JoseRMendes::Fala, pessoal!
Geralmente eu não comento em posts de opinião, porém acredito que como entra em uma questão de "regra" e "pontuação", vale a pena eu falar alguma coisa para não deixar um número errado crescer muito. Vou tentar ao máximo não dar nenhuma dica ou induzir a um jeito "certo" de jogar para não atrapalhar a curva de aprendizado e a experiência do jogo de vcs.
Levando em conta a trilha de recursos, os monumentos, os blocos e os recursos naturais, todos eles estão balanceados entre si. Se vcs pegarem algumas dezenas de partidas, vão notar essa média entre eles. A única pontuação que fica fora deste balanceamento é a população, que segue outra lógica. Ou seja, o jogador não pode negligenciar nenhuma área ao construir sua cidade. O que também foi pensado com a temática de construir cidades, que é a diversidade e balanceamento de tudo que existe nela.
Dependendo da sua mesa de jogo e das peças que apareçam, você precisa se adaptar. Por isso não identifico uma "estratégia vencedora" neste sentido de pegar isso ou aquilo especificamente, pois o seu adversário pode se adaptar melhor que vc e vencer. Dois pontos importantes a serem ditos também são que o monumentos não podem ser ignorados, e que aumentar os seus pontos iria os deixar muito vantajosos, aí sim deixando essa estratégia vencedora. Ao mesmo tempo, pegar mesmo que 10 monumentos na partida e não ganhar bons pontos com o resto, faria vc perder o jogo. A cidade ficaria linda, mas não seria funcional.
Uma dica para testar a sua mesa, é jogar com o lado B do tabuleiro de recursos. Nesse lado a população cresce mais rápido, o que muda a estratégia de população.
Espero ter ajudado e fico à disposição!
Grande abraço!
Poxa, grande honra o Zé comentar no post!
O meu objetivo era realmente discutir a forma de jogar pra tentar combater essa estratégia contraintuitiva de pegar intencionalmente menos monumentos que seus adversários para continuar em vantagem na ordem de escolhas.
Talvez até esse seja um problema de partidas com menos jogadores que desaparecesse em partidas com 4-5 pessoas. Não sei, realmente precisamos jogar mais vezes pra formar uma opinião definitiva. Iremos tentar jogar mais com o lado B dos recursos pra ver se essa estratégia continua.
Algo que me incomoda também é o fato de o lado B dos mapas serem todos diferentes entre si. Em uns o rio deixa pouco espaço para desenvolver a cidade em um dos lados, enquanto em outros ele fica mais ou menos no meio, o que tende a favorecer o jogador.
Mateus_abude:: Dito isto, eu particularmente acredito que pegar apenas peças pequenas não é o ideal. Se você parar para analisar, a maior peça custa 5 e te sobe 4 recursos, a menor peça custa 2 e te sobe 1 recurso. Apesar de ambas serem 1 a menos do que você pagou, percentualmente é melhor pegar uma peça de custo maior, pois o custo de eficiência é apenas 25% perdido, no caso da peça menor é 50% perdido.
A peça de dois até não vale tanto à pena, ela é pega mais pra conseguir fechar espaços. Mas as que custam três de ouro são o melhor custo-benefício. Apesar de só te darem dois recursos, elas permitem que vc compre muito mais coisas na sua rodada (outra peça, torres, conjuntos de estradas ou até um monumento por pouco ouro), enquanto as que custam cinco te dão quatro recursos mas praticamente não te deixam fazer mais nada na rodada.
Mateus_abude:: Discordo também quanto a ação de pegar o primeiro jogador seja ruim, pelo contrário. Muitas vezes é essencial, e também você pode querer gastar exatamente 1 de gold pra ficar com uma quantidade específica de gold restante. No mais acho o jogo bem agradável e divertido, não acho necessário house rules. O que me incomoda um pouquinho é só isso das pontuações dos monumentos, gostaria que fossem um pouco maiores, e que determinados formatos de peças só existem se eu jogar em determinadas quantidades de jogadores.
O problema é que se o outro jogador está deliberadamente tentando ficar com menos monumentos do que vc, não é sustentável vc dedicar um de ouro todas as rodadas pra ir primeiro. Vc acaba tendo um prejuízo muito grande no final da partida.
sborbu:: Eu vi alguns gringos criticando a mesma coisa. E eles solucionaram jogando assim, aumentando o valor da pontuação dos monumentos. Se não me engano um até sugeriu um aumento proporcional de acordo com o numero de requisito do monumento. Pareceu fazer mto sentido isso, e se torna mais “balanceado”.
De fato, esse é o meu maior problema. O que me levou a postar e incomodou mais foi que sentimos que os maiores monumentos são os que menos valem a pena colocar (quase nunca). As pirâmides, por exemplo, não têm um bom custo-benefício e não vale a pena planejar a sua cidade em cima delas, a não ser que por acaso elas apareçam quando vc preencha os requisitos. Mesmo assim, elas tomam um espaço enorme e geralmente deixam várias construções com espaços abertos "apenas" pra te dar dois pontos de vitória em troca. No mesmo espaço, vc poderia colocar várias peças de 3 de ouro e ganhar mais pontos de vitória.
Sei também que aumentar demais a pontuação dos monumentos faria com que essa estratégia fosse dominante. Acho que existe um ponto mediano aí, talvez valorizar um pouco mais os monumentos (principalmente os maiores com mais requisitos). Construir a cidade fechadinha é relativamente fácil, geralmente até mais fácil do que encaixar diferentes monumentos com requisitos variados.
A questão é que colocar grandes monumentos deveria ser o momento auge do jogo e acaba sendo algo que todos evitam fazer.