Ontem jogamos BattleLore, que é um jogo clássico de 2006 feito pela editora Days of Wonder, a mesma de títulos como Ticket to Ride.
Jogamos também com a expansão BattleLore: Call to Arms, que permite que você configure de forma mais personalizada suas unidades, bem como a posição, e que ainda chame os especialistas para dar um toque ainda mais específico no teu exército.

Sobre o que é BattleLore?
Trata-se de um jogo que se passa na Guerrra dos Cem Anos, que "foi uma série de conflitos travados entre os reinos da Inglaterra e da França durante o final da Idade Média."
BattleLore foi o quarto jogo a utilizar o sistema Commands & Colors, que basicamente "é um sistema de jogo histórico único que permite os jogadores efetivamente interpretar batalhas estilizadas neste período histórico."
Antes de Battlelore tivemos Battle Cry, Memoir ‘44 e talvez o mais famoso e consolidado jogo desse sistema, o Commands & Colors: Ancients.
Richard Borg é o nome do designer que criou essa estrutura que hoje possuí inúmeros jogos e em diferentes editoras, principalmente a GMT.

fonte: Wikipedia
Conceito do jogo
BattleLore utiliza a expressão "aventura" para definir uma "sessão de jogo". Seriam 3 tipos de aventuras:
a) aventuras medievais, de natureza histórica
b) "lore adventures" (algo como aventuras de fantasia), que são baseadas em fantasia
c) aventuras épicas, que permite aos jogadores conduzir aventuras em larga escala utilizando um segundo tabuleiro
Objetivo do cenário
Jogamos o cenário 1 do manual que se chama Agincourt. Trata-se de um aventura medieval baseada na batalha decisiva ocorrida na Guerra dos Cem Anos e que resultou em uma das maiores vitórias inglesas durante a guerra contra um exército francês numericamente superior, marcando um período sombrio para os franceses.
É um cenário difícil para os ingleses, que dispõem basicamente de muitos arqueiros e alguma infantaria, enquanto os franceses possuem mais unidades, mais infantaria e até mesmo unidades montadas.
Optamos para essa aventura utilizar a expansão Call To Arms e também transformar essa aventura medieval em uma lore adventure, para que pudéssemos formar o conselho de guerra e utilizar as cartas de lore.

fonte: wikipedia
Sentimentos durante a aventura
No início nos perguntamos se tínhamos adotado a melhor opção ao jogar battlelore com tudo o que ele tinha a oferecer e mais um pouco (Call to Arms).
Havia muito aprender em torno de características de terreno, unidades, regras de combate, recuo, lore, etc.
Entretanto, aos poucos as regras foram se consolidando.
A França, como o cenário propunha, tinha no conselho de guerra um mestre comandante de nível 1, o que lhe dava apenas 4 cartas de comando por turno. Em compensação havia um mestre mago nível 3 que em determinado momento utilizou uma Healing Pool para restaurar a saúde de uma de suas unidades, assim como a criação de uma tropa ilusória na linha de frente. Os franceses ainda contavam com uma criatura, o Gigante da Colina, e anões, naturalmente valentes (ou seja, reagem a ataques e resistem à recuos).
Por outro lado os ingleses possuíam um mestre comandante nível 3 que lhe dava uma Fortaleza que, entre outras coisas, mantinha as unidades próximas à ela valentes. Também os britânicos utilizaram arcos longos e paliçadas para tentar dificultar o avanço francês.
Em geral os franceses fizeram melhor uso das cartas de lore durante a partida e o lado deles parecia mais divertido, com anões, um comandante mago nível 3 e um gigante da colina. Os ingleses eram todos humanos sem mercenários e criaturas de fantasia ao seu lado.

Considerações finais
A aventura terminou 4x3 para os ingleses, assim como "na vida real". Senti que os franceses tiveram mais dificuldade em distribuir suas ordens de comando, talvez um pouco mais emocionados com a Lore a seu favor.
BattleLore correspondeu plenamente às minhas expectativas de um jogo com tempo acessível, "dudes on a map", com temática histórica e com uma fantasia mais clássica e familiar. A configuração das unidades, dos especialistas e do conselho de guerra, respeitando premissas mínimas do cenário como no caso de Agincourt, podem permitir uma longa rejogabilidade.
