Tiellet::djleotec::Tiellet Entendi, embora eu discorde, respeito o seu ponto de vista, mas uma curiosidade:
Como perguntei: Você vai para uma loja, lá há duas caixas de um mesmo jogo legacy, mesmo preço, uma descartável e a outra que permite o total reaproveitamento.
Qual da duas você compraria?
Sempre perguntei isso aqui em uns 2 fóruns e umas 3 vezes em outros lugares, porém não tive resposta das pessoas que defendem o conceito Legacy.
Eu acho que a pergunta nem faz muito sentido, na verdade vão ter duas caixas, uma com um jogo Legacy e outro de campanha.
É o mesmo preço?
Supondo que sim, eu vou pegar a que vai custar menos, afinal, porque eu vou deixar de recuperar uns 70% do meu dinheiro?
É similar a perguntar a alguém se vai pegar um jogo com mídia física que pode revender ou digital pelo mesmo preço.
Agora, se o jogo "recuperável" for mais caro, de modo que seja equivalente financeiro, pego o Legacy sem piscar.
Essa é a minha opinião de como eu vou gastar bem o meu dinheiro.
Gosto da experiência Legacy, mas não é a qualquer custo.
Mas vamos lá, digamos que não existe um mercado de usados: pego um Legacy, sem pensar muito.
O que parece incomodar vocês é a sensação de jogar dinheiro fora, de rasgar dinheiro e eu entendo isso.
Mas tem inúmeras experiências que se paga por algo que não vai ter retorno financeiro depois, quem nunca viajou a lazer por exemplo?
O meu ponto continua sendo o mesmo, o modelo é bom, é um sucesso tanto para o público quanto para a editora. Mas tem gente que não vai gostar. E está tudo bem.
Caro
Tiellet e
djleotec
Eu acho que a discordância entre o ponto de vista do Tiellet é que para ser Legacy, é fundamental que o jogo seja uma experiência única, que não pode ser reproduzida, por isso tanto faz os componentes serem destruídos. O meu ponto de vista e o do djleotec é diferente no sentido de que não é preciso destruir o jogo para manter a sensação de experiência única, mesmo que a pessoa nunca mais vá querer repetir essa experiência Legacy.
Desse modo, fica meio sem sentido essa fixação em rasgar carta, colar adesivo em tabuleiro e rasgar envelope. Existem alternativas super simples até, e que te deixam ao final com um jogo perfeito, que se pode vender ou dar de presente, para que outra pessoa tenha a mesma experiência. Assim mesmo que se defenda que não se tem a memsa experiência Legacy quando não se destroem os componentes, na minha opinião, essa diferença é mínima, e se torna ainda mais insignificante diante da enorme vantagem de não destruir os componentes e terminar com um jogo Legacy intacto.
Então me parece que a questão de fundo é se a certeza da impossibilidade de repetir a experiência, devido à destruição dos componentes, é um elemento fundamental da experiência Legacy, ou se isso não é fundamental para ter essa experiência, ou algo absurdamente similar, a ponto da diferença ser desprezível. Aqueles que pensam com você Tiellet, defendem a primeira hipótese (destruição de componentes é fundamental), já as pessoas que pensam como eu e o djleotec, defendemos a segunda hipótese (os componentes podem ser preservados sem prejudicar a experiência).
Em relação aos exemplos, eu acho que ficou bem claro que o djleotec estava se referindo a jogos similares com preços próximos, em sua questão. E nesse aspecto eu acho que seu exemplo Tiellet, não foi totalmente adequado. A diferença não é entre um jogo Legacy e um jogo de campanha, lembrando que por definição todo jogo Legacy é um jogo de campanha. Assim, eu acho que uma simulação mais próxima dessa controvérsia, utilizando o seu próprio exemplo seria você chegar em uma agência de viagens e ver dois pacotes para a mesma viagem, custando o mesmo preço, mas com uma diferença fundamental:
No primeiro pacote, ao final de cada semana da viagem (o equivalente a uma partida), de acordo com o que você fizesse durante você receberia um ticket pra um hotel diferente, e nunca mais poderia se hospedar lá, se voc~e rasgasse o ticket. Ao final dessa viagem você teria passado por uma experiência única que nunca mais poderia repetir. Essa é a situação da experiência Legacy única com a destruição dos componentes.
O segundo pacote seria exatamente igual ao primeiro, mas se ao invés de rasgar o ticket recebido ao final de cada semana de viagem, você guardasse o bilhete, isso te permitiria refazer essa viagem quando quisesse, sem pagar nada por isso, poderia revender o pacote ou dar de presente para outra pessoa. Essa é situação da experiência Legacy preservando os componentes.
Essa hipótese dos dois pacotes de viagem acima eu acho mais próxima da questão discutida, e sinceramente não vejo como uma pessoa escolheria a primeira situação em detrimento da primeira.
Um forte abraço e boas jogatinas!
Iuri Buscáio