Salve pnodanna
Concordo com você: Também acredito que jogos são feitos para jogar, e ponto final, mas para mim isso não precisa ser imediato (no entanto, eu realmente acho muito mais "bonita" uma prateleira de jogos do que uma de bonecos Funko, por isso entendo a galera que coleciona jogos e não joga tanto quanto se é esperado). Porém, é legal saber que se eu receber amigos vou ter um Dixit e um Telestrations ali na prateleira, mesmo sendo jogos que só vão para mesa nessas ocasiões.
Estava com o meu Coimbra unpunched a mais de ano, e ele só viu mesa essa semana. Foi um jogo comprado numa dessas promoções loucas da Galápagos (como aconteceu recentemente com Hansa Teutônica e tantos outros), mas o jogo só acabou vendo mesa agora, e para mim foi bem divertido. No fim das contas, valeu a pena ter comprado mesmo sendo um título que eu não tinha tanto interesse, o que acabou fazendo ele levar tanto tempo para ser jogado, e por mais de um ano ter sido somente um "enfeite".
Mas nós do hobby sabemos que, na pior das hipóteses, mesmo que o jogo tivesse ficado na prateleira esse tempo todo, se eu não tivesse curtido, ele acabaria vendo um leilão aqui na Ludopedia.
Gosto dessa dinâmica do hobby: o que não agradou aqui, pode agradar outra pessoa. Se a pessoa não estiver no frenesi de vender pelo triplo do preço que pagou, e aceitar vender pelo preço pago (ou ali, na casa dos 75% do valor), jamais vai ficar com dinheiro parado na prateleira. E os que continuam parados é só uma questão de tempo, não tenho filhos e em algum momento irei para o asilo, ser o velho mais descolado de todos, e acabarei com o lobby do dominó nas casas de repouso (pelo menos na casa de repouso em que eu estiver).
Para mim, nesse ponto os jogos virtuais são bem mais complicados no quesito "ficar parado": um jogo comprado no lançamento custa algo em torno de R$ 299,90 e em 6 meses estará saindo por metade desse valor (Nintendo não conta).
É claro que isso também acontece em alguns casos com tabuleiros, mas é bem mais complicado presenciar essa mudança drástica aqui no mundo dos papelões mais caros do mundo.
Já no quesito expansão, eu sou chato mesmo: se melhora o jogo, se é tão obrigatório assim, precisa estar na caixa base do título na próxima tiragem ou na próxima edição no máximo, e não ser vendido pelo preço do jogo em uma caixa extra. Caverna, por exemplo, já teve várias tiragens e algumas edições, se a expansão é tão incrível e praticamente obrigatória segundo todos, por que continua sendo vendida separadamente? Eu acredito que sairia muito mais barato para todos se fosse assim...