15.000 a.C. A Terra era um lugar muito diferente. A humanidade lutava contar a natureza em vez de dominá-la, como muitos acreditam que ocorre hoje em dia. Os recursos erma abundantes, mas extremamente difíceis de se obter. O homem ainda não estava no topo da cadeia alimentar. Para conseguir abater uma caça grande muitos morriam, mas as recompensar eram enormes. Comida farta, ossos e pele. Tudo necessário para enfrentar o logo inverno. Será que você conseguiria sobreviver? Venha tentar, pois Doggerland Tá na Mesa!
Doggerland é um jogo criado em 2023 por Laurent Guilbert e Jerôme Daniel Snowrchoff. De um a quatro jogadores, com duração média de 120 minutos, em Doggerland os jogadores comandam tribos da Idade da Pedra tentando sobreviver às adversidades do ambiente.
- Ei, isso é repeteco de jogo. Você já falou desse, mas com outro nome. Stone Age. Para de ser picareta!
Então, cabeça de pedra. Apesar dos jogos terem uma temática igual, eles são bem diferentes. Stone Age tem regras mais amigáveis, é ótimo para mostrar para novos jogadores (Nota do Sr. Slovic: Não que Doggerland tenha regras complicadas e não seja recomendável mostrá-lo para novatos. Longe disso) e tem grande potencial de aulas de matemática. Já Doggerland acrescenta camadas de complexidade e diminui o fator sorte.
São no total oito rodadas, onde temos que alocar nossos trabalhadores pelo tabuleiro buscando coletar madeira, pedra e comida. A área de recursos começa pequena, mas vai se expandindo conforme as tribos buscam novos lugares. Essa migração é fundamental pois os recursos vão se exaurindo. Soma-se a isso que os membros da tribo tem um alcance limitado para alcançar os materiais, determinar para onde se mover pode significar ter fartura ou passar fome na próxima rodada (Nota da Sra. Slovic: E esse jogo é quase tão punitivo quanto Agrícola nesse quesito. Quase, mas nem tanto. É difícil superar Mestre Uwe).
- Então é só mais um joguinho de fazendinha? Quanta criatividade.
Santa ignorância, Jumento Celestino. Você tem grande dificuldade de interpretação de texto, né? Primeiro achou que era Stone Age, agora que é tipo Agrícola. O que será em seguida? Talvez “Aquele-que-não-pode-ser-nomeado” ou Tiny Epic Quest (Nota do Sr. Slovic: Aquele Quest que vale a pena jogar). Além de coletar e caçar, os jogadores podem criar artesanato, pinturas e cabanas. Esse último é necessário se você quiser aumentar o tamanho de sua tribo (Nota da Sra. Slovic: Mas não pense que é simples como Stone Age. Aqui fazer “cabaninha do amor” dá trabalho). Já pintura e artesanato são grandes fontes de pontuação no fim da partida.
No geral, Doggerland é um ótimo jogo. Muitos podem achar que ele é a evolução natural do Stone Age ou mesmo um Terramara melhorado, mas são jogos distintos. Tem muitos pontos em comum? Claro que sim. Mas a pegada é diferente. Doggerland tem ótimos componentes (Nota da Sra. Slovic: Principalmente no quesito animais), uma arte que remete ao tema e regras descomplicadas. Nas fases de inverno é preciso ter peles para fazer as ações. E nada de usar pedra ou madeira (Nota do Sr. Slovic: Ou ouro. Quem entendeu, entendeu) para alimentar sua população. Ou se tem comida suficiente ou perde pontos no fim do jogo. Assim como em Dungeon Petz, é preciso gerenciar bem a comida, que vai se estragando ao passar das rodadas. De nada adiante caçar dois mamutes se no fim da próxima rodada tudo que não foi vai para o lixo. Mais que um jogo de coleta, Doggerland é um jogo sobre gerenciamento de recursos.