MatosCaio::não quero defender editora, mas em relação à % do Catarse, ela provavelmente é recolhida logo após a campanha, então se a editora fizer o reembolso integral vai sair no prejuizo em 20% do valor arrecadado (o que não faz sentido pra empresa)
O que me admira nessa história é o Catarse, lixo que é como plataforma de financiamento, cobrar uma porcentagem tão alta por um serviço que presta mal e porcamente. Tamos ferrados mesmo.
Obviamente a editora vai fazer o possível pra não ficar no prejuizo, se for pra eles perderem dinheiro pra eles é mais vantagem que seja em juízo. Recomendo ingressarem com ações individuais, pra causar o máximo de transtorno à editora. Não façam a burrice de se articular pra entrar com ação coletiva.
J. MARQUES::
Isso é problema da editora. Ela tinha todos os meios para poder se certificar de que isso não ocorresse. Ela não pode jogar o risco do empreendimento para as pessoas que adquiriram o jogo.
Isso seria muito diferente se esse projeto fosse algo feito por pessoas que estão lutando oara realmente colocar um projeto em andamento.
Mas uma editora, que claramente comercializa jogos de tabuleiros, se utilizar da plataforma de financiamento coletivo oara fugir de eventuais obrigações legais consumerista é desvirtuar a intenção do financiamento coletivo e depravar a legislação.
Infelizmente ela não é a primeira que faz isso e nem será a última a fazer isso. Por isso recomendo as pessoas a buscar a via judicial caso elas queiram o reembolso e recebam apenas os 80% do valor.
Over9Thousand::MatosCaio:::O que me admira nessa história é o Catarse, lixo que é como plataforma de financiamento, cobrar uma porcentagem tão alta por um serviço que presta mal e porcamente. Tamos ferrados mesmo.
A taxa deles é 13%, sendo 9% pra eles e 4% a taxa do serviço de pagamento utilizado pela plataforma (disso não tem como fugir). Dentro dos 20% da Conclave tem mais coisa
Caros
MatosCaio,
J. MARQUES e
Over9Thousand
Na verdade tem uma coisa que as pessoas estão deixando passar. Do jeito que a coisa está sendo veiculada, parece que esse 20% são a comissão do Catarse, que já foi paga e portanto a Conclave não tem como restituir, mas não a realidade não é bem essa. Na própria mensagem, a Conclave deixa claro que os 20% se destinam à comissão do Catarse, mais as despesas do trabalho dela, mais o custo bancário para o reembolso. No caso da comissão do Catarse, a retenção para projetos muito menores como o Chaparral da MS Jogos, ou o Herança de Cthulhu foi de 13%. Não dá para ter certeza, mas muito provavelmente, em um projeto que arrecadou mais de dois milhões de reais a editora deve ter renegociado esse percentual. No caso das despesas do trabalho da editora, isso é até piada, porque depois de um serviço tão porco que a Conclave fez nesse Old World, ela deveria até ter vergonha de falar em pagamento por um trabalho tão ruim. Por fim, no caso das taxas do processo bancário de reembolso, conforme muito bem apontou o J. MARQUES, os apoiadores não tem nada com isso. Aliás isso é transferir o risco do negócio para os compradores, que é vedado por lei.
O fato é que a Conclave apostou em um projeto, errou feio, e o correto é que agora a empresa arque com o prejuízo. O problema é que a comunidade boardgamer na sua maioria, ainda enxerga as grandes editoras, como empresas modestas, quase de garagem, que não dispõem de recursos, onde tudo é na base da camaradagem, como se eles fossem amigos, onde se pode falar com os diretores no DOFF, como se o hobby fosse uma grande família. Só que tem muito tempo que o mercado de jogos não é assim, pelo menos do lado de quem compra. Mas, quando a editora lança o jogo cagado e não conserta nada, ou quando ela faz um financiamento que atrasa anos, e não uma satisfação decente para os apoiadores, e agora quando quer forçar pela goela abaixo dos apoiadores a regra de reembolso do financiamento que a própria editora foi a primeira a desrespeitar, nessa hora a "camaradagem" sai de cena, e entra a empresa.
Antes, as grandes editoras que não tem necessidade econômica alguma de recorrer ao sistema de financiamento coletivo, que foi feito originalmente para pequenas empresas que não tem condições financeiras de lançar seus produtos, as grandes editoras faziam isso, porque elas pegavam dinheiro emprestado sem ter de pagar juros, e sem ter de gastar o seu próprio dinheiro. Agora, ainda por cima somos brindados com essa história de inaplicabilidade do CDC aos financiamentos coletivos.
É por essas e outras que cada vez mais eu penso que a culpa por esse cenário atual do mercado nacional de jogos, com preços crescendo e qualidade despencando, é muito mais culpa dessa nossa comunidade boardgamer que continua comprando jogos mofados e apoiando editoras capazes das maiores baixezas como essa da Conclave de só restituir 80% do preço do Old World.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscácio