Bora falar sobre Bamboo, jogo do mesmo criador de Bitoku e do mesmo universo de Bitoku e Silk (Kemushi Saga), lançado aqui no Brasil pela Devir!
Em Bamboo, você é o líder de um clã que cultiva bambu e deve aperfeiçoar o seu lar. Para isso, será necessário encontrar uma forma de coexistir harmoniosamente com os espíritos da floresta e honrar seus antepassados.
O jogo tem
complexidade intermediária (2.85/5.00), mas
acho que é até menos que isso. A
dificuldade fica no manual, que é aquele padrão
terrível que a Devir tem. As partidas duram por volta de
1 hora (em 2 jogadores).
Cada
rodada, assim como Bitoku, é guiada pelas estações:
- Primavera: ganhar bônus de ação e realizar a ação.
- Verão: aqui é onde o jogo realmente acontece. Você realizará suas ações de acordo com a quantidade de incensos que tem e com os símbolos dos bambus disponíveis. Você começa o jogo com 4 incensos e ganha mais um por rodada.
- Outono: verificar quem colocou mais incensos em cada templo e distribuir os espíritos da floresta.
- Inverno: alimentar sua família e fazer a manutenção para a próxima rodada.
O jogo tem
4 ações possíveis: ganhar dinheiro, ganhar comida, pegar ou cumprir um objetivo e comprar peças para sua casa.
O
ponto mais diferente nas ações é como você vai realizar cada uma.
Para isso, cada jogador tem bambus e cada bambu tem o símbolo da ação que você pode fazer. Existem
4 cores de bambus e você
pode usar uma por turno, logo, se eu utilizei meus bambus azuis, terei que utilizar outra cor no próximo turno.
Além disso, você executará
uma ação para cada incenso que possua. Assim, mesmo que você possua 3 bambus de uma cor, mas 2 incensos, fará apenas duas ações - suas ações tem que ser estratégicas para conseguir fazer tudo que precisa.
Ah, e
como conseguir bambus? Você
sempre terá 6. Cada bambu utilizado será colocado abaixo dos bambus que já estão no tabuleiro e você ficará com o bambu que “sobrou” acima de todos nessa coluna. Achei essa
mecânica simples, mas bem bacana.
A
cor do bambu que você utilizou também determina
onde você colocará seu incenso. No jogo, existem
4 templos (cada um de uma cor) e você deve acender
incensos para os espíritos da floresta que ficam nesses templos. Quem tiver colocado mais incensos em cada templo, receberá a
peça do espírito. Talvez, essa parte funcione melhor em mais de 2 jogadores.
Agora a parte de
objetivos, que é bem bacana:
No tabuleiro de jogador existe a parte de colocar peças, que é dividida em
3 áreas (esquerda, direita e centro) e existem
objetivos específicos para cada uma dessas
áreas.
Os objetivos costumam ser algo como: colocar uma peça com o símbolo de árvore acima da peça com o símbolo de chinelo. Com o detalhe de que esse objetivo precisa ser cumprido do lado direito do tabuleiro. A ideia é
super tranquila de entender, mas nem tão fácil de executar, já que você precisará de moedas para comprar as peças e determinados objetivos incluem a somatória de valores (cada peça possui uma ilustração e um valor).
Além disso,
cada peça colocada exige uma peça de comida que deve ser paga no inverno, logo, você terá que equilibrar as peças e a comida para não perder pontos.
No fim do jogo,
é importante que os lados esquerdo e direito do tabuleiro estejam equilibrados. Se você tiver 5 peças somando 10 do lado direito e 4 peças do lado esquerdo somando 7, para cada 1 ponto de diferença entre os lados, você perde 2 pontos de vitória. Então, não adianta apenas colocar várias peças na direita, ficar comprando e cumprindo objetivos que já estão feitos, porque você
pode perder muitos pontos pelo desequilíbrio.
Falando dos
componentes: são
ótimos e muito bonitos. A arte da caixa leva você a crer que o jogo é meio “meh”, meio bobo. Não vou falar que o jogo é incrível, mas é mais do que parece.
Resumindo: eu
gosto das mecânicas, gosto do
equilíbrio do jogo, da forma pela qual os
objetivos são cumpridos,
mas Bamboo não brilhou para mim.
Não achei o jogo ruim, mas também não é incrível. É um jogo pra ser gostosinho de jogar e é mesmo, mas são muitas coisinhas para aprender. Jogamos 2x, na primeira precisei ver o vídeo do
Romir, porque o manual é terrível e ainda assim joguei com o manual na mão. A segunda partida foi só 20 dias depois e tive que ficar com o manual de novo, porque é muita coisinha pra lembrar.
Não é um jogo que eu indico fortemente, mas vale o teste. A
Vanessa gostou mais que eu. Na opinião dela, Bamboo é um jogo que pode ser subestimado pela caixa (que ela não achou nada atrativa e que despertou zero curiosidade ou vontade de jogar) e é
mais estratégico do que parece, já que você precisa avaliar os pontos que ganhará cumprindo os objetivos, o equilíbrio entre as peças, a quantidade de comida necessária, como conquistar mais espíritos da floresta para ter ajudas valiosas durante o jogo e assim por diante. De acordo com a Vanessa,
Bamboo também não é um jogo que ela recomenda, mas que pode valer o teste se ele estiver disponível em alguma luderia ou na casa de algum amigo ou amiga.
Já jogou
Bamboo?
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