Muito coraçãozinho peludo nesse cast.
O choro é livre, gente. Deixa o povo chorar. Lembro de uma partida memorável que um jogador tomou um block de outro. Os olhos arregalaram de desespero seguido de um "NÃO", curto e sufocado, com quem tinha levado um murro no estômago, antes de completar a frase. Segundos depois, percebeu que poderia contornar o bloqueio. Fez a ação e, ato contínuo, com um sorriso mordaz, colocou o punho esquerdo deitado e cerrado à mesa e com a mão direita simulava rodar uma manivela invisível que desdobrava o dedo médio esquerdo em riste.
Uma explosão de risos de todos.
Não lembro sequer de qual era o jogo jogado. Só lembro da cena.
Eu sou completamente tolerante do chorão, do bardo ou do caladão na mesa, desde que isso não contamine o fair play. O cara quer esconder que está bem no jogo, ou quer sair da mira dos demais, ou quer fingir de morto, mas se todo mundo continua jogando - tudo bem! Tá valendo. O que não vale é desistir do jogo no meio da partida. Aliás, sou muito favorável a regras do jogo que preveem que um jogador pode, no meio da partida, abandoná-lo. (Parabéns, Vlaada, com o seu Through The Ages: Uma Nova História da Civilização!)
Aliás, já que toquei no assunto: desenvolvedores, olhem para essas regras e coloquem em seus jogos:
Manual do "Through The Ages: Uma Nova História da Civilização":DESISTINDO:
Esperamos que isso não ocorra com você, mas algumas vezes tudo dá errado. Se todo mundo está mais forte e sua economia não é boa o suficiente para alcança-los, você pode se encontrar ficando para trás em cada turno, e um alvo fácil para a agressão de todos, guerra, e eventos negativos até que o jogo acabe.
É claro, o jogo ainda pode ser divertido mesmo quando você está perdendo. Você não será forçado a sair.
Mas é possível desistir com honra. Você admite que perdeu o jogo e você deixa os outros compararem suas forças entre eles, ao invés de competirem para ver quem pode extrair mais de sua fraqueza.
Você desiste como sua ação política. Qualquer guerra declarada contra você é cancelada (mas elas dão alguns pontos de cultura para o jogador que declarou a guerra, como a história irá lembrar que fez você desistir). Sua civilização e todas suas cartas são removidas de jogo. Se houver dois ou três jogadores remanescentes, o jogo continua como uma partida para dois – ou três – jogadores. Se somente sobrar um jogador, este jogador terá vencido.
Mas na maior parte do tempo, o jogo deve terminar com todo mundo ainda em jogo, prontos para a pontuação final.
Nisso eu tenho um hate: você tem um jogo de 2h~3h que você falhou miseravelmente com alguma ação e isso tirou qualquer chance de você ficar com 1/4 dos pontos do penúltimo lugar. Não tem mecanismo de catch up. E você ainda tem 70% do jogo pela frente e nos próximos 3 turnos, a sua única opção é fazer a ação livre que ninguém gosta de fazer no jogo. Como é que o jogo não permite abandoná-lo?!
Tenho outro "hate": É essa demora do
brunojacoby de postar na Ludopedia.

Melhore, amigo! Eu sei que a idade pesa, especialmente com essas coisas tecnológicas que não existiam antes da sua universidade, mas...