançamentos, nao precisa comprar mais do que antes, não precisa nem se preocupar em tiragens e produto esgotado.

Pela quantidade de jogo que o grupo dessa empresa detém os direitos, acho que fazer um anúncio de mais de 70 jogos e não ter nem 50% de jogos que preste, já mostra um pouco a falta de cuidado e conhecimento dessa empresa com o seu público. Parece que não escutam os seus clientes e não acompanham o mercado de jogos. Deixar de trazer a Expansão do Heat agora que está esgotado, Tiny Epic Game of Thrones que tem o direito sobre a linha tiny epic, e tantos outros jogos que são sucesso lá fora, escancara ainda mais esses números. Muito jogo bom que foi trazido e também abandonado depois como Orla exterior, 7 Wonders Arquitetos e O senhor dos anéis card game etc... Desanima até investir em certos títulos.

A princípio acho que as pessoas que estão ingressando no hobby neste momento, assim como todo o processo evolutivo do ser humano, terão que amadurecer a duras penas.

Também não entendo o que é ser um neófito nesse nosso mundo de papelão e plástico, pois ainda me considero novo nisso tudo, mesmo começando no hobby no segundo semestre de 2020.

Mas ainda assim, já me considero maduro o suficiente para ter a percepção (assim como os colegas acima citaram) que existem vários jogos onde o que muda é simplesmente o tema, sendo que a mecânica permanece a mesma. Logicamente que alguém que entrou agora, enxerga esse mundo dos board games totalmente colorido e deslumbrante, coisa que alguém com 4 anos no hobby (como eu) não enxergue mais.

Já tive alguns jogos que não gostei e os vendi sem remorso. Como também já paguei valores altos em expansões de jogos que sei que nunca serão comercializadas pelas editoras nacionais em nosso país, simplesmente pelo motivo de eu ter gostado tanto que nunca sairão da minha humilde coleção.

Entendo que cada ser humano reagirá de algum jeito a todos esses lançamentos, pois existem vários fatores que implicam nessas reações, podemos elencar alguns principais, como o fator financeiro, tempo em que a pessoa está no hobby, se a pessoa é colecionadora, se é apenas compulsiva, se o espaço físico comporta tudo o que ela quer e por aí vai.

Sempre faço uma analogia para os meus amigos que ainda não são do hobby e tem a curiosidade de jogar algum jogo específico:
Quando você começa a beber e gosta, você vai querer beber de tudo e possivelmente não ligará muito para as consequências, porém quando você tem uma certa maturidade, você sabe o que você quer beber ou sabe o que você quer experimentar para apreciar aquele gostinho novo. (apenas para deixar claro, eu não bebo álcool, mas como a maioria bebe eles acabam entendendo a analogia kkkkk).

Mas eu não vejo com maus olhos esse monte de anúncios de jogos novos, apenas vejo de longe e consigo analisar o que quero ou não, e sendo bem sincero, nada do que foi apresentado desta vez me chamou a atenção. Para o meu gosto, é mais do mesmo. 

dejogoemjogo::Sinto que o Brasil fica reféns de algumas empresas que pegam o "next big thing", aumentam o preço o quanto querem e vendem algumas unidades para rapidamente ir para a próxima onda e muita gente que podia entrar no hobby vai se sentir desestimulada.

O mercado se regula. Tem muita gente competente e muita grana envolvida nos lançamentos, se a galápagos tá fazendo isso é pq tá dando lucro e enquanto der vai continuar. 

Quanto à reclamação sobre os preços dos jogos, acho difícil comparar sem levar a inflação em conta. O preço de lançamento do projeto gaia em 2017 foi entre 300 e 350 reais, atualizando isso pra hoje chegamos a mais ou menos R$ 600. É o valor de mercado de um lançamento triple "A", que sai até por menos na verdade. Além disso, o valor de produção dos jogos também aumentou, os componentes melhoraram etc. 

Em termos de número de lançamentos, nunca houve tantos no Brasil, mas não vejo pq isso é ruim pra quem gosta de jogos, afinal temos muito mais opções o mercado brasileiro tá muito mais sincronizado com o exterior. Tb temos muito mais autores nacionais, outro sinal de crescimento do mercado. 

Quem eu vejo mais ansioso com isso são os gamers antigos, da época da escassez de lançamentos, que se sentem ansiosos por terem tanto opção, mas aí é mais um processo de educação própria enquanto consumidor pra se limitar e não comprar impulsivamente...

Um dos possíveis objetivos da estratégia de inundar o mercado de títulos é justamente capturar a atenção e o imaginário do consumidor. A impressão que passa é que só há aquela editora no mercado, que as outras são pequenas, que você vai encontrar um pouco de tudo lá e que as melhores propriedades intelectuais estão com eles. Não é necessariamente verdade, como você pode atestar.
É uma tática velha de guerra, cansada já... mas que geralmente funciona, pois a empresa não precisa vender muito de tudo. Apenas um pouco de cada coisa. Normalmente 8 produtos carregam os outros 80 nas costas, em termos de venda. A longo do tempo o retorno sobre o investimento vem, já que a empresa pode esperar. A editora em questão pode fazer isso. Mais do que isso, ela deve, pois recebeu uma injeção de dinheiro do tamanho de um caminhão ao ser comprada por um conglomerado internacional. O retorno do investimento vem. Até porque o risco do prejuízo, da não venda, já foi bastante mitigado com o custo direto dos produtos sendo compartilhados, em impressões internacionais, e os custos indiretos sendo bem reduzidos com a adoção da lógica de austeridade na moda. Nem mesmo investir pesado em divulgação a empresa precisa, pois há diversos produtores de conteúdo dispostos a fazer isso pra ela, humanizando o processo de compra e venda.
Falei tudo isso só pra comentar que não há nada de novo no fronte.
Isso acontece em diversos outros segmentos do mercado. É uma prática comum, e bem agressiva até,  de tentar tomar o controle majoritário do seu mercado.
Não se iluda, a editora cujo nome prefiro não citar, está por cima da carne seca, meu companheiro.
Lascados estamos nós.
Também não compro mais nada deles, e nem de outras editoras também, por vários motivos.
Mas o que importa, para mim, é que o perfil dos jogos lançados por eles não me agrada, não faz meu gosto. Então fica mais fácil optar pela escolha de não consumir nada deles.
Mas imagino o quão perdido deve ficar alguém que está chegando agora e quer experimentar algo novo.
A chance de adquirir um produto que não a satisfaça é enorme! Daí provavelmente ela vai se desfazer do que comprou (às vezes não) para comprar um novo jogo... da mesma editora quase sempre!... e o ciclo começa novamente. É um aprendizado. Aprendizado que custa muito dinheiro...

oniwars::Pela quantidade de jogo que o grupo dessa empresa detém os direitos, acho que fazer um anúncio de mais de 70 jogos e não ter nem 50% de jogos que preste, já mostra um pouco a falta de cuidado e conhecimento dessa empresa com o seu público. Parece que não escutam os seus clientes e não acompanham o mercado de jogos. Deixar de trazer a Expansão do Heat agora que está esgotado, Tiny Epic Game of Thrones que tem o direito sobre a linha tiny epic, e tantos outros jogos que são sucesso lá fora, escancara ainda mais esses números. Muito jogo bom que foi trazido e também abandonado depois como Orla exterior, 7 Wonders Arquitetos e O senhor dos anéis card game etc... Desanima até investir em certos títulos.